Projeções para o PIB melhoram, mas ancoragem depende de reformas, avalia CNseg

As projeções de crescimento do PIB deste ano continuam a melhorar, indo de -4,66% para -4,55%, cenário compatível com um crescimento entre 7% e 10% do PIB no terceiro trimestre

O otimismo dos economistas do mercado financeiro segue melhorando as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB). Conforme o Relatório de Mercado Focus do Banco Central, a expectativa para a economia este ano passou de retração de 4,66% para 4,55%. Para 2021, o mercado financeiro elevou a previsão de alta de 3,31% para 3,40%. 

“No entanto, a inflação teve ajuste significativo e a projeção para a Selic veio com alta de 2,75% para 3% para 2021”, alerta Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. Esta foi a 15ª semana de aumento contínuo da estimativa de inflação para o próximo ano, o que acabou elevando também a projeção para a Selic no fim de 2021. 

“Claro que esses ajustes de inflação e de taxas de juros não assustam, pois já eram esperados. Mas temos ainda muitas coisas para recuperar daqui para frente. Se considerarmos o carregamento estatístico, o crescimento projetado para 2021, na verdade, não é forte. Ou seja, dada a forte queda do PIB no ano anterior, mesmo que a atividade cresça pouco ao longo do ano que vem, o crescimento ultrapassaria facilmente os 3%, e é o que está embutido em tais projeções”, afirma. 

Segundo o economista, otimismo mais consistente virá se, além de boas notícias em testes, tivermos notícias positivas sobre a distribuição da vacina, por exemplo, e melhora nos indicadores do emprego, avanço das reformas e controle fiscal.

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal de CNseg.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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