Série: O que esperar de 2021 – Luiz Fernando Butori, diretor do Itaú Unibanco

A série “O que esperar de 2021”, visa trazer um pouco de luz sobre as incertezas do próximo ano. Nesta edição, Luiz Fernando Butori, diretor do Itaú Unibanco, fala um pouco sobre suas expectativas. Leia abaixo:

Como descreve o ano de 2020?

O ano de 2020 é muito delicado pela pandemia e pelas vidas perdidas, especialmente para nós que vivemos o Mercado de Seguros e oferecemos proteção aos nossos clientes. Assim como outras grandes seguradoras do país, a Itaú Seguros adotou medidas importantes: garantimos que famílias não ficassem desamparadas financeiramente (abriu mão da cláusula de exclusão por pandemia) e também incentivamos os profissionais da saúde. Com isso, vimos os nossos sinistros crescerem em 2020 devido a pandemia, o que reforça o nosso valor social como business de seguros e o valor das nossas ações para as famílias. Com relação a Resultados, o business segue muito sólido. Embora as vendas tenham sido afetadas no cenário de pandemia, nosso Lucro Líquido de Operações Recorrentes segue crescendo acima dos dois dígitos (9M20 vs. 9M19 / 2019 vs. 2018)

Qual o impacto da pandemia na empresa?

Colocamos todos os nossos colaboradores sob trabalho remoto, auxiliando na equipagem de suas casas e preservando vidas. No início, a crise nos trouxe uma sensação de isolamento e muitos desafios, mas tivemos aprendizados importantes para o futuro. O trabalho remoto se tornou uma realidade e conseguimos nos manter unidos e produtivos

Quais as áreas mais afetadas?

As áreas de Sinistros e Finanças foram parceiros muito importantes na tomada de decisão e posicionamento da Itaú Seguros. Mas podemos ressaltar também nossa equipe comercial, e as áreas de produtos e negócios além das demais áreas internas da Itaú Corretora de Seguros que tem como foco sempre a centralidade no cliente. De uma forma geral, todos participaram das ações em benefício as família.

O que mudou na forma de se relacionar com o consumidor?

Por meio de nossos Corretores de Seguros, de forma remota, mantivemos contato com os clientes para negociar ou readequar a sua proteção. Temos o desafio de proteger o cliente sempre, e impedir que a falta de liquidez se traduza em falta de proteção. Como foco em Assessoria, entendemos que o momento de vida das pessoas é de maior risco dada a pandemia. Nos últimos anos, vimos Seguros de Pessoas ultrapassarem o Mercado de Seguro de Automóvel. Dada a pandemia, vemos um maior apelo aos produtos que protegem a vida e a residência. Além disso, temos a queda nos sinistros do Mercado de Automóveis por menor circulação. Essas tendências podem seguir no futuro sob um ambiente de trabalho mais remoto e nova sensação de risco/planejament

Quais as tendências da empresa e do setor para 2021?

Nossa expectativa é de aumento da procura por seguros de Vida, dada a crise pandêmica que agravou a sensação de risco das pessoas. O movimento contempla também as empresas, através da conscientização da importância de resguardar a vida de seus colaboradores. Mudanças estruturais que impactaram o desejo do consumidor e automaticamente o potencial deste mercado, nos últimos anos, como o aumento da expectativa de vida, fazem com que os consumidores se preocupem cada vez mais com o seu planejamento financeiro, o que consequentemente aumenta a procura pelos seguros de pessoas. Outro fator, particular ao cenário brasileiro, é a reforma da previdência pública, que trouxe à tona a discussão sobre a necessidade de planejamento financeiro. Por fim, a crise pandêmica atual aumentou a sensação de riscos das pessoas, que estão mais sensibilizadas com a proteção da sua vida e de seu patrimônio, além de ter reforçado a função social da indústria de seguros, que inclusive abriu mão de seu resultado operacional, não exercendo as cláusulas de exclusão por pandemia.

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Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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