Capital, apetite e técnica. Essa é a disposição da Tokio Marine Seguradora, subsidiária de um dos maiores grupos de seguros do mundo, para conquistar a conta das principais corporações instaladas no Brasil. Esse é o mantra da abertura do evento Expertise – Grandes Riscos em Foco, que acontece hoje em São Paulo.”Temos metas ousadas, mesmo com o atual cenário da economia brasileira. Apostamos no Brasil, investimos em nossa equipe e sistemas, preparamos a Tokio para crescer entregando produtos de qualidades aos clientes e corretores, o que nos trará a rentabilidade esperada pelos acionistas”, garante José Adalberto Ferrara, CEO da sétima maior seguradora do Brasil, para uma platéia de cerca de 200 pessoas, entre gestores de riscos, corretores e clientes.
Os números obtidos em 2014 e no primeiro trimestre deste ano, períodos de fraco desempenho da economia, sinalizam que as metas dos executivos estão sendo batidas. As vendas avançaram 22% no primeiro trimestre deste ano, mantendo o mesmo ritmo de crescimento de 2014. Em grandes riscos e transportes, segmento alvo do evento realizado hoje, a meta é dobrar o market share para 10%, chegando a R$ 1,3 bilhão no plano Avançar, com meta de chegar a um faturamento total da companhia de R$ 5 bilhões até 2017. Em 2014, o grupo movimentou receitas de R$ 3,2 bilhões. Além de grandes riscos, a Tokio avança em automóveis, vida, massificado e afinidades.
Ao não ganhar a carteira de grandes riscos do Itaú Unibanco, vendida no ano passado para a Ace Seguradora, a Tokio redesenhou a estratégia e partiu para o ataque, uma vez que chorar de nada adianta. Com o apoio da matriz, uma das principais seguradoras do mundo em grandes riscos, e contratou profissionais destacados no segmento. “A sinalização da matriz foi nos dar um cheque de R$ 1,1 bilhão para analisar compras e investir em estratégias que apoiem a meta de estarmos entre as quatro maiores seguradoras do Brasil deste segmento”, afirmou Ferrara.
Segundo ele, mesmo com a crise que o Brasil enfrenta, o consumo de seguro continua, pois mais do que nunca as empresas precisam de proteção para riscos aleatórios, que se não bem mensurados e mitigados com coberturas apropriadas, podem comprometer o patrimônio dos acionistas.
“A realização do evento Expertise reafirma nosso compromisso de atuar fortemente neste mercado. Somos referência nessa área e realizamos investimentos em serviços e contratação de profissionais especializados. Em 2014, crescemos 16,5% em relação ao ano anterior, enquanto a média do mercado foi de 8%”, comemora o diretor executivo de produtos pessoa Jurídica da Tokio Marine, Felipe Smith. O prêmio emitido líquido foi de R$ 761 milhões, contra o montante de R$ 653 milhões registrados em 2013.
Ferrara ressaltou que na próxima semana vão negociar com as resseguradoras do grupo, a Kiln e a Tokio Millenium, para ter maior capacidade para os contratos de seguros no apoio aos programas de grandes riscos das corporações brasileiras.
O diretor executivo comercial, Valmir Rodrigues, e o diretor comercial corporate, José Luís Franco, abordaram a estrutura da companhia para suportar o acelerado crescimento dos produtos pessoa jurídica e a importância do relacionamento com os corretores. “Estamos aqui para atender nossos clientes com produtos diferenciados, inclusive para muitos que não encontram cobertura no mercado. Nossa equipe está disponível para entender o risco e propor uma cobertura sob medida, com preços e franquias adequadas para uma parceria de longo prazo”, afirmou Rodrigues.
Chegar a R$ 1,4 bilhão em prêmios em riscos empresariais em 2015. Essa é a expectativa da Tokio e a meta dada a Felipe Smith, diretor executivo de produtos pessoa jurídica. “Preciso do apoio de todos vocês para vencer esse desafio”, brincou o executivo com a plateia. Ele destacou os produtos ofertados, destacando transportes, com 7,9% de market share do segmento, na qual tem capacidade automática para aceitação de risco de US$ 40 milhões. “A decisão é local na aceitação de risco”, informou. Outro diferencial citado por Smith foi a área de prevenção de perdas da companhia, que junto com o cliente podem melhorar as condições do risco e melhorar as condições comerciais do contrato.
Outro segmento destacado foi o de riscos nomeados e operacionais, com 6,4% em market share, com capacidade de resseguros de R$ 350 milhões e outros R$ 20 milhões de aceitação automática. No ano passado, o crescimento da carteira foi de 126%. No foco, os segmentos de energia renováveis, infraestrutura, indústria de base, bens de consumo e estabelecimentos comerciais e de serviços. “Precisamos mudar a mentalidade da inspeção de riscos. Não vamos até a empresa só para ver o que há de errado para agravar o preço. Queremos ofertar serviços para mitigar riscos e sugerir melhorias para ajudar a aperfeiçoar a segurança do dia a dia do grupo e ter um programa de seguros mais adequado”.
“Tenho certeza de que abriremos uma garrafa de saque para comemorar a melhora da economia a partir do último trimestre deste ano e que em 2016 esse período de crise estará superado. Vamos virar o ano com uma outra companhia e um outro país”, finaliza Ferrara, chamando ao palco o ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan, que fará uma abordagem sobre os desafios e oportunidades do Brasil neste momento.