Seguro cibernético registra queda de taxas em junho, segundo corretora Howden

Vendas mundiais giram em torno de US$ 6 bilhões ao ano

Com agências internacionais

As taxas de seguro cibernético caíram cerca de 10% em junho em comparação com o ano anterior, revertendo os recentes aumentos acentuados nas taxas, já que os sinistros se mostraram menores do que o esperado. “Embora os prêmios de resseguro cibernético estejam atualmente na faixa de US$ 6 bilhões, eles precisariam aumentar mais de três vezes para atender às expectativas de crescimento até o final da década”, sugerem analistas da corretora de seguros internacional Howden.

Segundo os analistas, esses altos níveis de crescimento seriam ambiciosos em condições de mercado favoráveis, muito menos quando a oferta é tão restrita como é atualmente no mercado de resseguros. “O uso de resseguro pelo mercado direto é o maior diferencial entre ciber e qualquer outro tipo de negócio”, explica a corretora. “Com aproximadamente 45% dos prêmios cibernéticos cedidos a resseguradores atualmente, amplas restrições de capacidade e correções de preços no mercado de resseguros apresentam limitações potenciais”.

A Howden observa que, se o mercado cibernético crescer para rivalizar com outras grandes linhas de negócios, a oferta de resseguro cibernético precisará aumentar significativamente para atender à demanda até 2030.

As taxas de seguro cibernético mais que dobraram em 2021 durante a pandemia de COVID-19, impulsionada por um aumento nos chamados ataques de ransomware, acrescenta a corretora de seguros. O software de resgate funciona criptografando os dados das vítimas e, normalmente, os hackers oferecem às vítimas um código de acesso para recuperá-lo em troca de pagamentos em criptomoeda.

No entanto, o número de ataques globais de ransomware caiu 20% em 2022 em relação ao ano anterior, após o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, já que os hackers desses países se concentraram no esforço militar, disse Howden.

Outra tendencia apontada no estudo é que as seguradoras também têm exigido que seus clientes aumentem a segurança para se proteger contra ataques, diminuindo os riscos e incentivando os subscritores a entrar no mercado, após um período de nervosismo.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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