Eletrobras faz acordo com IRB e seguradoras para encerrar ação judicial

O acordo prevê o pagamento de R$ 390 milhões, a ser pago à vista, após homologação judicial

O Conselho de Administração da Eletrobras informou que a subsidiária Eletronorte aprovou acordo judicial para encerramento da ação proposta pelo ressegurador IRB Brasil Re, SulAmérica e outras seguradoras. Em comunicado, a empresa afirma que o objetivo é o ressarcimento dos valores pagos à empresa ALBRAS, em decorrência de sinistro envolvendo interrupção de energia elétrica, cujo fornecimento era responsabilidade da Eletronorte. O acordo prevê o pagamento de R$ 390 milhões, a ser pago à vista, após homologação judicial.

Wiz e Caoa criam corretora de seguros

A Caoa é a distribuidora oficial das marcas de veículos Subaru, Hyundai e Chery no Brasil, além de ser o maior revendedor Ford da América Latina

A Wiz Soluções e Corretagem de Seguros informou em comunicado que fechou um acordo com os fundadores da Caoa para criar a “Caoa Seguros”, uma corretora de seguros que terá 50% de participação de cada empresa. Segundo a Wiz, a Caoa Seguros terá direito de comercializar com exclusividade, na rede de distribuição controlada pela Caoa, produtos e serviços de seguridade pelo prazo de 20 anos contados do fechamento da operação. 

“Vamos constituir a maior operação de seguros automotivos no País”, afirma Heverton Peixoto, presidente da Wiz. Segundo ele, a empresa tem a maior plataforma tecnológica nas áreas em que atua, desenvolvida por três empresas de tecnologia do grupo, informou em entrevista ao Estadão.

A Wiz vai assumir os custos e despesas necessárias à operação da nova empresa pelo prazo de 24 meses, segundo a própria empresa. O negócio está sujeito a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). 

A Caoa é a distribuidora oficial das marcas de veículos Subaru, Hyundai e Chery no Brasil, além de ser o maior revendedor Ford da América Latina. A companhia tem uma rede de 233 concessionárias de veículos, sendo 156 próprias. 

Para a Wiz, a operação também representa uma diversificação dos negócios. A empresa lembra que tem uma agenda de crescimento pautada na identificação de parceiros comerciais que possuam canais com alto potencial de rentabilização por meio da comercialização de produtos de seguridade.

Denise Bueno é finalista pela quarta vez do Prêmio de Jornalismo; veja a relação

Boa sorte a todos! Vencedores serão divulgados em breve, numa data ainda a ser definida pelos patrocinadores da premiação

A FENACOR divulgou a relação dos finalistas da 5a. edição do Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros, organizado pela Federação em parceira com a ENS e o apoio institucional da CNseg. É a quarta vez que Denise Bueno (eu) é finalista.

Venceu em primeiro lugar em 2018 com a matéria publicada pelo Valor Econômico Operação Lava Jato eleva eleva indenizações e em terceiro lugar em 2017, com e-book Conexão e Inovação em Seguros – O corretor brasileiro em sintonia com o novo perfil de consumo, produzido pelo blog Sonho Seguro em parceria com a seguradora Travelers. Na edição 2020, é finalista com a matéria “É hora de acelerar as mudanças” publicada pelo Valor 1000.

No total, foram selecionados 25 trabalhos jornalísticos, sendo cinco por cada categoria: “Mídia Impressa”, “Audiovisual” (incluindo Rádio e TV), “Webjornalismo”, “Imprensa Especializada do Mercado de Seguros” e “Formação e Qualificação Profissional”. Agora, a “Seleção de Julgamento” irá apontar os grandes vencedores da premiação. 

Foram 514 trabalhos inscritos de todas as regiões do Brasil nas cinco categorias. Dessa forma, o “Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros” se consolida como a maior premiação voltada para a imprensa brasileira. 

A data da solenidade de premiação (provavelmente em evento virtual), será anunciada oportunamente. 

Veja a relação dos finalistas por categoria: 

MÍDIA IMPRESSA: Ana Paula Ragazzi (Valor Econômico); Denise Bueno (Valor Econômico – Valor 1000); Diego Garcia (Folha de São Paulo); Isadora Lima Carvalho (Revista Quatro Rodas); e Sérgio Tauhata Ynemine (Valor Econômico). 

AUDIOVISUAL: Danielle C. G. De Melo (TV Fortaleza – Jornal da Câmara); Danilo César dos Santos (TV Globo – NE); Guilherme Schiavinato de Souza (TV Globo / Bom Dia Brasil); Laura Zschaber (Jornal Minas); e Porllanne Silva dos Santos (TV Mar – TV Mar News). 

FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL: Barbara Bigarelli (Valor Econômico); Giselle Loureiro (Rede Amazônica – Afiliada TV Globo – “Bom dia, Amazônia”); Lorena Fraga Gomes (Correio Braziliense); Riva Blanche Kran (Rádio Brasil Central AM e RBC FM – “Programa Show da Tarde”); e Thais Ruco (Revista da Aconseg/SP). 

IMPRENSA ESPECIALIZADA: André Felipe de Lima (Revista Apólice); Carol Rodrigues (Revista Cobertura); Kelly Lubiato (Revista Apólice); Sérgio Vitor G.S. Feitosa (Seguro Nova Digital); e Solange S. Guimarães (Revista Apólice). 

WEBJORNALISMO: Hélio Marques (Site revista digital Seguro é Seguro); Leonardo Vieceli (GZH); Manuela Tecchio (CNN Brasil Business); Rafael Gregorio (Valor Investe – Valor Econômico); e Valéria Bretas (Estadão Investidor/Grupo Estado).

Boa sorte a todos!!!! E parabéns pela iniciativa!!!!

Elza Eraclide assume como líder de compliance da Assurant no Brasil

Assurant

A executiva se une ao time de especialistas da seguradora para somar seus conhecimentos em regulatório bancário, mercado de capitais e seguros

A Assurant, provedora global líder em soluções de estilo de vida e habitação que protege e conecta as principais compras dos consumidores, anuncia a chegada de Elza Eraclide como nova Gerente da área de Compliance no Brasil, reportando-se a Gerardo Vargas, diretor de Compliance para a América Latina e ao presidente da empresa no Brasil, Ricardo Fiuza. 

Com mais de 12 anos de experiência no setor jurídico e Compliance, a executiva se une ao time de especialistas da Assurant para somar seus conhecimentos em regulatório bancário, mercado de capitais, seguros e atuar em parceria com todas as divisões de negócios da seguradora. 

Elza chega à companhia para liderar a área de Compliance e tem como alguns de seus principais desafios direcionar e apoiar todas as áreas para garantir o cumprimento das políticas internas, leis e regulamentos, representar a empresa perante os órgãos reguladores e também será responsável por identificar os riscos de conformidade de cada linha de negócios e sua gestão, dar suporte para fortalecer a relação comercial para cumprir a estratégia e consolidar a função de compliance com o parceiro, fornecendo treinamento, consultoria, testes e monitoramento. 

Advogada formada pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU, com pós-graduação em Legislação Societária e Regulamentação dos Mercados Financeiros pela Escola Superior de Direito – ESA. Com passagem por instituições como o Banco Confidence / Travellex, Banco BTG Pactual, UBS e Unibanco, atuou também junto a Metlife, liderando a estrutura de Ética e Compliance no Brasil. 

MAPFRE patrocina exposição inédita do fotógrafo Nicholas Nixon

Mostra acontece de 22 de janeiro a 18 de abril no Instituto Tomie Ohtake e tem entrada franca.

Como parte de suas ações de incentivo à cultura e à arte, a MAPFRE traz ao Brasil, pela primeira vez, um conjunto da produção do premiado fotógrafo Nicholas Nixon (1947, Detroit, Michigan, EUA). 

Viabilizada com acervo da Fundación MAPFRE e em colaboração com o Instituto Tomie Ohtake, a mostra tem curadoria de Carlos Gollonet, chefe de fotografia e obras da fundação espanhola. 

A exposição apresenta 181 imagens divididas em nove núcleos que indicam a notabilidade do artista em retratos e fotografia documental: As Irmãs Brown, Cidades, Varandas, Idosos, AIDS, Casais, Família / Casa, Retratos, Fotos Recentes. 

O premiado fotógrafo norte-americano explora o retrato desde a década de 70, centrando-se em temas como envelhecimento, família, afeto, cumplicidade e solidão. Embora mais conhecido pelo trabalho As irmãs Brown, em que registrou ano a ano um grupo de quatro mulheres, Nixon criou várias outras séries também reconhecidas por revelar justamente o que não se vê: a humanidade e a emoção contida em expressões de idosos residentes em asilos, pacientes soropositivos, casais, grupo de pessoas, além de vistas primorosas de cidades. 

“O patrocínio a essa belíssima exposição reitera o nosso compromisso social, uma vez que democratiza o acesso à cultura – tão importante para a formação e transformação da sociedade.”, destaca Fernando Pérez-Serrabona, CEO da MAPFRE Brasil. 

Atividades integradas 

A exposição será acompanhada de uma série de atividades educativas, como visitas mediadas, encontros exclusivos para professores, além de uma publicação sobre a obra de Nicholas Nixon e sua relação com temas sociais que podem ser abordados em sala de aula junto aos estudantes. A mostra contará também com recursos de acessibilidade, como videolibras e audiodescrição de algumas obras. 

Exposição: Nicholas Nixon – Coleções Fundación MAPFRE 

De 22 de janeiro a 18 de abril 

Terça a domingo, das 12h às 17h – entrada franca 

Conversas on-line sobre as exposições

Apresentação e diálogo sobre as mostras em cartaz no Instituto Tomie Ohtake. 

Indicadas para maiores de 15 anos em grupos de até 20 pessoas, com duração média de 1 hora. 

Horários: terças e quintas, 10h e às 14h, realizadas pela plataforma ZOOM. 

Informações e inscrições pelo e-mail: [email protected] 

Conversas presenciais nas exposições

Mediante agendamento, para grupos familiares com até 4 participantes. 

Duração média de 40 minutos. 

Horários: sextas e sábados, às 14h 

Informações e inscrições pelo e-mail: [email protected] 

Medidas de segurança / visitação: Obrigatório uso de máscara / Medição de temperatura / Tapetes sanitizantes / Álcool em gel disponível em diversos pontos / Distanciamento mínimo de 1,5m entre os visitantes / controle de público, de 2 a 10 pessoas, dependendo da sala / percurso único / guarda-volumes desativado. 

Instituto Tomie Ohtake 

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) – Pinheiros SP 

Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela 

Allianz Risk Barometer 2021: trio relacionado à Covid-19 encabeça os riscos comerciais globais

AGCS riscos temidos

Pandemia dispara da 17ª para a 2ª posição e é vista como a principal causa de interrupção de negócios em 2021, seguida por cyber risks. As empresas buscam reduzir os riscos nas cadeias de abastecimento e impulsionar a gestão da continuidade comercial para eventos “extremos”

Fonte: AGCS

Um trio de riscos relacionados à Covid-19 encabeça o 10º Allianz Risk Barometer 2021, refletindo potenciais cenários de interrupções e perdas que as empresas estão enfrentando na esteira da pandemia de coronavírus. Os lucros cessantes (nº 1 com 41% de respostas) e o surto pandêmico (nº 2 com 40%) são os maiores riscos para as empresas este ano, com os incidentes cibernéticos (40%) ocupando o terceiro lugar. A pesquisa anual global sobre riscos comerciais da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) incorpora as opiniões de 2.769 especialistas em 92 países, incluindo CEOs, gestores de risco, corretores e especialistas em seguros. 

“O Allianz Risk Barometer 2021 é claramente dominado pelo trio de riscos Covid-19. A interrupção dos negócios, a pandemia e cyber risks estão fortemente interligados, demonstrando as crescentes vulnerabilidades de um mundo altamente globalizado e conectado”, diz Joachim Müller, CEO da AGCS.“A pandemia de coronavírus é um lembrete de que a gestão de riscos e da continuidade de negócios precisam evoluir ainda mais para ajudar as empresas a se prepararem e sobreviverem a eventos extremos”. Enquanto a pandemia continua a ter um controle firme sobre países ao redor do mundo, também temos que nos preparar para cenários extremos mais freqüentes, tais como uma indisponibilidade global de serviços em nuvem ou um ataque cibernético, desastres naturais impulsionados pela mudança climática ou até mesmo o outro surto de outra doença”.

A crise da Covid-19 continua representando uma ameaça imediata tanto para a segurança individual quanto para as empresas, refletindo a razão pela qual o surto pandêmico subiu 15 posições até a posição nº2 no ranking, às custas de outros riscos. Antes de 2021, nunca havia ficado acima da 16ª posição nos 10 anos do Aliianz Risk Barometer, um risco claramente subestimado. Entretanto, em 2021, é o risco número um em 16 países, está entre os três maiores riscos em todos os continentes e em 35 dos 38 países que se qualificam para uma análise dos 10 maiores riscos. Japão, Coréia do Sul e Gana são as únicas exceções. 

Os desenvolvimentos do mercado (4º com 19%) também sobem no Allianz Risk Barometer 2021, refletindo o risco de aumento das taxas de insolvência pós-pandemia. De acordo com Euler Hermes, a maior parte das insolvências virá em 2021. O índice global de insolvência da seguradora de crédito comercial deve atingir um recorde de falências, com alta de 35% até o final de 2021, com grandes aumentos esperados nos EUA, Brasil, China e principais países europeus. Além disso, a Covid-19 provavelmente desencadeará um período de inovação e disrupção do mercado, acelerando a adoção de tecnologias, acelerando o desaparecimento de empresas estabelecidas e setores tradicionais e dando origem a novos concorrentes. Outros riscos ainda incluem os desenvolvimentos macroeconômicos (8º com 13%) e riscos políticos e violência (nº10 com 11%) também são, em grande parte, uma consequência do surto de coronavírus. As quedas incluem mudanças na legislação e regulamentação (nº 5 com 19%), catástrofes naturais (nº 6 com 17%), incêndio/explosão (nº 7 com 16%) e mudanças climáticas (nº 9 com 13%), todas claramente substituídas por preocupações pandêmicas.

Riscos Brasil

O Brasil é o único país da América Latina em que o risco cibernético está em primeiro lugar, superando inclusive o risco de pandemia. Dos 59 executivos participantes 47% responderam ter as ameaças cibernéticas como principal preocupação atualmente, 46% afirmam que são os riscos de interrupção de negócios (BI) e 29% a pandemia.

Nos últimos anos, o risco cibernético tem aparecido entre os principais riscos corporativos – em 2019, esteve em 2º lugar, atrás apenas do risco de interrupção de negócios – mas com a pandemia ele se intensificou. Segundo dados da Fortinet Threat Intelligence Insider Latin America, o Brasil foi alvo de mais de 3,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos entre janeiro e setembro de 2020. “Os riscos cibernéticos são uma preocupação frequente dos gestores de riscos e com as novas legislações relacionadas à proteção de dados e as mudanças nos formatos de trabalho, as empresas estão cada vez mais voltadas para a questão cibernética. O risco de pandemia, que no Brasil nem aparecia entre os 20 maiores no ano passado no Brasil, está agora na terceira posição, porém diretamente conectado aos dois primeiros colocados”, explica Nuno Antunes, Managing Director AGCS Ibero/Latam.

Pandemia – agora e no futuro
Antes do surto de Covid-19, os lucros cessantes (BI) já haviam ocupado o topo da pesquisa outras sete vezes e voltaram ao primeiro posto do ranking após serem substituídos por incidentes cibernéticos em 2020. A pandemia mostra que eventos extremos de BI em escala global não são apenas teóricos, mas uma possibilidade real, causando perda de receitas e interrupção na produção, operações e cadeias de abastecimento. 59% dos entrevistados destacam a pandemia como a principal causa de BI em 2021, seguida por incidentes cibernéticos (46%) e catástrofes naturais incêndios e explosões (cerca de 30% cada).

A pandemia está se somando à crescente lista de cenários de BI com danos não-físicos, tais como apagões cibernéticos ou de energia. “As conseqüências da pandemia – digitalização mais ampla, aumento do trabalho remoto e a crescente dependência da tecnologia por empresas e sociedades – provavelmente aumentarão os riscos de BI nos próximos anos”, explica Philip Beblo, especialista da equipe global de subscritores de Property da AGCS. “Entretanto, os riscos físicos tradicionais não desaparecerão e devem permanecer na agenda da gestão de riscos. Catástrofes naturais, clima extremo ou incêndios continuam sendo as principais causas de interrupção de negócios para muitas indústrias e continuamos a ver uma tendência para grandes perdas ao longo do tempo. ”

Em resposta ao aumento das vulnerabilidades de lucros cessantes, muitas empresas estão objetivando construir operações mais resilientes e diminuir os riscos em suas cadeias de abastecimento. De acordo com os entrevistados do Allianz Risk Barometer, melhorar a gestão da continuidade dos negócios é a principal ação das empresas (62%), seguida pelo desenvolvimento de fornecedores alternativos ou múltiplos (45%), investir em cadeias de abastecimento digitais (32%) e melhorar a seleção e auditoria de fornecedores (31%). De acordo com os especialistas da AGCS, muitas empresas encontraram seus planos onde foram esmagadas rapidamente pelo ritmo da pandemia. O planejamento da continuidade dos negócios precisa tornar-se mais holístico, multifuncional e dinâmico, com monitoramento e medição de cenários emergentes ou de perdas extremas, ser constantemente atualizado, testado e incorporado na estratégia de uma organização. 

Os riscos cibernéticos se intensificam
Os incidentes cibernéticos podem ter caído para o terceiro lugar, mas continuam sendo um perigo-chave com mais respondentes do que em 2020, e ainda assim estão classificados como os três primeiros em muitos países, incluindo Brasil, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, África do Sul, Espanha, Reino Unido e EUA. A aceleração em direção a uma maior digitalização e trabalho remoto impulsionados pela pandemia também está intensificando ainda mais as vulnerabilidades de TI. No pico da primeira onda de lockdowns em abril de 2020, o FBI relatou um aumento de 300% apenas nos incidentes, enquanto estima-se agora que o crime cibernético tenha custado à economia global mais de US$1 trilhão, 50% a mais que há dois anos. Já frequentes, os incidentes de ransomware estão se tornando mais prejudiciais, visando cada vez mais as grandes empresas com ataques sofisticados e grandes demandas de extorsão, conforme destacado no recente relatório de tendências de risco cibernético da AGCS. 

“A Covid-19 mostrou a rapidez com que os cibercriminosos são capazes de se adaptar e como a onda de digitalização impulsionada pela pandemia criou oportunidades para intrusões com novos cenários de perda cibernética”, diz Catharina Richter, Diretora Global do Allianz Cyber Center of Competence na AGCS. “Os invasores estão inovando usando escaneamento automatizado para identificar falhas de segurança, atacando roteadores mal protegidos ou mesmo usando ‘deepfakes’ – conteúdo de mídia realista modificado ou falsificado pela inteligência artificial. Ao mesmo tempo, a regulamentação de proteção e privacidade de dados e as multas por violações de dados continuam sua tendência ascendente”.

Sobe e desce 

As evoluções do mercado alcançaram o número 4 na pesquisa deste ano, enquanto a Covid-19 provavelmente desencadeará um período de inovação e disrupção do mercado, acelerando a adoção de tecnologias, levando a mudanças regulatórias, além de apressar o desaparecimento de operadores históricos e setores tradicionais, dando origem a novos concorrentes. Os desenvolvimentos macroeconômicos ficaram em 8º lugar e os riscos políticos e a violência (número 10) retornam ao top 10 pela primeira vez desde 2018, refletindo o fato de que a agitação civil, protestos e tumultos agora desafiam o terrorismo como a principal exposição para as empresas. O número, a escala e a duração de muitos eventos recentes, incluindo protestos Black Lives Matter, manifestações anti-lockdown e os tumultos em torno das eleições presidenciais americanas, têm sido excepcionais. Como as conseqüências socioeconômicas da  Covid-19 aumentam, é provável que haja mais agitação política e social, com muitos países esperando um aumento nesta atividade em 2021 e além, particularmente na Europa e nas Américas.

As mudanças na legislação e regulamentação caem de 3º para 5º lugar, ano a ano. “A pandemia pode ter causado alguns atrasos no trem regulador, mas ele não parou nem mesmo descarrilou. Muito pelo contrário, 2021 promete tornar-se um ano muito cheio em termos de novas legislações e regulamentações, particularmente nas áreas de dados e sustentabilidade”, prevê Ludovic Subran, Economista Chefe da Allianz. As catástrofes naturais desceram duas posições e agora estão em 6º, refletindo o fato de que embora as perdas agregadas de múltiplos eventos menores, tais como incêndios ou tornados, ainda levaram a uma devastação generalizada e perdas consideráveis seguradas em 2020, foi também o terceiro ano consecutivo sem um único grande evento, como o Furacão Harvey em 2017.

As mudanças climáticas também caíram e assumiram a nona posição. Entretanto, a necessidade de combater a mudança climática permanece tão alta como sempre, dado que 2020 foi o ano mais quente já registrado. “Com a campanha de vacinação entrando em vigor, a mudança climática precisa estar de volta à agenda dos conselhos das empresas como prioridade em 2021”, diz Michael Bruch, Diretor Global da ESG na AGCS. “Muitas empresas precisam ajustar seus negócios para um mundo de baixo carbono – e os gestores de risco precisam estar na vanguarda desta transição”.

Renan Pinto assume como CFO do Qsaúde

Executivo tem mais de 15 anos de experiência internacional em finanças corporativas, com passagens pela Gerdau Brasil, EUA, Índia e Peru. Foi ainda Diretor de Tecnologia e Transformação Digital da companhia

FonteL QSaúde

O economista Renan Pinto, de 38 anos, assume como CFO do Qsaúde, a nova operadora de planos de saúde individuais que alia medicina de qualidade à tecnologia para oferecer um novo conceito de assistência à saúde. O executivo veio da Gerdau, onde ocupava o cargo de Diretor Sênior de Tecnologia e Transformação Digital (CIO/CDO nas siglas em Inglês) na operação da empresa na América do Norte. No seu último ano, acumulava também a função de Diretor Financeiro da operação da Gerdau no Peru. É com essa ampla bagagem em finanças corporativas e em cultura tecnológica que o executivo desembarca de Tampa, na Flórida, no Qsaúde, que foi lançado em outubro do ano passado para atender, inicialmente, a população de São Paulo. 

“Liderar a transformação digital de uma grande companhia e fazer captação para startups foram desafios que me deram uma visão ampla sobre a importância de se ter uma cultura corporativa voltada à tecnologia”, diz Renan, que é natural do Rio de Janeiro, formado em Economia pelo IBMEC e tem mestrado em Administração pela Stanford Graduate School of Business, que figura entre uma das melhores universidades do mundo. 

De volta ao Brasil depois de acumular 10 anos de experiência internacional, o economista está animado com o novo desafio, agora no Setor de Saúde Suplementar. “O modelo de negócios do Qsaúde já nasceu digital. Mas queremos fortalecer esse DNA em todas as áreas, inclusive na financeira. Chego para somar minha experiência em finanças corporativas e com ambiente digital ao modelo de negócios Q, com o objetivo de impulsionar resultados por meio da tecnologia”, afirma. 

Isso significa, de acordo com o executivo, trazer mais eficiência operacional, melhorar continuamente os indicadores de qualidade, além de aprimorar de forma perene a jornada dos clientes e profissionais da saúde dentro do plano. 

Renan chega para reforçar o time de executivos que está sendo montado pelo CEO da empresa, José Seripieri Junior. Em dezembro, Junior trouxe da Hapvida o médico cirurgião cardiológico Anderson Nascimento como Vice-Presidente Executivo. Até novembro, Anderson era o Superintendente Nacional da Rede Própria Hapvida e ainda foi Superintendente na Prevent Senior, onde trabalhou por 14 anos. 

Já estão entre as lideranças da empresa Gustavo Ribeiro (Assuntos Estratégicos), que foi Vice-Presidente da Fundação Zerbini e do Instituto do Coração (InCor) e diretor de Relações Institucionais da UnitedHealth Group (UHG) para América Latina e Estados Unidos, Fabian Rocha (Jurídico), que é ex-diretor jurídico da Qualicorp, e Sandra Brasil (Comunicação), jornalista que atuou por mais de 20 anos nas principais redações dos veículos de mídia do país e foi diretora de duas agências de comunicação. À frente da área médica está o cardiologista Ricardo Casalino, que antes de chegar ao Qsaúde ocupava o cargo de Coordenador Médico na Prevent Senior. 

No Brasil, seguradoras enfrentam raros casos de pedidos de lucro cessante por pandemia

Se não houver consenso, é possível tentar uma mediação ou conciliação, antes de litigar, recomenda a advogada Márcia Cicarelli

Um temor ronda o mercado segurador mundial desde o início da pandemia: a judicialização. Entenda-se aqui ter de indenizar apólices de seguros com exclusão de cobertura para pandemia. No dia 15 de janeiro deste ano, a Justiça britânica decidiu a favor de um grande número de pequenas e médias empresas que, representadas pelo regulador financeiro, contestaram a decisão das seguradoras de não as indenizar por lucro cessante pela interrupção da sua atividade devido à pandemia de coronavírus.

Esta decisão poderá influenciar várias partes do mundo, inclusive o Brasil, onde a cobertura securitária é encontrada em seguros empresariais, de riscos operacionais e de riscos nomeados. No Reino Unido a perspectiva é de que terá consequências para cerca de 370 mil empresas, poderá implicar uma indenização de US$ 1,6 bilhão, segundo cálculos da FCA, autoridade de conduta financeira. Trata-se de empresas que tiveram de fechar as portas, como lojas, bares, restaurantes e boates.

A advogada Marcia Cicarelli, do Demarest Advogados, comentou o assunto com o blog Sonho Seguro. Leia os principais trechos da entrevista concedida por email:

Como você ve a definição da Justiça britânica de que os pagamentos de lucros cessantes devem ser feitos pelas seguradoras aos seus clientes?

A decisão leva em consideração cláusulas específicas em que o pagamento de lucros cessantes não está vinculado à exigência de dano material à propriedade tangível. São as chamadas cláusulas de ocorrência de doença notificável e/ou de impedimento de acesso por autoridade governamental. Considerando um contexto novo, de pandemia, o objetivo do julgamento na Justiça Britânica foi garantir maior certeza sobre a interpretação dessas cláusulas de maneira coletiva e, portanto, uniforme. Independentemente de concordar ou não com a decisão, o procedimento adotado foi incrível. A iniciativa do órgão regulador (FCA) na defesa dos interesses segurados, algo inédito, e o processo tramitou de forma muito rápida. Em menos de 1 ano, obteve-se uma decisão da Suprema Corte com uma interpretação para essas cláusulas. Imagine quando processos judiciais deixarão de ser propostos em razão desse procedimento? A rapidez e a segurança jurídica obtidas são muito positivas para o mercado, mesmo que se discorde de alguns pontos da decisão.

Nesses contratos havia cláusula de exclusão de pandemias? Ou o pagamento deve ser feito apenas nos contratos sem a exclusão?

Não havia exclusão para pandemias. O objetivo do julgamento foi justamente interpretar essas cláusulas num contexto de pandemia, que obviamente não era o risco imaginado quando essas cláusulas foram elaboradas.

E no Brasil, como esta sendo conduzido este tema?

No Brasil, esse tipo de cláusula é muito rara. Portanto, são poucas as reclamações de sinistros de lucros cessantes e as que foram feitas, foram rejeitadas administrativamente de forma sumária, já que não havia cobertura, quer em razão de exclusão expressa relacionada à pandemia ou de disposição expressa no sentido de ser necessária uma caracterização do dano material para acionar a cobertura de lucros cessantes. Já há alguns litígios e outros devem ser iniciados com reclamações de lucros cessantes decorrentes do fechamento de empresas em função da pandemia, mas entendo que o número de casos não deve ser alto.


Os valores a serem pagos, ate onde sei irrisórios, devem ser feito pela preservação da imagem do setor? 

Os valores a serem pagos no Reino Unido são altíssimos e decorrem do julgamento. No Brasil, se não há cobertura, o pagamento não pode, nem deve ser efetuado. Além de problemas de recuperação de resseguro, a seguradora poderia enfrentar questionamentos da própria SUSEP. 

Os clientes estão acionando as seguradoras?

Conforme acima, por enquanto, tenho notícias de ações pontuais de clientes. Como houve suspensão de prazos prescricionais, esse número deve aumentar, mas não acredito que será significativo.

E se as seguradoras pagarem, terão o apoio dos resseguradoras?

Entendo que não. O pagamento ‘ex gratia’ é sempre excluído do contrato de resseguro.

Qual seria a melhor saída para esse complexo debate, na sua opinião?

Diferentemente do Reino Unido, temos poucos casos no Brasil que ensejariam uma dúvida de interpretação sobre a cobertura de lucros cessantes. Nesses casos, se houver uma dúvida legítima  sobre a existência ou não de cobertura,  a seguradora deve regular o sinistro e apresentar ao segurado sua análise de cobertura. Se não houver consenso, é possível tentar uma mediação ou conciliação, antes de litigar. O litígio (na Justiça comum ou arbitragem) é o último recurso, mas pode haver  casos em que se mostre inevitável.

Fragilidade econômica e disparidades sociais são os riscos mais preocupantes

COVID-19 mudou o cenário de risco global. Os riscos foram priorizados, novos riscos surgiram e outros foram intensificados

O Fórum Econômico Mundial divulgou nesta terça-feira a edição 2021 do Global Risk Report, que traz um panorama dos principais riscos que devemos enfrentar globalmente nos próximos anos. Produzido pela Zurich Insurance Company Ltd em parceria com a Marsh & McLennan Companies e as Universidades de Oxford e de Singapura, entre outros, o trabalho ouviu 700 especialistas e tomadores de decisão em todo o mundo.

A fragilidade econômica e as disparidades sociais agravadas pela pandemia do novo coronavírus são um dos pontos centrais de risco a serem considerados pelos gestores e governos nos próximos anos.

O relatório ressalta também que, se por um lado a crise da Covid-19 acelerou a 4ª Revolução Industrial, expandindo a digitalização das interações, comércio eletrônico, educação online e trabalho remoto, por outro, pode ampliar a desigualdade digital no curto prazo.

A mudança climática, por sua vez, continua sendo um dos riscos globais de maior impacto, especialmente pelo enfraquecimento da cooperação global. A migração para uma economia mais verde é necessária e urgente para evitarmos o risco de perda de biodiversidade e falta de recursos naturais no futuro próximo.

Saadia Zahidi, diretora do World Economic Forum, reconhece “o quão difícil é para governos, empresas e outros stakeholders abordar estes riscos a longo-prazo, mas a lição para todos nós passa por reconhecer que ignorar estes riscos não faz com que a probabilidade de acontecerem seja menor. E não há vacina para isso, tem que ter ações”.

Rebeca Toyama, especialista em carreiras, lembra que os cinco principais fatores de risco descritos no relatório impõem desafios para os profissionais.

Doenças contagiosas: A pandemia de COVID-19 trouxe uma nova realidade, acelerou a transformação digital e nossa rotina de trabalho com o home office. Está, sem dúvida, é uma questão de saúde pública, mas que traz para o ambiente profissional um cuidado com as equipes de trabalho, na manutenção dos protocolos de saúde e isso trará, para os líderes e para as equipes, uma atenção maior com este fator que já transformou as nossas vidas;

Crises de imigração: Lidar com o outro, estar aberto à integração entre as equipes de trabalho lidando com as diferenças de crença e de cultura devem ser a realidade e preocupação dos profissionais. As crises mundiais continuarão levando a mudanças e desafios, como as questões imigratórias, e isso impacta diretamente a vida profissional;

Eventos causados pelas mudanças climáticas: Além de novos modos de vida dentro de um dia a dia cada vez mais impactado pela tecnologia, as mudanças climáticas também farão parte dessa realidade. Como as novas fontes de energia, a economia da redução de gases causadores do aquecimento global, novos materiais, entre outros temas irão gerar novas oportunidades nas empresas. Profissionais atualizados com essa realidade, conhecedores de novas legislações já aplicadas em países desenvolvidos e experientes na aplicação dessa realidade ao mundo das empresas, serão especialmente requisitados;

Falhas em cybersegurança: Ataques de hackers, roubo e segurança de dados, chaves e senhas e compartilhamento de informações, entre outros temas, serão a realidade no mundo profissional. Se considerarmos a realidade do home office, as empresas e os profissionais precisam ter cuidado com o trânsito de informações nas redes e estarem atualizados com estas soluções. Cuidar bem das informações profissionais utilizando computador pessoal e smartphone será fundamental, pois dados oferecem um risco quando caem em mãos erradas;

Desigualdade digital: Este é um risco que afeta toda a economia, pois à medida em que nossa vida fica mais tecnológica com soluções de aplicativos, delivery, organização do trabalho doméstico e profissional no dia a dia, a desigualdade digital fica ainda mais evidente, e é um dos principais riscos do Global Risk Report. Os profissionais que desenvolvem soluções para reequilibrar o acesso à informação, à internet e à digitalização vão fazer a economia crescer de forma sustentável. Em países como o Brasil, este é um risco ainda mais premente com tantas dificuldades.

Mesmo na crise, brasileiro não abre mão de plano de saúde

Vera Valente FenaSaúde

Saúde suplementar ganha 560 mil novos beneficiários em 2020, primeira alta em seis anos

Fonte: FenaSaúde

Mesmo em meio à forte crise causada pela pandemia, os planos de saúde brasileiros registraram aumento de 560 mil beneficiários em 2020. Trata-se de alta de 1,2%, a primeira no setor desde 2014, conforme prévia de dados divulgada hoje pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Apenas no mês de dezembro, foram 179 mil novos beneficiários na saúde suplementar. São agora 47,6 milhões de pessoas atendidas.

Segundo Vera Valente, diretora executiva da FenaSaúde, “o resultado positivo demonstra que as pessoas, cada vez mais, reconhecem a importância da saúde suplementar e, mesmo em meio a uma crise como a atual, buscam acesso à qualidade da assistência prestada pelos planos e seguros de saúde privados”.

O intuito das operadoras da saúde suplementar é que ainda mais usuários possam contar com um plano de saúde privado. Esse tem sido o esforço das empresas associadas à FenaSaúde, no sentido de tornar seus produtos mais aderentes às necessidades de uma população heterogênea como a nossa e mais acessíveis num mercado de trabalho cada vez mais marcado pela informalidade.

Alta da sinistralidade

O ‘Boletim Covid-19’, divulgado pela ANS, também mostrou que, em dezembro, a utilização dos planos de saúde pelos beneficiários voltou a subir e superou o patamar de um ano antes. 

Isso significa que os beneficiários estão usando o sistema privado mais do que usavam antes da pandemia, revertendo a expressiva queda relacionada com o novo coronavírus registrada no primeiro semestre do ano passado.

A sinistralidade – isto é, o percentual de receita operacional da saúde suplementar consumida para pagar os custos de assistência – chegou a 80% no último mês de 2020. Em junho passado, batera no piso de 62%, conforme a ANS.

Como exemplos, em dezembro a ocupação de leitos para atendimento à covid-19 alcançou o maior índice do ano e, pela primeira vez em 2020, a taxa de ocupação geral de leitos ficou acima do verificado no mesmo período em 2019. Serviços de apoio diagnóstico cresceram mais de 9% em relação a um ano antes.

Queda nas reclamações

A ANS também informou que, em dezembro, houve queda de 15,2% no total de demandas de reclamação de consumidores (assistenciais e não-assistenciais) registradas nos seus canais de atendimento em comparação ao mês anterior. Especificamente nos casos relacionados ao coronavírus, a redução desde julho chega a 66%, para apenas 1.173 reclamações num universo de 47,6 milhões de usuários.

Registre-se também que, segundo a ANS, 1,7 milhão de exames do tipo RT-PCR para detecção da covid e 235 mil exames sorológicos de identificação de anticorpos da doença foram cobertos pelos planos desde o início da pandemia.