MAPFRE quer corretores para vender seguro rural

Com potencial de crescimento em 2023 e posicionado como um dos motores mais dinâmicos da economia brasileira, o agronegócio aumenta o interesse por seguros

Se há um segmento de seguros que está no radar das principais companhias do Brasil é o agronegócio  – mesmo sendo o campeão de pagamentos de indenizações em 2022. Até novembro do ano passado, as vendas dos seguros rurais totalizaram R$ 12,7 bilhões, e os pagamentos de indenizações R$ 10,3 bilhões, o que representou alta de 35% e 43%, respectivamente, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados). “Foi o maior volume de indenizações já pago no Brasil”, destaca Raphael Bauer, diretor geral comercial da MAPFRE Brasil.


“O agronegócio, por ser um setor que representa quase 27% da economia em 2022 e o que mais mostra potencial de crescimento neste ano com estimativa de crescimento de 8%, segundo a Instituto Brasileiro de Economia da FVG, atrai interessados em atuar em seguros. A questão é que somente quem realmente tem experiência em operar em um nicho extremamente exposto às intempéries da natureza, se mantém. E nós temos essa expertise. O grupo MAPFRE (Mutualidad de la Agrupación de Proprietarios de Fincas Rusticas de España) começou a própria história com o agronegócio como um grupo de proprietários de Fazendas agrícolas para se uniram para proteger com seguro os trabalhadores e, hoje, a maior parte do resultado no Brasil vem do rural”, informa Bauer, que também destaca que a Brasil é 2ª a maior operação do mundo entre todos os países em que a MAPFRE atua.

Tradição e expertise no seguro rural

Hoje, a MAPFRE é a segunda maior seguradora do segmento rural em prêmios emitidos no Brasil. No ano passado, de janeiro a novembro, o grupo espanhol arrecadou a expressiva marca de R$ 1,1 bilhão, valor que superou os R$714,6 milhões registrados no ano anterior durante o mesmo período. Em um ano complicado e com dificuldade, a empresa pagou aproximadamenteR$ 1 bilhão em indenizações, o que representou um índice de sinistralidade (receitas x pagamentos) de 104,7%. Algumas companhias ultrapassaram 200%, segundo dados da Susep. “Devido a maior seca da história dos últimos 100 anos no Brasil, o rural foi o segmento que atuamos com maior perda no primeiro semestre, mas também proporcionou o nosso maior lucro no segundo semestre. Isso mostra que sabemos administrar a volatilidade de uma carteira complexa como essa justamente por sermos especialistas no assunto”. 


Bauer, que completou 1 ano de retorno ao Brasil após passagens pela Espanha e pelo Equador, está otimista com 2023. “Há muita demanda pelo seguro rural. Em 2022, o pedido de subsídio ao governo foi de R$ 2 bilhões, mas apenas R$ 1 bilhão foi concedido. Mesmo sem a concessão do subsídio, o produtor tem contratado o seguro. Os eventos climáticos de 2022 ajudaram a mostrar a importância de contar com um seguro que proteja as safras de eventuais problemas”, ressalta.

Especialistas técnicos e Comerciais em agronegócios, produto, e capacidade são três vertentes para o crescimento. Além de tornar a venda simples por meio da nova plataforma digital, a MAPFRE consegue uma boa colocação de resseguro, o seguro da seguradora. “Ter capacidade de resseguro é vital para o seguro. Enquanto muitos concorrentes estão com dificuldades em negociar o resseguro, nós temos o apoio da MAPFRE Re. Esse fator, aliado a possuir produtos para proteger mais de 70 culturas, o patrimônio, maquinário, a propriedade e as vidas dos agricultores nos ajuda a incrementar as vendas e atrair corretores que ainda não comercializam os nossos produtos. A consequência disso é a expansão da  carteira. Com investimentos na contratação de um Head Comercial de Agro nacional em 2023 e reforço da equipe técnica,  confiamos crescer pelo menos 30% em 2023”, conta.

A importância do corretor de seguros

Diante de um cenário de forte demanda, a MAPFRE quer despertar a atenção dos corretores de seguros para este nicho e treiná-los. “Crescemos 40% em vendas nos 11 meses de 2022 comparados com o mesmo período de 2021. O canal corretor avançou 85% em relação às vendas de seguro agrícola e quase 60% em Patrimonial Rural. Atualmente, contamos com 17 mil corretores parceiros e  queremos que este canal avance ainda mais para estarmos cada vez mais próximos dos produtores conscientes da importância de ter proteção para as safras. A estratégia é certa: a MAPFRE quer corretores para vender seguro rural”, comenta Bauer.

Aliada à estrutura diferenciada para atender corretores de seguros especializados em agronegócios, a MAPFRE também montou uma grade de treinamentos para que corretores de outros segmentos possam passar a atuar nesse crescente segmento. “Temos profissionais especializados neste nicho prontos para capacitar quem queira ampliar e diversificar a carteira de negócios. O agronegócio é um ramo de extrema importância e muito estratégico para nós como grupo. Tenho certeza de que estamos no caminho certo para conectar o corretor com produtores rurais e multiplicar oportunidades”, garante o diretor geral comercial da MAPFRE.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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