A Porto iniciou o ano com resultados históricos impulsionados pela consolidação de sua estratégia de diversificação e pelo desempenho robusto de todas as quatro verticais do ecossistema Porto. A receita no primeiro trimestre somou R$ 9,9 bilhões, alta de 14,6% sobre o mesmo período de 2024. O lucro líquido foi de R$ 832,3 milhões, avanço de 28%, com retorno sobre patrimônio (ROAE) de 23,9%.
Pela primeira vez, a vertical de seguros representou menos da metade do lucro (42%), sinalizando um novo momento da empresa, que vê crescer rapidamente o peso das áreas de banco (26%), saúde (24%) e serviços (7%) no resultado consolidado.
“É simbólico ver o seguro representar menos da metade do nosso resultado. Isso mostra que a Porto conseguiu equilibrar suas linhas de negócios e está preparada para capturar crescimento sustentável em diferentes frentes”, afirma Paulo Kakinoff, CEO do Grupo Porto. Segundo ele, a companhia segue expandindo com responsabilidade, de forma orgânica, e reforçando sua presença em regiões com viabilidade operacional. “Estamos investindo na ampliação da rede de guinchos, no fortalecimento da marca e em uma atuação mais próxima em diversos estados.”
Todas as unidades de negócio superaram 22% de rentabilidade sobre o patrimônio. A vertical de seguros cresceu 6% em receita, totalizando R$ 5,4 bilhões, com destaques para os ramos de Vida (+16%) e Patrimonial (+10%). No Auto, os prêmios subiram 4% e a frota segurada aumentou 2%, com a adição de 146 mil veículos. A sinistralidade, entretanto, subiu 2,5 pontos percentuais, afetada por uma frequência levemente maior de eventos e pela base comparativa favorável de 2024. “O primeiro trimestre tem, historicamente, uma sinistralidade maior. Em março já observamos normalização e não vemos motivo de preocupação para os próximos períodos”, afirmou Celso Damadi, vice-presidente Financeiro da Porto.
A Porto Saúde apresentou o maior crescimento proporcional do grupo: a receita aumentou 35%, alcançando R$ 2 bilhões, e o lucro líquido subiu 71%, totalizando R$ 180 milhões. O número de beneficiários chegou a 702 mil no seguro saúde (+25%) e superou 1 milhão no plano odontológico (+27%). “A tecnologia tem nos permitido modelar ofertas mais aderentes ao perfil dos segurados e trabalhar com corretores para promover autocuidado e gestão de risco. O cuidado preventivo é eixo central da nossa estratégia em saúde”, destaca Domingos Falavina, diretor de Relações com Investidores, M&A e Planejamento Estratégico da Porto.
No Porto Bank, a receita atingiu R$ 1,7 bilhão (+29%), com destaque para Consórcios (+36%) e Empréstimos e Financiamentos (+29%). O lucro da vertical foi de R$ 192 milhões, alta de 29%. A inadimplência acima de 90 dias caiu para 6,0%, refletindo melhora na qualidade da carteira. A vertical de serviços teve receita de R$ 671 milhões (+9%) e lucro de R$ 54 milhões (+19%), com forte alta nas vendas diretas ao consumidor final (+129%).
O resultado financeiro total do grupo foi de R$ 383 milhões (+68%), e a carteira de aplicações da tesouraria alcançou R$ 432,7 milhões, ou 99,4% do CDI, beneficiada pela valorização do IPCA e recuperação do Ibovespa. O índice de eficiência operacional foi de 10,9%, com melhora de 0,5 ponto percentual.
A companhia também destacou seu avanço em iniciativas de bem-estar e marca, como o patrocínio à ciclovia do Rio Pinheiros, a plataforma Porto.Dos e o circuito de corridas com a Track&Field. “Queremos promover um debate qualificado sobre temas relevantes para a sociedade e ampliar o cuidado com o bem-estar das pessoas em todos os momentos da vida”, diz Kakinoff.
Na área regulatória, a Porto celebrou o avanço na formalização das cooperativas de transporte. “Essa norma nivela as posições regulatórias e amplia a proteção ao consumidor”, avalia Falavina.
Com 18,1 milhões de clientes (+6%) e 4 milhões de usuários do App Porto (+20%), a empresa encerra o primeiro trimestre de 2025 consolidando um novo ciclo, em que a diversificação e a rentabilidade caminham juntas. “Acreditamos que o segundo trimestre trará um alívio na sinistralidade do seguro auto e continuaremos acompanhando oportunidades com disciplina e visão de longo prazo”, conclui Kakinoff.
Principais destaques do 1T25 (em comparação com 1T24):
Eficiência operacional: 10,9% (–0,5 p.p.)
Receita total: R$ 9,9 bilhões (+14,6%)
Lucro líquido consolidado: R$ 832,3 milhões (+28%)
ROAE consolidado: 23,9% (+3 p.p.)
Lucro Porto Seguro: R$ 313,4 milhões (–21%)
Lucro Porto Saúde: R$ 180 milhões (+71%)
Lucro Porto Bank: R$ 192 milhões (+29%)
Lucro Porto Serviço: R$ 54 milhões (+19%)
Receita financeira: R$ 383 milhões (+68%)