O futuro do seguro em debate no Insurance Service Meeting – dia 2

Fonte: CNseg

Como consenso entre os palestrantes no painel Desmistificando a inovação do setor, a crença de que, apesar de toda a relevância das novas tecnologias, é o consumidor o grande protagonista desse processo de transformação vivenciado por todas as indústrias no mundo, inclusive a seguradora. E para alcançar e satisfazer esse cliente, mais que o investimento em tecnologia é necessário uma mudança de cultura nas organizações.

E essa mudança necessária de cultura é, particularmente, um grande desafio para o mercado segurador, devido ao seu conservadorismo natural. “As seguradoras não podem falhar mas, por outro lado, as novas tecnologias precisam ser colocadas no mercado quando ainda estão em processo de desenvolvimento, contando com a interação ativa dos usuários para aperfeiçoá-las”, afirmou Daniel Domeneghetti, sócio do Grupo ECC, CEO da DOM Strategy Partners e moderador do painel.

De acordo com o diretor de Inovação Analytics e Tecnologia da SulAmérica, Cristiano Donisete Barbiere, desde que o primeiro iPhone foi lançado há 11 anos e, posteriormente, com a popularização de empresas de tecnologia como Uber e Amazon, houve uma grande transformação no comportamento dos consumidores, que não querem mais uma experiência de consumo pobre, desejando vivenciar, com todas as empresas, de todos os segmentos, a agilidade e a personalização oferecidas por essas empresas tecnológicas. “No mundo digital, o consumidor não aceita mais soluções que não agreguem valor e só sobreviverão as empresas que conseguirem acompanhar essas transformações dos clientes”.

Também participando do painel, a CIO da Chubb Seguros, Cibele Cardin, apresentou as cinco tendências tecnológicas para os próximos anos. A primeira é a possibilidade de se captar dados por dispositivos conectados, permitindo uma melhor compreensão do cliente e possibilitando um atendimento muito mais personalizado. A segunda é a robótica física, que gera novos riscos, mas novas oportunidades. Como será o seguro de um prédio totalmente impresso em 3D? A terceira tendência são os códigos abertos e ecossistemas de dados como o blockchain, gerando também novas oportunidades, mas novos desafios, como o da integração entre as empresas. E, por fim, as tecnologias cognitivas, que conectarão todas as outras tecnologias e também devem gerar novos produtos de seguro.

Também participante do painel, o diretor de TI da Bradesco Seguros, Curt Zimmermann, afirmou que, no Next, o banco digital do Bradesco, já não se fala em transação bancária, mas em jornada do cliente, sendo esta mais uma evidência do protagonismo desse personagem nos tempos atuais.

Ele também trouxe para o público presente cinco tecnologias que devem estar muito mais presentes em nossas vidas em poucos anos e afetarão diretamente o mercado segurador. O 5G, que irá facilitar as transações, permitindo que se trabalhe rapidamente com um enorme volume de dados; o blockchain, que aumentará a transparência e a segurança das operações, além de reduzir custos; a inteligência artificial, que no atendimento aos consumidores não precisa de reciclagem constante do aprendizado, como os humanos; o reconhecimento facial, aliada no combate às fraudes e no controle de dados dos clientes, e a computação quântica, que viabilizará todas as outras tecnologias, acelerando enormemente o processamento de cálculos e comandos.

IA: Você sabe com quem está falando?

A inteligência artificial ainda é emergente no mundo e possui acesso bastante restrito. Contudo, ela vem sendo cada vez mais disruptiva e ganhando maior importância para os processos de negócio. “Daqui a 30 anos, teremos inteligência artificial em todo lugar e as empresas que tirarem melhor proveito disso agora serão as que terão mais sucesso no futuro”, alertou o CTO & Distinghished Engineer da IBM, Fabio Luis Marras, no painel “IA: Você sabe com quem está falando?”.

Com a moderação do superintendente-executivo de Negócios da CNseg, Paulo Kurpan, e a participação do vice-presidente de Auto e Massificados da SulAmérica, Eduardo Dal Ri, foi abordado o que há de mais inovador no âmbito da inteligência artificial no mercado, apontando alguns caminhos para o setor segurador.

A busca pela personalização do atendimento aos clientes que tanto se fala já conta com inovações que facilitam esse processo, como o já tão falado machine learning, o deep learning (análise de um grande volume de dados) e o chatbot (atendimento via robôs). “Precisamos tratar nossos clientes de maneira mais personalizada e há muitas empresas utilizando a inteligência artificial de forma errada, por isso temos muito trabalho a fazer”, complementou Eduardo Dal Ri.

Apesar dos alardes, o setor segurador brasileiro tem buscado cada vez mais a automação de processos para melhor atender os clientes, explicou Marras. “Essa aproximação verdadeira com o consumidor é o que tenho visto acontecer na indústria de seguros do Brasil”, finalizou o executivo.

O desafio da retomada do crescimento da economia e o mercado segurador

Seguros do Banco Santander Brasil e presidente da Comissão de Inteligência de Mercado da CNSEG, Alex Körner, e economista da CNseg Pedro Simões
As questões trabalhistas, previdenciárias, econômicas, políticas e ambientais permearam o painel “Os desafios para a retomada do crescimento da economia e o mercado segurador”, realizado na manhã do segundo dia no 3º Encontro de Inteligência de Mercado, que acontece em paralelo ao 12º Insurance Service Meeting.
Uma das consequências da crise atual, da qual começamos a sair agora, foi a troca do emprego formal pelo informal, gerando um aumento da desigualdade, como pontuou o economista da CNseg, Pedro Simões, moderador do painel.

E entre as consequências dessa informalidade, fruto, entre outras razões, do esgotamento do modelo de desenvolvimento baseado no consumo, iniciado depois do ano 2000, está a do aumento do número de pessoas fora da proteção formal governamental, inclusive com consequências no mercado de seguros, como lembrou o economista e professor da PUR-Rio, Luiz Roberto Cunha.

Sendo, entretanto, o seguro ainda mais necessário quando as pessoas já não podem contar tanto com a proteção do estado, é preciso encontrar maneiras de fazer a proteção securitárias alcançar essas pessoas de mais baixa renda. Para isso, disse o superintendente de Produtos de Seguro do Banco Santander Brasil, Alex Körner, é preciso criar novos produtos, voltados especificamente a esse público e, para isso, a tecnologia pode trazer novas soluções que facilitem os pagamentos e os processos de cobrança.

A baixa penetração do seguro no Brasil, entretanto, não se dá apenas entre a população de mais baixa renda, apesar de o grande catalizador de seu crescimento ser mesmo o crescimento da renda. Isso, porém, está fora do controle do setor, o que não o impede de empreender uma série de ações de fortalecimento da cultura securitária, como afirmou o diretor Técnico da CNseg, Alexandre Leal. Abordando as ações da CNseg, citou o grande esforço que tem sido feito pela Confederação para conscientizar a população a respeito da importância do seguro por meio de seu Programa de Educação em Seguros, com produção de livros, cartilhas, inserções nas redes sociais e até uma rádio Web.

Outra recente importante ação da CNseg foi a entrega aos presidenciáveis de propostas para o desenvolvimento do setor. “Estamos presentes e contribuímos para diversos setores da atividade econômica, além de possuirmos ativos na casa do 1 trilhão de reais, mas ainda não somos ouvidos na medida de nossa importância”.
A questão demográfica é outro grande desafio para o País – que apesar de ainda ter uma população de jovens, gasta em previdência como os países de população mais velha – mas também para o setor segurador, particularmente nos setores de previdência privada e de saúde suplementar. “Na saúde suplementar, depois dos 50 anos do beneficiário, os custos com despesas médicas crescem muito de ano para ano, sendo um problema ainda maior que o da previdência, visto que, depois que a pessoa se aposenta, a correção se dá apenas para repor as perdas da inflação”.

Como se não bastasse, as mudanças climáticas são outro grande desafio que se apresenta para o País e para a indústria seguradora, que deve conviver com o aumento do número de sinistros por desastres naturais de grande porte. Também em relação a isso o setor não está parado, buscando incentivar a transição para uma economia de baixo carbono, direcionando seus investimentos institucionais para empresas mais sustentáveis; criando novos produtos para absorver os impactos econômicos desses desastres naturais e sendo mais rigoroso no gerenciamento de riscos.

Transformação digital: o desafio não é só tecnológico

Entre as diversas mudanças de paradigma do mundo atual está o fato de que, antigamente, quando se obtinha uma informação valiosa, guardava-se com cuidado para ser utilizada quando necessária. Atualmente, a informação está aí, ao alcance de todos, e não precisa ser mais guardada. O importante passa a ser como usá-la da melhor forma possível, afirmou o vice-presidente de Pesquisa da Gartner, Cassio Dreyfuss, durante o painel “Transformação digital: o desafio não é só tecnológico”.

As grandes mudanças dos tempos atuais também estão presentes nos ambientes de trabalho, onde os manuais de procedimento já não servem e os profissionais precisam encontrar novas maneiras de realizar seu trabalho. “A alta administração apontará a missão, mas a maneira de realizá-la ficará a cargo dos grupos de trabalho, que enfrentarão desafios desconhecidos pelo caminho”, concluiu. E essa nova maneira de se trabalhar exigirá também um novo modo de se gerenciar, quando o verdadeiro líder será aquele que obtiver total confiança de sua equipe e conseguir engajá-la para chegarem onde precisam.

Também participando do painel, o diretor de Supervisão de Conduta da Susep, Carlos de Paula, disse que toda essa revolução é um grande desafio para o Estado Brasileiro, que não pode deixar de estar atento a essa agenda transformadora, apesar de sua tradicional postura reativa ao tema. A Susep, porém, afirmou, “percebendo o tamanho dessa onda, ensejou um comportamento pro-ativo”, abrindo várias frentes, participando de fóruns de tecnologia e estabelecendo uma aproximação com os supervisionados, com outras autoridades de supervisão e até com os novos entrantes, como as insurtechs e outras instituições inovadoras. Como perspertiva de mudança, o órgão regulador já discute um processo de monitoramento eletrônico usando o segmento de garantia estendida como teste.

Ciência de dados: oportunidades no mercado segurador

A transformação digital passa por uma difusão da cultura de dados, que passaram a ser o “coração” das empresas. Nesse contexto, surgiu a Ciência de Dados, que estuda a transformação dos dados em informação e, posteriormente, em conhecimento. Simultaneamente, a nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPDP) mudará a forma como será feito o tratamento de dados no Brasil. Esse foi o tema do painel “Ciência de Dados: oportunidades no mercado segurador” do 3º Encontro de Inteligência de Mercado”.

O painel contou com a participação dos professores da PUC-Rio Gustavo Robichez, Rafael Nasser e Hélio Lopes, além da superintendente jurídica da CNseg, Glauce Carvalhal. Partindo do ponto de vista acadêmico, Hélio Lopes explicou que a Ciência de Dados é multidisciplinar e que vem ganhando cada vez mais valor no setor segurador.

Essa ciência auxilia na melhor tomada de decisão ao executar alguma atividade do negócio, afirmou Rafael Nasser. “Se observarmos a cadeia de valor de seguros, percebemos que todas as atividades são extremamente dependente de dados. Com a aprovação da nova lei, isso requer um maior cuidado no tratamento desses dados “, complementou Gustavo Robichez.

Para Glauce Carvalhal, a aprovação da LGPDP foi criada para estruturar a forma como os dados serão trabalhados. “A Lei não veda o tratamento de dados, ela veio para mostrar qual o caminho a ser percorrido, estruturando-o. Isso facilita a empresa inclusive quando houver uma fiscalização”, concluiu a superintende jurídica.

Novas Fronteiras do Seguro: Hoje e Amanhã na Era Digital

O último painel do 12º Insurance Service Meeting, “Novas Fronteiras do Seguro: Hoje e Amanhã na Era Digital”, contou com a participação do head digital transformation da Kick Ventures, Cezar Taurion. Num cenário em que mais de 4 bilhões de pessoas estão conectadas à internet no mundo todo, o digital não é o futuro, é o presente. “A 4ª Revolução Industrial que está em curso, teve início, principalmente, a partir de 2007, com o surgimento do primeiro smartphone”, explicou Taurion.

A sociedade industrial que foi construída ao longo dos séculos levou aos modelos de organização, hierarquia e educacional que existem até hoje, informou o palestrante. Contudo, esse modelo passou a ser questionado pela velocidade com que tudo está mudando no meio digital.

“O setor segurador é um dos mais conservadores, não só no Brasil, mas no mundo todo. Mesmo que seja muito regulado, é preciso que ele se adapte aos novos tempos. Esse é um grande desafio porque qualquer setor é ameaçado de disrupção não por seus concorrentes, mas por outros setores, como as startups, por exemplo”, enfatizou o executivo.

A grande mensagem que fica do evento é que todas as atividades que podem ser automatizadas, serão. Atualmente, as cinco maiores empresas do mundo são de tecnologia. Com o auxílio da inteligência artificial, o setor segurador possui o desafio de se adequar a esse novo consumidor que surge cada vez mais empoderado e questionando todo o modelo de negócio e econômico existente, principalmente os consumidores das novas gerações.

Leonardo Paixão deixa Markel; Carlos Caputo assume

Leonardo Paixão, que há mais de um ano viaja por todo o interior do Brasil para desenvolver seguros ligados ao agronegócios, deixa a Markel Seguradora após dois anos no comando da operação do grupo americano no país. Em seu lugar assume Carlos Caputo, no comando das operações da América Latina, assume a seguradora no Brasil. Paixão já tem um projeto do qual ainda não pode falar, mas segundo fontes do seguro é também no agronegócios.

Liberty, Allianz, Travelers e AIG divulgam balanço do terceiro trimestre

A Liberty Mutual e suas subsidiárias registraram lucro líquido de US$ 282 milhões e US$ 1,9 bilhão nos três e nove meses encerrados em 30 de setembro de 2018, contra prejuízo líquido de US$ 665 milhões e US$ 188 milhões nos mesmo s períodos de 2017.

O bom desempenho no lucro líquido e no índice combinado foi em parte creditado a baixa atividade de catástrofes no trimestre. David H. Long, presidente e CEO, disse que a estratégia segue em desenvolver produtos e diversificar a abrangência de distribuição, que evidenciou o crescimento líquido de prêmios no trimestre de 3,4%, para US$ 10,2 bilhões, com forte crescimento vindo de nossas operações internacionais”.

O índice combinado total para os três meses encerrados em 30 de setembro de 2018 foi de 99,5%, uma queda de 17,7 pontos em relação ao mesmo período de 2017. A redução reflete principalmente as menores perdas catastróficas neste ano e os prejuízos líquidos incorridos em anos anteriores. O índice combinado consolidado antes das catástrofes foi de 95%, um aumento de 1,9 ponto em relação ao mesmo período de 2017, refletindo o impacto da maior atividade de perda não catastrófica nos mercados globais de varejo e n a Global Risk Solutions (GRS).

Allianz – A Allianz confirmou nesta sexta-feira a sua meta de lucro para o ano todo, depois de relatar um desempenho no terceiro trimestre que estava de acordo com as expectativas dos analistas e se beneficiou de menores pedidos de catástrofes naturais. O grupo segurador sediado em Munique gerou € 30,5 bilhões em receitas entre julho e setembro, 7,9% a mais do que um ano atrás. Com € 3 bilhões, o lucro operacional no trimestre aumentou 20,6% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido subiu 15%, para € 1,9 bilhão.

“Estamos muito confiantes para alcançar nossas metas também para este ano”, disse o executivo-chefe Oliver Bäte em um comunicado. A meta da Allianz para 2018 é obter um lucro operacional entre € 10,6 bilhões e € 11,6 bilhões. Nos primeiros nove meses do ano, já alcançou 80% do ponto médio da meta. Bäte disse aos investidores que os esforços de reestruturação do grupo estavam começando a dar resultados, ressaltando que, nos primeiros nove meses, “ganhos substanciais de produtividade” contribuíram para o aumento dos lucros. Em meados de 2017, a Allianz anunciou que 700 postos de trabalho na Alemanha seriam cortados em três anos, à medida que fosse digitalizando seus processos internos.

No terceiro trimestre, as três principais divisões da Allianz – sinistro de propriedades, vida e saúde e gestão de ativos – relataram aumento de receita. O índice de capitalização do grupo Solvência II, um critério importante para a solidez do balanço das seguradoras, permaneceu inalterado em 229% no final de setembro.

Travelers – A seguradora Travelers ganhou nos primeiros nove meses deste ano US$ 1,9 bilhão, 26% a mais do que no mesmo período de 2017, graças principalmente ao menor número de eventos e catástrofes que teve que enfrentar. A seguradora registrou receitas de US$ 22,4 bilhões até setembro, um aumento de 5% em comparação com os US$ 21,4 bilhões faturados no mesmo período do ano anterior. Quanto aos resultados trimestrais, a empresa faturou US$709 milhões (US$ 2,62 por título), com um forte aumento de 150% em relação aos US$293 milhões (US$1,05) no mesmo período de 2017. O fato de as perdas por catástrofes terem diminuído em relação ao ano anterior ajudou na melhoria dos resultados trimestrais. Segundo o presidente e CEO da Travelers, Alan Schnitzer, “em seguros de pessoas, nos juntamos à Amazon para lançar uma primeira loja digital na indústria”. Os resultados superaram as previsões dos analistas, mas as ações da Travelers, um dos 30 índices da Dow Jones, caíam 1,88% na Bolsa de Nova York, no meio da sessão.

AIG – A AIG registrou uma surpreendente perda no terceiro trimestre, já que os desastres naturais, antigos e recentes, prejudicaram os resultados. Foi o quinto trimestre consecutivo que os resultados da AIG ficaram aquém das expectativas dos analistas. A perda ajustada foi de 34 centavos por ação, enquanto os analistas esperavam um lucro de quase 6 centavos. Tanto o furacão Florence quanto os tufões no Japão atingiram a AIG com mais força que seus rivais. A seguradora registrou US$ 1,6 bilhão em custos de catástrofe no período. A perda é cerca de três vezes maior do que as previsões iniciais dos analistas do Morgan Stanley. Desastres antigos também voltaram para assombrar a AIG. A seguradora acrescentou US$ 170 milhões para reservas no terceiro trimestre, já que os custos dos incêndios florestais do ano passado na Califórnia subiram acima do que a seguradora antecipou. Mesmo com os contratempos, o diretor executivo Brian Duperreault disse que a seguradora continua no caminho certo para uma métrica fundamental em seu esforço de recuperação: um lucro de subscrição até o final do ano.

Proteção contra queda de raios: você está preparado?

Release

Em todo o mundo, as descargas elétricas atmosféricas são frequentes e podem causar danos dispendiosos. Nos EUA, por exemplo, ocorrem uma média de 20 milhões de descargas elétricas nuvem-solo a cada ano. Já no Brasil, segundo levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a média anual de raios dos últimos seis anos foi de 77,8 milhões.

Embora os relâmpagos e raios sejam tipicamente associados a tempestades com chuvas e ventos intensos, eles também podem ocorrer em furacões e incêndios florestais causando impactos em diferentes áreas como interrupção na distribuição de energia, falta de produtividade das lavouras, morte de animais no campo, entre outros.

O que muitas pessoas não sabem é que, com uma boa preparação e proteções adequadas, esses impactos podem ser significativamente reduzidos. Mas como proteger seus negócios e suas propriedades desse fenômeno natural?

Para ajudar a prevenir e/ou mitigar os danos causados pela queda de raios, a equipe de Risk Engineering Services da Swiss Re Corporate Solutions criou um guia sobre os riscos associados a quedas de raios, que pode ser encontrado no portal da companhia.

Enrico Ventura deixa o grupo Bradesco Seguros

Enrico Ventura, diretor-gerente de Auto/RE da Bradesco Seguros, deixou o grupo depois de 25 anos de serviços prestados ao conglomerado. A noticia foi confirmada por ele. Questionado se estaria indo para a insurtech ThinkSeg, segundo rumores nos bastidores do setor, ele afirmou que primeiro vai descansar e depois pensar no desafio que tem pela frente num mercado cheio de oportunidades como o de seguros. “A única certeza que eu tenho é que quero muito continuar contribuindo para a melhoria e crescimento do mercado de seguros”, afirmou ele ao blog Sonho Seguro.

Enrico era um dos profissionais mais envolvidos com inovação, presente em centenas de eventos nacionais e internacionais no último ano. Certamente será disputado neste mercado que busca lideranças que já mudaram a forma de pensar diante da transformação digital que os consumidores exigem. “Tenho um carinho e admiração enorme pelo Bradesco. Construi minha carreira na empresa e fiz grandes amigos. Ficam boas recordações, mas agora é olhar para o futuro, que com certeza será muito bom”, finalizou.

Outubro foi um bom mês para fundos PGBL e VGBL, segundo GuruPrev

Release

O site GuruPrev divulgou os resultados sobre os planos PGBL/VGBL do mercado até o mês de outubro. A base analisada tem 9.046 planos de previdência do mercado e mais de 1.256 fundos de investimentos vinculados aos planos.

Houve uma expressiva recuperação da rentabilidade dos planos no mês de Outubro. Após a grande volatilidade do mercado verificada durante o ano de 2018 em função das expectativas das eleições e do conturbado ambiente econômico no exterior, os PGBL/VGBL se recuperaram e apresentaram um resultado médio muito bom no acumulado do ano, em todas as modalidades de fundos de investimento.

Segundo o levantamento, a rentabilidade média no mês de outubro foi de 2,64%, ou 486,1% do CDI. No acumulado do ano de 2018, a média foi de 6,1%, o que representou 113,0% do CDI. Nos últimos 12 meses, a média dos fundos analisados é de 7,0%, 106,8% do CDI. O retorno médio dos PGBL/VGBL também excede o CDI se estendermos essa pesquisa para um período de 24 meses, no qual registrou 104,5% do CDI ou 19,2% em termos nominais. Em 36 meses, a rentabilidade média dos fundos PGBL/VGBL também foi melhor que o CDI, no qual anotaram 39,4%, o que equivale a 112,5% do CDI.

Em comparação ao CDI, os últimos três meses apresentaram uma melhora significativa dos fundos em relação ao principal benchmark do mercado. No mês de agosto apenas 4% deles superaram o CDI, em setembro, mais de 56% renderam acima do CDI e no mês de outubro, 88% dos fundos PGBL/VGBL renderam acima do CDI.

Os tipos de fundos que tiveram os melhores ganhos são os fundos mais “agressivos”, ou seja, que possuem uma carteira de investimentos com papéis mais voláteis, como por exemplo, ações e títulos públicos de longo prazo. Por isso, os melhores fundos do mês de outubro de 2018 foram muito influenciados pela alta da bolsa de valores (Ibovespa registrou 10,2% no mês) e pela elevação do preço dos títulos públicos indexados ao IPCA de longo prazo (por exemplo, IMA-B 5+* registrou variação positiva de 10,7%).

No geral, em 2018, cerca de 46% dos fundos não superaram o CDI.
Apesar do rendimento médio do mercado ter obtido um retorno acima do CDI no ano (113%), a média ponderada pelo PL de todos os fundos ficou abaixo do CDI (89,9%). Ou seja, a maior parte dos fundos do mercado ficou acima do CDI mas a maior parte do patrimônio de todos os fundos ficou abaixo do CDI.

Os fundos que ficaram acima do CDI (631)** têm um PL somado de R$ 123,4 bilhões e os fundos que ficaram abaixo do CDI (531)** têm PL somado de R$ 637,8 bilhões. Outro dado interessante é que somente 20% dos fundos com PL superior a R$ 1 bilhão tiveram rentabilidade superior ao CDI mas 57,7% dos fundos com PL inferior a R$ 1 bilhão superaram o CDI.

Os fundos de investimentos PGBL/VGBL com PL superior a R$ 10 Bilhões, 17 no total, registraram em média 85,4% do CDI, ou 4,59% nominal. Um resultado bem inferior à média do mercado – somados, esses fundos possuem um PL de R$ 364,7 Bilhões (47,5% do PL dos 1.256 fundos do mercado).

No mês de outubro, os 10% melhores do mercado registraram uma rentabilidade média de 8,42%, ou 1.551% do CDI. Enquanto que os 10% piores no mês renderam 0,33% ou o equivalente a 61,0% do CDI.

No acumulado do ano, os 10% melhores registraram uma rentabilidade média de 10,3% ou 192% do CDI. Enquanto que os 10% piores no período renderam 3,24% ou o equivalente a 60,3% do CDI.

Na média, os fundos mais baratos performaram melhor do que os mais caros. A Taxa de Administração média dos melhores é de 1,0% a.a., e a dos piores, de 1,9% ao ano.
Na categoria dos melhores fundos observamos que o PL médio é de R$ 99,6 Milhões, enquanto que os piores têm um PL médio de R$ 791 Milhões.

Os fundos de investimentos PGBL/VGBL terminaram o mês de outubro com um patrimônio total de R$ 766,5 bilhões, distribuídos nas modalidades de renda fixa, multimercados, balanceados e data-alvo. Em outubro do ano passado o valor era R$ 696,7 bilhões, portanto, um crescimento de 10,0%. Neste ano, o crescimento do Patrimônio Líquido destes fundos de investimento foi de 7,7%.

FenSeg reúne profissionais de mercado sobre o tema Seguro de Lucros Cessantes

Release

A Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) promoveu o seminário “Seguro de Lucros Cessantes: um velho conhecido não tão conhecido assim”. O evento aconteceu no auditório da Escola Nacional de Seguros, em São Paulo, e reuniu diversos perfis de profissionais do mercado interessados em conhecer mais sobre o que é e como funciona esta modalidade de seguro.

Na abertura do seminário, o diretor da FenSeg, Julio Rosa, falou sobre o desafio dos profissionais de entenderem o seguro de lucros cessantes (LC) e a questão dos riscos diferenciados em cada caso de apólice. “Eventos como esse destacam a necessidade de investirmos em conhecimento técnico para estarmos sempre em sintonia com todos os procedimentos do mercado”.

Com conteúdo direcionado a funcionários de seguradoras como gerentes, técnicos, assistentes e subscritores, além de analistas, reguladores de sinistros, corretores de seguros e resseguradores, o evento é uma iniciativa da Comissão de Riscos Patrimoniais e Grandes Riscos da FenSeg (CRP). Para dar ainda mais dinâmica ao evento, a vice presidente da Comissão, Thisiane Martins, abriu um espaço para envio de perguntas em tempo real, via internet. “É importante incentivar a troca de informações e experiências”, salientou.

Foram dois painéis ministrados pelo membro da Comissão de Riscos Patrimoniais e Grandes Riscos da FenSeg e gerente de Riscos do Grupo BB Mapfre, Nelson Vieira de Souza. Em termos gerais, ele apresentou questões como as formas de contratação do seguro de lucros cessantes, a rentabilidade das apólices, a regulação de sinistros e cálculos de indenizações. “Deve-se observar a perda financeira da empresa. Muitas vezes, quem contrata seguros fica focado apenas no dano material. O lucro cessante avalia questões que vão além, como o ciclo do produto, despesas que continuam a existir mesmo após a ocorrência do sinistro como salários de funcionários, etc. Aliás, o sinistro deve sempre ser encarado como um possibilidade e uma realidade”, explicou para o público.

A contratação deste tipo de apólice constitui o ponto de sustentação do sistema empresarial. Permite a continuidade da vida lucrativa da empresa após sinistro, escorando-a financeiramente e desempenhando um importante papel social com relação às pessoas físicas ou jurídicas interessadas (sócios, acionistas, empregados, bancos etc).

Após os painéis, houve um momento dedicado a profissionais de mercado para debate de experiências e perspectivas de mercado. Além dos membros da CRP FenSeg, participaram dos debates Alexandre Jardim (corretor de seguros especialista da AON); José Carlos Lacerda (diretor do IRB Brasil Re); Viviane Schmidt (especialista em LC e Alop da MDD Brasil Consultoria).

Todos concordaram que o seguro LC é um mecanismo de proteção das empresas em diversos níveis, inclusive de seu capital intelectual. Para eles, a preocupação dos clientes com este tipo de apólice tende a crescer conforme houver a difusão de informação e a customização das apólices, de como cada uma delas é redigida de acordo com o perfil do segurado, o tamanho do negócio e a análise de seus riscos de forma individualizada.

Bradesco Seguros promove XIII Fórum da Longevidade em São Paulo

Release

O Grupo Bradesco Seguros, líder do mercado de seguros no Brasil, realiza, no dia 21/11 (quarta-feira), no Hotel Unique, em São Paulo, o XIII Fórum da Longevidade Bradesco Seguros, reunindo especialistas e personalidades nacionais e internacionais para tratar do tema da longevidade em seus diversos aspectos. No evento, também serão anunciados os vencedores da oitava edição dos Prêmios Longevidade Bradesco Seguros e apresentados os resultados de uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Locomotiva.

“Nosso principal objetivo é difundir para a sociedade brasileira a importância da conquista da longevidade em seu conceito mais amplo e discutir os impactos nas diferentes esferas da vida. Se vamos viver mais, temos que nos preparar para aproveitar esse bônus de longevidade da melhor forma possível, com saúde, bem-estar e planejamento financeiro”, destaca o diretor do Grupo Bradesco Seguros Alexandre Nogueira.

Dentre os palestrantes que participarão do Fórum, cujo tema será ‘O Futuro da Longevidade’, destacam-se Stephen Johnston, mestre em Economia pela Harvard Business School e um dos fundadores da Aging 2.0, plataforma global de inovação para melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas. Ele abordará a importância da inovação para quem vive mais.

Alexandre Kalache, médico, professor, presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil e consultor de longevidade da Bradesco Seguros, falará sobre o futuro da longevidade. Já a especialista em Gerontologia Denize Mazzaferro, membro do Conselho Gestor do OLHE (Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento) e Sócia Diretora de Negócios na Angatu IDH, abordará a preparação para viver 100 anos.

A médica geriatra Maísa Kairala participará do painel “O Futuro da Saúde: Gestão e Coordenação do Cuidado”, ao lado de Marília Berzins, doutora em Saúde Pública pela USP e Mestre em Gerontologia pela PUC – SP.

Haverá ainda presença especial da Baronesa Sally Greengross, vencedora do Prêmio OBE, uma das maiores honrarias da coroa britânica. Ela soma mais de 40 anos trabalhando com envelhecimento saudável e políticas para idosos.

Um encontro de gerações reunirá a cantora e compositora Mariana Aydar em uma participação especial ao lado de seu pai, o multi-instrumentista Mário Manga. Como mestre de cerimônias, a atriz e apresentadora Cissa Guimarães comandará o evento.

Durante a programação, será divulgada com exclusividade pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva: Grey Power – como a sociedade e as empresas devem se preparar para lidar com o mercado que mais cresce no Brasil e já movimenta R$1,6 trilhão por ano.

O Brasil é hoje um dos países que mais rapidamente envelhecem no mundo. Segundo projeções do IBGE, o país terá mais um milhão de idosos a cada ano, nos próximos dez anos, e chegará a 2060 com 73,5 milhões de pessoas acima de 60 anos, o equivalente a um terço de uma população estimada em 218 milhões de habitantes. A expectativa de vida ao nascer já alcança 76,2 anos, contra 45,5 em 1940.

A programação inclui também a entrega dos Prêmios Longevidade Bradesco Seguros, que chegam à sua oitava edição com o objetivo estimular a reflexão sobre os efeitos da transformação da estrutura etária da população brasileira e mundial, em seus mais diferentes aspectos. Serão reconhecidos os trabalhos nas modalidades de Jornalismo, Histórias de Vida e Pesquisa em Longevidade.

Realizado desde 2006, o Fórum da Longevidade faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pelo Grupo Bradesco Seguros com o intuito de difundir a importância de conquistar um envelhecimento ativo e saudável, aliando proteção e planejamento financeiro a um futuro com qualidade de vida e bem-estar.

Além do Fórum e dos Prêmios Longevidade, as iniciativas incluem o Circuito da Longevidade, conjunto de provas de corrida e caminhada realizadas em diversas cidades do Brasil desde 2007, e que já reuniu mais de 450 mil participantes; o programa Porteiro Amigo do Idoso, que capacitou mais de 3,5 mil profissionais, em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo; o movimento Conviva, que visa incentivar a convivência harmoniosa entre ciclistas, motociclistas, motoristas e pedestres, englobando, entre outras ações, a Ciclo Faixa de Lazer de São Paulo; e o Programa Juntos pela Saúde, conjunto de ações lançado em 2006 para estimular iniciativas de promoção da saúde.

Todas essas ações estão inseridas no Portal ‘Viva a Longevidade’ (vivaalongevidade.com.br), que tem como objetivo orientar e estimular a população a não apenas viver mais, mas viver com mais qualidade.

Além de informações extraídas das mais diversas fontes especializadas e permanentemente atualizadas, o portal oferece ao usuário acesso a simuladores, testes sobre saúde e dicas de alimentação saudável e de planos de previdência privada indicados para diferentes perfis de investidores.

O portal também abre espaço para os “Embaixadores da Longevidade Bradesco Seguros”, especialistas com atuações temáticas referentes a cada um dos pilares da longevidade: ‘Conhecimento’, Alexandre Kalache; ‘Finanças’, a jornalista Mara Luquet; ‘Convivência’, a também jornalista Márcia Peltier; e ‘Bem-estar’, o ex-atleta Robson Caetano.

Serviço

XIII Fórum da Longevidade Bradesco Seguros
Quando: 21 de novembro (quarta-feira), das 8h às 17h00
Local: Hotel Unique, Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4700 – Jardim Paulista, São Paulo

Programação

8h30 – Abertura da Plenária
9h – Introdução: O Futuro da Longevidade (Alexandre Kalache)
9h25 – Inspiracional: Você está preparado para viver 100 anos? (Denise Mazzaferro)
9h35 – Conferência: A genética e o sonho da vida eterna (Lygia da Veiga Pereira)
10h – Inovação Aging 2.0: Tecnologias para a longevidade (Stephen Johnston e Pedro Doria)
11h10 – O Futuro da Saúde: gestão e Coordenação do Cuidado (Dra. Maísa Kairala e Marília Berzins)
12h – Economia da Longevidade: Planejando o Futuro (Mara Luquet e Jorge Félix)
12h40 – Entrega do Prêmio Longevidade Bradesco Seguros (categoria Jornalismo)
12h50 – Presença especial: Baronesa Sally Greengross
13h40 – Entrega do Prêmio Longevidade Bradesco Seguros (categoria Pesquisa)
14h20 – Longeratividade (Renato Meirelles e Carlos Júlio)
14h55 – Entrega do Prêmio Longevidade Bradesco Seguros (categoria Histórias de Vida)
15h05 – Ícone da Longevidade

ARTIGO: O Sistema de Saúde no Brasil oferece lições para todos

Por Robert Pearl, professor de Medicina e Administração em Saúde da Universidade de Stanford, colunista da Revista Forbes, autor do livro ‘Mistreated: Why we think we’re getting good healthcare and why we’re usually wrong’ e ex-CEO da Kaiser Permanente

No dia 22 de outubro, eu tive o privilégio de fazer a palestra magna no 4º Fórum da Saúde Suplementar, no Rio de Janeiro, Brasil, com foco no “Desafio da Eficiência em Saúde” em todo o mundo. Apresentada pela FenaSaúde, a conferência foi dedicada a melhorar a saúde do país por meio de maior qualidade, melhor acesso e maior acessibilidade aos cuidados.

A presidente da organização, Solange Beatriz Palheiro Mendes, abriu a programação de dois dias com um admirável e abrangente discurso, enfatizando a magnitude dos desafios que a saúde do Brasil enfrenta, em grande parte como resultado de uma recessão que causou a saída de 3 milhões dos 55 milhões de beneficiários de planos de saúde no país.

Em sua fala, Solange Beatriz enfatizou a necessidade de integrar partes distintas da cadeia de saúde suplementar, expandir os serviços de atenção primária, reduzir custos e passar de um modelo de pagamento fee-for-service para um com foco em qualidade. Suas observações evocaram os problemas que escutei durante minha viagem à Austrália no início deste mês e em quase uma dúzia de conferências nos EUA, nas quais participei neste outono.

Entretanto, existem diferenças importantes na abordagem de cada nação aos problemas. Por exemplo, uma coisa particularmente se destacou para mim neste Fórum no Brasil. Não só vi a participação de CEOs das empresas de seguros e lideranças médicas, mas também algumas autoridades do alto escalão do Governo.

Na plateia, estavam o Ministro da Saúde do país, Gilberto Occhi, acompanhado pelo Ministro da Justiça, Torquato Jardim. Reunir esses dois líderes tão importantes do governo com uma ampla gama de executivos da saúde e especialistas criou um solo fértil para coordenação e colaboração, ambos essenciais para melhorar o atendimento médico de uma nação. Eu não acredito que tenha visto essa magnitude de parceria público-privada nos Estados Unidos, mas recomendo que nosso país siga essa liderança do Brasil.

Durante toda a conferência, ouvi atentamente os notórios especialistas no palco. Em minhas análises, concentrei-me nos desafios da saúde que são enfrentados por nações ao redor do mundo. Elas incluem: um rápido envelhecimento da população, a expansão das doenças crônicas e o aumento dos custos médicos – geralmente crescendo muito mais rápido que o PIB.

Tal é o caso no Brasil, onde o sistema público é incapaz de acompanhar as necessidades de saúde de sua população e o governo é incapaz de financiar a lacuna. Apesar desse desafio, acredito que o Brasil poderia ser um modelo para o futuro da saúde por meio da ruptura tradicional.

Como os Estados Unidos, o Brasil é um país de grandes extensões. Portanto, é impossível fornecer atendimento médico de alto padrão em todas as regiões. Para isso, tecnologias como vídeo e cuidados digitais poderiam melhorar muito o acesso da nação ao atendimento, reduzindo os custos.

Além disso, embora a qualidade dos cuidados médicos prestados por meio dos planos suplementares privados seja excelente, os custos permanecem problemáticos para empresas e famílias. Nos segmentos em que houve regulação de preços, os planos de saúde estão buscando abordagens inovadoras para a prestação de cuidados. Encorajei tanto o setor privado quanto o público a abraçar as mudanças e juntos avançar.

No final do dia, participei de um painel de discussão com representantes da Academia, hospitais, planos de saúde e lideranças médicas. Nosso assunto: O que precisa acontecer a seguir?

Fui questionado sobre o que eu faria se eu fosse responsável pela saúde da população brasileira. Eu disse que encorajaria a formação de organizações de saúde integradas, cada uma atendendo pelo menos com 50.000 beneficiários. Elas seriam pagas pelo sistema de atendimento seguindo o modelo capitation (número de pacientes atendidos). Também seriam conectadas por meio de um EHR (prontuário eletrônico de saúde) comum e abrangente. E ofereceriam aos pacientes uma variedade de maneiras de obter assistência médica virtual sem custo adicional.

Em minhas observações finais, incentivei a FenaSaúde, o governo e todos os líderes, na plateia, a marcar a data 22 de outubro de 2018 e iniciar a contagem regressiva que termina daqui a cinco anos.

Imagine o que aconteceria, eu disse, se todos prometessem interromper os pagamentos a qualquer médico ou hospital que falhasse nessa data para atender às suas demandas por qualidade, acesso e acessibilidade. Evidentemente, fiquei surpreso com os aplausos que seguiram a essa recomendação.

Gostaria de agradecer às seguintes pessoas por tornarem minha visita ao Rio uma experiência maravilhosa e educativa: Sandro Leal Alves, superintendente de regulação da FenaSaúde, José Cechin, diretor executivo, e Ana Marques, superintendente de eventos.

Eu espero acompanhar de perto o sucesso do Brasil no futuro.

Mudança nas federações que compõem a CNseg

As Federações representadas pela CNseg (FenSeg, FenaPrevi e FenaCap) registraram, na quarta-feira, 7, as chapas que vão disputar as eleições nas respectivas entidades, cumprindo normas estatutárias para o triênio 2019/2022. Na FenaSaúde, o registro da chapa ainda não foi deliberado, o que deverá ocorrer nas próximas semanas.

A definição do processo eleitoral nas Federações antecipa parte da configuração da futura diretoria da CNseg para o triênio 2019/2022. Isso porque os presidentes das Federações são vice-presidentes natos da CNseg.

O Conselho Diretor aprovou a recondução de Marcio Coriolano à Presidência da CNseg para novo mandato no período de abril de 2019 a março de 2022, cuja formalização ocorrerá na reunião de Conselho de Representantes em fevereiro de 2019. Confira abaixo a chapa registrada por cada Federação:

Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg)
Antonio Eduardo Márquez de Figueiredo Trindade substituirá João Francisco Silveira Borges da Costa

Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi)
Jorge Nasser sucederá Edson Franco

Federação Nacional de Capitalização (FenaCap)
Marcos Renato Coltri será reeleito