Seguros na bolsa, um bom investimento até agora

O Brasil tem seis empresas ligadas a seguros negociadas na bolsa de valores. Isso sem contar bancos, que têm destacado os ganhos com seguros em seus balanços, como Bradesco, com uma média de 30% do ganho proveniente de seguros no total do conglomerado, e Itaú, com média de 15% vindo de produtos do mercado segurador fiscalizado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

O blog Sonho Seguro solicitou a Economática um gráfico com o resultado das ações desde o lançamento em bolsa até o dia 25 de agosto de 2017. A Porto Seguro é a mais velha do quadro e a que registra a maior valorização. Estreou na bolsa em novembro de 2004. Já o maior volume negociado fica com a holding que controla as operações de seguros do Banco do Brasil, a BB Seguridade.

Veja o resultado para quem aplicou nas ações de seguros desde a entrada da empresa na bolsa:

Segundo gráfico elaborado pela Economática a pedido do blog Sonho Seguro, do dia da estreia, 19 de novembro de 2004 até o dia 25 de agosto, a valorização do papel da Porto foi de 914%. A demanda superou a oferta em cinco vezes. A maior parte dos papéis, 71%, ficou com investidores internacionais, e o restante com investidores locais. A empresa levantou R$ 328,11 milhões com a operação, sendo que R$ 248,31 milhões foram para o bolso dos controlares e o restante para o caixa da empresa. Os acionistas Rosa Empreendimentos e Stela Yara Blay venderam totalmente sua parte na companhia e passaram a ter apenas participação indireta. A empresa colocou no mercado 23,6%.

A centenária SulAmérica veio em outubro de 2007 com certificados de depósitos de ações no Nível 2 de governança corporativa da Bolsa. Esses títulos são conhecidos, no mercado de capitais, como Units. Com a emissão primária de 21.739.132 certificados de depósito de ações, a companhia levantou cerca de R$ 674 milhões. Do lançamento até o dia 25 de agosto, os papéis valorizaram 256%, segundo estudo da Economática. Fundada em 1895, a companhia possui cerca de 5,3 mil funcionários e atua em várias linhas de seguros, como saúde e odontológico, automóveis e outros ramos elementares, vida, além de outros segmentos, como previdência privada, investimentos e capitalização. A SulAmérica tem mais de 7 milhões de clientes, de pessoas físicas a grandes empresas, em todo o país. Em 2016, a companhia registrou receitas totais de R$ 16,8 bilhões.

A BB Seguridade estreou na bolsa em abril de 2013, após uma oferta pública de ações que movimentou R$ 11,5 bilhões. Foi considerado na época o maior IPO do mundo no ano. A empresa chegou ao mercado valendo R$ 34 bilhões, quase a metade do valor de mercado do Banco do Brasil, na época avaliado em R$ 75 bilhões). Do lançamento até agora, a valorização foi de 105%. Depois de passar todos esses anos sendo a querida dos analistas de ações, a companhia sofreu ao divulgar no segundo trimestre queda no lucro e revisão do guidance para o ano de alta de 1 a 5% para queda de 1 a 5%. O lucro do segundo trimestre caiu 12%, fazendo o retorno sobre patrimônio líquido ajustado recuar 11 pontos, a 44,5%, o pior nível desde o terceiro trimestre de 2013. O presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli, informou no início de agosto que a BB Seguridade deve aderir em setembro ao programa de governança de estatais criado pela bolsa brasileira.

A Par Corretora de Seguros, agora Wiz, movimentou R$ 602 milhões com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em junho de 2015. A demanda superou dez vezes o ofertado, somando R$ 5,3 bilhões. A Par Corretora chegou a Bolsa com valor de mercado de cerca de R$ 2 bilhões. O objetivo do IPO, que tem entre os sócios a Caixa Seguros e a GP Investimentos, era preparar o terreno para a esperada oferta bilionária da Caixa Seguros, que emperrou por discussões sobre o contrato que a Caixa tem com a francesa CNP, que termina em 2021.

A BR Insurance tinha um plano ousado: unir vários corretores. Em novembro de 2010 captou R$ 644,625 milhões em sua oferta inicial de ações. O preço de emissão ficou em R$ 1.350,00, no centro do intervalo sugerido, que variava de R$ 1.250,00 a R$ 1.450,00. A operação foi destinada apenas a investidores qualificados (com mais de R$ 300 mil em investimentos), institucionais e contou com esforços de colocação no exterior. A companhia fez uma operação mista. A emissão primária totalizou R$ 348,097 milhões, com a emissão de 257.850 ações ordinárias. A oferta secundária somou R$ 296,527 milhões, com a colocação de 219.650 papéis. Com o tempo, o plano de integrar vários corretores se mostrou um desafio e tanto, com sucessivas brigas entre os acionistas. O resultado é uma desvalorização de 92% no período analisado, da estreia até o dia 25 de agosto de 2017.

O IRB chegou a bolsa em 31 de julho de 2017, depois de duas tentativas frustradas pela crise brasileira. O ressegurador levantou R$ 2,003 bilhões em seu IPO. A oferta foi apenas secundária, ou seja, o capital movimentado foi para o bolso dos acionistas. Em menos de um mês, apresenta valorização de 9%. A União não vendeu suas ações e manteve 11,68% do IRB. Já o Fgeduc reduziu sua fatia de 15,76% para 8,86%, embolsando R$ 585,81 milhões. Maior acionista vendedor do IRB, o Fgeduc assegura parte do risco das operações do Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior (Fies). BB e Bradesco diminuíram cada um suas fatias de 20,43% para 15,23%, enquanto o Itaú encolheu de 14,94% para 11,14%. O FIP Barcelona, que reúne os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa), saiu de 9,84% para 7,37%.

Apólices que garantem concessões podem sofrer impactos caso não haja um acordo de reequilíbrio

As rodovias concedidas à iniciativa privada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff já pediram R$ 5,5 bilhões em revisões contratuais, informou o Valor Econômico em matéria publicada nesta segunda-feira, 28. Das oito concessões assinadas no período, uma foi cassada e quatro são alvo de processo administrativo – que pode resultar em retomada. Somente três empresas estão adimplentes com os compromissos assumidos em contrato. Algumas variações de custos podem ser reivindicadas pelas empresas a título de reequilíbrio econômico-financeiro dos contratos. O valor, quando autorizado, é diluído na tarifa de pedágio. A queda no volume de tráfego, entretanto, não está entre elas, pois faz parte do risco natural do negócio. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) concedeu 41% do valor solicitado pelas concessionárias, pouco mais de R$ 2,25 bilhões.

Diante disso, o blog Sonho Seguro foi perguntar ao especialista Eduardo Cruci, gerente de seguro garantia, como isso pode impactar as seguradoras:

“Os contratos de concessão possuem dispositivos de revisão contratual que tem por objetivo o reequilíbrio econômico-financeiro e, em função da desaceleração no cenário econômico dos últimos 3 anos, algumas concessões eventualmente não conseguiram atingir o volume de tráfego esperado quando da licitação. Dessa forma, nestes casos utilizaram o dispositivo para buscar ajustar suas obrigações, que em uma concessão resumem-se a três: Operacionais (qualidade do serviço, manutenção, sinalização, etc); Investimento (ampliação, duplicação, etc) e; Outorga (valor pago pelo contrato de concessão). Logo, o que se pede hoje é um reescalonamento dos valores a pagar nas outorgas anuais e também uma revisão do plano de investimento, pois à medida que a demanda esteja aquém do planejado, alguns dos investimentos podem deixar de serem priorizados.

Desta forma, as apólices que garantem as concessões podem eventualmente sofrer impactos caso não haja um acordo de reequilíbrio, e o concessionário não consiga manter suas obrigações. Em função de boa parte desses ativos terem sido concedidos a empresas atualmente em situação mais desafiadora, o cenário requer cautela. Tendo em vista que estamos verificando uma sinalização de melhoria econômica, isto deve contribuir para melhorar a capacidade de pagamento das empresas, no momento em que houver uma retomada da demanda.”

Setor de resseguros no Brasil caminha para ser um mercado mais sólido, afirma CEO da Munich Re

O grupo alemão Munich Re confirmou que mantém suas expectativas de lucro mundial para 2017 entre 2 bilhões a 2,4 bilhões de euros. A informação foi divulgada durante a publicação do balanço do segundo trimestre deste ano, quando apresentou lucro líquido de 733 milhões de euros. A queda de 25% no lucro trimestral foi melhor do que o esperado, em parte ajudado pela diminuição das catástrofes naturais. E como fica o Brasil neste contexto? Caminha para um mercado mais sólido, segundo Rodrigo Belloube, CEO da operação brasileira. “Acreditamos que o mercado em cinco anos será bem diferente do atual, talvez mais consolidado e de fato aberto”, disse ele ao Blog Sonho Seguro.

No Brasil, a Munich Re encerrou 2016 com prêmios de R$ 441,9 milhões (líquidos de comissão de resseguro), incremento de 15% em relação a 2015. O lucro líquido saltou de R$ 14 milhões para R$ 55,7 milhões. O resultado operacional praticamente quadriplicou, atingindo o montante de R$ 100,2 milhões ante R$ 27,8 milhões em 2015. “Nosso principal foco é estabelecer parcerias estratégicas com rol de clientes na pauta envolvendo assuntos pertinentes à gestão de risco, a partir das quais nosso desenvolvimento sustentável se materializa, conforme demonstram os resultados obtidos em 2016”.

Veja abaixo alguns trechos da entrevista:

Qual o impacto da recessão no resseguro no mercado brasileiro?

Há carteiras mais suscetíveis ao cenário macroeconômico, em particular aquelas que se desenvolvem em sintonia com os investimentos em infraestrutura. As mais óbvias são as relacionadas aos seguros de riscos de engenharia, que cobrem obras de diferentes magnitudes contra danos físicos acidentais e, dependendo do contrato, a perda financeira resultante do atraso gerado pelos trabalhos consequentes de reparo, e as garantias contratuais tanto no que tange ao desempenho quanto à completude das obrigações contratuais.

E as garantias ofertadas pelas seguradoras aos clientes?

Em relação às garantias, o impacto foi menos percebido em termos de escala, tanto para o mercado quanto para as operações individuais de seguradoras, em função da mudança radical no DNA da carteira. O mercado voltou-se principalmente para a demanda de garantias judiciais como fator compensatório da queda brusca nos investimentos em infraestrutura. A diferença na natureza do risco subjacente é significativa, o que leva a uma abordagem distinta na análise, precificação e gestão do risco durante seu ciclo de vida.

E a queda em carteiras como automóvel, trouxe perdas para resseguros?

As carteiras de auto, ainda pouco resseguradas no País, também apresentaram desempenho decepcionante nos últimos anos em função da queda brusca na venda de carros novos, que tradicionalmente demandam mais seguro. A sinistralidade também piorou no geral, o que parece ter relação com o crescimento sensível de furtos e roubos. O impacto sentido pelos resseguradores nessa carteira foi mínimo; ela ainda é pouco ressegurada no Brasil, uma vez que as seguradoras brasileiras ainda não se atentaram para o custo competitivo do resseguro, como fonte de capital de risco, em comparação às alternativas de dívida ou injeção própria.

A qual o peso da Lava Jato no setor, uma vez que alguns dos principais clientes de seguros até 2014 em investigações, muitas falências de empresas concentradas por setores, pedido de recuperação judicial, além de executivos solicitando cobertura de D&O?

Não identificamos volatilidade maior do lado de sinistros por conta da Lava Jato. Conseguimos aglutinar como prática de gestão uma série de iniciativas especificas que, combinadas, geram resultados satisfatórios. Dentre elas estão a gestão de nossas exposições e acúmulos, uma seleção cuidadosa dos projetos a que nos expomos, a escolha criteriosa das seguradoras com quem trabalhamos, bem como critérios com bom balanço técnico-comercial para as garantias judiciais. Na ponta de prêmios, houve a substituição das garantias de desempenho e completude pelas judiciais, o que levou o mercado a uma nova natureza de risco subjacente, a uma nova carteira de garantias.

O que pode impactar os resultados em 2017?

Não identificamos um fator específico que nos leve a um resultado maior ou menor. A volatilidade de nosso negócio é endereçada com mecanismos usuais de proteção – um conjunto de retrocessões, ou de resseguro do resseguro. Para nós, o importante é continuar a desenvolver nosso negócio em linha com nosso planejamento estratégico nos três pilares que o formam: resseguro tradicional, resseguro como capital de risco e inovação, sempre com foco na excelência de serviços para nossos clientes, com base num diálogo permanente e próximo com eles, em toda a extensão da cadeia de valor. Feito isso, continuaremos no caminho de consolidar a operação brasileira como uma das líderes e mais rentáveis do mercado local.

O IPO do IRB traz algum impacto ao segmento de resseguros?

Acreditamos que transformações tangíveis somente ocorrerão se um novo acionista de cunho estratégico tiver autonomia para promovê-las e uma agenda factível e convincente. Mais do que o contexto específico do IPO, o importante, ao nosso ver, é reconhecer que o mercado brasileiro de resseguro é um dos mais ineficientes do mundo, com altíssima carga tributária que impõe aos resseguradores, tanto os capitalizados localmente quanto os internacionais, um peso quase inviabilizante e muito superior a outros centros vizinhos (Colômbia, por exemplo), um emaranhado regulatório com algumas provisões sem sentido algum (limitações de retrocessão intragrupo, por exemplo), e um tamanho pequeno.

Mesmo com a abertura, o segmento de resseguros ainda é considerado pequeno?

Sim, somos um mercado pequenino frente a outros da América Latina expostos a catástrofes naturais e, acrescentando ao desafio, com muita oferta de capacidade disponível. Não é à toa que a rentabilidade de praticamente todos os resseguradores atuando no Brasil é bastante baixa, o que tem promovido tentativas de internacionalização para aqueles de capital local, um apoio muito grande dos resultados na decrescente receita financeira, e, no que nos soa como tentativa de buscar um atalho ao ganho de escala, abordagens comerciais por vezes demasiadamente agressivas e sem sustentação. Não existe almoço de graça, a conta chega mais cedo ou mais tarde. Acreditamos que o mercado em cinco anos será bem diferente do atual, talvez mais consolidado e de fato aberto.

VALOR: Operadoras de saúde buscam redução de custos

A partir de setembro, os 1,4 milhão de usuários da Amil que têm plano com co-participação (o usuário paga um percentual do serviço utilizado) poderão acessar um simulador, com geolocalização, que permite a escolha dos serviços médicos mais próximos. “Ao clicar no serviço, o sistema reconhece o tipo de plano e mostra ao cliente o valor que será descontado dele na folha de pagamento”, diz Sergio Ricardo Santos, CEO da Amil. Outra ação pioneira é o uso de token para validação do atendimento, que recebeu cerca de R$ 5 milhões em investimento e começou em agosto. SulAmérica, Bradesco e Unimed contam sobre seus programas de prevenção, cuidados com doentes crônicos e facilidades no atendimento para evitar a ida de clientes para consultas em pronto socorro.

O especial pode ser acessado, por assinantes, no no porta do Valor Econômico

Resolução da ANS é aplicada quando há divergência sobre atendimento médico ou dental

Fonte: ANS

Já está em vigor a normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que estabelece os critérios para formação de junta médica ou odontológica quando há divergência clínica sobre procedimento a ser coberto pelas operadoras de planos de saúde. A medida deve ser adotada sempre que não houver acordo entre a operadora e o profissional de saúde que assiste ao beneficiário quanto à indicação de realização de um determinado procedimento ou à utilização de tipos específicos de órteses, próteses ou outros materiais especiais. A junta é, então, composta pelo médico ou dentista assistente, por um profissional da operadora e por um terceiro, escolhido em comum acordo entre o profissional assistente e operadora.

A norma estabelece ainda que as operadoras deverão notificar o beneficiário a respeito da necessidade de formação de junta médica ou odontológica e que elas também deverão registrar, armazenar e disponibilizar à ANS, quando requisitadas, as informações e os dados relacionados às juntas médicas ou odontológicas realizadas.

“A publicação dessa norma é essencial para informação do beneficiário de plano de saúde e também para o médico assistente e confere mais segurança, pois determina que ele deve ser informado se houver qualquer divergência entre a indicação do médico ou dentista assistente e a sua operadora de plano de saúde. Além disso, a formação de junta deverá considerar prazos de acordo com o tipo de procedimento a ser realizado, de forma que o beneficiário não seja prejudicado e não fique sem previsão de ter seu caso solucionado”, destaca a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Karla Santa Cruz Coelho.

A norma esclarece os casos em que deve ou não ser formada a junta médica ou odontológica, especifica a qualificação dos profissionais envolvidos, determina as formas de notificação, prazos e formas de resposta, além dos direitos e deveres de beneficiários, profissionais assistentes e operadoras, sempre com foco na garantia da melhor conduta clínica para o beneficiário, dentro dos prazos de atendimento preconizados pela ANS.

“Nossa expectativa é que as novas regras, ao trazerem transparência e clareza, promovam agilidade ao atendimento ao beneficiário, evitem conflitos entre os consumidores e as operadoras e reduzam casos de judicialização, promovendo a melhoria do atendimento ao usuário de planos de saúde”, diz Karla.

Principais regras para formação de junta médica e odontológica:

• A junta será formada por três profissionais – o assistente, o da operadora e um desempatador;
• A escolha do desempatador será feita em comum acordo pelo assistente e pela operadora. O consenso poderá ocorrer entre o assistente e a operadora até a realização da junta;
• Cabe ao profissional assistente determinar as características das órteses, próteses e materiais especiais (OPME) necessários à realização do procedimento. A indicação deverá ser justificada clinicamente e deverão ser oferecidas, pelo menos, três marcas de produtos de fabricantes diferentes;
• A junta poderá ser realizada nas modalidades presencial ou à distância, definida a critério do desempatador;
• O tempo para realização do procedimento não poderá ultrapassar os prazos máximos da garantia de atendimento determinados pela ANS na Resolução Normativa nº 259/2011.

Quando não se admite a formação de junta médica:

• Casos de urgência ou emergência;
• Quando os procedimentos ou eventos não estão previstos nem no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde e nem no contrato;
• Quando há indicação de órteses, próteses e materiais especiais (OPME) utilizados exclusivamente em procedimento não coberto pelo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, exceto nos casos de procedimentos que sejam garantidos pelo contrato, ainda que não previstos no Rol; ou
• Nos casos em que há indicação de OPME ou medicamento sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ou para uso não constante no manual, instrução de uso ou bula (off label).

A construção da norma foi feita em parceria com representantes de prestadores de serviços de saúde, de operadoras e contou com a participação do Ministério Público e da Defensoria do Estado do Rio de Janeiro.

VALOR 1000: Mesmo com números positivos, seguradoras mantém foco na produtividade

O Valor Econômico publica a edição do Valor 1000. Com 444 páginas, os dados das mil maiores empresas do país mostram que, mesmo não crescendo, houve reversão de perdas. As receitas líquidas somaram R$ 3,2 trilhões em 2016, avanço nominal de 2,1%. O lucro líquido somado cresceu 239,6%, totalizando R$ 92,3 bilhões. As seguradoras são um dos destaques da edição. Se é assinante, pode acessar no portal do jornal em Suplementos e Revistas. A edição também está a venda em bancas. Confira abaixo a matéria sobre seguros, resseguros e capitalização.

Mapa divulga estatísticas do seguro rural

FONTE: Mapa

De 2006 a 2015, o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) atendeu cerca de 420 mil produtores rurais e possibilitou a proteção de mais de 52 milhões de hectares, sobretudo em culturas como soja, trigo, milho, maçã e uva. Ao longo desses 10 anos, os primeiros do programa, as indenizações pagas em função de ocorrência de eventos climáticos adversos totalizaram R$ 2,92 bilhões, o equivalente a mais de 75 mil apólices de seguro rural. Os números foram apresentados nesta quarta-feira (23) durante reunião na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.

O Departamento de Gestão de Riscos (Deger) da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento disponibiliza na página da internet do Mapa o primeiro relatório sobre as indenizações pagas no PSR. O documento contém informações detalhadas sobre as indenizações pagas. Os dados são apresentados na forma de indicadores relacionados aos pagamentos, tais como o índice de sinistralidade e taxa de risco observado.

A análise da sinistralidade foi feita como um todo e também para as regiões e por atividades de maior relevância dentro do programa e das seguradoras habilitadas a operar por seu intermédio.

“É muito importante para o produtor rural conhecer bem esses números, porque demonstram a importância da contratação do seguro rural para a manutenção da atividade agrícola, na medida em que evitam o endividamento. Além disso, os agricultores podem conhecer melhor os fatores de risco a que estão expostos nas diferentes culturas e regiões”, destaca o secretário de Política Agrícola, Neri Geller.

Para o diretor do Deger, Vitor Ozaki, o estudo corrobora a necessidade da presença do governo, via concessão de subvenção ao prêmio, no mercado de seguro rural com a finalidade de conferir maior equilíbrio ao sistema: “Antes o produtor não contratava o seguro porque era muito caro e o mercado não se desenvolvia em função da baixa demanda”.

De acordo com Ozaki, a partir do momento em que o governo federal passou a incentivar a contratação do seguro, a demanda cresceu, atraindo mais seguradoras para o mercado, contribuindo para maior competitividade e aprimoramento dos produtos.

Segundo o diretor, ao longo de 10 anos, os produtores entenderam a importância do seguro rural como uma proteção ante os riscos climáticos, mas também para a manutenção da sua renda.

O PSR é um programa estratégico da política agrícola brasileira. Instituído em 2005, o programa tem auxiliado milhares de produtores a contratar o seguro rural, como forma de prevenir eventuais perdas financeiras.

Acesso o relatório de sinistralidade

Liberty Seguros mapeia tendências que devem transformar o mundo nos próximos cinco anos

SÃO PAULO, SP - 22 MAIO 2014: Executivos da Liberty Seguros. (foto: bruno fernandes).

Release

A Liberty Seguros apresenta o Next5, o estudo que revela as tendências que devem transformar o mundo nos próximos cinco anos, criando novas possibilidades e determinando a forma como produtos e serviços serão oferecidos e consumidos. O relatório é resultado de uma combinação de pesquisas e cases estudados pela seguradora.

Dividido em quatro grandes temas – “Sociedade fluida”, “Tecnologia a serviço das pessoas”, “Ter ou experimentar”, e “Sustentabilidade humana” – o Next5 aborda assuntos como flexibilização, novos formatos de famílias, big data, cultura de personalização e plataformas, sempre ressaltando a relação e a importância de cada um deles para a seguradora.

“Acompanhar as tendências que estão transformando o nosso mundo é fundamental para que a Liberty Seguros continue oferecendo produtos e serviços cada vez mais inovadores e alinhados às expectativas dos consumidores”, diz José Mello, superintendente de inovação da Liberty Seguros. “Também nos orgulhamos em contribuir para mudar a visão dos jovens sobre o seguro um produto considerado quadrado ao oferecer soluções inovadoras, como a telemetria, que traz o conceito de precificação justa e customizada para cada um”, completa.

Fluidez da sociedade

O Next5 destaca que vivemos em um período marcado pela fluidez, com foco no indivíduo e na flexibilização. Isso tem influenciado, por exemplo, o surgimento de novos empreendedores, principalmente jovens, que irão ditar o ritmo do mercado no futuro. Para eles, o conceito de seguro pode ser associado a algo antiquado, caro e complicado. Isso deve exigir que as seguradoras adaptem suas ofertas a esse tipo de público.

Dentro desse assunto, outro destaque é a desmistificação do gênero. O relatório revela, por exemplo, que há mulheres que aceitam serviços e produtos criados para elas, com base em características associadas ao gênero, e outras que enxergam isso como um preconceito. A conclusão é que qualquer oferta deve atender a todas as pessoas, independente de gênero. Por isso a inclusão de todos os gêneros sem hierarquias resulta em entregas mais satisfatórias e consistentes, e as empresas que entenderem isso estarão dando um passo à frente.

A tecnologia a serviço do consumidor

O Next5 aponta ainda que a tecnologia tenha impulsionado mudanças que transformaram o mundo. Outras áreas de conhecimento, como a psicologia e a antropologia, têm ganhado espaço e estão mais integradas às soluções tecnológicas.

A unificação de dados por meio de big data é uma das tendências que mais deve impactar o cotidiano da sociedade, já que uma série de informações sobre cada indivíduo é coletada a todo momento. De acordo com o relatório, a concorrência é acirrada, já que todas as empresas podem ter acesso aos mesmos dados. O salto está na excelência da utilização desses dados para a criação de produtos e serviços alinhados aos desejos do consumidor.

Essa tendência está diretamente ligada a outro aspecto do estudo, que verificou que serviços premium são uma aspiração comum entre os consumidores. De acordo com os resultados do Next5, as pessoas estão dispostas a pagar mais caro por um serviço, desde que ele ofereça uma experiência única por meio de uma entrega excepcional.

Valorização das experiências

A mudança da relação entre pessoas e coisas é um dos outros movimentos que vem ganhando força. O consumidor tem cada vez mais valorizado o acesso, e não a posse de bens. A cultura de compartilhamento – de carros, casas, bens materiais – reflete essa tendência. De acordo com o Next5, nesse cenário, o desafio para o mercado segurador é garantir que não só os bens, mas que as experiências das pessoas também estejam protegidas.

Essa movimentação deve desafiar as seguradoras a pensar em soluções inovadoras, desde o compartilhamento de apólices até diferentes maneiras de alugar seguros – soluções que já vêm sendo testadas por startups do setor.

Sustentabilidade

A sustentabilidade é um assunto que tem ganhado força em diversos aspectos. Um deles é a sustentabilidade humana, que pode transformar a visão do consumidor sobre as empresas e as marcas, a partir do impacto que seus serviços têm sobre seus colaboradores e a comunidade.

De acordo com o Next5, na visão do consumidor, é importante que as empresas incorporem ao seu cotidiano prioridades ligadas à responsabilidade ambiental. Além disso, o público não tem interesse apenas em campanhas e anúncios, mas sim em resultados comprovados das ações promovidas pelas marcas. O alinhamento entre as companhias e as causas que adotam também não passam despercebidos pelos consumidores e devem ser avaliados cuidadosamente.

Mario Di Croce, ex-IRB, está no conselho da Markel

Mario Di Croce, ex vice-presidente do IRB Brasil Re, agora está no conselho da subsidiária brasileira do grupo americano Markel, que atua neste momento no Brasil com seguro e resseguros. Em seguro tem focado a operação em rural. Segundo ele comentou ao blog Sonho Seguro, o projeto é muito interessante. “O produto tem uma concepção de “grandes riscos – facultativo” para o Agro, com subscrição customizada para médios e grandes produtores”, disse.

Está no radar da Markel disputar o programa de seguros das empresas brasileiras, uma vez que é conhecida mundialmente como especialista nos mais diversos riscos. Tem no comando o ex-presidente do IRB Brasil Re, Leonardo Paixão, que atuou no ressegurador local entre 2010 e 2015 e tinha Croce como seu vice de marketing.

VALOR: Reajuste do convênio médico é de 17%

A repórter do Valor Beth Koike fez uma excelente pesquisa com as principais corretoras de saúde e publica hoje o resultado. Conta que apesar da queda no IPCA, projetada em 3,5% neste ano, a inflação médica (custos de consultas, exames, materias, medicamentos, despesas hospitalares, honorários médicos e salários) continua subindo em patamares expressivos.

Em 2017, os planos de saúde corporativos devem sofrer um reajuste na casa dos 17% e a expectativa é que a tendência de alta per maneça em 2018. Esse cenário é unanimidade entre as principais consultorias especializadas em saúde Aon, It’s Seg, Mercer, Marsh e Willis Towers Watson consultadas pelo Valor. Os planos de saúde corporativos, benefício concedido pelas empresas a seus funcionários, representam 66,5% do setor.

Já os planos de saúde coletivos por adesão, que equivalem a 13,5% do mercado, devem ter reajuste médio de 22% neste ano. Os convênios médicos individuais, modalidade regulada pela ANS, aumentaram 13,55%.

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