Série: O que esperar de 2021 – Fabio Protasio Oliveira, CEO da AIG Seguros no Brasil

fabio oliveira aig

A série “O que esperar de 2021”, visa trazer um pouco de luz sobre as incertezas do próximo ano. Nesta edição, Fabio Protasio Oliveira, CEO da AIG Seguros no Brasil, fala um pouco sobre suas expectativas. Leia abaixo:

Como descreve o ano de 2020?

Estávamos preparados para um 2020 de desafios, focados nos objetivos e resultados planejados. A notícia da pandemia nos trouxe o primeiro impacto de se deparar com a nova realidade e compreender que a vida, os negócios e o trabalho individual de cada um seguiriam adiante com necessidade de adaptação e um sentido de união e constante comunicação. Uma vez ajustados à nova realidade, nós da AIG procuramos seguir nosso planejamento de negócios e relacionamento com o mercado, mantendo o contato com o nosso time, com parceiros e clientes o mais próximo possível de como fazíamos anteriormente, mostrando que continuamos a postos, independente da distância física. Hoje, há seis meses operando no formato remoto, posso dizer que estamos em uma situação bastante positiva: mantivemos nossas metas, com ajustes necessários e resultados crescentes mês a mês. No primeiro semestre de 2020, os prêmios emitidos pela AIG atingiram um volume de R$ 423,9 milhões, 28,4% maior que o semestre findo de 2019. Em termos de prêmio ganho, atingimos R$ 367,5 milhões, 8,3% maior que em 2019. 

Conseguimos manter e crescer no período, principalmente pelas oportunidades e demandas por seguros de riscos mais complexos, a exemplo dos seguros Patrimonial, Riscos Cibernéticos e de transportes e equipamentos voltados às linhas amarela e verde. Outro exemplo de sucesso é o nosso contínuo relacionamento com corretores parceiros, por meio de treinamentos sobre riscos e seguros. Como já costumávamos fazer encontros presenciais e on-line (só em 2019, tivemos cerca de 1500 corretores participantes), mantivemos essa prática, mas desde o início de março, focada exclusivamente treinamentos virtuais. Desde março, esses nossos eventos on-line já contabilizaram mais de 15 mil participações de corretores de diferentes regiões do Brasil, interessados em atualizações sobre seguros de responsabilidade civil, riscos cibernéticos, danos ambientais de cargas não poluentes, entre outros assuntos ministrados por nossos especialistas. 

Quais as áreas mais afetadas? 

Como esperado, as áreas mais afetadas no período, seguindo a tendência do mercado de seguro no mundo todo, foram os seguros para pessoas. No caso da AIG, a linha mais afetada foi a de Seguro Viagem (tanto corporativa quanto individual via benefício de cartões de crédito), devido às restrições de movimentações impostas globalmente. 

O que mudou na forma de se relacionar com o consumidor? Dê um exemplo prático.  

Nesta nova configuração, ficou evidente que as relações pessoais precisam se fortalecer, com uma comunicação clara, transparente e colaborativa, e que interdependência entre todos é vital – seja no âmbito pessoal e familiar, seja no profissional. Internamente, já contávamos com ferramentas digitais e uma cultura fortalecida para apoio e desenvolvimento dos nossos colaboradores. Aos nossos parceiros de negócios, os corretores, nossos treinamentos presenciais e on-line já eram marca registrada que só se consolidaram ao longo desses meses. E quando falamos sobre relacionamento com o consumidor, foi essencial já estarmos preparados com antecedência, com uma equipe atualizada e segura para oferecer o atendimento adequado, fazendo uso dos melhores recursos tecnológicos. Já contávamos com inteligência artificial nos chatbots e treinamentos constantes que nos permitiram identificar novos padrões. Entre eles, a alta de 20% na média de acionamentos por e-mail em nosso Contact Center, queda significativa de ligações, enquanto o chat se manteve estável. Mais um sinal que nossos clientes também já tinham migrado ao digital. 

Além desse relacionamento e adaptação ao novo comportamento do consumidor via Central de Atendimento oficial, também percebemos corretores parceiros e clientes mais próximos e cada vez mais interessados em conhecer os detalhes das apólices e o funcionamento de nossa gestão de sinistros. Por meio de reuniões virtuais, fortalecemos as pontes com corretores e seus clientes, nossos segurados, para apresentações detalhadas que foram facilitadas e até mais habituais, agora no ambiente on-line. Outra mudança importante também se deu nas visitas de inspeção e análise de risco realizadas pela nossa equipe de Engenharia. Com as análises presenciais suspensas, conseguimos estabelecer uma comunicação mais próxima e direta, promovendo inspeções virtuais on-line, com total integração entre cliente segurado e os especialistas da AIG atuando juntos na identificação de riscos e propostas de soluções, a ponto de nossas atividades no Brasil serem referência para outras operações da AIG no continente.  

Quais as tendências da empresa e do setor para 2021? 

Alguns acontecimentos nos últimos anos têm mudado radicalmente a forma de ter e fazer negócios. A constante ameaça de ataques virtuais, a vulnerabilidade da economia e da sociedade como um todo frente a questões de saúde de dimensão mundial, os efeitos climáticos que têm causado diferentes estragos em diferentes regiões são alguns dos fatores que afetam a todos e, também, o setor de seguros.

Para 2021 e os próximos anos, o desafio do setor de seguros será manter-se alerta às tendências e transformações e conectado aos principais riscos e novas tecnologias para ser capaz de oferecer a consultoria mais precisa a seus clientes, atuando como peça chave na gestão de riscos, contingência e continuidade do negócio. Na AIG, vemos como tendência aprimorar nossas soluções de seguros, com coberturas e clausulados cada vez mais modernos e adequado às necessidades dos clientes, oferecer ferramentas digitais adequadas ao dia a dia do corretor e do segurado, bem como manter-se em contato com as operações em mercados mais maduros para compartilhar experiência técnica sempre atualizada. 

Ao analisarmos o mercado brasileiro, é possível identificar alguns produtos chave de seguro que devem fazer parte do planejamento financeiro estratégico das empresas, auxiliando a continuidade do negócio. Entre os exemplos, podemos citar o seguro de riscos cibernéticos, que inclusive vem despertando mais e mais o interesse dos corretores. A alta do e-commerce, a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados, a frequência maior do home office são realidades que enfrentam ataques cibernéticos em todo o mundo, o que deixa mais visível a importância da proteção de dados, os riscos e a importância do seguro. 

Na AIG, já notamos que a procura pelo Cyber vem crescendo desde meados de 2018. Só no ano passado, as cotações mais que dobraram, e ultrapassamos os R$ 9 milhões em prêmios, de acordo com o divulgado na SUSEP, volume este que pode ampliar-se não só na AIG, como no mercado como um todo. Assim como já acontece em mercados mais maduros, as apólices de Risco Cibernético da AIG têm como diferencial a oferta de serviços adicionais focados na prevenção e atendimento imediato pós-evento, realizados por terceiros. Nesse sentido, podemos dizer que as apólices de Cyber vão caminhar para uma tendência de apólice de serviço, pois os clientes já veem valor nos benefícios agregados de prevenção. Isso já acontece muito no exterior. Por exemplo: o setor bancário contrata apólices de Cyber e utiliza muito os serviços de monitoramento de web. No Brasil, nossas apólices já são complementadas por serviços adicionais de monitoramento de IPs e treinamento de equipes focados na prevenção.  

Outra oportunidade são os Riscos de Responsabilidade Civil Profissional. A expectativa é de aumento da demanda. Temos visto profissionais autônomos mais cientes dos riscos de sua atividade, principalmente a partir de um comportamento mais exigente de seus clientes e público consumidor em geral, cada vez mais inteirados de seus direitos e prontos a reclamá-los. Uma tendência que podemos comentar é a busca ao seguro por novos segmentos profissionais, como empresas de tecnologia ou profissionais de mídia, que hoje estão voltados bastante para trabalho em redes sociais e campanhas on-line, além do aumento da penetração do seguro em profissões que tradicionalmente contratam o seguro, tais como advogados, cartórios, corretores de seguros, arquitetos, engenheiros etc. Por isso, AIG, a cada ano, está ampliando o número de profissões cobertas, devido ao interesse crescente de diferentes segmentos. 

O mercado do agronegócio, historicamente, é um dos que menos sofre em grandes crises, o que também é visto atualmente. Por isso, corretores interessados neste segmento podem diversificar e conhecer mais sobre o Seguro de Equipamentos e Benfeitoria, voltado a cobrir danos nos maquinários utilizados do segmento: um investimento muito grande ao produtor e que podem sofrer danos, cujos reparos são muito custosos. Daí a importância do seguro. O mesmo podemos dizer de maquinários da linha amarela, sendo que o setor de construção civil espera uma alta para o próximo ano. 

Outra oportunidade interessante são os Seguros de Responsabilidade focados na reparação ambiental. Temos visto um movimento crescente de bancos e grupos de investidores comprometidos em financiar exclusivamente empresas conscientes de sua política e gestão ambiental. E sabemos que riscos ambientais existem nos mais diversos segmentos da indústria e serviços; e empresas e seus administradores são responsáveis por eventuais danos, criminalmente. Desde as grandes indústrias até operações mais simples, a exemplo de um prédio comercial que possui em seu subsolo tanque de combustível para aquecimento de caldeiras, ao setor de serviços, como hospitais, hotéis, que podem gerar impactos ambientais, em todos esses segmentos, a gestão do risco ambiental é fundamental. 

E em todos os negócios há a importância dos tomadores de decisão e suas responsabilidades, por isso o Seguro D&O é outra importante ferramenta, uma vez que o atual momento de maior exposição e incertezas aos executivos e administradores é um dos fatores à crescente busca pelo produto. Mas há também outros indicadores chave que “puxam” essa tendência de crescimento nos últimos anos no Brasil: responsabilidade tributária, danos trabalhistas, investigações policiais, danos ambientais e pedidos de recuperação judicial. 

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Guia Salarial da Robert Half traz os cargos em alta no setor de Seguros

Transformação digital no segmento tem ampliando a demanda por profissionais com experiência em inovação 

Fonte: Robert Half

A pandemia do coronavírus representou o maior impacto no mercado de trabalho no ano de 2020 e trará consequências de longo prazo em todos setores da economia.  É o que aponta o novo Guia Salarial da Robert Half. Em sua 13ª edição, o estudo apresenta como a inovação tecnológica tornou-se prioridade para o setor segurador, impactando diretamente no perfil dos profissionais que atuam na área, com oportunidades para aqueles com conhecimentos em inovação digital.

Para Ana Guimarães, gerente de recrutamento da Robert Half, o desafio das empresas do setor será ampliar a carteira de clientes e garantir boa participação no mercado. Dessa forma, uma tendência do segmento, chamada know your customer (KYC), pode ajudar no equilíbrio da sinistralidade. “Esse procedimento, que ajuda a evitar crimes e fraudes, permite que as organizações conheçam o perfil de cada cliente, para avaliar e monitorar os riscos envolvidos na relação. Além disso, o KYC permite que a companhia ofereça uma precificação do produto mais justa para o consumidor”, comenta.

SEGUROS

  • Posições em destaque: Produtos – analistas e especialistas,  Atuarial – analistas, especialistas e gerentes,  Precificação – analistas e especialistas, Finanças – analistas, gerentes e CFO;
  • Setores em destaque: Seguros para infraestrutura, agronegócio e tecnologia;
  • Carreiras do futuro: Chief digital officer e analista/ especialista de produtos digitais;
  • Habilidades comportamentais: Visão de negócios, resiliência, adaptabilidade, inovação e senso de dono;
  • Habilidades técnicas: Inglês fluente, formação atuarial, multiproduto e Digital innovation;
  • Perspectiva de remuneração em 2021:
  • Analista de Produtos: 6.850 | 9.200 | 10.300 | 14.000
  • Especialista de Produtos: 9.550 | 12.800 | 14.350 | 19.450
  • Analista Atuarial: 8.900 | 9.200 | 10.300 | 14.000
  • Especialista Atuarial: 10.000 | 12.500 | 14.050 | 19.000
  • Gerente Atuarial: 12.700 |17.000 | 19.100 | 25.850
  • Analista de Precificação: 6.400 | 8.600 | 9.650 | 13.050
  • Especialista de Precificação: 9.800 | 13.100 | 14.700 | 19.950
  • Analista – Finanças: 6.550 | 8.750 | 9.800 | 13.300
  • Gerente – Finanças: 16.650 | 22.250 | 25.000 | 33.850
  • CFO – Finanças: 33.700 | 45.000 | 50.550 | 68.500

Fonte: Guia Salarial 2021 da Robert Half/Valores em reais)

Banco digital do Bradesco oferta seguro residencial a partir de R$ 19,90 mensal

Saint-Clair-diretor-da-Bradesco-AutoRE

Totalmente digital, o seguro next pode ser contratado direto pelo App e ainda possui opções para quem tem casa própria ou paga aluguel, com assistência dia e noite. 

Em uma parceria com a Bradesco Auto/RE, empresa do grupo Bradesco Seguros, o banco digital next acaba de lançar seu seguro residencial com planos a partir de R$ 19,90, garantindo cobertura completa e assistência dia e noite. A novidade sofistica ainda mais a plataforma de Seguros do next, a área de Proteção, que já oferece Plano Odontológico e Seguro para Cartão de Débito e Crédito. 

Com cobertura para incêndio, roubo, danos elétricos e muito mais, o Seguro Bilhete Residencial next tem serviços de chaveiro, eletricista e até encanador para ajudar com os problemas da casa em qualquer horário. Tudo com a segurança e garantia de uma das maiores seguradoras da América Latina, a Bradesco Seguros.  

Ao todo, são sete opções de plano disponíveis, pensadas para atender todos os perfis de clientes, inclusive, para quem aluga apartamento ou casa. “Por meio do nosso time de antropólogos, verificamos que há uma grande tendência dos nossos Clientes fazerem a aquisição de um imóvel residencial, onde 49% disseram que pretendem comprar uma casa e/ou apartamento, o que torna o produto Seguro Bilhete Residencial altamente atrativo, acessível e conectado com as expectativas do público que busca, além do Seguro para o bem, uma solução de valor agregado que entregue benefícios e conveniência”, informa Jeferson Honorato, diretor geral do next.  

A disponibilização do Seguro Residencial também faz parte da iniciativa de completude do portifólio de soluções do next, tornando-o cada vez mais a mais completa plataforma digital do mercado para distribuição de produtos financeiros e não financeiros. 

“A Bradesco Auto/RE investe em pesquisas e inovações em beneficio de clientes e corretores. A parceria com o next promete ser promissora para ambas as empresas e representa uma nova opção de produto no mercado”, destaca Saint´Clair Lima, diretor da seguradora. 

NEXT  – O next é um banco 100% digital completo e gratuito, com cartão de crédito Visa internacional, DOC/TED ilimitados para qualquer banco, saques gratuitos nos caixas eletrônicos Bradesco e rede Banco24Horas, diversas opções de investimentos, suporte nas principais carteiras digitais e muitos Mimos. Para abrir a conta, basta baixar e completar o cadastro.  Possui mais de 3,5 milhões de clientes ativos e processa 4 milhões de transações/dia. 

Projeções para o PIB melhoram, mas ancoragem depende de reformas, avalia CNseg

pedro simoes, CNSEG

As projeções de crescimento do PIB deste ano continuam a melhorar, indo de -4,66% para -4,55%, cenário compatível com um crescimento entre 7% e 10% do PIB no terceiro trimestre

O otimismo dos economistas do mercado financeiro segue melhorando as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB). Conforme o Relatório de Mercado Focus do Banco Central, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,66% para 4,55%. Para 2021, o mercado financeiro elevou a previsão de alta de 3,31% para 3,40%. 

“No entanto, a inflação teve ajuste significativo e a projeção para a Selic veio com alta de 2,75% para 3% para 2021”, alerta Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. Esta foi a 15ª semana de aumento contínuo da estimativa de inflação para o próximo ano, o que acabou elevando também a projeção para a Selic no fim de 2021. 

“Claro que esses ajustes de inflação e de taxas de juros não assustam, pois já eram esperados. Mas temos ainda muitas coisas para recuperar daqui para frente. Se considerarmos o carregamento estatístico, o crescimento projetado para 2021, na verdade, não é forte. Ou seja, dada a forte queda do PIB no ano anterior, mesmo que a atividade cresça pouco ao longo do ano que vem, o crescimento ultrapassaria facilmente os 3%, e é o que está embutido em tais projeções”, afirma. 

Segundo o economista, otimismo mais consistente virá se, além de boas notícias em testes, tivermos notícias positivas sobre a distribuição da vacina, por exemplo, e melhora nos indicadores do emprego, avanço das reformas e controle fiscal.

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal de CNseg.

Falhas internas são a causa mais frequente de sinistros cibernéticos, revela estudo da Allianz

riscos cibernéticos hackers

Análise da AGCS de mais de 1.700 sinistros cibernéticas: Eventos externos como os ataques “DDoS” resultam em perdas mais caras, mas incidentes internos como erro humano ou falhas de sistema ocorrem com mais freqüência, embora com impacto financeiro menor

Os ataques externos às empresas resultam nas mais caras perdas de seguros cibernéticos, mas são os erros humanos e problemas técnicos os mais freqüentes geradores de sinistros por número, de acordo com um novo relatório da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), Managing The Impact Of Increasing Interconnectivity – Trends In Cyber Risk. O estudo analisa 1.736 sinistros de seguros cibernéticos no valor de 660 milhões de euros (US$ 770 milhões) envolvendo a AGCS e outras seguradoras de 2015 a 2020.

“As perdas decorrentes de incidentes como os ataques de negação de serviço (DDoS) ou as campanhas de phishing e ransomware representam hoje uma maioria significativa do valor dos sinistros cibernéticos”, diz Catharina Richter, Diretora Global do Allianz Cyber Center of Competence, que está incorporado à AGCS. “Mas embora o cibercrime domine as manchetes, falhas nos sistemas cotidianos, interrupções de TI e incidentes decorrentes de erros humanos também podem causar problemas para as empresas, mesmo que seu impacto financeiro não seja, em média, tão grave”. Empregadores e funcionários devem trabalhar juntos para aumentar a conscientização e a resiliência cibernética. ”

O número de sinistros de seguros cibernéticos de que a AGCS foi notificada tem aumentado constantemente nos últimos anos, de 77 em 2016, quando cyber era uma linha relativamente nova de seguros, para 809 em 2019. Em 2020, a AGCS já recebeu 770 sinistros nos três primeiros trimestres. Este aumento constante foi impulsionado, em parte, pelo crescimento do mercado global de seguros cibernéticos, que atualmente é estimado em 7 bilhões de dólares, de acordo com a Munich Re. A AGCS começou a oferecer seguros cibernéticos em 2013 e, em 2019, gerou mais de 100 milhões de euros em prêmios brutos neste segmento. O relatório também destaca que houve um aumento de mais de 70% no custo médio dos crimes cibernéticos para as organizações em cinco anos – US$ 13 milhões e um aumento de 60% no número médio de violações de segurança.

As perdas resultantes de incidentes externos, tais como ataques DDoS ou campanhas de phishing e malware/ransomware, respondem pela maioria do valor dos sinistros analisados (85%) de acordo com o relatório, seguidos por ações internas maliciosas (9%) – pouco freqüentes, mas que podem ser dispendiosas. Episódios internos acidentais, tais como erros de funcionários ao assumirem responsabilidades diárias, interrupções de TI ou de plataformas, problemas de migração de sistemas e software ou perda de dados são responsáveis por mais da metade dos sinistros analisadas por número (54%), mas, muitas vezes, o impacto financeiro destes é limitado em comparação com o crime cibernético. Entretanto, as perdas podem aumentar rapidamente no caso de incidentes mais graves.

A interrupção de negócios (incluindo custos de mitigação e responsabilidade de terceiros) é o principal fator de custo por trás das perdas cibernéticas, respondendo por cerca de 60% do valor de todas os sinistros analisados no relatório, seguido pelos custos envolvidos em lidar com violações de dados.

Não se espera que o ambiente de risco cibernético se torne mais fácil no futuro, observa o relatório. Empresas e seguradoras estão enfrentando uma série de desafios, tais como a perspectiva de interrupções de negócios mais caras, a crescente freqüência de incidentes de ransomware, conseqüências mais dispendiosas de grandes violações de dados devido a uma regulamentação mais robusta e aos litígios, bem como o impacto do jogo das diferenças políticas no espaço cibernético através de ataques patrocinados pelo Estado. O impacto destas tendências é também o tema de um novo podcast AGCS.

O enorme aumento do trabalho remoto devido à pandemia de coronavírus também é um problema. Forças de trabalho deslocadas criam novas oportunidades para que os criminosos cibernéticos tenham acesso a redes e informações sensíveis. Os incidentes de malware e ransomware já aumentaram em mais de um terço desde o início de 2020, enquanto os golpes e campanhas de phishing com o tema do coronavírus continuam. Ao mesmo tempo, o impacto potencial de erros humanos ou incidentes de falhas técnicas também pode ser aumentado. 

Enquanto as exposições estão aumentando, ainda não se pode dizer que o surto de Covid-19 seja uma causa direta de sinistros relacionados a cyber. A AGCS começou a ver os primeiros sinistros que podem ser atribuídos indiretamente ao cenário da Covid-19, incluindo ataques de ransomware que possam ter conexão com a mudança para o trabalho remoto. Entretanto, é muito cedo para confirmar uma tendência mais ampla.

Surgem ameaças de ransomware
Já com alta freqüência, os incidentes de ransomware estão se tornando mais prejudiciais, visando cada vez mais as grandes empresas com ataques sofisticados e grandes exigências de extorsão. Houve quase meio milhão de incidentes do tipo reportados globalmente no ano passado, custando às organizações pelo menos 6,3 bilhões de dólares somente em pedidos de resgate. Os custos totais associados ao tratamento desses incidentes são estimados em mais de 100 bilhões de dólares.

“Ferramentas de hacking de alto nível estão mais amplamente disponíveis, impulsionadas pela crescente ‘comercialização de cyber-hacks‘. Cada vez mais, os criminosos estão vendendo malware para outros hackers que, em seguida, têm como alvo empresas que exigem pagamentos de resgate”, diz Marek Stanislawski, Líder Global de Subscrição Cibernética AGCS. “Entretanto, as exigências de extorsão são apenas uma parte do quadro. A interrupção de negócios pode trazer as perdas mais graves – com o tempo de inatividade se tornando mai longo – enquanto os custos de sistemas e restauração de dados podem aumentar rapidamente. ”

A interrupção de negócios e a o aumento da vulnerabilidade da cadeia de abastecimento digital 
“Seja devido a um resgate, erro humano ou uma falha técnica, a perda de sistemas ou dados críticos pode colocar uma organização em uma situação muito delicada na economia digitalizada de hoje”, diz Joerg Ahrens, Diretor Global de Sinistros de Long-Tail AGCS. “A impossibilidade de acessar dados por um longo período de tempo pode ter um impacto significativo nas receitas – por exemplo, se uma empresa for incapaz de receber pedidos. Da mesma forma, se uma plataforma on-line não estiver disponível devido a uma falha técnica ou evento cibernético, ela pode trazer grandes perdas para as empresas que dependem dela, particularmente dada a crescente dependência atual das vendas on-line ou das cadeias de abastecimento digitais. ”

Violação de dados e ataques patrocinados pelo Estado

O custo de lidar com uma grande violação de dados está aumentando à medida que os sistemas de TI e eventos cibernéticos se tornam mais complexos, e com o crescimento dos serviços em nuvem e de terceiros. A regulamentação da privacidade de dados, que foi recentemente reforçada em muitos países, também é um fator-chave que impulsiona os custos, assim como o crescimento da responsabilidade de terceiros e a perspectiva de litígio em ações coletivas. As chamadas mega violações de dados (envolvendo mais de um milhão de registros) estão mais freqüentes e caras, agora custando em média 50 milhões de dólares, com um aumento de 20% em relação a 2019.

Além disso, o impacto do crescente envolvimento dos Estados-nação nos ciberataques é uma preocupação crescente. Grandes eventos como as eleições e o Covid-19 apresentam oportunidades significativas. Durante 2020, o Google afirmou que bloqueou mais de 11.000 ciberataques potenciais patrocinados pelo governo por trimestre. Nos últimos anos, a infra-estrutura crítica, como portos e terminais e instalações de petróleo e gás, foi atingida por ciberataques e campanhasransomware.

Preparar, treinar e prevenir

A preparação e treinamento dos funcionários pode reduzir significativamente as conseqüências de um evento cibernético, especialmente em esquemas de phishing ou que comprometam e-mails comerciais, que muitas vezes podem envolver erro humano. 

Outra medida que também pode ajudar a mitigar os ataques de resgate são os backups, embora sua manutenção possa limitar os danos. O intercâmbio e cooperação intersetorial entre empresas – como o que foi estabelecido pela Carta de Confiança – também é fundamental quando se trata de desafiar o crime cibernético altamente organizado comercialmente, desenvolver normas de segurança conjuntas e melhorar a resiliência cibernética. 

O cenário da Covid-19 traz novos desafios. Com o trabalho remoto generalizado, a segurança em torno dos pontos de acesso e autenticação é crítica, mas as organizações também devem garantir que haja capacidade de rede suficiente, pois isto pode ter um impacto significativo na perda de renda se houver qualquer interrupção.

Webtec avalia primeiros sinais de retomada econômica para o setor de seguros

A CNseg promoveu encontro com especialistas que acompanham o dia a dia da economia e dos seguros

Fonte: CNseg

A economia brasileira enfrenta agora desafios inéditos para voltar a crescer. Justamente para identificar os riscos à frente, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) reuniu especialistas no webtec “O setor de seguros e os primeiros sinais de retomada econômica”, na quinta-feira (19). “O principal propósito do encontro foi demonstrar o elo entre a economia e o seguro, e sua dependência à produção, ao emprego e à renda para ganhar tração”, assinalou o economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, Pedro Simões, que moderou o encontro. Participaram também Ana Flávia Ribeiro Ferraz, Gerente Departamental da Bradesco Vida e Previdência e Presidente da Comissão de Produtos de Risco da FenaPrevi; a economista Luana Miranda, Pesquisadora da Área de Pesquisa Aplicada da FGV/IBRE, e Thisiani Martins, Presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais e de Grandes Riscos da FenSeg. 

Em sua apresentação, a economista Luana Miranda lembrou que, em virtude da pandemia que enfraqueceu setores econômicos importantes e comprometeu milhões de postos de trabalho, aportes do governo foram necessários para ajudar empresas e pessoas. Os desembolsos foram importantes para impedir uma recessão ainda mais severa, mas pioraram as contas públicas e colocou mais pressão sobre o equacionamento do deficit fiscal.

Após um segundo trimestre complexo, o PIB do terceiro deu fortes sinais de recuperação, algo que melhorou a confiança dos agentes. Mas a dependência às medidas emergenciais temporárias, incluindo auxílio emergencial, cessão de crédito, torna, hoje, difícil antever como se comportará a economia brasileira em 2021.

Ela projeta uma expansão de 3,5% no próximo ano, mas reconhece que não é algo muito significativo por ter uma base comprimida, em razão da recessão de 2020. Os problemas da economia não são recentes. Fragilizada desde a última crise econômica (2014/2016, com perda de 8% do PIB no período de 11 trimestres), a economia brasileira conviveu com baixas taxas de crescimento na sequência e, atropelada pela pandemia declarada em março, teve contração de 12% em apenas dois trimestres de 2020, sem recuperar-se das perdas causadas pela pandemia, ao contrário do que ocorreu no passado, mesmo parcialmente.

Há muitas variáveis que podem abreviar um crescimento duradouro ou pelo menos retardá-lo. O risco fiscal e a inflação são duas das variáveis mais importantes. A questão fiscal, explosiva, pode afetar a recuperação dos empregos e renda, afugentar investimentos e manter o dólar elevado, ao se aproximar de 100% do PIB. O câmbio, por sua vez, pode colocar ainda mais lenha no viés de retomada da inflação. Sem contar que um ambiente pouco amigável para os negócios pode atrapalhar diversas atividades de serviços, o segmento mais afetado pela pandemia. 

Thisiani Martins, Presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais e de Grandes Riscos da FenSeg, reconhece a complexidade do cenário econômico e imagina que as modalidades e ramos de seguros de Danos e Responsabilidades vão avançar de forma desalinhada, seguindo a lógica de mercado aos quais se destinam as coberturas.  Esse comportamento de crescimento heterogêneo também tende a permanecer nos seguros de Vida e nos planos de acumulação.  Segundo Ana Flávia Ribeiro Ferraz, Gerente Departamental da Bradesco Vida e Previdência e Presidente da Comissão de Produtos de Risco da FenaPrevi, enquanto os planos de acumulação ainda buscam seu ponto de equilíbrio, após uma sequência de resgates ocorridos no começo da pandemia, o seguro de Vida segue uma trajetória mais confortável.  Quando todos estarão na rota de crescimento, não só os seguros de Pessoas, mas os Danos e Responsabilidade, ainda não há respostas.

O vídeo do webtec está disponível no portal cnseg.org.br.

IRB Brasil Re lança serviço de inteligência de dados com alta de 30,3% na compra de resseguro até setembro

IRB resseguro

IRB+Inteligência oferece ao mercado, por meio de plataforma aberta e boletim mensal, informações e estatísticas para a compreensão do comportamento do setor, com base em dados públicos da Susep 

Os prêmios cedidos às resseguradoras brasileiras cresceram 28,9% em setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, e acumulam alta de 30,3% nos nove primeiros meses de 2020 em relação a 2019. É o que mostra o Boletim IRB+Mercado, que marca, hoje (23/11), o lançamento do novo serviço de inteligência de dados do IRB Brasil RE: o IRB+Inteligência.  

O relatório aponta ainda que o prêmio emitido pelas seguradoras aumentou 17,4% em setembro, considerando o mesmo período de 2019, com crescimento de 3,6% de janeiro a setembro de 2020. “Os números indicam reaquecimento das atividades. Ter acesso à informação de qualidade e analisar comportamentos e tendências são premissas para entender como nosso segmento funciona.”, afirma o CEO e presidente do Conselho de Administração do IRB, Antônio Cássio dos Santos. 

No acumulado do ano (janeiro a setembro), o mercado segurador cresceu 3,6%, influenciado, principalmente, pelos desempenhos das linhas de negócio Rural, Patrimonial, Seguros de Pessoas e Petróleo, nessa ordem. No período, os grupos seguradores que mais emitiram prêmios foram Bradesco, Porto Seguro e Banco do Brasil. Assim como os prêmios emitidos, o resseguro cedido também registrou aumento no mês (28,9%), o que culminou no crescimento de 30,3% no acumulado do ano até setembro.

Sinistralidade – Na comparação mensal, a taxa se manteve no mesmo patamar, com as menores taxas atribuídas às linhas Riscos Diversos, Crédito e Habitacional. Porém, no acumulado do ano até setembro, o índice teve melhora de 2,1 p.p. em relação ao ano passado, impulsionado por Automóvel. Não obstante o recuo dos prêmios em seguros nesta linha, os sinistros registraram quedas mais acentuadas (-13,4%) contribuindo para o resultado do índice. Na sequência, as linhas Responsabilidades e Riscos Diversos também influenciaram na queda da taxa.

Na visão por grupos seguradores, entre aqueles com as maiores emissões de prêmios, Zurich Santander, Caixa e BB foram os que apresentaram as menores taxas no período de janeiro a setembro deste ano. Na mesma tendência, a sinistralidade cedida em resseguro apresentou melhora no acumulado no ano, com redução de 11,2 pontos percentuais.

Vida – Foi o segmento que mais contribuiu para o desempenho do mercado no mês, devido, principalmente, aos incrementos nos segmentos Prestamista (coletivo) e Vida (coletivo e individual). No acumulado do ano, a maior influência positiva foi do ramo Vida Individual, com variação de 29,3%.

Auto e danos – Em sentido contrário, a linha que mais prejudicou o desempenho do setor foi Automóvel com queda de 4,6% no acumulado até setembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Em que se pese o fato de que, em setembro, a linha registrou aumento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2019, após cinco meses consecutivos de recuos, fartamente compensados pela queda abrupta de despesas com sinistros.

Rural, Patrimonial e Petróleo – As linhas de negócio Rural, Patrimonial e Petróleo foram propulsoras do desempenho do setor no acumulado do ano, com crescimentos de 30,8%, 14,4% e 128,8%, respectivamente. No Patrimonial, o destaque foi Riscos Nomeados e Operacionais, com evolução de 33,2%.

O Boletim IRB+Mercado resume as operações seguros e resseguros a partir dos dados públicos disponibilizados pela Susep, com foco nos seguros de danos, responsabilidades e pessoas. A análise, que será publicada mensalmente, está disponível, na íntegra, no site da companhia (www.irbre.com). No mesmo endereço, o IRB oferece ainda um painel de dados interativo, que permite fazer consultas dinâmicas aos dados. O Dashboard IRB+Mercado Segurador, como é chamado, foi desenvolvido pelo ressegurador, é gratuito, de fácil acesso e traz informações de todo o setor. 

“Esse serviço surge a partir da necessidade de prover o mercado, e todas as pessoas interessadas nele, com informações consolidadas, confiáveis e estruturadas. Desenvolvemos um painel para garantir que todos acessem de forma dinâmica e rápida os dados e oferecemos um recorte mensal”, diz o diretor de Clientes, Inovação e Marketing do IRB Brasil RE, Lucas Mello, acrescentando que o serviço ganhará outras publicações em breve. 

Sobre o Boletim IRB+Mercado

O Boletim IRB+Mercado é o relatório mensal do IRB+Inteligência. Consolida dados públicos do mercado brasileiro de seguros e resseguros a partir das bases da Susep. A análise sobre o mercado, com foco nos seguros de danos, responsabilidades e pessoas pode ser consultada no site do IRB (www.irbre.com), em IRB+Inteligência > Painel de Dados > Boletim IRB+Mercado. 

Sobre o Dashboard IRB+Mercado Segurador

O Dashboard IRB+Mercado Segurador é o painel de dados interativo do IRB+Inteligência. Desenvolvido pelo IRB Brasil RE, disponibiliza os dados históricos das operações de seguro e resseguro, com segregação por linhas de negócio, grupos seguradores e foco nos seguros de danos, responsabilidades e pessoas. É aberto, de fácil acesso e pode ser consultado no site do IRB Brasil RE (www.irbre.com), em IRB+Inteligência > Painel de Dados > Dashboard do Mercado Segurador e Ressegurador.

Call center da Mitsui Sumitomo já retomou o patamar de atendimento antes da crise

Anderson Lima Mitsui Sumitomo

“O atendimento exige uma compreensão integral da sua necessidade e uma solução ao problema. E isso é o que nos desafia e nos orgulha todo dia”, diz Anderson Silva

A comunicação é uma atividade importante para qualquer empresa. Para a Mitsui Sumitomo, é mais que isso. É prioritária. A seguradora investe em diversos canais de atendimento. Geralmente o cliente entra em contato para relatar uma perda e quer mais detalhes sobre serviços e também como proceder para receber a indenização. “Investimos no treinamento de nossos colaboradores, para que eles atendam nossos corretores e clientes com excelência e saibam encaminhar qual quer tipo de demanda que surja”, conta Hélio Kinoshita, vice-presidente da subsidiária local do maior grupo segurador da Ásia e um dos maiores do mundo.

Comunicação de pedidos de indenizações, ou no jargão do setor “aviso de sinistro, é o principal assunto das mais de 15 mil chamadas mensais atendidas pelo call center. “Neste momento as pessoas querem expressar seus sentimentos com uma pessoa e não com um robô, o que faz o call center ser ainda o principal canal de comunicação da Mitsui Sumitomo com corretores e clientes”, diz Anderson Silva – responsável pela área na Companhia. 

Segundo Anderson, o atendimento não foi interrompido sequer por um dia com a determinação de isolamento social. “Temos um plano de contingência e todos puderam trabalhar remotamente”, disse. O volume de acidentes foi reduzido, mas em setembro já retomou o mesmo patamar antes da pandemia. Nos meses de abril e maio, a maior parte das ligações era para obter informações sobre pagamentos e para agendar vistorias. 

A Mitsui Sumitomo disponibiliza vários canais para que corretores, clientes, fornecedores e prestadores de serviços possam escolher como querem se comunicar com a companhia. “Eles podem optar por apenas mandar mensagem ou por falar com um atendente, treinado para resolver qualquer assunto”, destaca Anderson. Outras formas de atendimento digital estão em estudo para levar maior comodidade ao público.

Sobre a tendência da perda de posições em callcenter pelo crescente uso de robôs no atendimento, Anderson afirma que na Mitsui Sumitomo isso não é uma realidade. Pelo contrário. Está no radar do executivo agregar valor à cadeia inteira de relacionamento com o cliente. “A Mitsui Sumitomo vem investindo muito em crescimento, lançando novos produtos, e atender bem a todos é a cultura da companhia. A área tem absorvido novos serviços, como o atendimento das demandas das filiais para que elas fiquem mais voltadas a fazer mais negócios”, conta Anderson, que também é um dos embaixadores dos valores da seguradora responsável por fazer o elo entre colaboradores e a área de Recursos Humanos.

Anderson se orgulha dos indicadores de atendimento do grupo e também da avaliação dos consumidores no site Reclame Aqui. “Estamos sempre bem posicionados, graças ao investimento do grupo na moderna tecnologia que suporta os canais de atendimento e em treinamento da equipe. “Entender o que cliente precisa é mais importante que apenas atender. O atendimento exige uma compreensão integral da sua necessidade e uma solução ao problema. E isso é o que nos desafia e nos orgulha todo dia”.

Série: O que esperar de 2021 – Antonio Trindade, CEO da Chubb Brasil

antonio trindade chubb

A série “O que esperar de 2021”, visa trazer um pouco de luz sobre as incertezas do próximo ano. Nesta edição, CEO da Chubb, Antonio Trindade, fala um pouco sobre suas expectativas. Leia abaixo:

Como descreve o ano de 2020?

Não resta dúvidas de que 2020 está sendo um ano desafiador. Além da pandemia de Covid-19, decretada pela OMS em março, tivemos uma série de ocorrências de grande impacto no Brasil e no mundo. Antes dos incêndios no nosso Pantanal, a Austrália registrou um enorme incêndio florestal no primeiro semestre, que provocou muitos prejuízos. Também tivemos terremotos no Caribe, na Turquia e no México. No Brasil, Minas Gerais foi atingida por fortes chuvas, que arrastaram carros e destruíram propriedades. Mais recentemente, tivemos o ciclone-bomba, na Região Sul do país, e até um tornado em Santa Catarina, em agosto. Evidentemente essas ocorrências afetam os resultados da indústria de seguro como um todo. Por outro lado, esses períodos são fundamentais para ampliar a percepção das pessoas e das empresas a respeito do risco ao qual todos estamos sujeitos. Por consequência, cresce também o reconhecimento à importância do mercado segurador.

A pandemia colocou ainda mais em evidência para as pessoas a importância de proteger suas famílias com uma apólice de seguros de vida e de saúde. Na esfera corporativa, abriu oportunidades para a oferta de seguros a empresas de desenvolvimento de vacinas e medicamentos, com coberturas para ensaios clínicos e testes científicos voltados ao desenvolvimento de tratamentos para essa e outras doenças. A decretação de quarentena, por sua vez, levou milhares de empresas a reformularem o modelo de trabalho de seus profissionais, com boa parte colocada em home office. Isso jogou luz sobre um problema que já era relevante, mas foi potencializado: a questão dos riscos de ataques cibernéticos. Esse certamente será um segmento que continuará a crescer no Brasil e no mundo.

Por outro lado, a maior incidência de eventos catastróficos, como os que citei, reforça a percepção de risco ao patrimônio e a necessidade de contratação de proteção para o mesmo. Com isso, devem ser potencializados segmentos como o de seguros empresariais, para condomínios e residenciais.

Quais as áreas mais afetadas?

As medidas de isolamento para conter a propagação do vírus tiveram grande impacto sobre as indústrias de entretenimento e de turismo. Assim, os ramos de seguros de eventos e de viagens foram bastante atingidos. Também o seguro transporte e todos os diretamente relacionados à atividade econômica foram afetados, mas já dão sinais consistentes de retomada.

O que mudou na forma de se relacionar com o consumidor

A pandemia está sendo uma experiência transformadora para todos nós. Quando, do dia para a noite, somos obrigados a mudar nossa forma de trabalho, com pessoas se relacionando a distância, por canais eletrônicos, começamos a dar mais valor ao relacionamento humano. Isso nos dá a certeza de que acertamos quando decidimos investir, ainda em 2019, no aprimoramento da infraestrutura de atendimento ao cliente. Além da adoção de um sistema integrado, no qual podemos identificar o histórico de contatos, seja qual for o canal escolhido pelo segurado, mantivemos o atendimento feito por pessoas. Preferimos ter muito cuidado antes de adotar soluções tecnológicas que tiram a possibilidade de interação com quem é a razão de tudo o que fazemos na companhia. Quando um cliente nos procura, é sempre uma oportunidade para provarmos nosso valor. Seja numa abertura de atendimento a sinistro ou na solução de um problema, porque sabemos que não somos infalíveis, mas estamos empenhados em fazer o melhor. Esse olhar humano, com empatia, dificilmente poderá ser substituído.

Quais as tendências da empresa e do setor para 2021?

Estamos animados com as possibilidades e oportunidades vislumbradas para 2021. Claro, ainda estaremos sob impacto da crise da pandemia, mas a própria conscientização das pessoas e das empresas quanto à importância do seguro já amplia as oportunidades para diversos segmentos.

Também vemos com bons olhos as mudanças regulatórias capitaneadas pela Susep no setor de grandes riscos. O atual ordenamento regulatório foi construído com base nos produtos massificados, onde se parte do princípio de que há uma relação assimétrica entre segurados e seguradoras. Nessa interação, o cliente tem informações e conhecimentos insuficientes e precisa ser protegido e tutelado pela regulação. O problema é que essa mesma visão foi usada para regular a relação do mercado com grandes corporações. A consequência é a impossibilidade de o mercado oferecer as soluções de seguro de que esses grupos necessitam.

Com a modificação das normas proposta pelo órgão regulador, esse grande cliente corporativo, que tem um grau de conhecimento e de suporte especializado infinitamente maior que o cliente de massificados, poderá negociar e contratar apólices desenhadas especificamente para as suas necessidades, com maior liberdade de negociação com as seguradoras, assim como acontece em outros mercados pelo mundo.

Em massificados, também pretendemos intensificar o fechamento de parcerias para oferta de produtos por meio de canais digitais. O lançamento do Chubb Studio (plataforma global de distribuição de produtos de seguro por meio dos canais digitais de parceiros) foi um grande passo no sentido de ampliar nossa presença nesse tipo de produto e a aceitação está sendo muito positiva.

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Rafael Ramalho assume como diretor de linhas pessoais na Zurich

zurich brasil Rafael Ramalho

Fonte: Zurich

O executivo Rafael Ramalho é o novo diretor de Personal Lines da Zurich no Brasil, área de negócios da companhia especializada em seguros de auto, residencial e condomínio, além de produtos para pequenas e médias empresas. Rafael Ramalho sucede Peter Rebrin, que passou a se dedicar exclusivamente à gestão da AFP Futuro da Bolívia, administradora de fundos de pensão gerenciada pela Zurich.

Com passagens por grandes seguradoras e consultorias internacionais, Rafael atuou nas aréas de precificação, subscrição e finanças destas companhias, bem como desenvolveu projetos de estratégia para grandes empresas do setor financeiro. Sua experiência contribuirá para a expansão dos negócios da Zurich no segmento dePersonal Lines.

Rafael Ramalho é formado em engenharia de produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e possui um MBA em estratégia, finanças e marketing pela Northwestern University – Kellogg School of Management, dos Estados Unidos.