UBS eleva em 50% estimativa de perdas do mercado segurador mundial

Incerteza quanto a obrigatoriedade de pagamentos de lucros cessantes pela pandemia, o que não está coberto na apólice empresarial, assusta a todos

Fonte: Artemis

Os analistas do banco de investimentos UBS elevaram em 50% a estimativa para a eventual perda da indústria de seguros e resseguros pela pandemia do Covid-19, para US$ 60 bilhões. O valor ainda está abaixo do limite máximo de outras estimativas, como dos analistas especializados em mercado de capitais e resseguros da Dowling & Partners. Segundo eles, a perda para a indústria em seguros gerais (ou Property and casuality – P&C) por reclamações relacionadas à pandemia podem variar de US$ 40 bilhões a US$ 80 bilhões.

Inicialmente, o UBS havia projetado perda para toda a indústria entre US$ 22 e US$ 42 bilhões. Agora, no entanto, os analistas entendem que as reclamações por interrupção de negócios serão mais um dos problemas para serem enfrentados fora dos Estados Unidos, o que os levou a aumentar as estimativas de perdas de US$ 5 bilhões a US$ 15 bilhões para US$ 7 bilhões e US$ 22 bilhões. Além disso, os analistas prognosticaram entre US$ 8 bilhões e US$ 16 bilhões em perdas de seguros de crédito, em grande parte recaindo nas empresas de resseguros.

O UBS havia se centrado na perda por lucro cessante fora dos EUA como fator chave para o aumento de sua estimativa. Isso porque há um entendimento de que existem regiões na Europa e em outros países onde a cobertura não está bem redigida e as exclusões são consideradas insuficientes, o que poderia gerar mais reclamações às seguradoras e, em última instância, ao capital de resseguro.

Os valores parecem razoáveis pelos seguradores. Para que o custo da indústria aumente muito mais do que esses números terá que acontecer algum tipo de esforço legal nos Estados Unidos para forçar o pagamento de interrupção de negócios em apólices de riscos de incêndio, que nao prevê este tipo de cobertura. Se isso acontecer, o número da perda da indústria chegaria à marca de US$ 100 bilhões, sugerem algumas fontes. Mas isso continua sendo uma possibilidade extrema no momento.

MAG Seguros traz novidades em live realizada hoje

Evento virtual contou com a participação de Michel Teló

A MAG Seguros realizou, na manhã desta quinta-feira, webinar voltado para corretores. Na ocasião, executivos da seguradora apresentaram novidades em relação ao portfólio da companhia, além da participação de profissionais de mercado, que trouxeram uma visão sobre a atividade dos corretores no período da quarentena. O evento virtual contou também com a participação do cantor Michel Teló. 

“A nossa ferramenta de Venda Digital já estava pronta e já tinha ampla utilização. Em março, desenvolvemos um treinamento específico para dar suporte a todos os corretores para o desenvolvimento desta nova habilidade de vender remotamente, além de compartilharmos boas práticas”, explicou Marcio Batistuti, diretor de Varejo da MAG Seguros. 

O diretor Corporate da companhia, Luis Felipe Maciel, ressaltou algumas novidades que a companhia lançou nos últimos dias, como os produtos como o Diária de Incapacidade Temporária por Acidente, AP Majorada sem alteração de preço e contratação facilitada dos seguros Vida Inteira e Vida Inteira Premiada para cônjuges de clientes 

“Enquanto muitas companhias reduziram as suas ações, aqui na MAG Seguros nós mantivemos o nosso planejamento e conseguimos, inclusive, antecipar algumas novidades de produtos”, comenta Maciel. 

Uma destas novidades é o lançamento da Linha Vida Toda Bem-Estar, que passa a ser comercializada pela MAG Seguros a partir desta segunda-feira, 11 de maio. “A iniciativa é pioneira no mercado e tem como objetivo contribuir com o planejamento financeiro dos segurados em caso de problemas com a saúde juntamente com o acesso a uma série de benefícios e serviços voltados para o cuidado cotidiano com a saúde”, explica Leonardo Lourenço, diretor de Serviços de Marketing da MAG Seguros. 

A sócia proprietária da ID Financial, Erika Crivellari, e a corretora parceira da MAG Seguros, Naíma Marinari, compartilharam as suas experiências na oferta de seguro de vida durante este período de quarentena. As duas profissionais reforçaram o aumento da produtividade e da otimização de tempo a partir da realização de venda remota. 

Ao final do webinar, o CEO da MAG Seguros, Helder Molina, falou sobre os resultados positivos da companhia no primeiro quadrimestre do ano e conversou com o cantor Michel Teló sobre a adaptação à nova rotina. 

Linha Vida Toda Bem-Estar: saiba mais sobre este lançamento 

Queda do número de brasileiros com planos de saúde ano a ano; o colapso no sistema público de saúde, que não consegue recursos o suficiente para manter a alta demanda de procedimentos como consultas, internações e cirurgias; além do positivo fenômeno da longevidade o qual o Brasil vivencia atualmente. 

É neste cenário que a MAG Seguros, seguradora especializada em seguro de vida e previdência com 185 anos de atuação no Brasil, lança a Linha Vida Toda Bem-Estar, que oferece aos segurados proteção e um amplo e inovador pacote de assistência no mercado de seguro de vida. 

A Assistência Bem-Estar permite o acesso a serviços como telemedicina (atendimento médico por vídeo) e consultas com profissionais como psicólogos, assistentes sociais, educadores físicos e nutricionistas por telefone. 

Outros benefícios são desconto em medicamento e em consultas ou exames, juntamente com um dos três módulos de proteção para Doenças Graves da MAG Seguros. Tudo poderá ser realizado e agendado de forma 100% digital. 

“Por meio desta linha de produto nos posicionamos no mercado ainda mais como uma seguradora que tem a longevidade como causa. Com a Linha Vida Toda Bem-Estar, oferecemos soluções para os aspectos financeiros, como também com serviços que vão ajudar o nosso cliente a cuidar da saúde no dia a dia”, finaliza Nuno Pedro David, ChiefMarketing Officer da MAG Seguros. 

Susep consegue mais uma vitória para manter recadastramento de corretor

Depois da Justiça de Tocantins negar a liminar do Sincor regional, agora a Justiça do RJ negou liminar para suspensão do cadastro de corretores. 18.370 profissionais já fizeram registro

Depois da Justiça de Tocantins ter negado liminar contra o sistema de recadastramento de corretores implantado pela Susep, agora foi a vez da Justiça Federal do Rio de Janeiro negar o mesmo pedido. Na decisão, o Juiz ressaltou que “acerca da alegação do requerente, de a data limite para os corretores efetuarem o seu recadastramento ser desarrazoada, face a pandemia que acomete a sociedade, o recadastramento é feito eletronicamente, através do referido sistema digital da Requerida, que, aparentemente, é simples e célere. O prazo restante de mais de 70 dias para que os interessados efetuem o seu cadastramento parece ser absolutamente razoável.”… “De resto, se a situação for de um sistema tão inútil e inseguro, como afirma a parte autora, a SUSEP certamente trabalhará para a correção de tais falhas.”

Realizado em plataforma exclusiva, o cadastro online e gratuito é feito por meio do novo sistema de registro de corretores, implementado pela Susep no dia 22 de abril. Neste período, 18.370 profissionais já se cadastraram na plataforma, garantindo o exercício pleno e regular da profissão.

O recadastramento poderá ser realizado até o dia 31 de julho. O registro para o exercício da atividade de corretor de seguros voltou a ser obrigatório com a revogação da MP 905/2019. Para garantir agilidade e eficiência no processo para a categoria neste momento, a Susep inovou com a plataforma digital.

Acesse a decisão proferida pelo juiz titular da Quinta Vara Federal do Rio de Janeiro. (http://www.susep.gov.br/setores-susep/noticias/ACP%205026469-28.2020.4.02.5101%20-%20decisa303o%20liminar%20SINDICATO%20DOS%20CORRETORES%20-%20RJ%207-5-2020.pdf/at_download/file)

AIG apresenta AIG Lab, sua plataforma de treinamentos a corretores

Neste ano, cerca de 1.400 corretores participaram de encontros virtuais promovidos pelo AIG Lab para atualização sobre seguros e negócios

Fonte: AIG

A partir deste ano, os treinamentos e workshops presenciais e online promovidos pelos especialistas da AIG Seguros estarão sob a plataforma AIG Lab, uma central de compartilhamento de ideias, negócios e iniciativas aos corretores. Ao reunir os cursos sobre gestão de riscos, seguros e sinistros oferecidos pelos profissionais AIG e convidados, a AIG passa a compor um repositório de conteúdo que estará disponível para posterior acesso e consulta, como incentivo à constante capacitação de seus corretores parceiros. 

“O AIG LAB é uma resposta e um posicionamento da AIG para o mercado, que nos percebe como referência em conhecimento e experiência técnica em seguros e gestão des riscos. Só nos dois últimos anos, ultrapassamos a marca de 200 treinamentos presenciais em diferentes regiões do Brasil e também online, com mais de 3.000 pessoas presentes. Agora, com o selo AIG Lab, teremos um formato mais dinâmico, com agenda de encontros, compartilhamento de conteúdo e certificados de participação, para que nossos parceiros de negócios possam ser cada vez mais reconhecidos e valorizados por seus clientes”, explica Rodrigo Valadares, Gerente de Corretores Nacionais da AIG. 

Neste ano, desde fevereiro, os treinamentos AIG já reuniram cerca de 1.400 corretores, entre workshops na sede da AIG em São Paulo e também via webinares virtuais. “Iniciamos o ano com uma atualização sobre o Seguro de Produtos Contaminados e, mais recentemente, já no AIG LAB, temos realizado encontros virtuais sobre os mais variados temas no setor de seguros: de riscos cibernéticos a danos no setor de transporte e responsabilidade civil”, completa Valadares. 

Novo episódio do ConTa Tudo SulAmérica fala sobre a nova etapa da negociação de auto

O foco agora é a nova etapa da negociação da operação de Auto e Massificados

No quarto episódio do ConTa Tudo SulAmérica, lançado quarta-feira (6/5), o programa criado pela seguradora para interagir com corretores de seguros e discutir diferentes temas conta com André Lauzana, vice-presidente Comercial e Marketing da SulAmérica, e Eduardo Dal Ri, head da SulAmérica Auto e Massificados. A conversa, moderada pelo corretor Boris Ber, gira em torno das ações que estão sendo executadas neste momento no plano de transição da operação de Auto e Massificados, negociada em agosto do ano passado com a Allianz. 

Separação da empresa: dos negócios de Auto e Massificados em relação a demais ramos. E que este processo faz parte do acordo que foi estabelecido com a Allianz durante a negociação. 

Cumprindo o pacto de transparência sinalizado desde o anúncio da negociação, o episódio conta detalhes sobre a fase de separação dos times e da empresa de Auto e Massificados, que desde 1º de maio opera de forma independente das outras operações da SulAmérica, mas ainda sob gestão do Grupo SulAmérica – a gestão só passa para Allianz na conclusão do negócio, previsto para agosto deste ano. “O planejamento deste projeto de transição foi elaborado com muito cuidado para que tudo ocorresse de forma suave, sem grandes rupturas. A separação dos times comerciais, por exemplo, foi estruturada com muito cuidado e temos duas equipes extremamente competentes e experientes”, diz André Lauzana. “Estou muito confiante com este passo que estamos dando, pois o ‘jeito SulAmérica de fazer’ foi preservado, tudo permanecerá sendo feito exatamente igual”, garante Dal Ri. 

Neste episódio, Lauzana e Dal Ri ainda dão todas as informações de como ficaram as estruturas de atendimento, uma das principais dúvidas entre os corretores. “A boa notícia é que 100% dos colaboradores da área comercial foram alocados e ainda contratamos 100 novos profissionais”, destaca Lauzana. 

Mercado de Seguros será severamente impactado pela COVID-19

webinar cnseg

A previsão é de que sairá mais coeso e com produtos inovadores

O setor de seguros será muito afetado pelas consequências da pandemia do novo coronavírus neste ano de 2020, e também em 2021, mas as perspectivas  são de gradual retomada, com o fortalecimento de sua credibilidade e de suas condições de atendimento à população. O desempenho resiliente das seguradoras brasileiras nada fica a dever ao de outros países, mostrando o alto padrão de eficiência que alcançaram, ao colocar rapidamente a imensa maioria de funcionários em regime de home office, com assistência remota e tecnologia para manter o atendimento a todos os clientes. O futuro ainda guarda muitas incógnitas, mas uma coisa é certa: todos sairão mais digitais, criativos e com produtos desenvolvidos para atender a antigas e novas demandas dos consumidores na era pós-COVID-19.

Essas foram as principais mensagens transmitidas durante o webinar “Pandemia e o Mercado de Seguros no Mundo”, realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Participaram, coordenando o debate, o Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, e os CEOs de três grandes seguradoras multinacionais: Edson Franco, da Zurich Minas Brasil Seguros; José Ferrara, da Tokio Marine Seguradora e Luis Gutiérrez, da Mapfre Seguros. Os quatro executivos integram o Conselho Diretor da CNseg.

“O nosso setor segurador será duramente afetado por esta crise epidemiológica e econômica. Assim como os mercados de seguros do mundo todo. O ponto de partida aqui do nosso webinar é exatamente mostrar que os seguros não são uma ‘jabuticaba’ brasileira. Ao contrário, os fundamentos são os mesmos, globalmente. E todos os países estão sendo afetados da mesma maneira, defendendo os mesmos conceitos e buscando soluções semelhantes. O que varia é a estrutura e funcionamento e o grau de maturidade dos seguros em cada país.” Essa foi a síntese da abertura de Marcio Coriolano no encontro que contou com a participação remota de mais de 1.100 pessoas.

A ideia dos debatedores foi trazer aos mais de mil participantes sobre como outros países estão lidando com a situação. “Os fundamentos do setor de seguros são universais e isso é importante para que possamos observar e trocar experiências para enfrentar essa ameaça mundial absolutamente imprevista”, afirmou Coriolano. 

A Global Federation of Insurance Associations (GFIA), uma organização mundial que reúne as seguradoras, foi citada pelo Presidente da CNseg pela publicação de uma declaração na qual afirma que a indústria de seguros global a principal força estabilizadora que o mundo tem hoje, ao repor financeiramente perdas seguradas. O órgão multinacional também reforçou que em face à pandemia, todos os seguradores implementaram planos de continuidade de negócios, que incluem cuidar dos funcionários, colocando todos em teletrabalho; garantir atendimento aos clientes e flexibilizar indenizações nos seguros de vida, mesmo com exclusão de pandemias; até disponibilizar um elevado volume financeiro para doações dedicadas a ajudar a conter a COVID-19. 

Marcio Coriolano também comentou que a GFIA admite flexibilização de coberturas, mas sem abrir mão do fundamento universal das exclusões de pandemias, sem o que as representadas poderiam simplesmente falir. Aproveitou para citar o posicionamento da Association of British Insurance (ABI), a CNseg britânica, que reforça a urgência de defesa da  solvência dos mercados. “A ABI esclarece que nenhum país é capaz de oferecer cobertura total para todo mundo e que o envolvimento dos governos neste momento tem de ser ativo, como temos observado aqui com o executivo federal garantindo liquidez para os mercados, renda para os pobres e empréstimos para a recuperação de empresas. Com o nosso setor não pode ser diferente”, esclareceu. 

A primeira lição que fica, segundo Edson Franco, da Zurich, é que não é hora de negacionismo ou minimização do problema. “O momento é de uma crise sem precedentes. As consequências econômicas, com recessão e desemprego recorde, afetam a todos. E todos sabemos que é uma crise que não estará contida dentro de 2020. Vai se arrastar para 2021. Na comparação com outros países percebemos que não somos tão diferentes assim. A resposta demanda ações de governos, empresas e individuais. Nossa responsabilidade social é importante e vemos isso em todo o setor nas centenas de ações divulgadas. As empresas devem dar sim a sua contribuição e nós como indivíduos podemos contribuir de forma material, financeira e de respeito ao próximo. A história é uma ótima professora. Já o pânico, um péssimo conselheiro. ” 

Segundo Luis Gutiérrez, da Mapfre, nos vários mercados onde o grupo atua, seguradoras, corretores e prestadores de serviços dão uma resposta muito positiva desde o início da crise. “Ninguém estava pronto para uma situação que afeta todos os países e todos os setores econômicos. Os governos divulgam medidas financeiras para apoiar a sociedade. Na Espanha sofremos muito com tantas mortes e por isso sentimos a obrigação de flexibilizar o pagamento do seguro de vida, mesmo com a exclusão nas apólices. Todos adotam flexibilizações. O Brasil está sofrendo os mesmos efeitos e adota as mesmas ações de outros países.”  

José Ferrara resumiu a atuação do grupo Tokio, que atua em 46 países do mundo. “Todos os países asiáticos estão fechados, com exceção da China que retoma as atividades desde meados de abril, mas mesmo assim preserva os grupos de riscos. Todos atuam com horário flexível para garantir o distanciamento social de dois metros entre as pessoas”. Ele contou também que a matriz da empresa anunciou dia 4 de maio um fundo mundial para ajudar todos os países onde a Tokio Marine tem presença. O volume de ajuda que o grupo local tiver possibilidade de oferecer à sociedade, a matriz colocará 50% mais. “Tenho certeza de que é um bom funding para todos os países em que opera.”

Sobre a inserção do País no contexto internacional, Ferrara foi enfático: “No Brasil, a indústria securitária não deve nada para a indústria bancária. Todos nós conseguimos colocar todos os funcionários em home office. Tudo funcionando bem. Não só as seguradoras. Os corretores também conseguem operar em home office com as ferramentas que as seguradoras colocaram à disposição deles. Uma mudança de comportamento. Se os corretores pensavam que a tecnologia iria substitui-los agora eles sabem que veio mesmo foi para ajudar todos nós a vendermos mais.”

De acordo com os estudos locais e internacionais, o seguro não vive se não houver previsibilidade. “Todos os países visam preservar as cláusulas, a despeito de soluções flexíveis que têm sido adotadas como foi no seguro de vida. Nenhum país pode sair rasgando contratos, pois isso pode afetar a solvência das empresas”, voltou a afirmar Marcio Coriolano. 

Todos foram unânimes em lembrar que em menos de uma semana o setor de seguros estava operando em home office, sem qualquer prejuízo para funcionários e consumidores. Isso demostra o quão preparada a indústria de seguros está. 

Essas primeiras abordagens, foram sucedidas de questões endereçadas aos convidados por Marcio Coriolano, que agrupou os temas mais frequentemente colocados pelo público para as perspectivas pós-COVID: o crescimento do mercado, o novo consumidor, os novos produtos e o papel do corretor de seguros.

Qual será o crescimento de mercado? 

Eis a pergunta mais frequente no webinar. José Ferrara espera uma queda entre 5% e 10% nas vendas da companhia em 2020, com retomada significativa já em 2012. “Em automóvel há uma queda natural por conta das vendas de carros novas, com recuo de 70% segundo dados da indústria automobilística. O que se vende neste ano são caminhões, tratores e equipamentos agrícolas. Mas todos sabem que o mercado de veículos leves tem tudo para se recuperar. Com certeza, o Brasil vai ser a bola da vez, e sair de 6% para 12% na penetração de seguros no PIB”, afirmou.  

Luis Gutiérrez afirmou ser muito difícil saber. “Vai depender do impacto do confinamento. Qual vai ser a evolução do seguro do jeito que conhecemos? Quais as oportunidades de um mercado emergente, levando-se em consideração que há um grande núcleo da população que não tem acesso. O brasileiro está mais disposto a escutar sobre seguro. Mas tem de ter uma oferta ativa. Venda consultiva, que análise as necessidades do cliente e não oferte o produto que tem pronto. É preciso questionar: o consumidor precisa disso? Escutemos os clientes para saber quais são as suas demandas. Temos de pensar que o mundo está mudando. E precisamos mudar junto para crescer”. 

Edson Franco também afirmou ser muito difícil saber qual será o percentual de queda nas vendas em 2020. “Não sabemos a extensão, a duração da quarentena, ou se teremos agravamento de lockdown. Naturalmente, hoje todos nós estamos fazendo as nossas projeções e dependendo do mix de cada seguradora o impacto será diferente. O efeito em resultado acaba sendo amortecido, mas tende a durar mais tempo. Nos cabe ser realistas no planeamento e otimistas na execução. Vamos nos planejar para diferentes cenários”. 

Marcio Coriolano lembrou que no ano passado o setor avançou 12,2% em termos nominais, o que significa e 8,7% em termos reais. “A maioria dos setores econômicos não conseguiu isso”, ressaltou. Em fevereiro deste ano, na analise de doze meses, o setor cresceu 12,7%. “É certo que a partir do segundo semestre veremos uma outra tendência. Mas o setor vai ter o benefício do carregamento de contratos feitos no ano passado, o que vai nos ajudar a ter um bom desempenho no primeiro semestre. Mas o segundo semestre é a grande incógnita, pois ainda não sabemos o tamanho da queda da produção, emprego e renda, que são os combustíveis dos seguros, nem quanto tempo vai durar o distanciamento”, comentou.

Como será esse novo consumidor? 

Todos se perguntam que mudanças de comportamento dos consumidores vão ser permanentes. “Demos um salto de digitalização. Vemos um Congresso Nacional e um Supremo Tribunal Federal tomando suas decisões por meio de videoconferência. Houve uma quebra de paradigmas. Isso vai nos levar a uma sociedade sem dinheiro em papel? As empresas vão usar menos metros quadrados para seus escritórios uma vez que o trabalho remoto é realidade? As pessoas vão preferir comprar produtos no e-commerce do que sair para ir passear nas lojas? Todos vão reinventar negócios ou voltarão aos hábitos antes da pandemia? Essas são respostas que ainda não tempos. Mas sabemos que temos de nos preparar para sermos mais competitivos”, disse Franco.

Quais os principais produtos demandados por este consumidor? 

Esta resposta ainda também é incerta, mas o que se sabe, pelas pesquisas já divulgadas, é que seguros de vida e de saúde seguirão na lista de desejos. Certamente também haverá demanda para os riscos excluídos. Todos os participantes afirmaram que há muitas oportunidades em termos de produtos, uma vez que a pandemia expôs à sociedade que o mundo tem muitos riscos. Os conhecidos, como danos causados pela natureza, e os desconhecidos como ataques cibernéticos e pandemias. “Temos de juntos discutir novos produtos para atender riscos gravosos, uma demanda que já vinha antes da pandemia. E agora com pandemia, quais produtos podemos ofertar. Devemos pensar nisso já”, disse Ferrara. Gutiérrez acrescentou: “Temos de agir. Colocar em prática esses produtos que serão demandados. E ninguém melhor do que o corretor para nos trazer quais são esses riscos que seus clientes estão preocupados ou expostos”. 

Qual o papel do corretor, se realmente houver um novo mundo?

Digitalização não é desintermediação, afirmou Franco. Só quem está no dia a dia, ao lado do cliente para saber quais os riscos mais os aflige. “O que temos é uma venda mais consultiva. O corretor é um consultor de riscos para seus clientes. Essa é a mudança. E a ferramenta tecnológica é fundamental neste cenário”, disse Franco. Nenhum dos participantes do debate acredita na desintermediação e sim na profissionalização e num processo mais digital. 

Gutiérrez acrescentou: “Chega de pensar e falar, vamos fazer. Somos capazes de fazer juntos. Não existe um mercado para seguradoras, para corretoras. Dependemos todos uns dos outros. Temos de agir. Colocar em prática produtos que serão demandados. E ninguém melhor do que o corretor para nos trazer quais são esses riscos que seus clientes estão preocupados ou expostos. Temos de estar em todas as frentes que os consumidores exigirem, seja analógica ou digital. Juntos estamos construindo um setor cada dia melhor”. 

Marcio Coriolano encerrou o debate, que se estendeu por quase 1 hora e 15 minutos dado a importância do tema e das perguntas. Ao agradecer aos convidados e público que assistiu, emendou: “Sou um apaixonado pelo mercado de seguros. Tenho confiança de estar num setor que continua sendo construído com dedicação e competência. Tenho muito orgulho do nível de qualificação que o setor chegou nos dias de hoje. Entrou nesta crise já tendo enfrentado a recessão recente e sabendo que o ‘mimimi’ acabou. O consumidor está empoderado  e mais consciente de sua posição privilegiada no mercado, e os corretores estão fortalecidos pela sua luta e ação dos últimos anos para enfrentar este novo cenário desafiador”. 

O vídeo do webinar já está disponível em: https://youtu.be/6V2Y3BDXmeU

Liberty Seguros anuncia novidades nos produtos da sua marca Aliro Seguro

Com as mudanças, os produtos ficam ainda mais completos sem perder acessibilidade

Fonte: Liberty

A Liberty Seguros acaba de anunciar novidades nos produtos da Aliro Seguro, marca da seguradora com foco em clientes que buscam seguros mais simplificados e acessíveis, sem abrir mão da qualidade. Criada em 2017, a Aliro é fruto do trabalho colaborativo entre a companhia e seus corretores parceiros e oferece dois tipos de produto: Aliro Seguro Auto P e o Aliro Seguro Auto M -, que recentemente ganharam melhorias. 

Dentre elas, o destaque fica com a indenização integral de até 100% da tabela FIPE em casos de roubo e furto e as condições de pagamento mais flexíveis, como a possibilidade de parcelamento em até 12 vezes sem juros, débito em conta e cartão de crédito, que passam a ser oferecidas no Aliro Seguro Auto P.

Outra novidade é o novo pacote de assistências G, disponível para o Aliro Seguro Auto P e M, que inclui um maior limite de quilometragem para reboque ou recolha, de 400 km após panes e 500 km após sinistros.

Essas melhorias, além de tornar os produtos da Aliro Seguro ainda mais completos, também trazem uma oportunidade de ampliação de oferta para os corretores parceiros, que podem expandir para novos públicos – como taxistas, motoristas de aplicativos e de moradores de regiões metropolitanas.

“Com essas mudanças, queremos oferecer opções ainda mais completas e acessíveis principalmente para os consumidores que procuram formas de proteção alternativas aos seguros tradicionais, para que tenham toda confiança e qualidade de uma seguradora, porém, com valores mais atrativos”, afirma Paulo Umeki, Vice Presidente de Produtos da Liberty Seguros.

Tractable fecha parceria com Tokio Marine para regulação de sinistro auto com AI

Fonte: Release

A Tokio Marine no Japão irá utilizar uma solução de IA para processar danos em automóveis em todas as suas operações de seguros no Japão, acelerando a rapidez com que os sinistros podem ser processados para os segurados, segundo nota divulgada à imprensa. Procurada no Brasil para saber se a tecnologia seria implementada também no país, o grupo não respondeu ao pedido de entrevista até a publicação deste post.

A solução de IA, criada pela empresa de tecnologia Tractable, utiliza a visão por computador para analisar fotografias de danos em veículos, compreendendo o seu significado como um humano faria, quase em tempo real. A Tokio Marine vai utilizar a IA para avaliar a ampla diversidade de decisões de reparação disponíveis, incluindo operações de reparação, pintura e esbatimento recomendadas, bem como as horas de mão de obra necessárias. 

Utilizar a IA desta forma pode agilizar a análise remota de sinistros de dias para minutos, acabando com ineficiências do processo, ajudando as seguradoras e os reparadores a chegarem a acordo sobre reparações mais rapidamente e levando os clientes de volta à estrada mais rápido. É a primeira vez que uma das principais seguradoras japonesas implementa uma solução de IA de avaliação de danos em automóveis no processo de sinistros. 

Tokio Marine, a maior seguradora do Japão, trabalha com a Tractable desde 2018, com a ambição de melhorar as operações de peritagem que exigem avaliações visuais complexas com uma solução baseada em visão por computador. Após testes bem-sucedidos da IA, a Tokio Marine passou utilizar a tecnologia da Tractable num dos seus centros de serviços de sinistros a partir de abril de 2020, com a possibilidade de implementá-la em todo o país. 

Hidenori Kobayashi, Subdiretor-geral do Grupo Tokio Marine, afirmou: “No Japão, após um acidente, podem ser necessárias 2 a 3 semanas para determinar o valor que deve ser pago. Ao utilizar a IA líder mundial da Tractable para avaliar os danos no automóvel, esperamos encurtar consideravelmente esse tempo, consolidando a nossa posição como uma empresa orgulhosa de ser pioneira em novas tecnologias que transformam a trajetória dos sinistros para nossos clientes”. 

Perdas com Covid-19 podem chegar a US$ 80 bi, segundo relatório da Willis

Dada a escala potencial e a natureza sistêmica da perda de pandemia, as negociações sobre a necessidade de algum tipo de apoio do governo para lidar com futuros riscos de pandemia já começaram

Com agencias internacionais

A corretora Willis Towers Watson disse em um relatório de 1º de maio que as perdas dos EUA e do Reino Unido para seguradoras poderiam atingir US$ 32 bilhões em um cenário moderado e US$ 80 bilhões em um cenário grave. O Katrina custou às seguradoras e ao programa de seguro contra inundações dos EUA mais de US$ 70 bilhões em dólares de hoje, de acordo com o Insurance Information Institute.

O estudo leva em consideração diversas áreas de negócios, como interrupção de negócios nos EUA e no Reino Unido, responsabilidade civil, acidentes de trabalho, hipotecas crédito e garantia comerciais e remuneração dos trabalhadores. Um cenário “otimista” ou um retorno a um estado pré-Covid-19 após três meses de distanciamento social significaria US$ 11 bilhões em perdas seguradas. Já um cenário “moderado”, um retorno gradual após seis meses de distanciamento social, significa uma fatura de US$ 32 bilhões para as seguradoras.

O distanciamento social por um ano em um cenário “grave” – ​​um impacto na saúde que se aproxima da escala da pandemia de gripe de 1918 – significará US$ 80 bilhões em perdas seguradas pelo Covid-19, informou a corretora Willis. Um cenário de pandemia extrema pode resultar em perdas de US$ 140 bilhões. “Além de seu devastador custo humano, a pandemia de Covid-19 aumentou rapidamente a atividade econômica em todo o mundo”, comentam os autores do estudo.

Cresce número de clientes em saúde, mas futuro é preocupante, diz IESS

Jose Cechin IESS

Levantamento do IESS mostra boa performance no período de 12 meses, com 47 milhoes de beneficiários

Fonte: IESS

Em março, pela primeira vez no ano, os planos de saúde médico-hospitalares voltaram a superar a marca de 47 milhões de beneficiários em todo o País. De acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o saldo de mais de 233 mil vínculos no período entre março de 2019 e o mesmo mês deste ano fez com o que setor voltasse a ultrapassar o número, algo não registrado desde dezembro. O que representa um ligeiro aumento de 0,5% no acumulado do ano. 

José Cechin, superintendente executivo do IESS, comemora a marca, mas reforça, que o comportamento para o restante do ano ainda é difícil de ser estimado. “Claro que é uma marca relevante e ficamos felizes em saber que mais brasileiros têm alcançado o sonho de contar com plano de saúde. No entanto, devemos ter cautela com o futuro em função do impacto do novo Coronavírus na economia nacional e na oferta de empregos, que influencia diretamente na posse de um plano privado”, comenta. “Vale lembrar que a quarentena e as ações para minimizar o impacto da COVID-19 começaram em meados de março e os resultados serão registrados nas próximas análises”, alerta. 

A análise mostra que alguns indicadores econômicos já mostram que março foi um mês com os primeiros impactos econômicos da pandemia. A Pesquisa Mensal Industrial, divulgada em maio, apontou que a atividade industrial retraiu 9,1% frente a fevereiro de 2020, sendo a maior queda desde 2018. 

A boa performance ocorreu em diferentes segmentos. No período de 12 meses encerrado em março deste ano, houve incremento de beneficiários em todas as faixas etárias analisadas na publicação. O aumento continua sendo puxado pela faixa de 59 anos ou mais, que registrou crescimento de 1,8%. Entretanto, as faixas de 0 a 18 anos e de 19 a 58 anos também tiveram ligeira melhora de 0,2% e 0,3%, respectivamente. 

Além disso, nenhuma das regiões do País registrou queda no número de beneficiários de planos médico-hospitalares. Com exceção da região Sul, que permaneceu estável, todas as demais tiveram avanço. O destaque fica para o Centro-Oeste, com 1,8% de aumento, o que representa um total de 57,5 mil novos vínculos. Em números absolutos, a região Sudeste teve a melhor performance, com 141,6 mil beneficiários, crescimento de 0,5%. A região Norte ganhou 10,2 mil novos contratos, ou 0,6%, e o Nordeste registrou um leve crescimento de 0,3%, que corresponde a 19,7 mil novos vínculos. 

Segundo a publicação do IESS, o mês de março teve o melhor resultado nos últimos 12 meses, com saldo positivo de mais de 111 mil novas vidas. A boa performance se justifica pela queda no rompimento de contratos com planos de saúde no mês de março, de mais de 100 mil beneficiários em relação aos 4 meses anteriores. 

“Continuaremos atentos às mudanças no cenário brasileiro buscando auxiliar na tomada de decisão. Para superar esse delicado momento, precisaremos de um empenho conjunto da sociedade e dos setores público e privado”, conclui José Cechin.