Modelo de franquias da Prudential impulsiona expansão do seguro de vida no Brasil

Prudential do Brasil, evento Orlando 2025

A cidade de Orlando, na Flórida, recebe de 11 a 15 de maio o PTC 2025, a convenção anual da Prudential do Brasil que homenageia as franquias com melhor desempenho no último ano. Reconhecido como o principal evento da rede de franqueados Life Planner, o encontro reúne mais de mil pessoas, entre corretores e acompanhantes, para celebrar conquistas e compartilhar estratégias de expansão. Com o slogan “Guardiões da Proteção, expandindo o futuro Bold+”, a edição de 2025 marca a 26ª realização do evento, consolidando a relevância da franquia como canal de distribuição e peça central do modelo de negócios da companhia no país.

Com presença no Brasil há 27 anos e atuação no modelo de franquias há 21, a Prudential é hoje uma das maiores seguradoras de vida do país. São mais de 2 mil franquias ativas, responsáveis por atender um universo de 5,4 milhões de clientes brasileiros. A meta da companhia é ampliar esse número para 7 milhões até 2027. O Brasil já é o terceiro maior mercado da seguradora global, sediada em Newark, Nova Jersey, e com 150 anos de história. Em recente visita ao Brasil, a executiva global Caroline Feeney, que assumiu em março a chefia de aposentadoria e seguros da Prudential, afirmou que o país representa hoje a principal oportunidade de crescimento da empresa no mundo.

A CEO da Prudential do Brasil, Patrícia Freitas, tem um enorme carinho por este evento. Uma das raras mulheres no cargo de CEO no mercado de seguros brasileiro, ela destaca o potencial ainda inexplorado do mercado nacional de seguros de vida. Atualmente, a penetração do produto no Brasil é de apenas 18%. “O setor de seguros movimenta mais de R$ 700 bilhões e responde por quase 10% do PIB, quando somado ao mercado de franquias. Esses dois segmentos são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social”, afirmou Freitas. Em 2024, o mercado de seguros cresceu entre 2% e 3%, enquanto o de franquias teve avanço superior a 13%.

A relevância econômica do seguro de vida também é demonstrada por dados da Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a FGV, cada R$ 1 bilhão arrecadado em prêmios gera um impacto de R$ 1,48 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB). Já a cada R$ 1 bilhão pago em indenizações, o impacto chega a R$ 1,35 bilhão. Esse efeito multiplicador mostra que o seguro de vida vai além da proteção individual, representando uma alavanca importante para a economia.

O modelo adotado pela Prudential é centrado no canal proprietário de franquias de corretoras, conhecidas como Life Planner. Os franqueados atuam na venda de seguros da companhia, por meio de atendimento personalizado e foco em planejamento financeiro individual. Atualmente, a empresa conta com 49 pontos de apoio espalhados pelas cinco regiões do Brasil e pretende ampliar sua capilaridade com novas unidades, principalmente em cidades do interior.

A CEO da operação brasileira também menciona o avanço da estratégia digital, que em apenas três anos atingiu cerca de 500 mil clientes. Embora o foco seja o crescimento orgânico por meio de franqueados, a Prudential não descarta aquisições pontuais no país, desde que alinhadas à sua estratégia. Além disso, a companhia aposta na previdência como outra frente de expansão. Três em cada quatro pessoas no mundo têm preocupação com a aposentadoria. Nosso centro de excelência global está trabalhando em soluções adaptadas às realidades locais”, informa.

A convenção PTC (President’s Trophy Convention) reconhece anualmente as 500 melhores franquias da rede, com base em critérios como volume de prêmios, número de apólices, índice de retenção e desempenho empresarial. O evento, que já passou por cidades como Las Vegas, Paris, Abu Dhabi e Salvador, reforça o compromisso da Prudential em valorizar e capacitar seus franqueados. Durante os cinco dias de programação, os participantes têm acesso a treinamentos, networking e celebrações.

A capacitação constante é parte central do modelo da Prudential. A empresa oferece uma plataforma de ensino a distância, a PruEAD+, com mais de 2 mil conteúdos em diversos formatos. Além disso, realiza eventos presenciais como o Franchising Day e o Master Franchisee Meeting, voltados ao desenvolvimento técnico e empresarial dos corretores. A estrutura de suporte inclui ainda treinamentos semanais e ferramentas de gamificação para incentivar o aprendizado.

Em 2024, a Prudential pagou R$ 838 milhões em benefícios no Brasil, acumulando R$ 4,2 bilhões desde o início das operações locais. A expectativa é ampliar essa base com a entrada de novos franqueados e o fortalecimento da cultura de proteção financeira. Para a empresa, o desafio está em aumentar a conscientização da população sobre a importância do seguro de vida, especialmente em um cenário global de incertezas econômicas.

Com o PTC 2025, a Prudential reafirma o papel central dos seus franqueados na expansão dos negócios e na missão de proteger vidas. O evento é, ao mesmo tempo, uma celebração e um ponto de partida para o novo ciclo de crescimento. Ao unir empreendedorismo, capacitação e propósito, a companhia aposta no modelo de franquia como um caminho estruturado para ampliar a inclusão financeira no país.

A jornalista viajou a convite da Prudential do Brasil

Sura aposta em experiências, capacitação e incentivos para fortalecer parceria com corretores

A Seguros Sura realizou uma live para contar mais para os corretores de todo o país sobre o programa de incentivo: o Viva Bem Com Sura. Desta forma, a seguradora especialista em gestão de tendências e riscos fortalecerá o relacionamento com seus parceiros, reforçando seus esforços pelo crescimento mútuo e relações estratégicas de longo prazo.

Daniel Betancur, vice-Presidente de Clientes, Canais e Acessos da Sura no Brasil, e Michel de Paulo, gerente de Gestão de Canais da Sura Brasil, contam as melhorias que dão a base para este crescimento e as novidades que vem por ai.

Com objetivo de impulsionar a produtividade e o desenvolvimento da sua rede de corretores, o projeto também tem como foco compartilhar conhecimento e benefícios. A novidade também faz parte do planejamento para atingir a meta de R$ 5 bilhões de prêmios emitidos até 2028. 

“Somos uma companhia feita de pessoas para pessoas. Acreditamos no relacionamento próximo e em potencializar todos os públicos com os quais nos relacionamos. A venda via corretor é o nosso principal canal de distribuição e temos no Viva Bem Com Sura nosso caminho de aproximação e crescimento sustentável mútuo. Juntos podemos ir muito mais longe”, diz Betancur.

O programa Viva Bem com Sura nasceu a partir de conversas com os corretores e da escuta ativa de suas necessidades, como explica Michel de Paulo. “É diferente eu criar algo que eu acho que é importante para ele do que ouvi-lo e entender o que realmente faz diferença no dia a dia dele”, afirma. A partir dessas trocas, a seguradora estruturou o programa em três pilares fundamentais, representados nas palavras que formam o nome da iniciativa.

O primeiro pilar, associado ao “Viva”, é o da experiência. A Sura busca promover momentos marcantes com seus parceiros, como eventos gastronômicos em restaurantes renomados, experiências esportivas, shows e, como destaque, a primeira convenção de vendas da companhia. Por meio de uma campanha de incentivo, 70 corretores foram levados a Medellín, sede da matriz da seguradora na Colômbia, para viver essa imersão.

Já o pilar “Bem” representa o foco em conhecimento. Segundo Michel, muitas corretoras chegaram a um estágio de estagnação e buscam apoio para evoluir como empresas. “O mercado oferece muito conteúdo sobre produto, mas isso o corretor já domina. O que falta é apoio em gestão, desenvolvimento empresarial e capacitação dos colaboradores”, explica. A Sura vem investindo em uma estrutura que oferece consultoria prática para que os corretores possam expandir seus negócios, treinando suas equipes e buscando soluções personalizadas para seus desafios.

Por fim, o “Com” está relacionado aos incentivos. Michel ressalta que, embora comissões competitivas façam parte do reconhecimento, o programa vai além disso. “Queremos mostrar que o Viva Bem com Sura é muito mais do que pagar comissão. Ele é quase como um MBA gratuito, com incentivo, desenvolvimento e relacionamento”, resume.

O objetivo da Sura é estreitar laços e contribuir de forma efetiva com o crescimento sustentável dos corretores parceiros, promovendo uma atuação conjunta mais estratégica e duradoura. Além disso, a Sura também realizará sua primeira Convenção de Vendas, em 2026, levando os corretores e as assessorias mais bem pontuadas no Com Sura para conhecer o coração de sua história: Medellín, na Colômbia.

CNseg: setor de seguros participa pela primeira vez de Conferência Nacional do Meio Ambiente

Pela primeira vez o setor segurador se fez presente em um encontro promovido pelo Ministério do Meio Ambiente para discutir soluções para a mitigação climática no Brasil. Junto a diversos representantes do governo federal a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) integrou a programação de atividades da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que se realizou em Brasília (DF), nesta semana.

O encontro reuniu mais de 2 mil pessoas, durante quatro dias, para debater a emergência climática junto ao desafio da transformação ecológica e a preparação para os debates e ações durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém (PA), no mês de novembro. Temas como mitigação para um Brasil mais resiliente, menos vulnerável às mudanças climáticas; Justiça Climática; Transformação Ecológica; Governança e educação ambiental; Adaptação e preparação para desastres nortearam os eixos de discussões durante o encontro.

Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, estar presente na Conferência, com diversos representantes da sociedade, mostra como o setor está se preparando para auxiliar o país diante deste tema. “A mudança climática passou a ser um tema da mais alta relevância para o setor de seguros. Temos observado o crescimento do número de eventos climáticos e da severidade destes episódios. Dessa forma, impactando um número maior de pessoas, casas, construções e infraestrutura, e vemos ali a deficiência na contratação dos seguros, onde seria um instrumento capaz de amenizar esses impactos causados pela problemática de alterações do clima”, ressaltou.

Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, o encontro vem no momento em que se cresce a conscientização da sociedade sobre o uso dos recursos naturais e que se torna importante encontrar soluções para o problema.

“Vamos conseguir realizar a COP30, liderando pelo exemplo. Para liderar pelo exemplo, nós vamos ter que enfrentar muitos dos nossos problemas, muitas das nossas contradições. Mas temos que estar comprometidos em fazer a transição energética e ecológica, e que também possamos estar preparados para a criação de instrumentos econômicos que possam viabilizar a mudança que o Brasil e o mundo precisa”, ressaltou.

Adaptação e Preparação para Desastres

Após quase 12 anos da última edição, a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente é marcada pela retomada da governança participativa do meio ambiente no Brasil e inclusão de parceiros institucionais.

Diante disso, a CNseg esteve presente em uma das principais plenárias da Conferência, que debateu a “Adaptação e preparação para desastres”. O gerente de sustentabilidade da CNseg, Pedro Werneck, informou durante o painel de discussão sobre a importância do setor na diminuição de riscos climáticos, e lembrou que país tem um gap de proteção securitária.

“O setor tem um interesse genuíno em um mundo, em um contexto socioeconômico da diminuição dos riscos climáticos e de todos os riscos ambientais inerentes. Por exemplo, hoje o Brasil tem apenas 6% de toda a área cultivada que conta com o seguro rural, um setor fundamental para o desenvolvimento do país e que seu produto está totalmente exposto ao risco climático. Só neste setor apresenta um gap de falta de proteção de cerca 93%. No seguro residencial o seguro está presente em apenas 17% e a frota automotiva somente 30%”, destacou

Além disso, o representante da Confederação destacou ainda a proposta do setor para a criação do Seguro Social Catástrofe. Pedro lembrou que diante do agravamento da crise climática no Brasil, a CNseg propõe a criação desta modalidade de seguro. Este seguro privado obrigatório visa fornecer indenização emergencial (cerca de R$ 15 mil) via PIX para vítimas de desastres como inundações e desmoronamentos, financiado por uma pequena taxa mensal (R$ 2-3) em contas de serviços públicos, isentando participantes de programas sociais.

Junto Seguros lança motor de GenAI para otimizar documentos e dá início a uma nova era da apólice digital

A trajetória da Junto Seguros, líder e pioneira no mercado de Seguro Garantia no país, alcança um novo estágio com o fortalecimento de duas frentes de inovação. A primeira delas é a aplicação de Inteligência Artificial Generativa (GenAI) para otimização de processos de análise documental e resposta ao corretor. A segunda está na completa reformulação da apólice digital, agora orientada pelos princípios do Visual Law, tornando o documento mais simples, didático, navegável, inteligível e funcional.

Os dois projetos, anunciados no evento de celebração dos 30 anos da primeira apólice de Seguro Garantia emitida pela Junto Seguros, em São Paulo, reforçam uma estratégia alinhada à crescente demanda de corretores e assessorias. 

A GenAI introduzida pela Junto Seguros – “LLOBO” – opera na interseção entre precisão e celeridade. Com sua implementação, o processo de subscrição de apólices e avaliação de riscos passa a ser conduzido com base na extração automatizada de dados como cláusulas contratuais, valores, prazos e penalidades. A ferramenta interpreta editais, lê contratos e balanços das empresas, bem como acelera o preenchimento de cadastros e outras informações com consistência, precisão e segurança.

Segundo o CEO da Junto Seguros, Roque de Holanda Melo, “essa tecnologia permite que as pessoas da equipe tenham mais tempo para tarefas estratégicas, uma vez que a GenAI realiza a leitura dos documentos, a extração de informações e auxilia na análise dos balanços das empresas. Esta ferramenta já está ajudando na análise de crédito e subscrição dos novos riscos e, em breve, será disponibilizada também para nossos parceiros de negócios, permitindo que os corretores façam a leitura automática de editais, contratos e realizem o preenchimento direto do cadastro do cliente e das nossas apólices”.

Em complemento à GenAI, a seguradora avançou com o formato da apólice digital, reformulando sua interface com base em princípios visuais e estruturais do Visual Law. A iniciativa atende diretamente a demandas identificadas entre corretores, tomadores e, em especial, segurados, que buscavam maior clareza, linguagem simples e facilidade no acesso à informação. A nova estrutura da apólice é composta por menus interativos e diagramas que destacam os principais pontos das suas condições contratuais, sem comprometer a validade jurídica do documento. Essa transformação consolida uma jornada iniciada em 2018, quando a Junto lançou a primeira apólice digital do mercado segurador.

O novo formato da apólice é resultado de um trabalho iniciado em 2023, quando a empresa foi laureada com o Prêmio Intelijur, na categoria de Melhores Práticas na Gestão de Departamentos Jurídicos. A premiação reforça o valor estratégico das iniciativas adotadas, que não apenas aprimoram a experiência do usuário, mas também elevam os padrões de governança de dados.

“Esse movimento de reengenharia tecnológica se insere em um ambiente mais amplo de mudança no setor de seguros. A digitalização de contratos e a automação das interações entre seguradoras, corretores e clientes tornam-se não apenas desejáveis, mas indispensáveis à medida que aumentam as exigências regulatórias e a complexidade dos negócios”, completa Melo.

Com a dupla entrega, a Junto Seguros dá continuidade à inovação incremental, guiada por demandas diretas do ecossistema de corretores, assessorias e segurados. Ao investir em soluções que integram análise automatizada, arquitetura jurídica acessível e governança de dados, a companhia reafirma seu papel como protagonista na redefinição dos modelos operacionais do Seguro Garantia no Brasil.

Grupo HDI inaugura nova matriz oficial na região da Berrini, em São Paulo

O Grupo HDI, um dos principais conglomerados seguradores do Brasil, celebrou nesta quinta-feira (08) a inauguração oficial da sua nova matriz, localizada na região da Berrini, em São Paulo. Marcando um momento simbólico na história da companhia, a iniciativa reflete a expansão de suas operações e o fortalecimento da cultura organizacional, impulsionados pelas recentes aquisições e pelo crescimento das equipes.

Com a unificação dos prédios, que anteriormente eram distribuídos entre as unidades do Morumbi e da Berrini, os novos escritórios foram projetados para traduzir o jeito de trabalhar da empresa, promovendo mais integração entre os times e reforçando os valores da companhia com o mote “#EstarJuntoImporta”. Agora, a nova Matriz Berrini passa a ser a sede oficial do Grupo HDI.

O complexo é composto por quatro prédios: P1 – Prédio Central; P2 – Edifício Paulo Gini; P3 – Taperoá; e o Centro Médico. Além da infraestrutura corporativa, a nova sede oferece espaços de convivência como café, dois auditórios, área de descompressão – que inclui o Espaço Sinta-se Bem com salão de beleza, massagem e acupuntura –, bicicletário e vestiários, impulsionando o cuidado do Grupo com o bem-estar e a experiência dos colaboradores no ambiente de trabalho.

Para a cerimônia de inauguração, foi realizado o tradicional corte da fita, conduzido pelo CEO do Grupo HDI, Eduardo Dal Ri, refletindo a importância da nova matriz para a cultura e o futuro da empresa. “A Matriz Berrini representa mais do que um novo espaço físico, ela simboliza o fortalecimento do nosso jeito de trabalhar, da nossa cultura e da nossa união. Ao integrar nossos talentos em um ambiente moderno, funcional e colaborativo, queremos mostrar o quanto estar junto importa para nós”, afirma Delane Giannetti, CTO da companhia.

Novo momento do Grupo HDI

A inauguração também ocorre em um período estratégico para o Grupo HDI, que acaba de unificar as operações da HDI Global no Brasil com as da HDI Seguros. Oficializada em 1º de abril de 2025, a união ampliou a presença da marca no segmento de Grandes Riscos e Specialty, simplificando processos e fortalecendo a capacidade de entrega para clientes, corretores e parceiros. Além da consolidação operacional, as equipes da HDI Global também passam a ocupar o novo escritório da Berrini, reforçando a proposta de integração e colaboração em um espaço único e moderno.

Com a nova configuração, o portfólio do Grupo HDI ganha ainda mais profundidade, atingindo a marca de R$ 2,9 bilhões em prêmios no segmento de Grandes Riscos e tornando-se uma das maiores operações do mercado brasileiro nesse nicho. Para liderar essa frente, Igor Di Beo, vice-presidente de Vida e Ramos Elementares, assumiu o compromisso de manter o alto padrão de excelência já reconhecido pelo mercado.

CCS-SP discute os impactos das mudanças na legislação de seguros para os corretores

por Marcia Alves

O Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) promoveu almoço, no dia 6 de maio, no Terraço Itália, com o objetivo de atualizar seus associados e esclarecer dúvidas em relação às mudanças na legislação de seguros. Atendendo ao convite do mentor do CCS-SP, Álvaro Fonseca, o presidente do Sincor-SP, Boris Ber, e o coordenador do Comitê Jurídico, Adilson Neri Pereira, elencaram os pontos principais das novas leis (Lei 15.040/2024 e Lei Complementar 213/2025) que podem afetar a atividade de corretagem de seguros.

Sobre a Lei 15.040 (novo Marco Legal do Seguro), que foi aprovada em dezembro de 2024 e deverá entrar em vigor em dezembro deste ano, Adilson Neri destacou alguns pontos. O primeiro indica que “o estipulante não pode suprimir a escolha do corretor feita pelo beneficiário de seguro”. Para ele, a lei reacende uma antiga discussão sobre a definição do beneficiário, comum, por exemplo, no seguro fiança locatícia. “Entre o locatário e o inquilino, quem é o beneficiário?”, questionou. “O importante é que se reafirma a escolha do corretor pelo inquilino”, acrescentou.

A lei define, ainda, que a “renovação ou prorrogação do seguro poderão ser intermediadas por outro corretor, de livre escolha do segurado ou estipulante”. Segundo Adilson Neri, está claro que não há impedimento para que outro corretor entre na disputa. Outro ponto levantado foi a mudança no prazo para pagamento de sinistro. De acordo com a lei, a seguradora terá 30 dias para pagar o sinistro e, se precisar de documentos adicionais, terá o prazo de cinco dias úteis. Adilson Neri observou que será difícil aplicar este prazo para alguns seguros, como o de transporte marítimo internacional, cujos processos são diferentes e demandam longos procedimentos. 

Regulamentação das cooperativas

Adilson Neri também destacou alguns pontos da Lei Complementar 213, publicada em janeiro, que regulamenta o funcionamento de cooperativas de seguros e de grupos de proteção patrimonial mutualista. Ele fez questão de distinguir as associações de proteção veicular das mútuas. “São completamente diferentes. As cooperativas vendem seguro e competem com as seguradoras. Já as mútuas não vendem seguro, mas planos de proteção patrimonial”, disse.

No caso das cooperativas, a lei também trouxe uma distinção, o cosseguro, que está autorizado mesmo em cooperativas singulares ou entre centrais de cooperativas ou confederações, nos modelos vertical, horizontal ou cruzado. Mas, segundo o advogado, assim como ocorre no seguro, as cosseguradoras não são responsáveis solidárias e em caso de ação judicial todas serão chamadas em juízo. 

Adilson Neri destacou que a venda de proteção por meio de associações de proteção patrimonial não precisa ser feita por corretores e que a venda direta é permitida. “O corretor pode vender? Claro que pode, a qualquer momento”, disse. No entanto, alertou os corretores para que fiquem atentos à solvência tanto de cooperativas como de mútuas. “Elas não estão sujeitas à falência, mas à liquidação extrajudicial, por isso, precisamos conhecer os marcos regulatórios pertinentes”, disse. 

O mentor Álvaro Fonseca encerrou o evento, agradecendo a análise e os esclarecimentos feitos pelos convidados e ressaltando a importância de manter os corretores informados sobre as mudanças que podem afetar a atividade. “As novas leis transformam o sistema de seguros no Brasil. Por isso, ao promover este encontro, o CCS-SP cumpre o seu papel de prover conhecimento e informação para preparar os corretores para os desafios futuros”, disse.

Wiz Co bate recorde histórico de quase R$ 1 bi em prêmio de seguros emitidos no primeiro trimestre

 A Wiz Co (B3: WIZC3) – corretora completa de seguros especializada em bancassurance e distribuidora de consórcios e crédito – acaba de divulgar seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2025, período que atingiu recorde histórico em prêmio de seguros emitidos, chegando à marca de quase R$ 1 bi – R$ 976,2 milhões no 1T25 -, resultado 15,9% maior do que o do mesmo período do ano anterior.

Além disso, a companhia registrou R$ 259,2 milhões em Receita Líquida ex Comissões, sendo R$ 211,2 milhões das operações correntes (ex Rede Caixa), crescimento de 16,7% frente a 2024. Já o Lucro Líquido Consolidado teve aumento de 25,0% se comparado ao primeiro trimestre daquele ano, com um total de R$ 84,1 milhões, impulsionado pelo resultado operacional.

O Lucro Líquido da Controladora (Atribuível aos Acionistas Controladores) atingiu R$ 46,7 milhões no período, 24,5% maior que o apresentado no 1T24, o resultado foi impulsionado, especialmente, pelo bom desempenho comercial das Unidades de Negócio da Companhia.

“Nossos resultados deste primeiro trimestre mostram a capacidade da Wiz Co em crescer sustentavelmente, mesmo em meio a cenários macroeconômicos mais instáveis. Os bons números do período se devem ao ótimo desempenho comercial de nossas unidades e ao uso de tecnologia proprietária, como a Wiz Pro, que é uma das nossas principais vantagens competitivas”, analisa Marcus Vinícius de Oliveira, CEO da Wiz Co.

Segundo o executivo, um dos principais objetivos da companhia é seguir com os avanços da sua plataforma tecnológica proprietária. “Ao longo deste primeiro trimestre evoluímos em diversas funcionalidades na ferramenta, como vendas, operações, gestão e engajamento”, completa.

Seguros

Na vertical de Seguros, a companhia chegou à marca de R$ 81,9 milhões em Lucro Líquido Consolidado, resultado 43,4% acima do 1T24. “Esse desempenho está relacionado à força das nossas unidades de negócio, como a Wiz Corporate e Inter Seguros”, informa o CEO.

A Wiz Corporate alcançou R$ 166,1 milhões em Prêmio Emitido no período, enquanto a Inter Seguros teve um salto de 76,5% em Prêmio Emitido, chegando ao recorde de R$ 111,1 mi. “Tivemos o melhor trimestre da história nesta unidade, com recorde em prêmio emitido e alcançando a marca de oito milhões de contratos ativos”, finaliza Marcus, ao destacar os resultados da Inter Seguros.

A Receita Bruta da Unidade de Negócios Inter Seguros alcançou R$ 81,8 milhões, superando em 56,3% o 1T24. O Lucro Líquido no período foi de R$ 29,0 milhões, 41,8% acima do mesmo período de 2024.

Crédito e consórcios

Quando o assunto é a distribuição de crédito e consórcios, os resultados também foram positivos e fechamos o período com R$ 3,6 bilhões emitidos, em linha com o mesmo trimestre de 2024.

Em EBITDA o segmento registrou R$ 25,2 milhões, marca 21,3% acima do mesmo período do ano passado.

Debêntures

A companhia ainda alongou o cronograma de pagamento de dívidas com a 2° emissão de debêntures simples no valor de R$ 300 milhões, abaixando do custo financeiro de CDI + 2,5% para CDI + 1,9%, o que acabou por reduzir o custo de servir a dívida.

Jornada Digital da Bradesco aborda cibersegurança nas transações digitais

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Neste episódio, Lívia Torres e Glória Kojima falam sobre Cibersegurança, quais são as principais ameaças digitais e como podemos nos proteger delas.

Porto registra lucro líquido de R$ 832,3 milhões, alta de 28% no primeiro trimestre de 2025

A Porto iniciou o ano com resultados históricos impulsionados pela consolidação de sua estratégia de diversificação e pelo desempenho robusto de todas as quatro verticais do ecossistema Porto. A receita no primeiro trimestre somou R$ 9,9 bilhões, alta de 14,6% sobre o mesmo período de 2024. O lucro líquido foi de R$ 832,3 milhões, avanço de 28%, com retorno sobre patrimônio (ROAE) de 23,9%.

Pela primeira vez, a vertical de seguros representou menos da metade do lucro (42%), sinalizando um novo momento da empresa, que vê crescer rapidamente o peso das áreas de banco (26%), saúde (24%) e serviços (7%) no resultado consolidado.

“É simbólico ver o seguro representar menos da metade do nosso resultado. Isso mostra que a Porto conseguiu equilibrar suas linhas de negócios e está preparada para capturar crescimento sustentável em diferentes frentes”, afirma Paulo Kakinoff, CEO do Grupo Porto. Segundo ele, a companhia segue expandindo com responsabilidade, de forma orgânica, e reforçando sua presença em regiões com viabilidade operacional. “Estamos investindo na ampliação da rede de guinchos, no fortalecimento da marca e em uma atuação mais próxima em diversos estados.”

Todas as unidades de negócio superaram 22% de rentabilidade sobre o patrimônio. A vertical de seguros cresceu 6% em receita, totalizando R$ 5,4 bilhões, com destaques para os ramos de Vida (+16%) e Patrimonial (+10%). No Auto, os prêmios subiram 4% e a frota segurada aumentou 2%, com a adição de 146 mil veículos. A sinistralidade, entretanto, subiu 2,5 pontos percentuais, afetada por uma frequência levemente maior de eventos e pela base comparativa favorável de 2024. “O primeiro trimestre tem, historicamente, uma sinistralidade maior. Em março já observamos normalização e não vemos motivo de preocupação para os próximos períodos”, afirmou Celso Damadi, vice-presidente Financeiro da Porto.

A Porto Saúde apresentou o maior crescimento proporcional do grupo: a receita aumentou 35%, alcançando R$ 2 bilhões, e o lucro líquido subiu 71%, totalizando R$ 180 milhões. O número de beneficiários chegou a 702 mil no seguro saúde (+25%) e superou 1 milhão no plano odontológico (+27%). “A tecnologia tem nos permitido modelar ofertas mais aderentes ao perfil dos segurados e trabalhar com corretores para promover autocuidado e gestão de risco. O cuidado preventivo é eixo central da nossa estratégia em saúde”, destaca Domingos Falavina, diretor de Relações com Investidores, M&A e Planejamento Estratégico da Porto.

No Porto Bank, a receita atingiu R$ 1,7 bilhão (+29%), com destaque para Consórcios (+36%) e Empréstimos e Financiamentos (+29%). O lucro da vertical foi de R$ 192 milhões, alta de 29%. A inadimplência acima de 90 dias caiu para 6,0%, refletindo melhora na qualidade da carteira. A vertical de serviços teve receita de R$ 671 milhões (+9%) e lucro de R$ 54 milhões (+19%), com forte alta nas vendas diretas ao consumidor final (+129%).

O resultado financeiro total do grupo foi de R$ 383 milhões (+68%), e a carteira de aplicações da tesouraria alcançou R$ 432,7 milhões, ou 99,4% do CDI, beneficiada pela valorização do IPCA e recuperação do Ibovespa. O índice de eficiência operacional foi de 10,9%, com melhora de 0,5 ponto percentual.

A companhia também destacou seu avanço em iniciativas de bem-estar e marca, como o patrocínio à ciclovia do Rio Pinheiros, a plataforma Porto.Dos e o circuito de corridas com a Track&Field. “Queremos promover um debate qualificado sobre temas relevantes para a sociedade e ampliar o cuidado com o bem-estar das pessoas em todos os momentos da vida”, diz Kakinoff.

Na área regulatória, a Porto celebrou o avanço na formalização das cooperativas de transporte. “Essa norma nivela as posições regulatórias e amplia a proteção ao consumidor”, avalia Falavina.

Com 18,1 milhões de clientes (+6%) e 4 milhões de usuários do App Porto (+20%), a empresa encerra o primeiro trimestre de 2025 consolidando um novo ciclo, em que a diversificação e a rentabilidade caminham juntas. “Acreditamos que o segundo trimestre trará um alívio na sinistralidade do seguro auto e continuaremos acompanhando oportunidades com disciplina e visão de longo prazo”, conclui Kakinoff.

Principais destaques do 1T25 (em comparação com 1T24):

Eficiência operacional: 10,9% (–0,5 p.p.)

Receita total: R$ 9,9 bilhões (+14,6%)

Lucro líquido consolidado: R$ 832,3 milhões (+28%)

ROAE consolidado: 23,9% (+3 p.p.)

Lucro Porto Seguro: R$ 313,4 milhões (–21%)

Lucro Porto Saúde: R$ 180 milhões (+71%)

Lucro Porto Bank: R$ 192 milhões (+29%)

Lucro Porto Serviço: R$ 54 milhões (+19%)

Receita financeira: R$ 383 milhões (+68%)

CNseg: projeto de Lei que amplia participação de seguros na Lei de Concessões e PPPs é aprovado na Câmara

Fonte: CNseg

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira o Projeto de Lei 7063/2017, que prevê entre outros pontos, atualizar e modernizar a Lei das Concessões e a das Parcerias Público Privadas – PPPs (Lei 11079/2004) e amplia a participação do setor segurador. O PL é de autoria do ex-senador Antônio Carlos Valadares e teve relatoria do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania/SP). Como houve alteração da proposta pela Câmara, o PL retorna para apreciação no Senado.

O objetivo original do projeto era alterar a legislação para reduzir o valor mínimo dos contratos de parcerias público-privadas (PPPs) por Estados, Distrito Federal e Municípios, além de incorporar práticas já adotadas, mas que geravam insegurança jurídica, e introduzir novas medidas para fortalecer as concessões, promovendo um ambiente regulatório mais estável e confiável.

Para o diretor de relações institucionais da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Esteves Colnago, a proposição tem o objetivo de modernizar a legislação vigente, mas além disso, para o setor segurador, a nova legislação amplia a possibilidade de participação das empresas no desenvolvimento da infraestrutura do país.

“A nova legislação aprovada na Câmara dos Deputados demonstra a importância de incluir o setor segurador nos processos licitatórios e de PPPs, criando novas formas de compartilhamento dos riscos dos empreendimentos. Além disso, a flexibilização das regras para contratação e de possibilidade de intervenção, possibilita agilidade e ganhos de segurança aos projetos”, afirmou.

De acordo com o relator da proposta, deputado Arnaldo Jardim, ao incentivar um ambiente regulatório mais estável e confiável, as mudanças preservam o interesse público e incentivam novos investimentos, promovendo a economia e a continuidade na prestação de serviços essenciais. “É esperado um cenário mais favorável para o desenvolvimento de parcerias robustas, garantindo que as concessões contribuam de forma efetiva para o crescimento do País e a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados à população”, declarou.

Sobre a proposta

Em 2019, uma Comissão Especial foi criada para modernizar a legislação sobre concessões de serviços públicos e PPPs, resultando em um Substitutivo que propunha uma nova Lei Geral de Concessões. Posteriormente, leis importantes como a Nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021) e a Lei das Debêntures de Infraestrutura (Lei nº 14.801/2024) foram sancionadas.

Após amplo diálogo com o governo federal, incluindo o Ministério da Fazenda, Casa Civil, Tribunal de Contas da União – TCU, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e diversas associações do setor privado, incluindo a CNseg, o relator evoluiu para um novo texto que modernizou a legislação vigente.

Relevância do Seguro diante da nova legislação

O seguro desempenha um papel crucial e é mencionado diretamente na proposta, demonstrando sua importância como instrumento de mitigação de riscos e viabilização de projetos de infraestrutura e concessões:

  • Transferência Preferencial de Riscos para Seguradoras – A subemenda estabelece que os riscos que tenham cobertura oferecida por seguradoras serão preferencialmente transferidos à concessionária, observados os custos e condições comerciais correspondentes. O seguro atua aqui como um mecanismo de alocação eficiente de riscos.
  • Garantias em Contratos de Concessão – Prevé que as concessionárias poderão oferecer em garantia bens da concessão imprescindíveis à continuidade, qualidade e atualidade dos serviços.
  • Acordo Tripartite e Proteção aos Financiadores/Garantidores – O projeto detalha a figura do acordo tripartite (poder concedente, concessionária, financiadores/garantidores). As seguradoras frequentemente atuam como garantidoras nesses cenários, visando proteger os interesses dos financiadores e garantidores.
  • Obrigações de Aporte Garantidas – As obrigações de aporte de recursos em favor da concessionária poderão ser garantidas na forma prevista na Lei de PPPs. O Art. 8º-A da Lei de PPPs menciona explicitamente a contratação de seguro-garantia como uma das modalidades de garantia que a Administração Pública pode ofertar em PPPs.

Em resumo, a atuação do seguro no contexto desta modernização legislativa é fundamental para gerenciar e mitigar riscos em projetos de concessão e PPPs; prover garantias para o cumprimento de obrigações contratuais pela concessionária; proteger os interesses de financiadores e do poder concedente, assegurando a continuidade dos serviços ou a compensação em caso de falhas; e aumentar a atratividade e a viabilidade de investimentos em infraestrutura, oferecendo maior segurança jurídica e financeira para todas as partes envolvidas.