Advogados acreditam que o Código Civil atualizado pode colocar o PL 29 em segundo plano

Com Agência Senado

Um grupo de executivos e especialistas que desaprova o Projeto de Lei de Contratos de Seguros, conhecido como PL 29 e que aguarda ficou animado nesta segunda-feira com a atualização do Código Civil (Lei 10.406, de 2002), apresentado pelos professores Flávio Tartuce e Rosa Maria de Andrade Nery. A votação do relatório final deve ocorrer na primeira semana do mês de abril.

Os artigos sobre seguros foram incluídos no Código Civil de última hora. De acordo com o advogado Walter Polido, há alguns pontos que podem ser modificados mas, no geral, é uma versão equilibrada, com viés de atualização daquilo que já existe e baseada na jurisprudência dos tribunais superiores. “Agora é aguardar a receptividade do Congresso, sendo que muito provavelmente o PLC 29/17 ficará em segundo plano. Espero que aconteça dessa forma, para o bem de todos e para a continuidade normal do mercado”, comentou.

Para o advogado Thiago Junqueira, o PL 29/2017, que conta com o apoio do ministro Fernando Haddad e passou por negociações com a CNseg, a confederação das seguradoras, está desequilibrado. “A comissão de reforma do Código Civil teve o mérito de ser plural e adotar uma abordagem equilibrada. Haddad, grande homem público que é, ao perceber os méritos desta reforma, provavelmente compreenderá que esse é o melhor caminho a ser seguido”, comentou.

Junqueira acredita que o principal argumento para os defensores do PL, que segue no Senado, ainda sem data para entrar na pauta, é que o Código Civil está desatualizado. “Esse argumento perde relevo com essa nova versão proposta pela comissão. Na verdade, essa versão da comissão é mais atualizada do que o PL 29/2017”.

Relatora da chamada parte geral do código, a professora Rosa Maria avaliou o trabalho das subcomissões como de “máxima qualidade” e reconheceu que é natural existirem dúvidas e divergências em trabalhos como esse. A jurista ainda disse que procurou atender a todos e registrou que atuou “submissa à Constituição de 1988”.

De acordo com a relatora, o novo texto trará de forma clara que “a vida termina com a morte encefálica”, o que pode colaborar com os transplantes de órgãos. Segundo a professora, temas relacionados a crianças, animais, domicílio, obrigações e situações de ausências foram “alargados” no texto de seu relatório. Ela também reconheceu que a parte de direito empresarial deve gerar divergências que demandam mais debate. Rosa Maria ainda disse que, na parte da família, haverá a previsão de direitos para a mulher gestante. Ela adiantou ainda que, em outros temas da família, será difícil encontrar consenso. Para a professora, no entanto, será possível chegar a um acordo mesmo em temas polêmicos. ” Espero que tenhamos conseguido catalisar aquilo que veio como uma variedade imensa de propostas”, afirmou, informa a Agência Senado.

O professor Flávio Tartuce também apresentou um resumo de seu relatório, que abrange questões como direito digital e direito das coisas (que trata dos direitos de posse e propriedade de bens), revisão contratual e sucessões. Ressaltando que a comissão tem como membros “alguns dos civilistas mais importantes do país”, o jurista pediu um esforço de todos os colegas em busca de acordo sobre o relatório final. Ele ainda informou que preferiu não tratar do sistema de garantias por ser um tema que está sendo abordado em alguns projetos de lei dentro do Congresso.

Presidente da comissão, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão informou que as emendas poderão ser apresentadas até o dia 8 de março. Ele também convocou uma semana de esforço concentrado para a primeira semana de abril, quando a comissão deverá votar seu relatório final. O ministro ainda afirmou que o maior consenso possível entre os integrantes vai dar força para o texto tramitar no Congresso Nacional.

Salomão aproveitou a reunião para fazer uma prestação de contas dos trabalhos da comissão. Ele informou que o grupo recebeu 280 sugestões da sociedade civil. Segundo o ministro, foram promovidas três audiências públicas em três capitais (São Paulo, Porto Alegre e Salvador), quando foram ouvidos 34 especialistas em direito civil. Também foram promovidos dois seminários, para debate das questões da atualização do Código Civil.

Na manhã desta segunda-feira, houve uma audiência pública com a presença de um ministro da Corte Suprema da Argentina que atuou na modernização do Código Civil do país vizinho.

O vice-presidente da comissão, Marco Aurélio Bellizze, também ministro do STJ, disse que o trabalho foi complexo. Ele relatou que teve uma reunião na semana passada com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para informar sobre o andamento dos trabalhos da comissão. Segundo Bellizze, Pacheco se mostrou satisfeito. “Espero que possamos chegar a um consenso, para facilitar nosso trabalho. Também espero que aquilo que nos une seja superior ao que nos afasta”, declarou o ministro.

A comissão temporária foi instalada pelo Senado em setembro do ano passado. O colegiado, que tem 40 membros, foi instituído por sugestão do presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco. O prazo para a conclusão dos trabalhos é 12 de abril.

O Código Civil atual foi sancionado em 10 de janeiro de 2002 e entrou em vigência um ano depois, em 11 de janeiro de 2003, substituindo o código anterior, de 1916.

Grupo HDI recebe executivos globais para evento com colaboradores e corretores

HDI Seguros Eduardo Dal Ri

Fonte: HDI

No dia 19 de fevereiro, o Grupo HDI promoveu o HDI Meeting de 2024, evento presencial voltado para colaboradores e corretores. O encontro, realizado no hotel JW Marriott, em São Paulo, contou com a presença de executivos nacionais e internacionais do conglomerado segurador, incluindo o CEO mundial do Grupo Talanx, Torsten Leue, o CEO da HDI International, Wilm Langenbach, e o Head de América Latina da HDI International, Nicolas Masjuan, além do CEO da companhia no Brasil, Eduardo Dal Ri. 

O objetivo principal da reunião foi celebrar o momento do grupo e os grandes resultados conquistados em 2023. Na ocasião, os executivos presentes demonstraram bastante otimismo com o que o Grupo HDI tem construído, especialmente após as aquisições da Liberty Seguros e dos produtos Sompo Automóvel, Residencial, Condomínio, Habitacional, Empresarial e Vida, que ampliam a atuação da companhia no mercado e proporcionam uma diversidade de visões ainda maior sobre o segmento segurador local. 

Além disso, eles destacaram que o grande foco da seguradora são as pessoas e o estabelecimento de uma cultura positiva, já que todos os colaboradores têm papel fundamental no crescimento da HDI. Ao todo, o evento contou com a presença de cerca de 350 colaboradores e 400 convidados do mercado, incluindo corretores e parceiros, além de ter sido transmitido de forma online para outros 1.450 funcionários de todo o Brasil. 

Com as compras das duas companhias, anunciadas em 2023, o Grupo HDI ganhou escala, capacidade e capilaridade, se tornando a segunda maior empresa do mercado brasileiro. O Grupo oferece hoje uma carteira diversificada, com 25% dela composta por produtos não-auto, além de contar com 32 mil corretores ativos e mais de seis milhões de clientes. 

“A HDI sozinha já era uma empresa forte, e agora, com essas uniões, somos muito melhores. Eu valorizo muito o trabalho em equipe e prometo que, por meio das fusões, vamos entregar as melhores experiências possíveis para nossos clientes e corretores”, afirmou Eduardo Dal Ri. “Estou certo de que vamos conseguir atingir esse objetivo, pois temos colaboradores incríveis, uma cultura imbatível e equipes extremamente empenhadas em fazer o melhor possível”, concluiu o CEO. 

Corretora de seguros Oneglobal contrata Ralph Salvá como head de recursos naturais

A corretora de seguros Oneglobal Brasil contratou Ralph Salvá para ser o head de recursos naturais, incluindo a exploração de oportunidades das indústrias de energia, renováveis, óleo e gás e mineração, onde iremos expandir nosso portfólio de produtos e fortalecer nossos serviços aos clientes.

Formado em administração com ênfase em Comércio Exterior e especialização em Gestão de Seguros e Resseguro, Ralph Salvá possui mais de 15 anos de experiência no mercado de seguros. Atuou na área comercial de algumas corretoras, sempre focado na negociação de programas globais de seguros para o segmento industrial de equipamentos elétricos, eletrônicos e química. Além da expertise em seguros também foi responsável pelo Gerenciamento de Riscos Corporativos e Operacionais da Weg. 

“O Ralph traz na bagagem um grande conhecimento técnico da indústria para nos apoiar no atendimento aos clientes, que cada vez mais buscam um parceiro que conheça seus desafios e transmita ao mercado a complexidade de seus riscos. Hoje já atuamos em mais de 40 clientes do setor e temos certeza de que o Ralph é a pessoa certa para liderar essa importante frente aqui na Oneglobal”, comentou em nota Leonardo Dale, CEO Oneglobal Seguros.

CNSP e CMN disciplinam a atuação do agente fiduciário na emissão da Letra de Risco de Seguro 

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e o Conselho Monetário Nacional (CMN) publicaram a Resolução Conjunta nº 9/2024, que disciplina a atuação, os requisitos, as atribuições e as responsabilidades do agente fiduciário na emissão de Letra de Risco de Seguro (LRS), instrumento de captação que é amplamente utilizado por seguradoras e resseguradoras no exterior, por meio de Sociedade Seguradora de Propósito Específico (SSPE). 

É uma iniciativa que visa ajudar a fomentar o desenvolvimento de um mercado de capitais para risco seguráveis no Brasil. O normativo regulamenta o art. 9º da Lei nº 14.430/2022, que determina que tais regras de atuação dos agentes fiduciários de LRS devem ser fixadas pelo CNSP e pelo CMN, em ato conjunto.  As principais definições trazidas pela Resolução Conjunta foram que a nomeação de agente fiduciário é facultativa; que somente instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BCB), que tenham em seu objeto social a administração ou a custódia de bens de terceiros, podem ser nomeadas como agente fiduciário; e  que deve constar da LRS a identificação do agente fiduciário e sua aceitação para o exercício da função. 

Além disso, a Resolução Conjunta definiu as regras para a nomeação do agente fiduciário, bem como para sua remuneração; determinou que a SSPE deve disponibilizar ao agente fiduciário todas e quaisquer informações necessárias à execução de suas atribuições e responsabilidades; e vedou o exercício da atividade de agente fiduciário por partes relacionadas à SSPE. Por fim, foram definidas as atribuições e as responsabilidades do agente fiduciário de LRS, sujeitando-os às penalidades previstas na legislação aplicável às instituições financeiras. 

O normativo foi aprovado após ter sido amplamente discutido com diversas instituições estatais e representantes do setor privado, como o Ministério da Fazenda (por meio da Secretaria de Política Econômica, da Secretaria de Previdência e da Secretaria do Tesouro Nacional), o Ministério da Justiça (representado pela Secretaria Nacional do Consumidor), o Ministério da Agricultura e Pecuária, a Receita Federal do Brasil, o Banco Central do Brasil, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a Federação Nacional de Seguros Gerais, a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais, a Federação Nacional dos Corretores de Seguros e a Associação Brasileira de Insurtechs. 

CNSEG: LRS É MUITO POSITIVO PARA O SETOR

Para Alexandre Leal, diretor técnico da CNseg, o anúncio é positivo para o setor. “Além do resseguro, a LRS mais uma opção para as seguradoras transferirem parte dos riscos a que estão expostas, o que contribuiu para um mercado mais competitivo e robusto”, explica. 

A remuneração do título, que será destinado exclusivamente a investidores profissionais como bancos, fundos de investimentos e investidores institucionais, dependerá da magnitude das perdas incorridas nos riscos que foram cedidos à Sociedade Seguradora de Propósito Específico (SSPE), que emitirá a LRS, que financiará a operação. 

Leal aponta que a novidade exigirá atenção e, eventualmente, atualizações futuras, uma vez que, ao emitir a LRS, a SSPE poderá nomear agente fiduciário para representar os investidores titulares da LRS, o que pode acarretar custos para o emissor. Ao agente fiduciário caberá, entre outras atribuições, fiscalizar o cumprimento das cláusulas constantes da LRS e do contrato de transferência de risco, comunicar aos investidores titulares da LRS a ocorrência de sinistros cobertos pelo contrato de transferência de risco e o pagamento de indenizações pela SSPE relacionados à operação de securitização. 

Na resolução também é determinado que, em caso de falência ou liquidação extrajudicial da SSPE, deve-se considerar, se aplicável, as regras utilizadas para sociedades seguradoras, o que representa a isenção do agente fiduciário de administrar a operação de securitização. A resolução entrará em vigor a partir de 1º de março de 2024.

Itaú lidera ranking de portabilidade em previdência em 2023

Fonte: Itaú

O Itaú Unibanco liderou o ranking de captação líquida de portabilidade de planos de previdência privada para pessoa física no Brasil em 2023, segundo dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). Ou seja, foi a instituição que mais recebeu recursos que clientes optaram por retirar de outras instituições financeiras e operadoras para investir nos produtos de previdência no Itaú. 

Na soma dos 12 meses de 2023, o Itaú atraiu aproximadamente R$ 6 bilhões  de recursos que estavam aplicados em previdência em outros bancos, plataformas de investimentos e operadoras de seguros e previdência – frente a R$ 2,3 bilhões em 2022. 

No ano, segundo dados da Fenaprevi, o banco teve captação líquida total de R$ 8,7 bilhões em previdência (considerando novas contratações, aportes automáticos e pontuais em planos já existentes e portabilidade) , sendo que aproximadamente R$ 5 bilhões vieram de produtos lançados em 2023. A maior parte dos recursos em previdência estão alocados em estratégias de crédito privado, seguido por renda fixa, multimercados e renda variável.

“Temos um diferencial na oferta de previdência, apresentando-a como solução dentro de uma visão mais ampla em linha com os objetivos para proteção e rentabilização do patrimônio dos clientes, de forma transparente, sustentável e com diferentes estratégias, e os clientes têm percebido esse valor”, destaca Claudio Sanches, diretor de Produtos e Soluções para Investidores do Itaú Unibanco. “Nos últimos anos evoluímos nossa prateleira de produtos de previdência, dando amplitude ao portfólio e contemplando todas as classes de ativos para atender aos mais variados perfis de investidores e objetivos”, diz ele.

Entre os aspectos que contribuíram para a evolução da captação em previdência no Itaú estão o aumento na prateleira de produtos, que hoje soma 175 opções disponíveis para contratação nos canais do banco a partir de R$ 1, e a implantação de uma estrutura comercial específica para assessoria especializada em encontrar soluções de previdência de acordo com perfis e objetivos dos clientes.

A mesa Prev Experts, como é chamada, foi criada em 2022 e atua tanto na capacitação técnica e comercial de especialistas em investimentos quanto na resolução de demandas mais complexas, como planejamento tributário, sucessório e transformações em renda, entre outros.

Zurich facilita cadastro de novos corretores 

Fonte: Zurich

A partir de agora, o processo de cadastro dos corretores com a seguradora Zurich passa a ser 100% digital. O objetivo é tornar a jornada mais rápida e simples, ganhando eficiência no processo. 

Com a mudança, ao acessar o portal, o corretor de seguros interessado em operar com a Zurich pode inserir todas as informações e documentações necessárias para o cadastro de maneira digital, de uma só vez, em poucos passos. Todo o processo leva menos de cinco minutos. 

Ao finalizar esta etapa, o corretor coloca o aceite e todos os próximos passos são executados pela área interna responsável da Zurich – o parceiro só será acionado novamente se alguma informação ou documentação não estiver de acordo com o solicitado. Caso contrário, é só esperar o e-mail de conclusão do cadastro enviado pela seguradora. 

A mudança no processo vem se mostrando bastante eficiente, já que o tempo total entre o cadastro do corretor e o aceite da seguradora diminuiu em cerca de 75%, fruto da simplificação da documentação necessária e da digitalização de todo o processo. 

“A digitalização é um direcionamento estratégico para a Seguradora Zurich, uma jornada com a qual estamos comprometidos em prol dos nossos clientes e parceiros de negócios. E a reestruturação da nossa ferramenta de cadastro dos corretores faz parte desse direcionamento, fornecendo uma melhor experiência para nossos novos parceiros, com maior agilidade e comodidade como cartão de visitas”, afirma Luiz Gasperi, superintendente de relacionamento com corretores e assessorias da seguradora Zurich.

O executivo lembra que a seguradora tem investido em diversas iniciativas para expandir seus negócios com o apoio dos corretores de seguros, como a parceria com assessorias de seguros e um novo subcanal de vendas, a Filial Digital, e convida os parceiros que ainda não trabalham com a Zurich a conhecerem os produtos e serviços ofertados pela companhia. 

“Em 2023, ampliamos em quase 25% a nossa base de corretores ativos, com resultados expressivos em prêmio emitido em diversas regiões do país. Temos investido muito na simplificação de processos e na experiência dos nossos clientes, e será um prazer enorme apoiar os novos corretores a conhecerem nosso portfólio multiproduto, e assim ampliar, de forma consultiva, a proteção securitária ao redor de todo o país”, conclui.

Arrecadação dos seguros de pessoas bate recorde em 2023, somando R$ 62,5 bilhões

Edson franco zurich

Relatório da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida — Fenaprevi, com base nos dados da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, aponta que o setor arrecadou R$ 62,5 bilhões em prêmios em 2023, um crescimento de 8% em comparação à 2022. O resultado, segundo a entidade, é o maior da série histórica, mesmo considerando o efeito da inflação (em termos reais), desde 2014.

Detalhando o montante dos prêmios por ramo, 48% correspondem aos seguros de Vida (modalidades Individuais e Coletivo), seguidos por 27% em seguro Prestamista e de 13% em Acidentes Pessoais. Ao mesmo tempo, os seguros com o maior crescimento no período foram o Funeral, Vida Individual e o de Doenças Graves / Terminais, que registraram altas de 23,7%, 20,8% e 11,5% respectivamente. 

“Os prêmios arrecadados superaram o resultado de 2022, entretanto muito ainda pode ser feito neste mercado. Quando comparado a outros países, o Brasil ainda está aquém de seu potencial, a participação dos prêmios de seguro de vida no PIB é de apenas 0,6%. Estamos no 41º lugar no ranking da OCDE de 2022 quanto ao volume de prêmios de seguros de vida, considerando 53 nacionalidades. Países com PIB relativamente próximo ao do Brasil, possuem mercados de seguro de pessoas com uma maior participação.”  explicou Edson Franco, presidente da Fenaprevi.

Pagamento de benefícios cresce 5,7% no período

O levantamento da Federação revela também que em 2023 foram pagos R$ 15,1 bilhões em benefícios à população segurada (sinistros), resultado 5,7% superior ao aferido em 2022. O maior crescimento ocorreu nos ramos de Viagem, com alta de 58,6%; de seguros Dotais (18,8%) e o de Doenças Graves / Terminais, cuja variação foi de 17,6%. 

“Os resultados do ano confirmam a relevância dos seguros de pessoas para a população, o setor nunca transferiu tantos recursos à sociedade. Foram R$ 58,8 bilhões de indenizações pagas entre 2020 e 2023! Destes, R$ 15,1 bilhões somente no último ano”, destaca também o presidente da Federação. “A população segurada se beneficia cada vez mais da proteção provida pelos seguros de pessoas. Os resultados apontam isso.”, finaliza.

Sincor-SP aproxima e atualiza imprensa de suas iniciativas

Presidente do Sincor-SP com jornalistas do setor na primeira edição de 2024 de seu Fórum com a Imprensa Especializada

Fonte: Sincor SP

O Sincor-SP realizou na manhã desta quinta-feira, 22 de fevereiro, a primeira edição de 2024 de seu Fórum com a Imprensa Especializada, encontro que tem como objetivo aproximar os jornalistas das atividades do sindicato, bem como fortalecer a parceria com os canais de mídia.

Interlocução em movimentações do mercado

Entre os assuntos apresentados, o presidente do Sincor-SP, Boris Ber, comentou sobre reuniões da entidade com empresas de assistência 24 horas e com seguradoras para encontrar soluções para dificuldades que o mercado está encontrando no atendimento a sinistros.

Movimentação semelhante tem sido conduzida com as seguradoras e entidades representativas de segmentos de riscos especiais, aqueles que têm sido declinados de cobertura pelas companhias, para buscar soluções por meio de gerenciamento dos riscos que viabilizem a aceitação.

“Em relação a essas movimentações do mercado segurador estamos fazendo a interlocução com as companhias e nos colocando à disposição para ajudar”, disse Boris Ber.

Pesquisas e estudos do Sincor-SP

O Sincor-SP está lançando o Sistema SINCO (Sistema de Informações dos Corretores de Seguros), em que irá unificar cinco de suas principais pesquisas e estudos: o Ranking das Seguradoras (estudo com base nos dados divulgados pelas seguradoras e entidades do setor de seguros que serve de orientação para o mercado), a pesquisa AVATEC (Autoavaliação das Corretoras de Seguros em Tecnologia), o Estudo Oportunidades (métodos que auxiliem os associados nas vendas de seguros), o PMC (Programa de Melhoria Contínua – avaliação dos serviços prestados pelas seguradoras) e a pesquisa PECS (Perfil das Empresas Corretoras de Seguros).

“Vamos reeditar alguns projetos que foram muito elogiados e utilizados pelo setor. Os dados são também fundamentais para o trabalho dos jornalistas”, explicou o presidente do Sincor-SP.

Inteligência artificial

ConectaCor – fórum digital para responder às questões dos corretores de seguros de forma rápida e interativa, disponível aos associados dentro do aplicativo Sincor Digital – está sendo aprimorado com a utilização de inteligência artificial, por meio de uma consultoria contratada pelo Sincor-SP.

Desde seu lançamento, há um ano, o ConectaCor vem sendo alimentado por respostas de dúvidas dos corretores de seguros, criando uma base de dados com informações assertivas e confiáveis. Com a inteligência artificial o serviço será ainda mais rápido e seguro.

Boris Ber explicou que é mais um benefício pensado para o corretor de seguros. “Fico chateado ao ver o corretor acessar as redes sociais para fazer perguntas técnicas para alguém que, certamente, sabe menos do assunto que ele. As respostas encontradas nas redes não possuem qualquer respaldo técnico. Já a nossa assistente virtual armazena diversas informações que possibilitarão o associado sanar sua dúvida com facilidade, rapidez e responsabilidade”.

Novos eventos

O presidente do Sincor-SP também comentou sobre os eventos organizados para este ano de 2024, em que não há edição do grande congresso Conec.

Em abril e maio haverá nova edição do Fórum de Oportunidades, que leva executivos e temas do setor a 10 cidades de todo o estado, desta vez em formato mais interativo, intensificando ainda mais o relacionamento de corretores com seguradores.

Está sendo programada nova edição do WorkPod, workshop sobre programas de podcast. A primeira edição foi realizada em janeiro, para aprimorar o trabalho dos apresentadores do SinPodOuvir, podcast do Sincor-SP. Na nova edição, a produtora da TV Gazeta, Maria Isabel Mello, irá trazer orientações para apresentadores de outros programas de podcast do setor, bem como para influenciadores e jornalistas que se interessarem.

Boris adiantou ainda que neste ano, em que o Sincor-SP completa 90 anos de atividades, haverá eventos de comemoração e diversas ações, que serão anunciadas oportunamente.

Corretora de seguros Conduta Plus chega ao mercado e marca retorno da família ao setor

A trajetória de mais de 40 anos da família Conduta marca o seu retorno ao mercado com o lançamento da corretora Conduta Plus, liderada por Priscila Conduta Elias, como CEO, e seu irmão, Felipe Conduta, na função de vice-presidente. 

“Após um período de quase dois anos de ‘non compete’, a família volta para dar continuidade ao legado do pai, José Roberto Conduta, 78 anos, um dos pioneiros do setor de seguros. O prestígio conquistado ao longo dos anos foi fundamentado em valores como credibilidade, ética, confiança e atendimento personalizado aos clientes, princípios que sempre nortearam o nosso trabalho”, diz Priscila em nota.

Com apenas seis meses de operação, a Conduta Plus é parceira das principais seguradoras do mercado e conta com uma carteira de clientes nacionais e internacionais, tornando-se uma opção viável para empresas com sede no exterior que buscam soluções no Brasil, bem como para as empresas nacionais que desejam expandir internacionalmente. Priscila destaca que o retorno ao mercado foi impulsionado pela alta demanda de ex-clientes e parceiros. “Após o período de Non Compete, diversas empresas nos procuraram, assim como ex-funcionários que estiveram conosco por anos, expressando o desejo de se unirem a nós novamente. Esse reconhecimento nos inspirou a voltar com toda a determinação”, explica ela.

Atuando com soluções em Benefícios, Seguros Empresariais, Transportes Nacional e Internacional, Seguro de Garantias e Linhas Pessoais, a Conduta buscou o “Plus” e quer ser uma corretora boutique, com oferta de serviços personalizados de alta qualidade. “Queremos oferecer opções de canais de distribuição diferenciados, o que também aumentará a nossa capilaridade no território nacional. O nosso foco está no investimento em tecnologia para estruturar um sistema de distribuição automatizado e integrado para, em breve, lançarmos essas soluções”, explica o vice-presidente Felipe Conduta.

Até o final deste ano, a meta é alcançar 50% da receita que a família produzia anteriomente. De acordo com Priscila, “é totalmente factível alcançarmos essa meta e estamos muito empenhados em superá-la. Já alcançamos parte desse percentual e esse caminho está sendo percorrido com o apoio de nossos colaboradores, parceiros e clientes, que acreditam em nossa força, na qualidade do nosso trabalho e atendimento diferenciado”, finaliza Priscila.

Uma história de mais de quatro décadas

Em 1981, Conduta fundou a Harmonia Corretora de Seguros, uma das primeiras a oferecer soluções completas de seguros, com especialistas prestando consultoria nas áreas de Benefícios, Empresariais, Riscos Financeiros e de Responsabilidade. Priscila Conduta, engenheira pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, começou a carreira no setor securitário com o pai, com quem trabalhou durante 20 anos, passando por todas as áreas da companhia até chegar ao posto de CEO.

Em fevereiro de 2014, a corretora de seguros Howden comprou a Harmonia. Em 2022, a sociedade acabou. Em junho de 2023, quando terminou o período da cláusula contratual de não concorrência, a operação da Conduta Plus começou a ser estruturada para retornar ao mercado em outubro de 2023. Atualmente, já conta com uma carteira de clientes que inclui grandes players dos mercados de tecnologia, papel e celulose, telecom, beleza, joalheria, energia, commodities, agronegócios, alimentos, indústria química e gás, entre outros. 

Caixa Seguridade tem lucro de R$ 922,4 milhões no 4º trimestre 

Fonte: Valor

A Caixa Seguridade apresentou um lucro líquido gerencial recorrente de R$ 3,481 bilhões em 2023, com crescimento de 26,3% em relação a 2022. Esse resultado desconsidera o efeito de ganhos de capital oriundos da alienação de participações não estratégicas no montante de R$ 20,3 milhões.

O lucro líquido gerencial, considerando o efeito não recorrente, foi de R$ 3,501 bilhões, um crescimento de 18,6% em relação a 2022. No quarto trimestre de 2023, o lucro líquido recorrente foi de R$ 922,4 milhões, com alta anual de 22,5%.

O lucro líquido contábil no ano passado ficou em R$ 3,582 bilhões, com um crescimento de 19,1% em relação a 2022. Esse resultado está dentro da nova norma contábil CPC 50 (IFRS 17), em substituição ao CPC 11 (IFRS 4).

A companhia informou, porém, que como a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ainda não adotaram a nova norma, o grupo “continuará divulgando em seus resultados, de forma complementar, o resultado gerencial, não auditado, com base no padrão contábil adotado até 2022”.

Segundo a Caixa Seguridade, “o desempenho de 2023 reflete o nível de amadurecimento da estrutura de parcerias estratégicas e corretora própria implantadas pela companhia e a combinação do resultado comercial, operacional e financeiro no decorrer do ano”.

A holding apresentou um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) de 66,2% no fim de 2023, um aumento de 11,6 pontos percentuais em um ano.

Receitas

As receitas operacionais atingiram R$ 4,583 bilhões em 2023, com alta anual de 26,4%. No quarto trimestre, a linha alcançou R$ 1,208 bilhão, o que representou um crescimento de 22,1% na leitura anual e avanço de 0,4% em relação ao terceiro trimestre de 2023.

De acordo com a empresa, “do total das receitas, 56,5% correspondem às participações societárias, com crescimento de 33,6% na relação entre o acumulado de 2023 e de 2022”. O destaque, segundo o grupo, ficou com o desempenho das investidas Caixa Vida e Previdência, Caixa Residencial, Caixa Consórcio e Caixa Capitalização.

As receitas com comissionamento representaram 43,5% das receitas operacionais, com crescimento de 18,2% ante 2022. Essas comissões correspondem às receitas de acesso à rede de distribuição da Caixa Econômica Federal, de corretagem de seguros e uso da marca.

Recordes

Os prêmios emitidos de seguros atingiram R$ 9,2 bilhões em 2023, no maior valor histórico do grupo. A cifra representa um aumento de 8,5% em relação a 2022. De acordo com a Caixa Seguridade, o destaque é o desempenho de seguros de vida, residencial e habitacional, que apresentaram recorde histórico de emissão de prêmios no ano passado, com crescimentos de, respectivamente, 12,5%, 5,8% e 9,6%.

Os seguros prestamistas totalizaram R$ 2,18 milhões em prêmios em 2023, um crescimento de 5,1% ante 2022.

Os negócios de acumulação, que abrangem previdência privada, consórcios e capitalização, apresentaram redução de 11,1% na arrecadação total de 2023 em relação a 2022. Conforme a companhia, o desempenho foi impactado pelo menor volume de arrecadações de previdência.

A captação dos planos de previdência privada recuou 18,9% para R$ 25,428 bilhões em 2023 ante o ano anterior. Segundo a companhia, a queda foi “reflexo da maior concorrência com outros produtos de captação do banco durante 2023”.

Apesar do recuo de arrecadação bruta, a captação líquida da previdência foi positiva em R$ 5,3 milhões.

As reservas de previdência registraram o montante de R$ 155 bilhões no fim de 2023, volume 15,9% superior ao do final de 2022 e 3,4% maior ao de setembro de 2023.

O volume de R$ 15,4 bilhões em cartas de crédito de consórcio comercializadas em 2023 representou um crescimento de 33,4% em relação ao ano 2022. O estoque de cartas administradas atingiu R$ 20,4 bilhões.

O segmento de capitalização totalizou R$ 1,4 bilhão em arrecadações em 2023, crescimento de 92,6% em relação a 2022.

Em 2023, o indicador de sinistralidade se manteve abaixo do patamar histórico das operações da companhia, com melhora de 3,5 pontos em relação ao ano anterior. Houve, segundo a Caixa Seguridade, uma redução no volume de avisos de sinistros de prestamista e habitacional.

Na visão trimestral, o indicador reduziu 7,4 p.p. em relação ao quarto trimestre de 2022 e 0,7 p.p. ante o terceiro trimestre de 2023.

O índice combinado apresentou melhora em 2023, com redução de 3,7 p.p. na comparação com 2022, atingindo 56,1%.

O resultado financeiro líquido de tributos na visão agrupada, que considera o efeito de todas as participações na proporção devida à Caixa Seguridade, representou 30,8% do lucro líquido acumulado de 2023 e 31,9% do lucro líquido da Caixa Seguridade do quarto trimestre. A coligada Caixa Vida e Previdência teve a participação mais relevante, respondendo por 66,3% do resultado.

O índice combinado ampliado teve redução de 5,4 p.p. entre 2023 e 2022, atingindo 49,8%.