Presidente da Bradesco Seguros vê boas perspectivas para 2023 com estratégia centrada no cliente

O grupo Bradesco Seguros exala otimismo com o crescimento do setor de seguros em 2022 e 2023. “Como uma empresa multilinha, que oferece soluções de proteção para as mais diversas necessidades, enxergamos oportunidades de expansão nos mais variados ramos, sobretudo neste novo contexto pós pandemia, em que a sociedade está mais consciente quanto aos riscos e à importância de se proteger deles”, diz o presidente Ivan Gontijo.

Uma base estatística que ampara o otimismo do executivo está nos índices de penetração do setor na sociedade. Apenas 30% da frota brasileira possui seguro auto, um quarto da população possui plano de saúde e só 16% das casas contam com um seguro residencial, ao mesmo tempo em que os percentuais da população com idade ativa que possuem seguro de vida e plano de previdência também são baixos, de apenas 18% e 17%, respectivamente. “Ainda somos apenas o 18º mercado de seguros do mundo, muito aquém da nossa importância econômica, com uma participação de apenas 0,9% nos prêmios globais. Tudo isso evidencia todo o potencial do mercado segurador”, ressalta.

Em recente evento promovido pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), em São Paulo, Gontijo, destacou a importância do seguro de vida e da previdência privada no dia a dia das pessoas, especialmente, em meio à crise sanitária sem precedentes causada pela pandemia da covid-19. Segundo o executivo, o mercado segurador vem demonstrando sua resiliência e capacidade de se adaptar rapidamente à nova realidade da população – com a criação de produtos personalizados e mais adequados ao momento de vida do cliente – e, dessa maneira, cumprindo com a sua principal missão: oferecer proteção ao patrimônio das pessoas e suas famílias.

Os investimentos em inovação de produtos e distribuição ganhou ainda mais tração com a pandemia. A casa ganhou novo significado para a família, enquanto as empresas querem cada vez mais proteger seus funcionários e seus ativos, com a contratação de benefícios e seguros. “A nossa estratégia para que a proteção do seguro chegue a mais famílias e empresas passa pelo “clientecentrismo”, que consiste em ter a perspectiva do segurado em tudo o que desenvolvemos, conhecendo cada vez mais suas necessidades de proteção, para poder levar a solução de proteção mais adequada. Com esse olhar, temos lançado planos de saúde de cobertura nacional mas com foco regional, com redes selecionadas de prestadores que são referência em cada cidade, e investido em segmentações de seguros empresariais e residenciais, bem como na diversificação dos portfólios de seguros de automóvel, vida e da grade de planos de previdência.

Além de oferecer mais produtos, Gontijo afirma que a transformação digital na experiência dos clientes continua sendo um foco importante da estratégia para 2023, com o investimento em tecnologias pensadas na experiência do consumidor. Ele destaque ferramentas que permitam a massificação da personalização, utilizando dados para oferecer produtos e serviços cada vez mais customizados, e que possibilitem ao cliente sanar todos os seus problemas em apenas um local. 

Seguradoras como a Bradesco Seguros, multilinha e multicanal, presente em todos os segmentos do mercado segurador e em todo território nacional, tem vantagem competitiva, o que tem proporcionado ao grupo um resultado mais equilibrado e alinhado aos objetivos da companhia. No segundo trimestre de 2022, o grupo Bradesco Seguros registrou lucro líquido de R$ 1,8 bilhão, o que representa evolução de 176% em relação ao mesmo período de 2021, com aumento do ROAE de 7,8% para 20,9%. O resultado foi favorecido pela expansão do faturamento em todas as linhas de negócios. No semestre consolidado, o montante totaliza R$ 3,4 bilhões, com crescimento de 49%. 

O mercado de seguros tem demonstrado grande resiliência na travessia desse período desafiador com condições de superar essa etapa com níveis de crescimento bastante satisfatórios, embora ainda inferiores ao seu potencial. “No nosso grupo utilizamos as experiências e aprendizados desse período para aperfeiçoar nossa operação, ampliando e aprimorando nossa gama de produtos, agilizando a contratação e habilitando novos canais de comercialização e relacionamento com o cliente, que é a razão de ser da companhia. Isso se reflete nos nossos números. Registramos crescimento de 11% no faturamento em 2021, e de 16% no primeiro semestre de 2022”.

A expectativa para o encerramento de 2022 é de evolução. Em sua análise, o setor vive um momento de aceleração da transformação digital, intensificado na pandemia. Tal movimento impacta segurados, corretores e seguradoras e, com a estratégia baseada na centralidade do cliente, o grupo atua para oferecer sempre a melhor experiência, combinando elementos que façam sua jornada mais ágil, simples e resolutiva.

“Acreditamos que para os próximos meses a evolução do mercado brasileiro de seguros continuará sendo uma constante. As novas tecnologias tendem a ser cada vez mais utilizadas e ajudarão não apenas a ofertar o melhor produto ao segurado, como também a precificá-lo, por exemplo. Utilizamos as experiências e aprendizados para aperfeiçoar nossa operação, ampliando e aprimorando nossa gama de produtos, agilizando a contratação e habilitando novos canais de relacionamento com o cliente. Continuaremos trabalhando para tornar a jornada do cliente ainda mais ágil, com tecnologias de ponta e sempre contando com o corretor de seguros como um grande consultor, pronto para sanar as principais dúvidas levantadas pelo cliente.  

Segundo ele, o seguro auto ainda tem uma penetração baixa no Brasil. Existem cerca de 17 milhões de veículos segurados, com uma frota de 70 milhões. Dados de fevereiro de 2022 (pesquisa mais recente) apontam que 70% dos automóveis não têm seguro veicular. Para motivar a contratação dos produtos, desde o início da crise um conjunto de soluções integradas para o consumidor foi priorizada: autovistorias online, que proporciona agilidade na execução do serviço; flexibilização de coberturas; plataformas digitais mais interativas; renovação ou contratação 100% digital; inteligência artificial, que permite a apuração e liquidação de um sinistro em poucas horas; além investimentos em nichos de atuação, como produtos low coast, a partir da flexibilização das regras pela Susep.  

Sobre investimentos em outros nichos estratégicos de atuação, Gontijo cita a criação do produto Proteção Digital. A Bradesco Seguros foi a primeira companhia do mercado segurador a oferecer cobertura para aplicativo bancário. A novidade foi apresentada no fim de 2021, com o objetivo garantir o seguro em caso de transações indevidas, realizadas por terceiros, em situações como perda, furto simples, furto qualificado ou roubo do dispositivo móvel, e coação sofrida pelo segurado. “Com isso, consumidores terão acesso a coberturas, em casos de operações indevidas via Transações PIX, Transferências, TED, DOC, pagamentos de boletos e recarga de crédito em telefonia móvel”, cita.  

O presidente também destaca coberturas com foco exclusivo no trabalho remoto e PME’s. O objetivo é atender às principais demandas dos empreendedores e novos formatos de trabalho na residência e dobrar a participação desse grupo na contratação de apólices da seguradora até o fim de 2022.  Ainda, foram criadas coberturas e assistências para a casa e apartamento, sendo de uso habitual ou veraneio, tendo a proteção para atividade comercial na residência como um dos grandes atrativos e diferenciais, com proteção para máquinas, móveis, utensílios, mercadorias e matérias-primas diretamente relacionados com a atividade profissional do segurado, cujo ramo esteja devidamente enquadrado na legislação do MEI.

Quanto a compras, o presidente da Bradesco Seguros afirma que “um grupo segurador com a dimensão do nosso deve estar sempre atento às movimentações no setor e eventuais oportunidades de negócios. Porém, mantendo a orientação que sempre norteou nossa atuação, não comentamos especulações de mercado”.

Europ Assistance Brasil anuncia venda da CEABS Serviços para a Omnilink 

Newton Queiroz, CEO da Europ Assistance Brasil e da CEABS 1hb

Fonte: Europ Assistance

A Europ Assistance Brasil (EABR) – uma das principais empresas de assistência 24 horas e seguro viagem do país – confirmou a venda da CEABS Serviços para Omnilink, companhia referência no mercado de transporte e logística há mais de 20 anos. A CEABS – líder em rastreamento, monitoramento, telemática e gestão de riscos e frotas – foi adquirida em 2013 pela EABR. Naquela época, o plano era ampliar a oferta de serviços para o segmento de frotistas. 

Com o desenvolvimento de outros serviços por causa de novas necessidades da sociedade e atrelada a crescente digitalização, a EABR optou por focar no segmento de assistência, o qual ainda tem um grande potencial a ser desenvolvido no Brasil. “Hoje, a EABR está consolidada em nossas principais linhas, que são o Auto, Saúde, Lar e Viagem. Queremos focar 100% na evolução contínua destes serviços, assim como apoiar o crescimento de outros, como o cuidado voltado à terceira idade. Também estamos atuando forte no segmento Viagem, que vem crescendo na América Latina, com o objetivo de nos tornar o maior canal de Travel para o Grupo Europ Assistance na região”, explica Newton Queiroz, CEO da companhia no Brasil. 

Para Eduardo Lacet, CEO da Omnlink, a aquisição da CEABS será importante para expandir a operação da companhia. “A força da CEABS no mercado de frota leve é totalmente complementar a atuação da Omnilink no mercado de transporte de carga e essa aquisição consolidará nossa atuação no mercado, através de players relevantes em que a CEABS atua, garantindo maior presença da nossa marca e oferecendo soluções customizadas para nossos clientes”. 

Como os negócios das duas empresas se completam, a estratégia é manter as operações de forma independente. Além disso, a Omnilink planeja investir na tecnologia LoRa (transmissão de dados wireless e peer to peer) para consolidar a CEABS na maior rede de antenas móveis do país em capilaridade, o que garante a redundância no rastreamento e os melhores índices de recuperação do mercado.

O processo de transição já está em velocidade acelerada; e espera-se que esteja 100% concluído nos próximos meses. O valor da transação não foi revelado. 

Samplemed traz visão tecnológica da subscrição de riscos ao webinar do CVG-SP

Fonte: CVG-SP, por Márcia Alves

A subscrição de riscos evoluiu e já pode ser realizada de forma totalmente digital. Como funciona esse processo, os próximos passos e a experiência internacional, foram questões abordadas por dirigentes da Samplemed no webinar promovido pelo CVG-SP, no dia 31 de agosto, transmitido ao vivo pelo YouTube.

Sob a mediação do presidente do CVG-SP, Marcos Kobayashi, participaram do evento o CEO da Samplemed e também ex-presidente do CVG-SP, Silas Kasahaya, o CTO Abert Costa e o diretor Comercial Mário Jorge Pereira. A Samplemed, de acordo com Kasahaya, tem 30 anos de experiência no setor, opera em cinco países e está expandindo no mercado internacional com a oferta de plataformas de tecnologia para a subscrição de riscos. 

Um estudo da Accenture, nos Estados Unidos, citado por Kasahaya, mostra que os underwriters estão subscrevendo menos, porque perdem 70% tempo com outras tarefas. Segundo ele, a tecnologia permite ao subscritor usar seu tempo para desenvolver estudos de resultado da carteira e de sinistralidade e acompanhar as melhores práticas de mercado. 

O futuro da subscrição

Tornar a jornada do cliente cada vez mais simples, intuitiva e transparente é também uma preocupação do mercado de seguros. “Se a experiência for a melhor possível, poderá garantir um diferencial competitivo à empresa, além de apoiar a construção de novos produtos”, disse Mário Jorge.

O diretor da Samplemed trouxe ao evento um estudo da McKinsey que projeta o futuro da subscrição de riscos, começando pela subscrição automatizada. Mario Jorge explicou que a fase 2 se caracteriza pelo maior uso de inteligência de dados e redução do processo manual, resultando em maior agilidade. 

A fase 3 é a da microssegmentação e personalização e a fase 4 a da subscrição contínua, que requer um mercado mais maduro. “A intenção é sugerir medidas preventivas que possam influenciar na melhoria da saúde dos proponentes”, disse.

Mario Jorge apresentou, ainda, quatro passos para modernizar a subscrição, começando pelo pensamento sistêmico. “Toda a análise deve ser ágil, por meio de dashboard e estatísticas”, disse. 

O passo dois é destruir os silos organizacionais, ou seja, todas as áreas devem estar alinhadas. Em seguida, vem o comprometimento dos executivos e, depois, a aceleração do ritmo, com entregas constantes e programadas, em vez de iniciativas de longo prazo.

Uma subscrição para cada risco

Dividindo os riscos entre baixos, médios e altos, Mario Jorge indicou o tipo de subscrição correta. Para os riscos baixos ele sugeriu o modelo preditivo, que caracteriza os indivíduos de acordo com o perfil de risco. Para os médios, a análise automatizada e o aprofundamento do perfil de risco com o uso de questionários dinâmicos e até entrevistas remotas. 

Já para os riscos altos, com capitais mais elevados, recomendou análises especificas, inclusive com o uso de exames laboratoriais. “Temos um ecossistema completo de soluções, que garante mais segurança e a análise mais profissional dos riscos. Viabiliza para que mais pessoas façam o seguro”, disse.

Na visão de Mario Jorge, a integração entre tecnologia, dados e segurança, em um mesmo ambiente, facilita a gestão de riscos e acompanhamento das carteiras, permitindo ajustes e correções com rapidez.  

Cases internacionais

O CTO Albert Costa, que reside nos Estados Unidos, trouxe de lá exemplos de seguradoras novas, que cresceram rapidamente após o uso de subscrição automatizada. Duas delas, a Haven Life e a Ethos realizam aceitação 100% digital, sem a necessidade de exame médico, exceto para seguros acima de US$ 1 milhão. 

A Ethos aceita idade de até 75 anos e capital de até US$ 10 milhões. Já na Haven Life o limite de idade é 64 anos e o capital de US$ 3 milhões. “Ambas as seguradoras oferecem uma boa experiência para o usuário, que não precisa falar com ninguém, pois todo o processo é online”, disse. 

Outra empresa, a Ladder, atua com foco na recomendação de produtos, a partir de uma série de perguntas. Com o uso de algoritmos, fazem a recomendação de produtos diferenciados. 

Para o executivo, os exemplos mostram a tendência de automatização dos processos no mercado americano, cada vez mais com o uso de modelos matemáticos e preditivos para a rápida tomada de decisão. “A mensagem que fica é que as seguradoras devem atentar para os novos entrantes do mercado”, disse. 

Questionado pelo presidente do CVG-SP sobre a melhor estratégia das seguradoras americanas, Albert Costa respondeu que é a inovação na experiência do usuário e o uso da ciência de dados. “A grande revolução é o uso de algoritmos matemáticos, inteligência artificial e machine learning”, disse. 

No encerramento, Marcos Kobayashi observou que o tema abordado interessa a diversos profissionais e não apenas aos subscritores. “Por isso, vamos trazer mais informações nas nossas redes sociais, porque um dos pilares do CVG-SP é a geração de conteúdo”, disse.

Boletim da CNseg analisa projeções de juros maiores apesar da queda da inflação projetada

O boletim da CNseg destaca que, após a confirmação de crescimento maior que o esperado do PIB no segundo trimestre (alta de 1,2% sobre o trimestre anterior ou de 3,2% sobre o mesmo período do ano passado de acordo com o IBGE), ocorrem revisões para mais da taxa de crescimento do PIB anual. Para 2022, a estimativa avançou de 2,10% para 2,26%, subindo de 0,37% para 0,47% no próximo ano.

Esse movimento de alta é fruto de estímulos pontuais que impulsionaram a atividade no período – como, por exemplo, liberação de saques no FGTS e antecipação do 13º de beneficiários do INSS – ao lado de alguma melhora no mercado de trabalho, com aumento da ocupação e queda do desemprego (9,1% no trimestre encerrado em julho).  O boletim lembra, porém, que a reação não alcançou a remuneração média real, que permanece em queda, segundo a PNADc divulgada na semana passada pelo IBGE.

Sobre a inflação, o boletim da CNseg assinala que “as projeções para o IPCA foram reduzidas mais uma semana: para este ano, a projeção para a inflação oficial está em 6,61%; para 2023, em 5,27%” segundo a pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central nesta segunda.  Mesmo assim, essa ligeira perda de fôlego dos preços não muda a trajetória de alta da Selic de 2023, elevada de 11,00% para 11,25%. “Isso ocorre, provavelmente, pela percepção de que a queda da inflação este ano, impulsionada pela redução dos impostos sobre combustíveis, pode ter inércia para o ano que vem (a proposta orçamentária para 2023 manteve, inclusive, o corte de impostos federais sobre os combustíveis)”, diz o Boletim da CNseg.  Na Europa, a inflação recorde deve exigir respostas duras de política monetária, assinala a publicação, ao chamar a atenção da importância da reunião do BCE nesta semana sobre juros básicos.

Valor 1000 Seguros: Freio de arrumação acerta o passo

Dyogo Oliveira CNseg - Crédito Luciana Whitaker_baixa (4)

Valor Econômico S/A traz hoje o Valor 1000, com as maiores empresas do setor. A matéria na íntegra pode ser lida no portal do Valor, com acesso apenas para assinantes.

Depois do boom das insurtechs, o mercado segurador brasileiro fez um pit stop para acertar o passo. Ao longo de 2021, as seguradoras vivenciaram um ano tumultuado, mas nada que tire o otimismo dos executivos com o potencial de crescimento do setor. No ano passado, as vendas de seguros de bens e responsabilidades, resseguros e capitalização registraram alta de 2,2%, para R$ 140 bilhões, mas as indenizações pagas cresceram num ritmo maior, de 6,8%, para R$ 73,8 bilhões. Com isso, o lucro registrou queda de 47,5%, segundo dados do Valor 1000. 

O sentimento dos principais executivos do setor é de que o pior já passou e a expectativa é de melhora gradual de resultados em 2022 e 2023. “A previsão é de o setor avançar entre 13% e 15% em 2022, mesmo em meio a um cenário de baixo crescimento econômico, inflação elevada, juros em alta e eleições pela frente”, avalia Dyogo Oliveira, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).

Ivan Gontijo, presidente da Bradesco Seguros, líder do ranking de seguros do Valor 1000 em lucro em 2021, afirma que o grupo utilizou as experiências e aprendizados para aperfeiçoar a operação, ampliando e aprimorando a gama de produtos, agilizando a contratação e habilitando novos canais de comercialização e relacionamento com o cliente. 

Felipe Nascimento, CEO da MAPFRE no Brasil, destacou: “A Covid-19 que assolou o mundo, e circunstâncias adversas, entre elas eventos climáticos e uma guerra, pontos que, inevitavelmente, afetaram a economia global. Mesmo diante deste cenário desafiador, mantemos firme nosso modelo de negócio e registramos um crescimento constante”.

Para Roberto Santos, da Porto, o mercado de seguros como um todo sofre pela combinação entre sinistralidade, aumento de custos de reparo e inadimplência. “E nós, na Porto, já tomamos todas as ações para resolver essas questões”. Além disso, a Azul, empresa que pertence ao grupo, lançou um seguro auto por assinatura, que por meio de uma jornada 100% digital, pode ser contratado sem taxa de adesão, mensalidades de baixo custo e com parcelamento em até 10 vezes sem juros. Segundo o executivo, o plano por assinatura é um produto que busca democratizar o seguro no país e disponibilizar um atendimento acessível para atender os 70% da frota brasileira de automóveis que não possuem seguros. 

A BrasilCap, empresa de capitalização do Banco do Brasil, segunda colocada no ranking do Valor 1000, garante que recuperou a liderança de títulos de capitalização no primeiro semestre de 2022, com crescimento de 26% nas vendas, afirma o CEO da BB Seguros, Ullisses Assis. Segundo ele, a revisão do portfolio de produtos abriu mais frentes de atuação. Além do título tradicional, agora a empresa tem produtos atrelados a garantia de crédito, filantropia, fiança aluguel, além de parcerias comerciais para ampliar as vendas fora do canal bancário BB.  

A Allianz completou dois anos da compra das operações de auto e massificados da SulAmérica em julho deste ano. Desde novembro de 2020, a seguradora lança inovações em produtos das operações adquiridas, de automóvel, residência, condomínio e empresarial. A maior parte dos aperfeiçoamentos é fruto de demandas dos corretores. “Eles acompanham tendências que agregam valor nos produtos e serviços, deixando-os cada mais simples e flexíveis. São ofertas digitais e simplificadas, com coberturas completas e amplas”, explica Eduard Folch, presidente da Allianz Seguros. “Queremos seguir com automóvel e continuar crescendo nesse segmento, mas também objetivamos evoluir em outros ramos, como temos feito”. 

A Tokio Marine, sexta maior em vendas, registrou em 2021 o melhor desempenho da história da companhia no Brasil, afirma o CEO José Adalberto Ferrara. “E nosso ritmo continua acelerado”, celebra. “Crescemos 42% no primeiro semestre deste ano. Neste período, a produção foi de R$ 5,14 bilhões em prêmios emitidos, com índice combinado (receitas menos despesas) de 99,2%, o que chancela a força dos negócios da Tokio Marine no Brasil. Vale citar ainda que os sinistros pagos chegaram ao montante de R$ 2,54 bilhões nos seis primeiros meses do ano”. 

Segundo Tania Heydenreich, CEO interina da Munich Re Brasil, a segunda maior do ranking Valor 1000 de resseguros, a perspectiva para o término de 2022 e 2023 é de um mercado mais técnico, realizando os ajustes necessários para enfrentar o cenário atual. “Temos verificado uma demanda crescente por parte das seguradoras para soluções de capital, ou seja, resseguro tendo como maior motivação a otimização do capital da seguradora”, diz. Outra oportunidade para os resseguradores, segundo ela, é a busca das seguradoras pela diferenciação, como desenvolvimento e precificação de novos produtos que atendam as demandas emergentes do mercado e na revisão dos procedimentos de subscrição nas carteiras que apresentam resultados deficientes. 

Antonio Trindade, presidente da Federação Nacional de Seguro Gerais (FenSeg), é um otimista nato, principalmente com o segmento de riscos patrimoniais, que avançou 25% no primeiro semestre, para R$ 10,3 bilhões, e massificados, que subiram 15%, para R$ 6,4 bilhões. Seguro para grandes riscos avançou 39,4%, para R$ 3,4 bilhões, num movimento típico de pré-eleição.  “Se olharmos para os índices de penetração do setor na sociedade, veremos que apenas 30% da frota brasileira possui seguro auto e só 16% das casas contam com um seguro residencial. Ainda somos apenas o 18º mercado de seguros do mundo, muito aquém da nossa importância econômica, com uma participação de apenas 0,9% nos prêmios globais. Tudo isso evidencia o potencial do mercado segurador, num Brasil que tende a ter muito mais importância na economia global diante das mudanças geopolíticas, com atração de investimentos, que certamente contarão com um programa de seguros”. 

Mudança acentuada de condições de seguro de vida na renovação é considerada abuso

Fonte: Agência Câmara de Notícias

O Projeto de Lei 1814/22 prevê como abuso de direito a modificação acentuada das condições do seguro de vida e de saúde pela seguradora na renovação do contrato. Em análise na Câmara dos Deputados, o projeto inclui a medida no Código Civil.

“Se, em determinado ano, de forma abrupta e inesperada, a seguradora condicionar a renovação a uma repactuação excessivamente onerosa para o segurado, haverá desrespeito ao dever anexo de cooperação e configuração de abuso de direito por parte da seguradora”, explica o autor da proposta, deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA).

Ele ressalta que a jurisprudência dos diversos tribunais brasileiros, pacificada através da VI Jornada de Direito Civil promovida pelo Conselho da Justiça Federal, estabeleceu que constitui abuso do direito a modificação acentuada das condições do seguro de vida e de saúde pela seguradora quando da renovação do contrato. “O objetivo desta proposição é incorporar ao Código Civil os avanços interpretativos da jurisprudência”, destaca.

Tramitação
A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Novo grupo de trabalho quer incentivar mercado de seguros 

Fonte: Valor Econômico

O Ministério da Economia está criando um grupo de trabalho nos moldes da Iniciativa de Mercados de Capitais, conhecida pela sigla IMK, para discutir medidas de incentivo ao mercado de seguros no país.

A ideia é melhorar o diálogo com o setor e dar celeridade à tramitação de projetos dentro do governo e no Congresso Nacional. Em novembro, o chamado IMS (Iniciativa de Mercado de Seguros) pretende apresentar ao próximo governo uma lista de projetos que buscam melhoria regulatória e competição no segmento.

O chefe da assessoria especial de Estudos Econômicos do Ministério da Economia e presidente do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), Rogério Boueri Miranda, disse ao Valor que o IMS é uma “cria” do IMK para dar agilidade à implementação de medidas que melhorem o ambiente regulatório e a estrutura competitiva do setor.

Segundo ele, o IMK é um exemplo bem-sucedido de parceria entre governo e iniciativa privada para retirar amarras e estimular a competitividade, porém, ficou muito abrangente. “No caso do setor de seguros, que sempre participou do IMK, sentimos a necessidade de uma iniciativa pontual. O setor está crescendo muito e tem potencialidade grande, além de existir espaço para melhora do ambiente regulatório.”

Boueri destacou que o compromisso do governo no grupo é dar um tratamento mais ágil para a adoção de propostas que forem consenso no IMS. “O que se propõe é o que for consenso dentro do grupo, haverá uma ‘fast track’ do governo para viabilizar a medida”, afirmou. Além do CNSP, foram convidados para participar do grupo representantes da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Banco Central (BC), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seguradoras, corretoras e Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).

Segundo Boueri, os “convidados” têm até 9 de setembro, para apresentar propostas de interesse do setor. A ideia é que, no dia 15, seja feita a primeira reunião com todos para discutir e separar projetos de consenso. “O critério para escolha do projeto é envolver mudança regulatória ou na estrutura competitiva”, reforçou Boueri. Ele destacou que não serão acatadas iniciativas que envolvam renúncia ou incentivo tributário. “Retirada de tributo não está no âmbito de discussão do grupo”, frisou.

O presidente da CNSeg, Diogo Oliveira, disse que já está preparando a lista de propostas que considera viáveis e que tratem mais de questões legislativas e regulatórias para apresentação. Uma delas será a permissão do uso de reservas da previdência privada, assim como de títulos de capitalização, como garantia de operações de crédito. Isso exigiria aprovação de Medida Provisória (MP) ou Projeto de Lei (PL) para ser implementado. Na avaliação de Oliveira, essa ação seria um mitigador de risco de crédito e contribuiria para a redução dos juros de empréstimos. Como já existem algumas permissões pelo Congresso Nacional neste sentido, como o uso do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para garantir empréstimo por um custo mais baixo, a percepção de Oliveira é que a maté ;ria possa avançar com facilidade.

Em 2021, o setor de seguros detinha ativos financeiros da ordem de R$ 1,6 trilhão de garantias, o que corresponde a 23,4% da dívida pública brasileira, segundo dados da CNSeg. O volume de negócios do setor correspondia a 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

Site da Susep migra para o portal gov.br

susep

A partir do dia 8 de setembro, o site da Susep (Superintendência de Seguros Privados) passa a integrar o portal gov.br e as informações sobre a autarquia e os dados do mercado de seguros passam a ser encontradas em gov.br/susep.  

O gov.br é um projeto de unificação dos canais digitais do governo federal, reunindo, em um só lugar, serviços para o cidadão e informações sobre a atuação de todas as áreas do governo. Integrados, os sites do Governo tornam o portal gov.br a entrada única para as páginas institucionais da administração federal, oferecendo ao cidadão um canal direto e rápido de relacionamento com os órgãos federais.

Com a migração, o site da Susep ganha modernidade e facilidade de navegação, seguindo a mesma identidade visual das demais páginas de órgãos do governo, trazendo representatividade e identificação à Susep como órgão público federal.

O gov.br é, acima de tudo, um projeto sobre como a relação do cidadão com o Estado deve ser: simples e focada nas necessidades do usuário de serviços públicos.

A partir do dia 8 de setembro, o site da Susep (Superintendência de Seguros Privados) passa a integrar o portal gov.br e as informações sobre a autarquia e os dados do mercado de seguros passam a ser encontradas em gov.br/susep.

SulAmérica lança seu primeiro fundo de previdência com títulos alocados no Brasil e no exterior

Mello SulAmérica

Fonte: SulAmérica

A SulAmérica está lançando seu primeiro fundo de previdência que aloca valores em títulos públicos e privados no Brasil e no exterior: o SulAmérica Prev Inter Trafalgar FIC RF CP. O produto é indicado para investidores que buscam ganhos de capital superiores ao rendimento do CDI no período de um ano.

Com taxa mínima de administração de 1% e máxima de 1,5%, o SulAmérica Prev Inter Trafalgar FIC RF CP tem contribuição mensal mínima de R$ 500 e portabilidade e/ou aporte de R$ 5.000. A taxa de performance corresponde a 20% do valor do rendimento que exceder a 100% do CDI.

“Este lançamento vem em um momento importante de valorização da previdência e dos investimentos de longo prazo. O fundo Inter é o primeiro com esse perfil no nosso portfólio, de previdência com alocação no exterior, e estamos muito empolgados com a possibilidade de diversificar a carteira dos nossos clientes e oferecer um produto que dialoga com o conceito de Saúde Integral, por meio da saúde financeira”, afirma Marcelo Mello, vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica.

Para mais informações sobre o SulAmérica Prev Inter Trafalgar FIC RF CP e demais produtos de investimentos da SulAmérica, acesse https://www.sulamericainvestimentos.com.br/

SulAmérica Cultural patrocina comédia musical “Seu Neyla” em São Paulo, com estreia nesta sexta (09)

 Em linha com o propósito de promover o acesso à saúde para cada vez mais pessoas, por meio de ações culturais, a SulAmérica apresenta a comédia musical “Seu Neyla”. O espetáculo, que comemora os 60 anos de carreira de Ney Latorraca, conta com texto de Heloísa Perrissé e direção de José Possi Neto. Utilizando uma tecnologia inédita nos palcos do teatro brasileiro, a peça inova ao apresentar o mundo digital junto ao teatro em tempo real. 

A peça conta a história de quatro atores e um diretor que ensaiam um espetáculo sobre a trajetória artística de um dos maiores ícones da cena brasileira. Após apresentações no Rio de Janeiro ao longo de agosto, “Seu Neyla” chega para uma temporada em São Paulo, e permanece em cartaz de 09 a 25 de setembro. As apresentações são de sexta a domingo no teatro FAAP, em Higienópolis.

Essa é a primeira vez no Brasil que, durante um espetáculo, um dos protagonistas participa da encenação ao vivo por meio de um telão de led montado no palco.

SERVIÇO:

“SEU NEYLA”

São Paulo

Teatro FAAP (R. Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo – SP)

Temporada: 09 a 25 de setembro

6ªs feiras às 21h, Sábados às 17h e 21h e Domingos às 17h
Ingressos: https://teatrofaap.showare.com.br/