Inteligência Artificial transforma seguros e exige regulação ética

FORUM BRASIL FRANÇA

A ascensão da Inteligência Artificial (IA) e seu impacto no setor segurador esteve em debate no painel “Regulamentação de IA, segurança cibernética e combate à fraude”, no Fórum de Seguros França-Brasil, em Paris. O evento reuniu legisladores, executivos e especialistas do setor segurador para discutir o equilíbrio entre inovação, ética, proteção de dados e a urgência de uma regulação adaptativa.

Abrindo a mesa, o senador Eduardo Gomes (PL,TO) apresentou um panorama do cenário legislativo brasileiro, destacando o marco legal da Inteligência Artificial (PL 2338/2023), do qual é relator, como eixo central da construção de um marco regulatório para a IA no país. “A discussão sobre inteligência artificial no Congresso Nacional nasce de uma necessidade global de regulação”, afirmou. 

O senador acredita que o setor segurador é essencial para dar segurança às pessoas em um cenário em que elas ainda não confiam totalmente na IA. Segundo ele, o projeto, em debate há mais de dois anos, busca integrar os avanços tecnológicos aos marcos já existentes, como os do Banco Central. 

A perspectiva de um marco legal dinâmico, que evolua com a tecnologia e evite a fragmentação setorial, reforça a ideia de uma regulação com foco na proteção de dados como fundamento essencial. É justamente diante desse cenário em transformação que surgem novas preocupações no setor privado, como apontado por Richard Vinosa, CEO da EZZE Seguradora.

Vinosa endossou a relevância da LGPD e das normas de defesa do consumidor no Brasil, mas alertou para os desafios contemporâneos, como os deepfakes e os impactos que eles podem ter na confiabilidade das informações. Em sua fala, trouxe uma visão prospectiva, explorando o futuro dos seguros em um mundo automatizado, com possibilidades que vão desde a redução da necessidade de seguros tradicionais até a criação de seguros específicos para este universo. Para ele, “o ponto crítico está na junção entre humano e máquina, que exige mais do que tecnologia: demanda ética, responsabilidade e cooperação entre governo, mercado e sociedade”.

Complementando a discussão com o olhar europeu, Marie-Aude Thépaut, diretora-geral da CNP Assurances, destacou como a IA pode atuar como alavanca estratégica para a missão central dos seguros: proteger bens e pessoas. Ela identificou três grandes frentes de aplicação: prevenção de riscos, melhoria no atendimento ao cliente e fortalecimento da conformidade regulatória, temas diretamente ligados à eficiência e confiança no setor.

No entanto, Thépaut chamou a atenção para os riscos dessa transformação, especialmente quanto ao desenvolvimento ético da tecnologia. Para ela, é fundamental manter princípios como transparência, equidade e controle humano, evitando uma personalização excessiva das ofertas que contrarie o mutualismo, valor fundante da lógica securitária. Ela também alertou para os perigos de uma regulação excessiva, que, em vez de proteger, pode sufocar a inovação.

Essa multiplicidade de visões foi articulada com maestria por Arthur Ravier, moderador do painel e consultor de políticas digitais na France Assureurs. Em sua análise, destacou que a IA já era parte da rotina do setor há anos, especialmente na modelagem de riscos, mas que a emergência dos modelos generativos de linguagem (LLMs) trouxe um novo paradigma. Segundo ele, o alcance massivo dessas tecnologias — agora disponíveis para consumidores, trabalhadores e seguradoras — muda radicalmente o jogo.

Ravier enfatizou que, embora a IA ofereça ganhos significativos em automatização, personalização e eficiência, ela também levanta dilemas profundos. “Essas promessas vêm acompanhadas de desafios que precisam ser enfrentados com responsabilidade”, afirmou, alinhando-se ao tom geral da mesa.

Mesmo diante de realidades regulatórias distintas, os participantes do painel convergiram em uma convicção comum: a inteligência artificial é um vetor inevitável de transformação no setor de seguros. Para que esse futuro seja sustentável e confiável, será indispensável construir caminhos ancorados em ética, transparência, equidade e supervisão humana.

O Fórum França-Brasil de Seguros, promovido pela CNseg em parceria com a France Assureurs, marca um novo capítulo da internacionalização do mercado segurador brasileiro. A proposta é fortalecer a cooperação bilateral, fomentar soluções inovadoras e integrar o seguro aos grandes projetos de desenvolvimento nacional, incluindo os voltados à resiliência climática e à inclusão econômica.

AXA no Brasil lança Portal de Faturamento Vida

A AXA no Brasil lança o Portal de Faturamento Vida e reforça seu compromisso com a inovação e a digitalização dos serviços. A novidade oferece aos corretores uma maneira mais rápida e prática de gerenciar o faturamento das apólices de Vida, melhorando significativamente a experiência do usuário.

Bruno Porte, Vice-Presidente de Tecnologia, Transformação, Operações e Dados da AXA no Brasil, comenta sobre a inovação: “O Portal de Faturamento Vida é um marco importante para nós, pois traz uma série de benefícios para os corretores. Dentro da nossa estratégia de aumentar nossa capilaridade e expandir nossa presença, oferecer ferramentas que facilitem o trabalho dos nossos parceiros é um passo importante. Ela permitirá que realizem o faturamento de forma totalmente digital, com funcionalidades como envio da relação de segurados, download de boletos, analíticos de faturamento, endossos e certificados, trazendo facilidade e agilidade em suas rotinas com a companhia”.

A plataforma tem uma interface intuitiva e amigável e a companhia organizou treinamentos para garantir que todos os corretores estejam bem-informados e capacitados para utilizar a nova plataforma. “Realizamos sessões de treinamento para nossos times comercial e técnico, assim como para os nossos corretores parceiros. Nossa meta é assegurar que todos estejam confortáveis e familiarizados com o novo sistema”, acrescenta Porte.

Molina e Instituto de Longevidade MAG recebem prêmios

O Grupo MAG, uma das três companhias mais longevas com operação ininterrupta do Brasil, acaba de ser duplamente reconhecido na premiação do Insurance Corp Awards, promovida pela revista Insurance Corp. Em cerimônia ocorrida na última quarta-feira (04), o Chairman e CEO do Grupo MAG, Helder Molina, foi eleito o Executivo do Ano, enquanto o Instituto de Longevidade MAG foi homenageado na categoria “Melhores do Seguro e Resseguro”, em razão de sua relevante contribuição social ao estudo do envelhecimento.

Ao agradecer a honraria, Molina destacou a dedicação e o empenho de toda a equipe do Grupo MAG. “Receber este prêmio é uma honra, mas acredito que todo reconhecimento pessoal é, na verdade, um reflexo do esforço coletivo. Por isso, esta conquista é dedicada a todos os colaboradores, corretores e parceiros da MAG”, disse. 

Instituto de Longevidade MAG também é premiado

Durante a premiação, o Instituto de Longevidade MAG, conquistou a categoria “Melhores do Seguro e Resseguro”, com destaque pela importante contribuição social do estudo do envelhecimento. 

Idealizado pela MAG Seguros, o Instituto de Longevidade MAG completou recentemente 9 anos de atuação com uma trajetória marcada por projetos inovadores, conteúdos de impacto e mais de 30 milhões de leitores em seu portal. A iniciativa foi criada com o propósito de discutir os impactos sociais e econômicos do aumento da expectativa de vida no Brasil. Sua missão é auxiliar os cidadãos brasileiros a alcançar a Longevidade Financeira em todas as fases da vida, oferecendo suporte para que possam viver de forma equilibrada e sustentável ao longo dos anos.

Para Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade MAG, a premiação reforça a importância do tema na sociedade. “Esse prêmio representa um marco, reconhecendo não apenas o trabalho do Instituto, mas também a necessidade de discutirmos, com profundidade e seriedade, os impactos do envelhecimento populacional”, conclui Rubin.

Sincor-SP lança plano de futuro com foco em inovação, benefícios e impacto social

O Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP) lançou oficialmente sua Visão 2025, um plano estratégico que reforça a atuação da entidade rumo ao seu centenário. A iniciativa foi destaque na mais recente edição do Jornal dos Corretores de Seguros (JCS) e apresenta os quatro pilares que sustentam sua atuação: soluções técnicas de qualidade, benefícios reais aos associados, defesa institucional da categoria e liderança comprometida com a valorização da profissão. 

Segundo o presidente do Sincor-SP, Boris Ber, o momento exige sinergia, preparo e clareza de propósito. “Estamos vivendo uma fase de transição e construção. Precisamos definir e compreender nosso papel para garantir um futuro seguro à entidade e aos profissionais que ela representa”, destaca. 

Entre os principais destaques do plano está o Hub de Soluções, uma plataforma digital exclusiva que oferece serviços técnicos como intermediação de sinistros negados, orientação jurídica e contábil, conteúdos educativos, chatbot com inteligência artificial e outras ferramentas práticas que apoiam diretamente o dia a dia do corretor. 

A matéria também apresenta o artigo intitulado “O Sincor-SP não faz nada”, que, em tom irônico, rebate percepções equivocadas sobre a atuação da entidade. O texto reúne dados e exemplos concretos de ações realizadas nos últimos anos, como a reversão de sinistros com altos valores, conquistas políticas como a inclusão da categoria no Simples Nacional, parcerias com instituições de ensino, eventos de qualificação profissional e o fortalecimento das relações com seguradoras e órgãos reguladores. 

Coordenador do Programa Jovem Corretor do Sincor-SP, o corretor Leandro Giroldo afirma que o material representa mais do que prestação de contas: é uma ferramenta estratégica. “É um conteúdo que traduz o valor do Sincor-SP em ações concretas. Serve tanto para atrair novos associados quanto para engajar os que já fazem parte da entidade. Mostra que o sindicato está atualizado, atuante e preparado para os desafios da nova geração de corretores”, reforça. 

Com mais de 10 mil associados em todo o estado, o Sincor-SP segue empenhado em ampliar sua representatividade entre os mais de 50 mil corretores ativos em São Paulo. A Visão 2025 é uma declaração clara de que a entidade busca inovar sem perder suas raízes, promovendo uma atuação moderna, participativa e eficaz. 

O conteúdo completo da Visão 2025 está disponível no portal oficial da entidade: www.sincorsp.org.br.

CNseg: setor de seguros tem de intensificar o debate climático

Na abertura do primeiro Fórum de Seguros França-Brasil, realizado em Paris em junho de 2025, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, fez um alerta contundente sobre o risco de marginalização do setor nas decisões globais sobre clima. “Ou aproveitamos a oportunidade de participar e oferecer soluções, ou seremos punidos com ações e políticas que nos deixarão de fora do mercado e de diversas atividades”, afirmou.

Historicamente à margem das grandes negociações climáticas, o setor de seguros passou a ocupar espaço estratégico nas Conferências das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP), principalmente após o Acordo de Paris, firmado em 2015 durante a COP21. Desde então, seguradoras e resseguradoras vêm se consolidando como atores-chave na gestão de riscos, na adaptação às mudanças climáticas e no financiamento de soluções para populações vulneráveis.

“Precisamos nos unir como entidades e participantes para abrir essa janela de oportunidade. Ou nos dedicamos a compreender e participar das soluções que vão construir o marco legal e as políticas públicas, ou seremos excluídos das decisões.”

O discurso reforçou a urgência de articulação global entre seguradoras, resseguradoras e entidades representativas para que o setor assuma protagonismo nas soluções climáticas — não apenas como mitigador de riscos, mas como indutor de investimentos e inovação em adaptação.

A deputada francesa Eleonore Caroit destacou a relevância simbólica e prática do evento ser sediado no coração da Amazônia. “Tenho certeza de que vocês, os brasileiros, saberão dar um jeito e que tudo dará certo, como sempre no Brasil”, disse.

A presidente da France Assureurs, Florence Lustman, destacou que o fórum representa uma oportunidade concreta para repensar os modelos de cobertura e investimento diante dos impactos das mudanças climáticas, além de discutir os desafios da regulação da inteligência artificial. “Vamos cruzar experiências, tentar trazer respostas comuns e construir soluções juntos”, afirmou.

A anfitriã Marie-Aude Thépaut, presidente da CNP Assurances, ressaltou que o papel do setor vai além da proteção financeira. “Temos a convicção de que o nosso papel, enquanto seguradores e investidores, é agir por uma sociedade inclusiva e durável que proteja todos os percursos de vida”, disse.

Também presente, o embaixador Laudemar Aguiar (Secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores) destacou os desafios de penetração do seguro residencial no Brasil, comparando os 14% de cobertura no país com os 97% da França, e reforçou a necessidade de ampliar a proteção como instrumento de desenvolvimento econômico e social.

COP21 (Paris, 2015)
A COP21 marcou um ponto de virada. Além da assinatura do Acordo de Paris, que estabeleceu metas globais de redução de emissões de gases de efeito estufa, o evento impulsionou compromissos do setor financeiro para a descarbonização. Foi nesse contexto que surgiu o Insurance Development Forum (IDF), com apoio da ONU, Banco Mundial e grandes resseguradoras. O objetivo: ampliar o acesso ao seguro e promover a resiliência climática em países em desenvolvimento.

COP23 (Bonn, 2017)
Com foco nas perdas e danos (loss and damage) enfrentados por países vulneráveis, a COP23 reforçou a importância dos seguros soberanos e regionais. Modelos como o Pacific Catastrophe Risk Assessment and Financing Initiative (PCRAFI) e o African Risk Capacity (ARC) foram destacados como soluções eficazes para proteção contra desastres naturais.

COP25 (Madri, 2019)
Apesar da menor visibilidade institucional, o setor esteve presente em discussões paralelas sobre seguros paramétricos, produtos inclusivos e instrumentos de transferência de risco. Especialistas alertaram, no entanto, para a ainda baixa participação das seguradoras nas negociações centrais da COP.

COP26 (Glasgow, 2021)
O reengajamento do setor financeiro foi um dos marcos desta edição. Foi lançada a Net-Zero Insurance Alliance (NZIA), uma coalizão de grandes seguradoras comprometidas com a neutralidade de carbono até 2050. As seguradoras passaram a ser vistas não apenas como financiadoras, mas também como provedoras de inteligência de risco climático. Debates sobre precificação, exclusões contratuais e lacunas de cobertura ganharam espaço.

COP27 (Sharm el-Sheikh, 2022)
O tema loss and damage foi alçado ao centro da agenda, culminando na criação de um fundo internacional para apoiar países afetados por eventos climáticos extremos. O setor de seguros foi chamado a contribuir tecnicamente com soluções como seguros paramétricos, microseguros e modelagem de riscos. A colaboração com bancos multilaterais foi reforçada.

COP28 (Dubai, 2023)
Com maior representatividade institucional, as seguradoras participaram ativamente de painéis sobre adaptação, financiamento climático e infraestrutura resiliente. A COP também destacou o papel do IDF em parceria com o G7 e países africanos. Em paralelo, cresceram as pressões sobre seguradoras que continuam a subscrever projetos ligados a combustíveis fósseis, o que levou a algumas baixas entre os membros da NZIA no ano seguinte.

COP30 (Belém, 2025): a estreia da Casa do Seguro
A próxima edição da COP será realizada em Belém (PA), com o Brasil na presidência da conferência. Em uma iniciativa inédita, a CNseg levará à COP30 a Casa do Seguro, um espaço físico que funcionará como hub de debates, conexões e divulgação de soluções do mercado segurador para os desafios climáticos.

A Casa do Seguro será aberta a autoridades, reguladores, representantes da sociedade civil e comunidade internacional, oferecendo painéis temáticos, apresentações de estudos, experiências de inovação e exemplos de aplicação de seguros na proteção de comunidades e ativos estratégicos frente aos eventos extremos. A iniciativa visa demonstrar, de forma concreta, o valor do seguro como ferramenta de resiliência climática.

Com essa ação, a CNseg quer assegurar que o setor esteja no centro das discussões sobre transição energética, adaptação e financiamento climático, ampliando a visibilidade do mercado brasileiro no cenário global. A expectativa é que seguradoras colaborem com dados, modelagens e propostas para proteger tanto comunidades amazônicas quanto grandes cadeias produtivas ameaçadas pelas mudanças do clima.

Dyogo Oliveira convoca setor segurador global a se unir por soluções climáticas na COP30

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por Carla Simões

Na 15ª edição do Fórum Europeu de Seguros, realizado nesta quinta-feira, 5, em Bruxelas, na Bélgica, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras, Dyogo Oliveira, fez um apelo direto ao mercado segurador global: que se una em torno de soluções para a crise climática e da construção de uma posição conjunta na COP30, que será realizada em novembro deste ano, em Belém. Dyogo participou de painel ao lado de lideranças globais acompanhado de executivos do mercado brasileiro.

“Todos aqui nesta sala são stakeholders. Todos influenciam pessoas e têm meios de dialogar com seus governos. É hora de agir coletivamente para garantir que o setor de seguros seja visível e valorizado no arcabouço global das políticas climáticas”, afirmou em sua apresentação em uma conferência lotada.

Oliveira destacou que apenas o Brasil não será suficiente para garantir a presença do setor nas negociações da conferência. “A COP é uma negociação entre governos. Não basta que apenas o Brasil defenda o papel dos seguros. Precisamos de uma mobilização global”, afirmou. 

Segundo ele, esse reconhecimento é essencial para posicionar o seguro como um instrumento estratégico para enfrentar a crise climática, especialmente em um momento em que as negociações de mitigação vêm sofrendo entraves geopolíticos e, por isso, a agenda de adaptação ganha ainda mais importância.

No discurso, o presidente da CNseg apresentou também um panorama do mercado brasileiro de seguros, que vem registrando crescimento robusto nos últimos anos. Em 2024, o setor avançou quase 12% e alcançou 6,5% do PIB. A meta é chegar a 10% do PIB, patamar semelhante ao de países da OCDE. Apesar da recente criação de uma nova taxação sobre fundos de previdência, que pode afetar o desempenho de 2025, o setor segue otimista quanto à sua capacidade de contribuir com o desenvolvimento econômico e social do país. 

Oliveira citou ainda o impacto crescente dos desastres naturais. No Brasil, a tragédia recente no Rio Grande do Sul gerou perdas superiores a R$ 100 bilhões – das quais apenas 6% estavam seguradas. O dado revela, segundo ele, uma profunda vulnerabilidade dos países em desenvolvimento e reforça a necessidade de ampliar o alcance da proteção securitária. 

“Não podemos permitir que surjam zonas sem seguro. Precisamos inovar, criar sistemas globais de compartilhamento de riscos e desenvolver produtos inclusivos, que protejam também os mais vulneráveis. Clima é risco. E risco é o nosso negócio”, afirmou.

Casa do Seguro

Como parte dos esforços brasileiros, Oliveira anunciou a criação da “Casa do Seguro”, espaço oficial da CNseg na COP30. A proposta é que a Casa seja um centro de diálogo, articulação e eventos técnicos para destacar o papel do setor na transição climática. Entre as propostas em debate com a presidência da conferência e o governo brasileiro está a inclusão de um “Dia do Seguro” na programação oficial da COP, para garantir maior visibilidade à contribuição da indústria seguradora. 

EZZE Seguradora mira liderança no mercado brasileiro e expansão internacional

Fundada há seis anos como uma seguradora independente, a EZZE Seguradora vem conquistando espaço, apostando em um modelo multicanal e multiproduto. “Crescemos com base em excelência operacional, atendimento qualificado, uso de tecnologia e estrutura organizacional fluida, adaptada aos objetivos estratégicos da empresa”, CEO Richard Vinhosa ao Sonho Seguro, durante sua participação a primeira edição do Fórum de Seguros Brasil–França, promovido pela CNseg, em parceria com a France Assureurs, realizado em Paris no dia 4 de junho, como patrocinador e palestrante.

Com portfólio que vai de seguros de automóveis e residenciais a linhas financeiras e equipamentos agrícolas, a EZZE tem como prioridade manter-se em conformidade com todas as exigências regulatórias — especialmente diante do novo Marco Legal dos Seguros. “Estar em compliance é pré-requisito para jogar o jogo. A regulação é tratada como prioridade absoluta”, afirma o executivo.

A estrutura interna da empresa também reflete essa agilidade: “Reorganizamos nossa estrutura organizacional duas a três vezes por ano. A estrutura é apenas o meio para alcançar o fim estratégico. Adaptamos as equipes para onde há maior demanda ou oportunidade, o que tem nos gerado bons resultados”, acrescenta.

A tecnologia ocupa papel central na estratégia da EZZE. A seguradora já utiliza ferramentas de inteligência artificial em processos de subscrição, precificação e prevenção de fraudes, especialmente no seguro automotivo. “Nossa IA atua inclusive no atendimento ao cliente, por meio de chatbots. Ela também apoia a precificação e a análise preditiva de sinistros. Sempre que há viabilidade e benefício, implementamos a inovação com responsabilidade e transparência”, afirma Vinhosa.

Para os próximos anos, a empresa aposta no crescimento das linhas de varejo — como automóvel, residencial e vida individual — sem deixar de lado produtos com alta demanda institucional, como garantia e D&O. “A companhia ainda tem muito espaço para crescer em vários segmentos. Estamos atentos às necessidades do mercado e aos movimentos de consumo.”

A EZZE também busca fortalecer sua atuação social e de governança. Entre as iniciativas, estão o apoio ao Pacto Contra a Fome, à Orquestra Juvenil de Paraty e a projetos liderados por organizações da sociedade civil. Recentemente, a seguradora criou um conselho consultivo com profissionais experientes do mercado para apoiar o crescimento da empresa com boas práticas de governança.

Sobre o papel dos corretores, Vinhosa é enfático: “O corretor sempre foi e sempre será essencial. O digital veio para aproximar e agilizar, não para substituir. Promovemos treinamentos, fortalecemos a comunicação e buscamos cada vez mais automatizar os processos para apoiar esse canal fundamental de distribuição.

Embora ainda esteja em fase de consolidação, a EZZE estuda a entrada em modelos como microsseguros e seguros inclusivos. “Faz parte do nosso mapa estratégico. No curto prazo, priorizamos outras frentes, mas há espaço para ampliar o foco na inclusão seguradora futuramente.”

As turbulências macroeconômicas e as transformações regulatórias, segundo Vinhosa, não são vistas como entraves. “Os desafios são os mesmos para todos os players. Enxergamos esse cenário como uma oportunidade de nos destacarmos com estrutura leve, uso de tecnologia e foco no cliente.

Com participação em fóruns como os de Londres e Paris, a EZZE já mira a internacionalização da marca. “A América Latina é o foco inicial. Estamos de olho em mercados como Argentina, Chile e Colômbia. Nosso plano é nos tornarmos uma das maiores seguradoras do Brasil e, em seguida, expandir para outros países da região.”

Sobre a possibilidade de parcerias, fusões ou abertura de capital, o executivo é pragmático: “Nosso plano é crescer, inclusive inorganicamente. Avaliamos oportunidades que estejam alinhadas à nossa estratégia. Pode ser uma aquisição, uma fusão ou outro tipo de associação. O importante é fazer sentido dentro do nosso modelo e momento.”

Chubb inclui cobertura de seguro viagem em apólice de D&O para executivos

A Chubb passou a oferecer, de forma complementar ao seguro D&O (Directors and Officers Liability Insurance), a cobertura do seguro viagem para executivos em deslocamentos internacionais a trabalho. A novidade permite que empresas contratantes da apólice de D&O incluam até 100 dias de cobertura do seguro viagem ao longo da vigência do contrato, beneficiando os profissionais segurados.

A apólice de D&O tem como objetivo proteger diretores e executivos contra reclamações relacionadas a atos indevidos praticados no exercício de suas funções. Agora, os executivos também estarão cobertos em viagens corporativas internacionais com garantias adicionais como despesas médico-hospitalares e/ou odontológicas, perda de bagagem, regresso sanitário, translado médico e de corpo, entre outras.

Segundo a Chubb, a inclusão da cobertura de viagem foi pensada para atender empresas que atuam em setores com alta frequência de deslocamentos executivos. A seguradora já opera com seguros de D&O e viagem em mais de 50 países e afirma que a nova oferta busca agregar valor à apólice principal.

“O D&O é uma proteção pessoal para o executivo diante de reclamações relacionadas às suas decisões. Ao somar os benefícios do seguro viagem, ampliamos a atratividade do produto para os clientes”, afirma Aleandro Brolo, diretor de Linhas Financeiras da Chubb. Helena Cunha, diretora de Consumo da companhia, reforça que a proposta busca integrar garantias complementares para ampliar a cobertura e a conveniência para empresas e segurados.

Allianz nomeia Laura Vidmontas para assumir comunicação, RH e sustentabilidade

Allianz Seguros anuncia Laura Vidmontas como sua nova diretora executiva de Recursos Humanos, Comunicação e Sustentabilidade. Integrando o Comitê Executivo da companhia, assume o cargo a partir de 9 de junho, com reporte ao presidente Eduard Folch.

“É com grande entusiasmo que chego à Allianz para contribuir com o fortalecimento dos pilares que sustentam a companhia: colaboração, foco no cliente e performance. Acredito no poder de uma cultura forte, alinhada à estratégia do negócio, para impulsionar resultados sustentáveis”, afirma Laura Vidmontas. 

Com 25 anos de carreira, Laura possui ampla experiência em posições de liderança em Recursos Humanos, atuando em empresas brasileiras e multinacionais do setor financeiro. A sua trajetória inclui sólida vivência tanto em funções especialistas, como Recrutamento & Seleção, Desenvolvimento Organizacional e Compensação & Benefícios, quanto como Business Partner em áreas de varejo, gestão de patrimônio e seguros. 

Ao longo de sua carreira, acumulou forte atuação em temas estratégicos como cultura organizacional e engajamento; saúde e bem-estar; diversidade, equidade, inclusão e pertencimento (D&IB); atração e desenvolvimento de talentos, sucessão; e comunicação interna. 

A executiva traz em sua trajetória passagens por empresas como Bradesco, HSBC, Banco Sofisa e Zurich Santander. É graduada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e possui pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos pela FAE Centro Universitário. Laura também conta com certificações em Gerenciamento de Projetos pela The George Washington University School of Business; Liderança pela ISE Business School; e Sustentabilidade: Estratégias e Oportunidades para a Indústria, pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). 

Porto premia corretores de seguros com viagem exclusiva a Porto de Galinhas

Fonte: Porto

Como forma de reconhecer os corretores vencedores das campanhas “Fecha com a Porto” e “Conquistadores” de 2024, a Porto promoveu uma viagem de premiação para Porto de Galinhas (PE), realizada entre os dias 24 e 26 de maio. O encontro aconteceu no resort The Westin, que foi reservado exclusivamente para a Porto, o que garantiu conforto e um clima de celebração para os mais de 280 presentes – entre corretores premiados e seus acompanhantes. A programação exclusiva contou com atividades de bem-estar, momentos de integração e uma cerimônia especial para celebrar os resultados alcançados ao longo do ano anterior.
 

Ao todo, foram 95 corretores premiados na campanha “Fecha com a Porto” e 46 reconhecidos na campanha “Conquistadores”. O evento contou com a presença de diversos executivos da companhia, como Paulo Kakinoff, Patricia Coimbra, Luiz Arruda, Oliver Haider, Patrícia Chacon, Emerson Valentim e Rivaldo Leite, entre outros nomes da liderança.
 

A programação incluiu coquetel de boas-vindas, atividades ao ar livre em parceria com a Track&Field (como yoga e funcional) e a aguardada cerimônia de premiação na noite do dia 25. O ambiente celebrou o alto desempenho e a parceria dos corretores, que vêm contribuindo diretamente para os avanços da Porto em todas as suas unidades de negócios. Por fim, para tornar a noite ainda mais especial, a cerimônia foi encerrada com um show da banda InPortados, formada por integrantes da diretoria da Porto.
 


“Transformar resultado em experiência é parte do nosso compromisso com quem está na linha de frente com os clientes. A viagem a Porto de Galinhas simboliza mais do que uma premiação, é um momento de conexão, valorização e pertencimento. Nossos corretores merecem ser reconhecidos por cada entrega, e vamos seguir investindo em ações que reforcem essa parceria com nossos principais parceiros”, destaca Emerson Valentim, diretor executivo Comercial Brasil da Porto.
 

A campanha “Fecha com a Porto 2024” apresentou resultados expressivos: 80% dos premiados ganharam pela primeira vez, evidenciando a força da ação em atrair novos parceiros. Entre os corretores que deram aceite na campanha, houve um crescimento de 63% no número de profissionais que passaram a atuar simultaneamente em três unidades de negócios da companhia, reforçando o sucesso da estratégia de incentivo ao cross-selling.
 

Para 2025, a campanha já contabiliza 18.800 corretores com aceite apenas no primeiro quadrimestre, o que representa um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Outro destaque foi o lançamento da “Fecha com a Porto Regional”, iniciativa que amplia o alcance da campanha com desafios personalizados em diferentes regiões do país. Com isso, considerando todas as frentes de premiação, a expectativa da Porto é premiar 1.476 corretores até agosto, alcançando um crescimento de 134% em comparação com 2024.