Controlada da Totvs compra Agger, plataforma do setor de seguros

A Dimensa, empresa de tecnologia voltada ao setor financeiro que é controlada pela Totvs, celebrou nesta segunda-feira (9) um contrato para aquisição da totalidade do capital da Agger por R$ 260 milhões, segundo nota.

A Agger é uma das principais plataformas no mercado de software para o segmento de seguros, oferecendo soluções focadas em corretores, que incluem funcionalidades como multicálculo e gestão de apólices, explica a Totvs, em comunicado. A Agger tem cerca de 150 colaboradores e registrou receita recorrente anualizada bruta de aproximadamente R$ 60 milhões no primeiro trimestre de 2025, após apresentar taxa anual de crescimento composta de 38% entre 2020 e 2024.

“Para a Dimensa, a operação representará um movimento estratégico alinhado à sua tese de crescimento orgânico, combinado com expansão via fusões e aquisições. Adicionalmente, a operação da Agger é complementar à atuação da Quiver, o que poderá gerar potenciais sinergias estratégicas. Juntas, elas ampliarão a presença da Dimensa no segmento de seguros e se beneficiarão da complementaridade de perfis de clientes e funcionalidades, potencializando mais um segmento de tecnologias para instituições financeiras”, destaca a Totvs.

AXA Brasil lança Seguro Agrícola

A AXA no Brasil anuncia sua entrada no mercado de Seguro Agrícola com o lançamento de um produto que alia proteção financeira ao compromisso com práticas ESG. O Seguro Agrícola da AXA chega em um momento importante para a companhia, que celebra 10 anos de atuação no país e consolida o portfólio mais completo de soluções para seguros empresariais.

“Do pequeno ao grande risco, trabalhamos com todos os perfis e oferecemos opções para diversos desafios enfrentados pelos negócios brasileiros. Agora, ampliamos ainda mais nossa atuação com o agro, um segmento essencial para o PIB. O Brasil responde por 11% dos alimentos consumidos globalmente. Não podemos falar de desenvolvimento sustentável sem atender ao agronegócio brasileiro de forma responsável e inteligente”, afirma Arthur Mitke, vice-presidente de Subscrição e Sinistros, em nota.

O processo de subscrição incorpora tecnologia para uma análise criteriosa dos riscos, baseada em dados oficiais e validações automatizadas. São utilizados indicadores como trabalho escravo, proximidade de comunidades quilombolas, embargos do ICMBio e IBAMA (por área e CPF/CNPJ), além da localização de sítios arqueológicos e terras indígenas. Esses mecanismos visam coibir práticas ilegais e garantir que as áreas seguradas estejam em conformidade com as normas ambientais e sociais.

A tecnologia também é empregada na leitura de imagens de satélite, com a inteligência artificial avaliando riscos sociais e ambientais. E, durante a vigência da apólice, são implementados mecanismos que detectam indícios de desmatamento e trabalho infantil análogo à escravidão.

A subscrição do produto também é altamente personalizada, combinando dados de sensoriamento remoto e dados de campo que alimentam modelos preditivos de produtividade, garantindo uma avaliação de risco a nível de talhão e, dessa forma, a oferta de termos e condições aderentes à realidade de cada produtor.

“Esse lançamento reforça nossa posição como apoiadores e agentes ativos na transformação do mercado, promovendo práticas ESG no campo e ampliando o acesso do produtor rural à proteção financeira de qualidade”, conclui Arthur.

Unimed Axis e Hcor fecham parceria para apoiar gestão e consultoria hospitalar do Sistema Unimed

Fonte: Unimed

A Unimed Participações, holding e hub de negócios do Sistema Unimed, anuncia uma parceria estratégica entre a Unimed Axis, sua nova controlada, e o Hcor Consultoria e Gestão. O objetivo é que o Hcor passe a apoiar a Unimed Axis no aprimoramento da gestão de recursos próprios do Sistema Unimed, promovendo maior eficácia na operação, sustentabilidade e excelência assistencial, de acordo com as necessidades e estratégias de cada cooperativa da marca. A iniciativa reforça o compromisso da Unimed Participações com a construção de soluções sustentáveis, em conjunto com parceiros qualificados do setor.

O Hcor, novo parceiro homologado, possui uma área de Consultoria e Gestão, e, em parceria com a Falconi, atua na entrega de soluções exclusivas e customizadas para instituições hospitalares que buscam aperfeiçoar a gestão e a qualidade assistencial. Atualmente, a área atua com projetos em dez estados nos segmentos hospitalar, público e de clubes poliesportivos.

A colaboração firmada entre Unimed Axis e Hcor Consultoria e Gestão oferece aos 167 hospitais próprios do Sistema Unimed a possibilidade de contarem com o apoio técnico de uma instituição de referência que atuará na validação de modelos de gestão e práticas assistenciais, contribuindo para a elevação dos padrões de qualidade já reconhecidos do maior sistema de cooperativas médicas do mundo. 

O Hcor terá sua expertise aplicada na identificação de oportunidades de melhoria, no apoio técnico às cooperativas, e na padronização de processos, com foco em ganhos de operação, redução de custos e aprimoramento da experiência dos pacientes. A Unimed Axis chega ao mercado com o objetivo de somar à gestão dos recursos próprios do Sistema Unimed, que detém 38% de participação no mercado da saúde suplementar brasileira.

“Entre os benefícios esperados com a implantação da Unimed Axis estão a possibilidade de potencializar os recursos próprios, por meio de serviços especializados, obtenção de incentivos fiscais e tributários, a realização de compras em escala para redução de custos, e a melhor utilização da infraestrutura hospitalar. Além disso, a proposta é apoiar a verticalização assistencial do Sistema Unimed, promovendo maior padronização e eficácia em todas as operações “, afirma Eduardo Chinaglia, presidente da Unimed Participações.

A expectativa da Unimed Participações é que, no primeiro ano de atuação da Unimed Axis, os hospitais que adotarem o novo modelo de gestão alcancem um ganho de eficiência operacional e financeira entre 15% e 20%, promovendo uma administração mais assertiva. 

Para o CEO do Hcor, Julio Vieira, a parceria amplia e consolida a atuação da área de Consultoria e Gestão do hospital. “É uma oportunidade de contribuirmos com nossa expertise junto aos profissionais e gestores que trabalham, diariamente, com cuidados em saúde nas mais variadas regiões de um país continental como o Brasil”, aponta Vieira.   

Além do Hcor, a Unimed Axis já conta com a colaboração técnica do Instituto de Cooperação para Desenvolvimento da Saúde (ICDS), também homologado como parceiro institucional para apoiar na gestão dos recursos próprios do Sistema Unimed. 

Novo recorde de beneficiários e expansão dos planos odontológicos

Fonte: Fenasaúde

O setor de saúde suplementar atingiu um novo recorde em abril de 2025, com 52,3 milhões de beneficiários em planos médico-hospitalares e 34,8 milhões em planos exclusivamente odontológicos, segundo dados divulgados pela ANS. Em 12 meses, o crescimento foi de quase 1 milhão de usuários nos planos médicos e de 1,9 milhão nos odontológicos.

A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) avalia que o aumento do número total de beneficiários é resultado da valorização que os brasileiros vêm dando à qualidade dos serviços que os planos propiciam, uma tendência consolidada no pós-pandemia. A entidade também celebra o expressivo avanço no segmento odontológicos. 

“O crescimento dos planos odontológicos mostra como os brasileiros estão reconhecendo a importância da saúde bucal. O acompanhamento odontológico regular contribui para a melhoria da saúde com um todo, evitando outros tipos de doenças, como as cardiovasculares”, afirma Bruno Sobral, diretor executivo da FenaSaúde. 

ESSOR lança produto exclusivo para agentes de cargas

Fonte: Essor

ESSOR lança produto exclusivo para agentes de cargas

O seguro oferece proteção de Erros & Omissões, essencial para os que atuam no setor   

Maurício Silva, head of marine da ESSOR Seguros- Foto: Manoel Petry

A ESSOR Seguros, em parceria com a Albatroz MGA, empresa especializada na gestão de riscos com larga experiência no setor de transporte de cargas, lançou o seguro de Erros e Omissões (E&O) voltado especialmente para agentes de cargas. “Com foco na inovação e na oferta de soluções integradas, lançamos um produto exclusivo e personalizado. Além de proporcionar benefícios competitivos aos clientes, ele garante tranquilidade e proteção para suas operações,” enfatiza Maurício Silva, head of marine da ESSOR.

Responsável pela organização e coordenação do transporte de mercadorias, o agente de cargas atua como intermediário entre os remetentes e os transportadores, garantindo que as cargas sejam entregues de maneira eficiente e segura. Entre as suas responsabilidades estão a negociação de tarifas, a preparação de documentos de transporte, a coordenação logística e o acompanhamento do status das entregas.

Coberturas – Como a atividade é sujeita a uma grande variedade de riscos, o seguro de E&O da ESSOR oferece entre as principais coberturas: Erros & Omissões, que protege contra falhas na prestação de serviços, como, por exemplo, erros na documentação que possam causar prejuízo ao cliente; Responsabilidade Civil, que cobre danos a terceiros durante a execução dos serviços; Defesa Jurídica, que garante assistência em processos legais decorrentes de reclamações de clientes ou terceiros e Indenizações, pagamento indenizando por prejuízos financeiros causados por erros ou omissões.

Além das coberturas serem adaptadas as necessidades específicas dos agentes de cargas, Maurício Silva destaca como um dos benefícios que o segurado tem ao contratar o seguro de E&O da ESSOR, a maior credibilidade frente a concorrência no setor. “Ao demonstrar compromisso com a qualidade e a segurança dos serviços prestados, ele, consequentemente, melhora a sua reputação profissional”, conclui o head of marine da ESSOR.

Seguro de vida para PMEs cresce 50% na Prudential do Brasil

Fonte: Prudential

A contratação de seguros de vida por pequenas e médias empresas aumentou em 50% na Prudential do Brasil só nos primeiros quatro meses de 2025, se comparado ao mesmo período do ano passado. A alta vem sendo registrada desde 2024, quando houve o mesmo crescimento de 50% em relação a 2023. Hoje, as PMEs já representam mais da metade da carteira de clientes corporativos da seguradora. 

A tendência identificada pela Prudential do Brasil reflete o crescimento do número de PMEs no país e o movimento que tem sido feito por esses pequenos e médios negócios para atrair e reter talentos em um mercado de trabalho competitivo, no qual os profissionais mais qualificados privilegiam empresas que oferecem uma série de benefícios corporativos, como o seguro de vida. De acordo com o Sebrae, as micro, pequenas e médias empresas representam 97% de todas as companhias no país e foram responsáveis por 72% dos empregos formais gerados no país em 2024. 

“Observamos que os benefícios corporativos deixaram de ser um privilégio exclusivo das grandes empresas e passaram a ser uma importante ferramenta de atração e retenção de talentos para PMEs. Entre esses benefícios, o seguro de vida em grupo tem ganhado destaque por seu custo acessível, flexibilidade e alto valor percebido pelos colaboradores”, analisa o diretor executivo de negócios da Prudential do Brasil, Erick Kluft. 

O seguro de vida para PMEs pode incluir coberturas que vão além da tradicional “morte natural ou acidental”, como invalidez permanente total ou parcial por acidente, doenças graves e auxílio funeral. Os produtos também podem oferecer assistências que incentivam os colaboradores a cuidar da saúde e possuem alto valor agregado como benefício para os funcionários, como assistência psicológica, orientação financeira e jurídica, telemedicina, descontos em farmácias, check-up e programas de bem-estar.

“O seguro de vida em grupo para pequenas e médias empresas oferece uma ampla gama de coberturas e assistências que vão muito além da proteção em caso de falecimento. Essas soluções são pensadas para agregar valor ao pacote de benefícios da empresa e proporcionar segurança e bem-estar aos colaboradores e suas famílias”, afirma Kluft.

Zurich leva corretores e parceiros para a Croácia

Fonte: Zurich

Praias paradisíacas, ilhas deslumbrantes, muralhas imponentes, gastronomia única e uma arquitetura que atravessa séculos. Foi nesse cenário que corretores e parceiros de negócios contemplados na campanha Vou com a Zurich 2024/2025 – 25 corretores- viveram uma experiência inesquecível na Croácia, entre os dias 15 e 22 de maio de 2025.  

A campanha Vou com a Zurich acontece desde 2012 e é uma das iniciativas de incentivo da companhia no Brasil. Seu objetivo é reconhecer os parceiros estratégicos que fazem a diferença no crescimento dos negócios. Após a viagem para Cartagena, na Colômbia, agora foi a vez da Croácia receber os agraciados, em uma experiência de reconhecimento, relacionamento e celebração de resultados. 

O destino, localizado no Leste Europeu, é conhecido por encantar turistas do mundo todo com sua combinação única de natureza exuberante, cultura vibrante e cidades históricas como Split e Dubrovnik,que fizeram parte do roteiro exclusivo preparado para os corretores e parceiros de negócios.  

Durante os dias de viagem, os viajantes tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura local, explorar paisagens deslumbrantes e celebrar os resultados alcançados ao longo da campanha, em uma programação pensada especialmente para reconhecer. 

“Mais do que uma viagem, essa experiência na Croácia representa o nosso compromisso em valorizar quem caminha ao nosso lado. Estar próximo dos nossos corretores e parceiros, comemorando seus resultados e fortalecendo nossa parceria, é parte essencial da cultura da Zurich. A campanha Vou com a Zurich reflete nosso agradecimento a esses profissionais que contribuem ativamente para um crescimento conjunto”, destaca Márcio Benevides, diretor executivo de Distribuição da Zurich. 

A viagem reforça um dos pilares da Seguradora: estar próxima dos seus parceiros estratégicos, reconhecendo o desempenho e fortalecendo uma relação construída na confiança e na colaboração. 

“É uma satisfação enorme participar dessa viagem organizada pela Zurich, uma empresa com a qual mantemos uma parceria sólida e de longa data. Mais do que um momento de celebração, é uma oportunidade de estreitar ainda mais os laços com os executivos da companhia e com outros parceiros de mercado. Costumo dizer que fazer negócios é muito bom, mas fazer negócios com amigos é ainda melhor. Que possamos seguir juntos, construindo muitas outras oportunidades como essa”, afirma Ariel Couto, CEO da MDS do Brasil.  

“Viver essa experiência reforça, mais uma vez, o quanto a Zurich valoriza e investe na parceria com seus clientes e parceiros. Começamos essa jornada juntos de forma muito orgânica, e, ao longo do tempo, construímos uma relação baseada na confiança, na dedicação e na busca constante por resultados relevantes. Estar aqui é, sem dúvida, uma oportunidade de conexão, de fortalecimento da nossa parceria e de pensar em soluções que contribuam cada vez mais para a evolução dos nossos negócios”, ressalta Daniele Moreno, gerente executiva do Banco Carrefour. 

“A campanha Vou com a Zurich é uma oportunidade de ouvir, aprender e construir juntos. Cada encontro como este nos aproxima ainda mais dos nossos parceiros e corretores, ajudando-nos a entender, com profundidade, os desafios e as oportunidades do mercado. É dessa troca constante que nascem as melhores soluções e os caminhos para crescermos juntos”, afirma Sidemar Spricigo, diretor executivo de Parcerias da Zurich. 

Seguro de vida passa a incentivar hábitos saudáveis e a prevenção da obesidade no dia a dia 

Fonte: Mapfre

Em um país onde 60% da população está acima do peso, segundo dados da World Obesity Federation, e o custo com doenças crônicas não transmissíveis cresce ano após ano, iniciativas de prevenção têm se tornado prioridade tanto para o setor público quanto para empresas que atuam na área da saúde. Uma dessas iniciativas vem do setor de seguros, que começa a redefinir seu papel tradicional ao incluir, nos produtos de vida, benefícios voltados ao cuidado com o bem-estar e à mudança de estilo de vida.
 

É o caso da seguradora MAPFRE, que oferece no seu Seguro de Vida Individual o programa ‘MAPFRE Cuidado de Você’, uma plataforma de serviços voltada à promoção da saúde, com foco na prevenção. Por meio do programa, os segurados têm acesso a descontos em diversas especialidades, como nutrição, psicologia e nutrologia, tanto em formato online como presencial. O atendimento com nutrólogos, por exemplo, permite identificar deficiências nutricionais, tratar distúrbios alimentares, orientar o uso adequado de suplementos e ajustar a alimentação de acordo com as necessidades individuais.
 

A proposta da MAPFRE acompanha uma tendência de valorização da saúde preventiva no Brasil. Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, mais de 75% dos óbitos no país estão relacionados a doenças crônicas, como diabetes tipo 2, hipertensão e obesidade. Parte significativa desses casos poderia ser evitada com intervenções simples no estilo de vida, como reeducação alimentar, controle de peso e atividade física regular.
 

“Nosso objetivo é ampliar o olhar sobre o seguro de vida. Ele não precisa ser acionado apenas em situações extremas. Pode, e deve, ser um aliado no cuidado contínuo da saúde, ajudando as pessoas a viverem com mais qualidade agora”, explica a diretora técnica de seguro de vida da MAPFRE, Hilca Vaz. “Ao oferecer suporte ao bem-estar físico e emocional, queremos tornar o seguro mais próximo da rotina das pessoas.”, conclui. 
 

A aposta no cuidado preventivo acompanha mudanças no comportamento do consumidor, cada vez mais atento à sua própria saúde e buscando soluções integradas para o seu dia a dia. Segundo Hilca, o foco na prevenção é um movimento positivo não apenas para os clientes, mas também para o setor como um todo. Para a executiva, incentivar hábitos saudáveis pode significar, no médio e longo prazo, uma redução na sinistralidade e maior longevidade das apólices. “Quanto mais as seguradoras investem em prevenção, mais sustentável tende a ser o modelo”, afirma Hilca. 
 

“A MAPFRE vê esse posicionamento como parte de uma transformação mais ampla. Em vez de atuar apenas como amparo em momentos difíceis, o seguro pode assumir um papel ativo na construção de um futuro mais saudável e equilibrado. Acreditamos no cuidado integral entre corpo, mente e segurança financeira. E isso começa com escolhas diárias que impactam diretamente na qualidade de vida”, conclui.

Folha: captação de planos VGBL caiu 80% após IOF, e mercado está paralisado, diz entidade

Fonte: Adriana Fernandes, da Folha

A CNseg informou que houve queda de 80% das captações em VGBL após a edição do decreto de alta do IOF. De acordo com a entidade, a receita esperada de IOF de VGBL ficou perto de zero neste período e o mercado está hoje paralisado. A CNseg calcula que, mantendo a dinâmica dos primeiros dias após a publicação do texto, o efeito estimado em um ano pode chegar a R$ 150 bilhões a menos em captação em VGBL na comparação com 2024.

A previsão é que a captação líquida ficará negativa neste e nos próximos anos, após um superávit de R$ 70 bilhões em 2024. A nota destaca que o governo Lula pode conseguir mais de R$ 50 bilhões em fontes de receita com dividendos e petróleo, o que representaria mais que o dobro das estimativas de arrecadação com aumento do IOF.

A confederação cita duas reportagens da Folha que mostram que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o BB (Banco do Brasil) e a Petrobras acumulam uma reserva de lucro de R$ 28,94 bilhões que pode ser repassada na forma de dividendos e outra sobre receitas de petróleo para reforçar o caixa do Tesouro Nacional e ajudar no Orçamento deste ano.

Além disso, a CNseg diz que há outras fontes que podem ser discutidas como novos leilões de energia, leilões de portos e receitas com transações tributárias (acordo com contribuintes de débitos em litígio) para setores específicos

Valor: Previdência privada reúne dados para tentar convencer governo a voltar atrás no IOF

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Fonte: Valor, por Adriana Cotias

A Federação Nacional da Previdência Privada (Fenaprevi) reuniu um conjunto de informações para subsidiar as conversas com o Ministério da Fazenda e tentar convencer o governo a voltar atrás na imposição de um pedágio de 5% de imposto sobre operações financeiras (IOF) nos aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos do tipo VGBL. O objetivo é combater com dados o argumento de que o produto estaria sendo usado para elisão fiscal pelos chamados super-ricos.

Por ora, o segmento está meio paralisado e observou uma queda de cerca de 80% na captação nas últimas duas semanas, com uma perda estimada de arrecadação da ordem de R$ 5 bilhões, segundo executivo que atua nos bastidores do setor. A regra do IOF vale mesmo que o dinheiro esteja distribuído entre diferentes seguradoras ou entidades.

Dos mais de R$ 175 bilhões em captação bruta recebida pelas empresas de previdência aberta no ano passado nos planos VGBL, R$ 35 bilhões vieram de contribuições mensais, e R$ 140 bilhões, de aplicações esporádicas.

Só 515 pessoas fizeram aportes de R$ 10 milhões. Se abranger o universo acima de R$ 5 milhões, o total chega a 1.508 participantes, enquanto na fronteira dos R$ 50 mil para cima foram 509 mil que fizeram pelo menos uma contribuição ao longo de 2024.

Dos 11,2 milhões de brasileiros que estão na previdência aberta, só 4 mil têm saldo acima de R$ 10 milhões, com R$ 8,6 bilhões No conjunto, o setor reúne R$ 1,6 trilhão em reservas. “Para pegar os super-ricos vão afetar a classe média inteira? Parece ser uma medida desproporcional”, diz essa fonte.

Um interlocutor lembra que, em 2023, quando passou a legislação que instituiu o “come-cotas” (o imposto semestral antecipado) em fundos fechados e restritos usados por famílias ultrarricas para gestão de fortunas, o setor se articulou com o governo para evitar uma migração em massa de recursos para carteiras exclusivas de previdência por causa da arbitragem regulatória. Isso porque, nos veículos de previdência, não há come-cotas e o diferimento de imposto até o resgate foi preservado.

Na modernização das regras do setor, o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) proibiu a constituição de novos fundos de previdência com saldo individual de R$ 5 milhões de pessoas de um mesmo núcleo familiar. Parte do fluxo acabou alimentando os veículos condominiais.

Há um canal de comunicação aberto com a Fazenda, diz essa fonte, mas não houve, por ora, nenhuma sinalização de revisão da medida. O único aceno foi o adiamento do prazo de cobrança do IOF da previdência para 25 de junho. Se tudo ficar como está, a percepção é que vai representar um golpe “no coração do produto” e que o setor vai voltar algumas casas após avanços significativos consolidados no novo marco regulatório – que possibilitou que parte das reservas do participante fosse usada como garantia de crédito, além da escolha do regime tributário só na hora do usufruto dos recursos.

A avaliação no setor é que a estimativa de arrecadação para o governo caso a medida prevaleça é ilusória. Os participantes simplesmente deixarão de aportar volumes que ultrapassem os R$ 50 mil, por causa da mordida punitiva de 5%, e vão privilegiar produtos como letras de crédito imobiliários e do agronegócio (LCI, LIG e LCA), isentas de imposto de de renda para a pessoa física.
Uma fonte lembra que, para prazos curtos, a previdência é muito ineficiente, leva oito anos para o participante ter direito a uma alíquota de 15% de IR que empata com outras aplicações. Só depois de dez anos é que chega aos 10%, na tabela regressiva.

O VGBL é um produto relativamente novo no Brasil, e quem investe fica em média 7,5 anos nos planos, segundo o mapeamento da Fenaprevi. Outro ponto levado para a mesa de negociações é que o segmento é um grande financiador da dívida pública, respondendo por 13% do estoque de títulos do Tesouro.

Num primeiro momento algumas seguradoras deixaram de acatar novos aportes, e quem tinha sistema para isso barrou aplicações acima de R$ 50 mil. Seguem operando abaixo dessa linha, mas assumindo um risco solidário por não disporem de sistemas que enxerguem o que entra na concorrência. No primeiro trimestre, a previdência aberta recebeu R$ 44,9 bilhões, 92% NO VGBL.