Porto Seguro compra a carteira de seguros de automóveis da AIG

fabio luchetti portoA Porto Seguro assinou hoje um acordo de transferência da carteira de seguros de automóveis da AIG. A transação, que ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores competentes (CADE e SUSEP), tem por objetivo consolidar a posição da seguradora brasileira no segmento de auto.

Segundo comunicado, após a aprovação da transferência, a Porto Seguro assumirá a carteira de 25 mil clientes da AIG. As empresas garantirão uma transição sem impacto aos atuais clientes e Corretores para que haja a preservação das apólices e coberturas já contratadas, além da continuidade do atendimento. Os segurados também passarão a contar com os benefícios hoje oferecidos aos clientes do Porto Seguro Auto, como descontos em rede de estacionamentos, atendimento nos 270 Centros Automotivos Porto Seguro distribuídos em todo o Brasil, entre outros.

“A transação garante ainda aos clientes da AIG as mesmas condições de serviços, tratamento e atendimento que eles já possuíam antes, agora com benefícios oferecidos aos clientes Porto Seguro Auto, como descontos em espetáculos culturais e serviços de conveniência”, afirma Fábio Luchetti, presidente da Porto Seguro, em nota divulgada à imprensa.

Até a conclusão do processo, as seguradoras atuarão de forma independente e com continuidade das operações da AIG para oferecer aos seus clientes da modalidade auto todos os serviços e assistências contratados.

Otimismo em alta no setor de seguros

Em alta desde o início do ano, o Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) – um dos principais termômetros do mercado – subiu 71,5% no acumulado de janeiro a setembro. Segundo o levantamento da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), o resultado ref​lete​ o otimismo do empresariado em relação ao cenário político e a expectativa de mudanças positivas na economia brasileira. “ O principal desafio é recuperar o terreno perdido. O primeiro semestre foi duro para a economia brasileira e o setor de seguros também foi afetado. Mas a expectativa de retomada do crescimento é muito forte. Os empresários dão sinais de um reaquecimento neste segundo semestre, o que vai influenciar o desempenho dos corretores de seguros e seus negócios ”, destaca o presidente da Fenacor, Armando Vergilio.

Os resultados do ICSS são calculados a partir de pesquisa realizada pela Fenacor com 100 grandes empresas do setor, com pontuação de 0 a 200 para a confiança na economia, rentabilidade e faturamento. Também foram apurados outros três indicadores: ICSS (de confiança do setor de seguros no Brasil), ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras).

A pesquisa da Fenacor também apura a expectativa das empresas em relação ao crescimento da economia pelos próximos seis meses. T​​odos os três segmentos do mercado (seguradoras, corretoras e resseguradoras) registraram alta dos seus índices de confiança: 94%, 88% e 76%, respectivamente.

Quanto ao faturamento, 86% das corretoras; 98% das seguradoras e 92% das resseguradoras esperam um cenário mais favorável nos próximos seis meses. Na análise da rentabilidade, o otimismo segue em alta: 76% das corretoras; 84% das seguradoras e 77% das resseguradoras confiam na manutenção ou melhora dos índices atuais.

Blog Sonho Seguro comemora 10 anos

O blog Sonho Seguro entra numa nova fase para acompanhar a revolução digital que toma conta do mercado segurador no Brasil e no mundo. O novo projeto surge para comemorar os 10 anos de vida do portal, criado a partir do sucesso da cobertura diária do setor pelo jornal Gazeta Mercantil, que foi por 20 anos uma referência pela eficiente cobertura dos temas que envolvem esse importante segmento da economia, que ainda carece da atenção das mídias, dos governos, das empresas e das famílias.

O objetivo do blog é o mesmo. Promover conteúdo diferenciado sobre essa indústria que movimenta 4,4 trilhões de dólares em todo o mundo. O Brasil, um gigante ainda adormecido, tem muitas oportunidades para as empresas de seguros conquistarem uma representatividade adequada ao tamanho da economia.

A expectativa é de que o mercado de seguros brasileiro alcance ao final de 2016 a arrecadação de R$ 395 bilhões, significando crescimento real de 1,5% sobre 2015. Sobre o PIB, a arrecadação deverá representar 6,4%, contra 6,1% em 2015. Com as parcerias com startups que surgem como parceiras para que as seguradoras possam construir o futuro, a aposta é de que logo esse setor atingirá o tão sonhado desejo de representar 10% do PIB, como Estados Unidos, Japão e potenciais europeias.

CONQUISTAS – Embora a participação do mercado segurador no PIB brasileiro tenha aumentado de 1% para 6% nos últimos 15 anos, o país ainda é apenas o 44º colocado no ranking mundial de consumo per capita do produto. Cerca de 38 milhões de automóveis circulam sem seguro pelas cidades brasileiras, quase 60 milhões de residências não possuem nenhum tipo de apólice patrimonial e cerca de 3 milhões de empresas ainda não dispõem de nenhum tipo de proteção. Em benefícios, podemos citar que mais de 150 milhões de pessoas sem plano de saúde, 120 milhões sem seguro de Vida e Acidentes Pessoais e 180 milhões sem Plano Dental.

O mundo corporativo é um grande alvo de notícias do Blog Sonho Seguro, tendo como foco despertar ainda mais a percepção de risco das empresas e gestores de risco e assim contribuir para tomadas de decisões estratégicas mais seguras. Desde um seguro que pode ajudar a trazer ganho financeiro para uma varejista ao ofertar apólices aos seus clientes, como os seguros que visam mitigar as perdas nos projetos de infraestrutura, bem como reduzir o custo de financiamento de projetos.

Vale lembrar também dos seguros financeiros, ainda mais depois de tantas perdas ocorridas nos últimos dois anos. O objetivo é alertar as empresas dos riscos do dia a dia e mostrar a variedade de produtos e serviços que corretores, seguradoras, resseguradoras e agora as startups ofertam. O Brasil tem seguros importantes que sequer engatinham ainda, como o risco cibernético, o ambiental, os seguros paramétricos.

PRODUTOS DO BLOG – Para atingir o objetivo de levar aos internautas informações diferenciadas, o blog Sonho Seguro tem como linha mestra a realização de entrevistas com executivos relevantes do setor, trazer a movimentação de bastidores do setor que sinalize tendências de comportamentos financeiros e econômico, pesquisas, estudo e cobertura de eventos que sirvam para manter os profissionais permanentemente sintonizados com os temas mais importantes e atuais da área. Nesta nova fase, os vídeos, preferido da nova geração para receber informações, serão priorizados.

Captura de Tela 2016-10-11 às 16.08.40O blog Sonho Seguro passa a comercializar banners em diversas formas de acordos publicitários, desde que não interfiram na linha editorial independente, que tem o leitor como o principal beneficiado. Mantendo a tendência das mídias, o blog terá espaço para “Conteúdo Patrocinado”, viabilizando financeiramente o veículo a investir na participação de eventos e na produção de conteúdo qualificado sobre temas relevantes debatidos diariamente nos bastidores, nas empresas, em congressos, seminários e coletivas.

Todos os conteúdos produzidos pelos jornalistas do blog são compartilhados nas mídias sociais como Facebook, Linkedin, Twiiter, como também enviado para assinantes que se cadastram para receber a Newsletter, enviada diariamente por volta das 15 horas. A Newsletter passa a contar com espaço para patrocinadores. Aliás, anunciantes serão muito bem vindos para viabilizar financeiramente o blog e assim os diversos públicos, como investidores, clientes, profissionais internos e externos, fornecedores e governos possam contar com a cobertura de notícias exclusivas e assim ampliar cada dia mais o conhecimento que têm desta indústria.

O blog também está aberto para parcerias que visem a divulgação desta indústria que pagou mais de 62 bilhões aos clientes no primeiro semestre deste ano. Contar a história de pessoas que puderam retomar a vida depois de acidentes é um dos projetos já em curso. Quanto mais patrocinadores, mais esse projeto levará a sociedade a importância do mercado segurador.

A frase que mais escuto dos entrevistados é: a história do mercado mostra que existem condições de superação, mas é preciso agir para sobreviver. Então vamos gerar conteúdo e mostrar para a sociedade como as empresas do setor podem contribuir para o crescimento sustentável do Brasil.

Desejo que as parcerias tragam sucesso a todos nós, apaixonados por esta indústria de seguros que tem como missão ajudar indivíduos, famílias, empresas e governos a reconstruírem o que foi devastado por uma fatalidade.

2017 também será um ano desafiador, afirma CEO da Swiss Re Corporate Solutions

João Nogueira, CEO da Swiss Re Corporate Solutions, comenta sobre o cenário desafiador de 2016, e na aposta da retomada da economia a partir de 2017. A Swiss Re Corporate Solutions se prepara para o crescimento no próximo ano e reforça o interesse do grupo suíço em investir no Brasil, por meio de lançamento de produtos pioneiros no mercado nacional.

Transparência para que clientes entendam a oferta, recomenda Eduardo Giannetti

O economista Eduardo Giannetti destacou a importância do mercado segurador para respaldar o crescimento do Brasil. “Embora o setor tenha crescido mesmo diante do recuo do PIB, há outros sinais de que há muito mais para avançar”, comentou em sua palestra de encerramento da 6ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros organizada pela Confederação Nacional de Seguros (CNseg), com apoio da Escola Nacional de Seguros, em São Paulo, que acontece nesta quinta-feira, em São Paulo.

Embora a participação do mercado segurador no PIB brasileiro tenha aumentado de 1% para 6% nos últimos 15 anos, o país ainda é apenas o 44º colocado no ranking mundial de consumo per capita do produto. Ele cita dados do setor como os 150 milhões de pessoas sem plano de saúde, 120 milhões sem seguro de vida e acidentes pessoais e 180 milhões sem plano dental. Além disso, cerca de 38 milhões de automóveis circulam sem seguro pelas cidades brasileiras, quase 60 milhões de residências não possuem nenhum tipo de apólice patrimonial e cerca de 3 milhões de empresas ainda não dispõem de nenhum tipo de proteção.

Do que depende o crescimento do setor?, questiona. Ele cita três fatores. O primeiro é a normalização econômica, com um PIB que volte a crescer, um desemprego que caia e a melhoria da renda da população. Em segundo lugar ele cita as reformas institucionais, como a da previdência, da saúde e também do mercado de trabalho. E em terceiro, ele cita que o avanço do setor depende da inovação e criatividade, bem como competição saudável para que o consumidor possa receber a melhor oferta de produto em preço e em qualidade.

A reforma previdenciária e trabalhista são imperativas. Assim como a demográfica, que é relevante para quem atua no mercado segurador. “Teremos em 2050 30% da população com mais de 60 anos. Tínhamos nove trabalhadores para cada aposentado e hoje já são 5,5. Em 2050 serão dois trabalhadores para cada aposentado. Não dá para que pessoas se aposentem com 52 ou 53 anos. A questão é : deixa arrebentar, ou vamos agir preventivamente para que o sistema tenha coerência”, comentou.

Com tais reformas, diz, o mercado segurador vai se redefinir. Ele afirma que a eficiência e inovação é que legitima a existência de uma empresa no mercado. « A inovação não e fazer melhor e sim o que ninguém está fazendo. Identificar um nicho de mercado e sai na frente porque oferece algo para uma demanda genuina. A tecnologia permite produtos personalizados, acrescenta, além da descoberta de novos nichos como o risco cibernéticos. Citou também a economia compartilhada, na qual haverá a necessidade de se precaver de risco. Além da redução de custo, se souber usar as ferramentas de forma adequadas.

Fala-se muito em educação financeira, que para ele, o atual cenário não vai mudar no curto espaço de tempo. “Vocês têm de entender o consumidor e não prejudicar o mercado por não entender a precariedade de quem está do outro lado. Não adianta colocar um contrato na mão do cliente, pois as pessoas não leem. Tem de ter comunicação verbal clara, direta, para que esteja claro para todos o que esta sendo comprado. É fundamental esse entendimento. Seria muito bom trabalhar com clientes bem formados. Mas isso demorará para acontecer. O setor tem tudo para florescer, mas é preciso fazer isso de uma forma sem conflitos, pois não interessa a ninguém que as coisas terminem na Justiça”.

Para finalizar, ele enfatizou que o mercado segurador tem em sua base a confiança como um elemento fundamental. “A mudança de governo abre espaço para negociações e acordos voluntários. Uma aposta na liberdade. Mas é fundamental que haja transparência e confiança entre as partes, se não vamos voltar para um excesso de regulação que não interessa a ninguém”, sugeriu.

ARTIGO: Planos de saúde são obrigados a cobrir Home Care

Luciano Correia Bueno Brandãopor Luciano Correia Bueno Brandão, advogado especialista em Direito à Saúde, do escritório Bueno Brandão Advocacia

Doenças incapacitantes como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), infartos severos, demência, Parkinson, doenças pulmonares crônicas ou osteoarticulares são apenas alguns exemplos de enfermidades que implicam numa drástica limitação do indivíduo e acarretam a necessidade de um acompanhamento constante. Isto pode ocorrer tanto em idosos quanto jovens, uma vez que os acidentes de trânsito somam 42% do número de pacientes que sofrem lesões medulares e vem a apresentar quadros de paraplegia ou tetraplegia, demandando por assistência ininterrupta.

Nesse contexto, onde o paciente apresentam um altíssimo grau de dependência para as funções mais básicas, o home care, é comumente aplicado pelas operadoras de planos de saúde e seguradoras. Porém, fica a questão: os planos de saúde e seguradoras estão legalmente obrigados a arcar com este tipo de custo? Em muitos casos os contratos fazem expressa menção à exclusão de cobertura de atendimento domiciliar e, em outros tantos casos, são omissos nesse tocante. Por isso, é necessário avaliar a natureza e o contexto em que se insere a necessidade do atendimento domiciliar, pois planos e operadoras de seguro saúde pretendem eximir-se da cobertura de tais despesas.

Nos casos em que há expressa exclusão contratual, inicialmente, deve prevalecer o princípio pelo qual o que foi contratado faz lei entre as partes. Assim, se o contrato não prevê – ou exclui expressamente -, atendimento de natureza domiciliar (como consultas, colheita de material para exames, ou prestação de determinado atendimento na residência do paciente etc), obviamente o paciente não poderá exigir, para sua mera comodidade, que o serviço seja prestado.

Situação diferente, no entanto, se o caso decorre de uma extensão da internação hospitalar. Por exemplo, um paciente vítima de um derrame cerebral, que tenha suas funções motoras totalmente comprometidas. Evidentemente estará sujeito a necessidade de acompanhamento ininterrupto por tempo indeterminado. Diante de tal quadro e havendo indicação médica, quer haja ou não expressa previsão contratual excluindo a cobertura de atendimento domiciliar, tal imposição não pode prevalecer e a cobertura é exigível.

Prestar um serviço de forma parcial ou incompleta equivale a não prestá-lo. Nos casos em que o tratamento domiciliar se mostrar como verdadeira extensão ou desdobramento da internação hospitalar, deve haver cobertura integral dos procedimentos necessários. Da mesma forma, não há o que se falar em limitação temporal da prestação do atendimento domiciliar, que deve persistir enquanto houver necessidade. Diante de eventual negativa por parte das operadoras na cobertura das despesas com o home care, o paciente ou seus familiares podem e devem recorrer ao Judiciário.

Atualmente, a posição majoritária dos tribunais é no sentido de reconhecer que as operadoras de planos e seguros saúde tem o dever de cobrir o tratamento sob a modalidade de home care, diante de indicação médica.
Artigo de:

(http://www.buenobrandao.adv.br/).

Quem é quem – Armando Vergilio, presidente da Fenacor

armando-vergilioArmando Vergilio é presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor. Ingressou no mercado de seguros em 1985, como securitário. Formado corretor de seguros em 1989, é empresário no setor desde então. Armando Vergilio é

Foi superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), presidente da Copaprose e vice-presidente do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). Também foi presidente da Escola Nacional de Seguros, do SINCOR-GO e do COREMEC (Conselho Regulamentador dos Mercados Financeiro, de Capital e de Seguros, de Previdência e de Capitalização).

Exerceu ainda mandato de deputado federal pelo Estado de Goiás (legislatura 2011 a 2015) e foi diretor, hoje membro titular, do Conselho da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Em Goiás, ocupou cargo de Secretário de Estado de Governo e de Assuntos Institucionais; das Cidades; de Trabalho; e de Previdência e Seguridade. Atualmente, é Membro do Conselho Superior da Academia Nacional de Seguros e de Previdência (ANSP) e do Conselho de Administração da Escola Nacional de Seguros.

Como vê os desafios e oportunidades para o setor neste ano?

O principal desafio é recuperar o terreno perdido. O primeiro semestre foi duro para a economia brasileira e o setor de seguros também foi afetado. Mas a expectativa de retomada do crescimento é muito forte. Os empresários dão claros sinais de um reaquecimento neste segundo semestre, o que vai influenciar o desempenho dos corretores de seguros.

Um destes sinais vem do Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS), calculado pela Fenacor, que ultrapassou 100 pontos em julho, chegando a 101,2. Foi o primeiro valor positivo depois de 30 meses. O mesmo levantamento apontou que 83% dos corretores de seguros e 81% dos seguradores esperam um cenário mais favorável nos próximos seis meses.

O mercado de seguros cresceu na casa dos dois dígitos até 2014. Andou de lado no ano passado e, em 2016, ainda há tempo para evitar perdas acentuadas em função da crise econômica.

Quais as principais mudanças previstas para os segmentos até 2017?

As oportunidades surgem em diferentes modalidades. O seguro popular de automóveis, que hoje é tema de consulta pública pela Susep, vem para impulsionar em até 30% o volume da frota segurada. Esse produto vai atenuar os efeitos da redução de vendas da indústria automobilística. E pode agregar ao mercado mais de 20 milhões de veículos, que hoje trafegam pelas ruas sem qualquer cobertura securitária.

No ramo garantia, avança no Congresso Nacional o projeto que aumenta o limite de cobertura sobre o valor segurado, de 10% para 30%. A proposta viabiliza grandes obras, tanto públicas quanto privadas. O mercado de seguro garantia cresceu 28% em 2015, com R$ 1,7 bilhão em prêmios emitidos. Com mudanças na lei, podemos esperar bons resultados no próximo ano.

Também no Congresso tramita projeto que regulamenta o VGBL Saúde. Essa modalidade é fundamental para garantir um atendimento médico qualificado aos futuros aposentados e uma ótima oportunidade de negócios para os corretores de seguros.

Como atrair os consumidores para o mercado segurador?

Maria Helena Monteiro e Renato Campos, diretores da Escola Nacional de Seguros, e Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP, dão suas opiniões sobre como atrair o consumidor para o mercado segurador. Veja:

Valor publica especial sobre seguros: Certo Otimismo

valor set 2016Circula hoje o especial de Seguros do Valor, que traz ao leitor uma visão dos desafios e das oportunidades que os executivos enfrentam no curto e médio prazos. O especial está disponível para assinantes no link http://www.valor.com.br/especiais/suplemento?tid=5319&date=20160926

Cenário – Apesar da retração das vendas em alguns nichos importantes do setor, como automóvel, grandes riscos, saúde e vida, as seguradoras exibem lucratividade e níveis de solvência sólidos. “2016 segue como um ano desafiador, mas temos o alento de que o cenário econômico parou de piorar, o que traz otimismo para 2017″, diz Márcio Coriolano, presidente da CNseg. A indústria de seguros registrou crescimento nominal de 6,4%, para R$ 113,9 bilhões, no primeiro semestre em relaç&a tilde;o ao mesmo período do ano passado. O mercado segurador registrou lucro líquido de R$ 7 bilhões no primeiro semestre, o que representa uma média de 21% de retorno sobre o patrimônio líquido do setor, segundo dados da Susep.

TI – Praticamente todas as recentes pesquisas sobre o mercado segurador têm como mote a tecnologia. E os estudos deixam claro uma coisa: ou a seguradora inova ou morre. A consultoria Bain & Company afirma que apesar de 30% a 70% dos clientes de seguradoras interagirem com as companhias por ferramentas digitais, as grandes empresas ainda estão fortemente atrasadas no quesito ‘digitalização’ quando comparadas a outros setores.

Seguros populares – A arrecadação nominal das seguradoras no ramo de veículos caiu 3,2% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015, totalizando R$ 15,837 bilhões em prêmios diretos. Contabilizando a inflação, a queda real é de 11%. João Francisco Borges da Costa, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), diz que não há nenhum sinal de melhora no horizonte. “A venda de carros novos não reage e as seguradoras estão realizando um esforço enorme para se ajustar à nova realidade do mercado”.

Previdência – A discussão sobre a reforma da Previdência tem agradado especialmente um setor: a indústria da previdência complementar. Quanto mais se fala em déficit e falta de recursos para pagar aposentados cada vez mais longevos, maior é a captura e venda de novos planos.

Vida – Impactado pelo desemprego e recuo do crédito, o seguro de pessoas enfrenta grandes desafios para avançar de forma mais efetiva no país. Fatores macroeconômicos aliados ao tabu que alguns produtos ainda carregam e a desinformação geral sobre custos versus benefícios fazem com que este mercado patine principalmente em anos de crise.

Resseguro – Em menos de uma década de abertura de mercado, o resseguro mais que dobrou de tamanho. Saiu do monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) para atrair 100 das maiores resseguradoras do mundo e 16 empresas nacionais. Passou de R$ 3,8 bilhões por ano para R$ 10 bilhões por ano. É um mercado ainda pequeno, mas que revela resistência às oscilações da economia brasileira, além de exibir potencial para um novo salto. Os desafios passam por novas mudanças legais, como o aumento do seguro garanti a para obras de infraestrutura, a retomada do crescimento do país e a criação de um polo de exportação de resseguros para angariar negócios no mercado latino-americano, que movimenta US$ 18 bilhões ao ano.

Sustentabilidade – Um planeta sustentável, que preserve suas riquezas naturais e garanta a qualidade de vida de seus habitantes, é também um ambiente ideal de negócios. E quando se fala de riscos e prevenção, a indústria de seguro se apresenta como uma das mais bem preparadas. Por uma razão muito simples: zelar por vidas, bens e patrimônios é o seu negócio. Para isso é preciso enxergar mais longe e inovar, sempre, para se precaver.

Startups – Insurtechs. Esse é o termo usado para empresas que surgem com um projeto para ofertar seguro de uma forma inovadora. Um funcionário que antes temia ser demitido ao comentar frases como “o cliente não vai comprar porque a oferta não está adequada do ponto de vista de cobertura ou de preço”, agora é presenteado se tiver uma ideia que possa aumentar as vendas.

Digital – Caro cliente. Você está usando pouco o seu carro e por isso vamos lhe conceder um desconto. Esse sonho ainda não chegou ao Brasil, mas está em vias de se tornar realidade. “A inovação se instalou no tradicional mercado segurador, que atrai a cada dia mais e mais investidores interessados em ofertar produtos e serviços que de fato interessam ao consumidor. Temos visto muitas novidades. Boa parte delas vai desaparecer e outras vão se concretizar. Mas não há dúvidas de que o setor passa por uma r evolução digital”, afirma Roberto Barroso, CEO da BB Mapfre para linhas de pessoas, rural e habitacional.

Uber – Chico Santos Para o Valor, do Rio Novos hábitos de locomoção e de convivência que começam a ganhar espaço na sociedade brasileira, como o transporte de pessoas em “taxis” alternativos, tipo Uber, e o compartilhamento de veículos e residências, além do fenômeno da bicicleta nos grandes centros, começam a virar realidade também para o mercado segurador. Grandes companhias, como a Tokio Marine e a Porto Seguro, desenvolvem produtos específicos ou adaptam outros já existentes na busca de viabilizar essas apólices potenciais que se multiplicam diariamente.

D&O – Os seguros de linhas financeiras, voltados para o mundo corporativo, tem apresentado significativo crescimento nos últimos anos. Os ramos mais procurados têm sido o D&O (directors and officers liability) e o E&O, que oferece cobertura relacionada à responsabilidade civil para profissionais que exerçam atividade intelectual, em casos que envolvam imperícia, imprudência e negligência.

Eletrônicos – A materia começa com um personagem e assim deixa claro ao leitor o risco e os produtos que o mercado segurador oferta para mitigar perdas. O carioca Luiz Felipe Pereira, de 20 anos, passou a enfrentar a pressão da família para fazer seguro depois que gastou RS 3200,00 em um celular de última geração. Desde os doze anos, ele tem telefone móvel, mas nunca foi vítima de assalto, embora já tenha esquecido um em uma festa. O novo aparelho, porém, foi um investimento e tanto para quem trabalha na expe dição de faturamento de uma fábrica de óculos.

“O Seguro na era do e-commerce”

André Gregori, CEO da plataforma de seguros prevista para ser lançada em duas semanas, foi o centro das atenções do evento “O Seguro na era do e-commerce”, promovido pela APTS ontem. Todos queriam entender se a empresa, que se vende como uma plataforma, é uma seguradora ou uma corretora. Ele se esquivou de responder, alegando estar em periodo de silêncio que antecede o lançamento da campanha da marketing. A promessa é que em duas semanas todos irão saber das novidades. Ele afirmou que os brasileiros terão produtos inovadores, que já fazem sucesso no exterior e chegam modelados para atender a regulação do Brasil e as características e peculariedades das demandas da sociedade brasileira.