Mudanças climáticas podem gerar litígios contra administradores, alerta Seguradora Zurich

Marck Rodrigues Zurich linhas financeiras

Fonte: Zurich

Um alerta vermelho foi dado para o planeta quando a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, no começo de abril, o mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). E este foi o mais novo fato, entre tantos outros, que contribui para crescer nas empresas o nível de preocupação com as questões que envolvem aspectos relacionados ao meio ambiente, ao social e a governança corporativa – hoje sintetizadas pela sigla ESG (ou ASG), cada vez mais essenciais nas análises de riscos.

Mas apesar de o assunto há algum tempo fazer parte da agenda de companhias de diversos portes e áreas de atuação, o que pouco se conhece é que pode haver impacto negativo para os responsáveis na tomada de decisão, se tiverem de responder, em nome das empresas que representam, em caso de descumprimento de políticas e metas estabelecidas, bem como pela falta de diligência ou preocupação com este tema. E que, caso isto ocorra, se possuírem um seguro D&O (Directors and Officers Liability Insurance) contratado, destinado a conselheiros, diretores, gestores ou administradores da empresa, a apólice poderá indenizar os custos e prejuízos financeiros relacionados aos litígios contra esses indivíduos por conta de danos relacionados a mudanças climáticas.

Quem faz esse alerta é a Seguradora Zurich, a partir da observação de que tais litígios, mais comuns nos Estados Unidos e na Europa, têm aumentado recentemente e podem atingir as companhias de diferentes formas. “Na América Latina, e no Brasil, especificamente, não são tão usuais, mas o país tem dado sinais cada vez mais significativos de que o litígio climático é uma tendência que não pode ser ignorada”, diz o superintendente de linhas financeiras da Zurich, Marck Sá.

Segundo o executivo, o escritório americano de advocacia internacional Clifford Chance define que litígios de mudança climática são aqueles que, de alguma forma, estão relacionados ao aquecimento global. E observa que eles incluem uma ampla gama de processos. “Reclamações contra Estados para aumentar as medidas de mitigação das mudanças climáticas; casos estratégicos movidos contra empresas privadas para coibir comportamentos de emissão de carbono (geralmente como ações ilícitas ou incômodas); planejamento e licenciamento de casos relativos a projetos de combustíveis fósseis; e reivindicações relacionadas à necessidade de instituições ou empresas levarem em consideração o risco das mudanças climáticas ao fazer investimentos ou divulgar o risco climático em relação a investimentos existentes são alguns exemplos”.

O executivo cita um relatório de 2021, o Global Trends in Change Litigation: 2021 snapshot, segundo o qual em todo o planeta o número acumulado de casos relacionados às mudanças climáticas mais que dobrou desde 2015: cerca de 800 casos foram arquivados entre 1986 e 2014, e 1.000 foram abertos nos últimos seis anos.

O estudo cita, ainda, o que denomina “casos estratégicos”, pois são os que consideram o uso de litígios como estratégia por ativistas que buscam aumentar a ambição em questões climáticas, bem como um número crescente de ações que buscam desafiar ou minar as questões climáticas. E ilustra com dois casos estratégicos recentes.

O primeiro de 2018, denominado “Notre Affaire à Tous e outros v. France”, também conhecido como “L’Affaire du Siècle”, foi apresentado por quatro ONGs francesas dirigidas formalmente ao Primeiro Ministro e a 12 membros do governo francês e teve apoio de mais de 2,3 milhões de membros do público que assinaram uma petição. O outro caso, de 2015, envolveu a Bélgica e ficou notório pelo nome “Affaire Climat”: cerca de 60 mil cidadãos belgas acusaram as autoridades governamentais daquele país, acusando-as de falhas ilícitas na política climática.

No Brasil, de acordo com outro escritório jurídico, o Mayer Brown, o primeiro caso desse tipo de litígio ocorreu em 2020, quando o Ministério Público de São Paulo buscou compensação por emissão de GEE de 30 empresas aéreas.

“No relatório analisado, os advogados informam que, em 2021, a Associação Brasileira dos Promotores de Justiça Ambiental se associou ao Instituto para Clima e Sociedade para promover um curso de capacitação em contencioso climático para promotores, para fins de discussão e alinhamento de estratégias de combate às mudanças climáticas no contexto brasileiro”, revela Marck Sá, que acredita que haverá aumento de litígios relacionados às mudanças climáticas no Brasil.

Mudanças climáticas são os riscos que impactam empresas e a sociedade

O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), mencionado acima, alertou que se as emissões de GEE não forem reduzidas até 2030, levanto ao aquecimento a 1,5oC, conforme previsto no Acordo de Paris, o planeta aquecerá 3,2oC. Será um ponto sem retorno para a Terra, apontam especialistas.

O Grupo Zurich, que tem a ambição de ser tornar uma das empresas mais responsáveis e de maior impacto do mundo, anunciou, no mesmo período, que antecipou em 20 anos – de 2050 para 2030 – o prazo para zerar as emissões de carbono de suas operações.

Antes disso, em janeiro, o Global Risk Report 2022, estudo mundial que o grupo segurador realiza anualmente, há 16 anos, em conjunto com as universidades de Oxford e de Singapura e a consultoria de riscos e corretora Marsh & MacLennan, já apontava que a crise climática continua sendo a maior ameaça que a humanidade enfrenta, tanto no curto, quanto no médio e longo prazos.

Todos os fatos mostram que, cada vez mais, as questões relacionadas às mudanças climáticas e o impacto que as decisões que os administradores podem ter junto às empresas às quais representam podem ter efeitos danosos aos seus stakeholders.

“Nesse cenário, faz toda a diferença para elas poder contar com uma seguradora como a Zurich que, além de dispor de um seguro D&O, ainda pode oferecer o suporte de uma equipe de Riscos de Engenharia para assisti-las: seja quando ocorre um sinistro (que é um evento que tem cobertura do seguro), seja de forma preventiva, mapeando os riscos e definindo estratégias para mitigá-los”, pontua Marck Sá.

Para o executivo, em sua atuação como consultor de riscos, o corretor de seguros pode orientar as empresas, e em especial seus administradores, a anteverem as possibilidades de responderem por litígios de mudança climáticas. “Também podem, com a ajuda da nossa área de Engenharia de Riscos, mapear as ameaças e desenhar apólices de seguro de acordo com as características e necessidades específicas”, finaliza.   

Valor do seguro de carro segue tendência de alta em julho

tex tecnologia seguro auto

Fonte: TEx

A TEx, insurtech especializada em soluções online para o mercado segurador, divulga os números de julho do IPSA – Índice de Preços do Seguro Automóvel. O estudo aponta a variação mensal dos preços do seguro auto de acordo com gênero, região, faixa etária, perfil do segurado, idade do veículo, gráfico com as variações mensais do Índice, e o Ranking do Carros mais cotados pelo TELEPORT, plataforma de gestão e MultiCálculo da TEx. Para baixar o IPSA completo acesse o link.

De acordo com o IPSA, o índice mensal de Seguro Auto segue aumentando, como nos últimos meses, chegando a 6,6% em julho, cerca de 34% a mais que o mesmo período do ano passado.

Genildo Dantas, gerente de inteligência de dados da TEx, acredita que o aumento contínuo do IPSA está terminando. “Nos últimos três meses o aumento aconteceu de forma menos intensa. Provavelmente já alcançamos o maior patamar e os preços devem reduzir nos próximos meses. Aos poucos o mercado automotivo está se reorganizando e as seguradoras se adequando ao cenário pós pandemia”, explica o executivo.

Em julho, o IPSA revela que o seguro na Região Metropolitana do Rio de Janeiro segue sendo onde o seguro é mais alto. A região foi 43,1% superior comparado à Região Metropolitana de Belém.

Capital paulista – Especificamente na cidade de São Paulo, o IPSA revela que o seguro na Zona Leste é 52% superior ao Centro. De acordo com Genildo, a região onde o Segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro. “Interfere diretamente nas taxas de roubo e furto”, explica.

Já em relação ao ranking dos carros mais cotados pelo TELEPORT, o Chevrolet Onix segue na liderança com volume total de 6,3% do volume total, seguido por Hyundai HB20 com 4,6%. Vale lembrar que o top 10 dos carros mais cotados representa 31,3% do total de automóveis cotados no mês de julho.

Corretora Vila Velha contrata Fernando Azevedo como diretor de assessorias

Vila Velha corretora

A Vila Velha Corretora de Seguros anuncia a contratação de Fernando Azevedo de Moraes como diretor no novo braço da companhia, a Vila Velha Assessoria. Com mais de 25 anos de mercado em seguradoras como Bradesco, Finasa e Sompo, Fernando será o responsável pelo gerenciamento deste novo segmento de prestação de serviços dentro do Grupo Vila Velha.

Fernando vinha administrando sua própria assessoria que passa a ser incorporada junto a Vila Velha. “Estou muito confiante nesta união de forças para proporcionar um ótimo atendimento junto aos corretores da carteira e aos novos que serão incorporados dentro da Vila Velha Assessoria” afirma o executivo.

Segundo William Alzani, da Vila Velha, este novo negócio vem de encontro a diversificação que procuramos e certamente irá agregar valor aos nossos negócios.

Icatu Vida PME e Vida Empresarial passam a contar com a plataforma de bem-estar Betterfly como assistência adicional

Luciana Bastos Icatu Seguros

Fonte: Icatu

A Icatu, seguradora brasileira especializada em Seguros de Vida, Previdência, Capitalização e Investimentos, lança a plataforma de bem-estar Betterfly como mais um benefício do Icatu Vida PME, seguro de vida voltado para pequenas e médias empresas da companhia e também no Icatu Vida Empresarial. A novidade está disponível para segurados de 18 a 75 anos, nos produtos Vida em Grupo e Acidentes Pessoais Coletivo. 

A plataforma Betterfly une bem-estar, proteção financeira e impacto social em um aplicativo exclusivo. O benefício conta ainda com um produto inédito no país, que é um seguro de vida dinâmico, desenvolvido pela Icatu. À medida que os usuários da plataforma realizam práticas saudáveis, como exercícios físicos, meditação, yoga e cursos livres, o valor do capital segurado aumenta automaticamente e também se transforma em doações sociais, como pratos de comida, água potável, plantio de árvores, entre outros. Tudo isso por meio de instituições parceiras como Ação da Cidadania, Hospital Pequeno Príncipe, Gerando Falcões, WATERisLIFE e One Tree Planted. 

“Esse benefício contribuirá para a fidelização, retenção e atração de talentos das empresas. O segmento PME no Brasil, por exemplo, representa mais de 90% dos negócios e mais de 25% do PIB nacional, de acordo com o Sebrae. Então, é de extrema relevância para ampliar e democratizar a proteção financeira aos brasileiros. Enxergamos um grande potencial no estímulo ao bem-estar, por meio do engajamento da plataforma. Muitas empresas hoje têm o desafio de entregar propósito, tranquilidade financeira e qualidade de vida para seus funcionários, então essa é uma solução interessante para as companhias que querem proteger seu capital humano”, afirma Luciana Bastos, Diretora de Produtos de Vida da Icatu. 

Benefício em destaque

A pandemia evidenciou a necessidade de proteção e de planejamento financeiro familiar, o que contribuiu não apenas para a conscientização das pessoas, mas também dos empresários em relação ao seu negócio e colaboradores. A demanda crescente das pequenas e médias empresas por produtos que agregam seguro de vida e outros benefícios levou a Icatu a realizar melhorias contínuas em seus produtos do Icatu Vida PME nos últimos anos. No primeiro semestre de 2022, a seguradora registrou 31% de crescimento no segmento. 

“Hoje, o seguro de vida ganhou destaque no pacote de benefícios das empresas e é algo valorizado pelos colaboradores. É uma forma de mostrar que o empregador se importa com os funcionários, afinal, elas são o bem mais valioso de qualquer negócio. Agora, com a plataforma Betterfly, reforçamos ainda mais esse cuidado, pois sabemos o quanto o bem-estar físico, social e financeiro refletem positivamente na vida de todos, inclusive no trabalho”, conclui Luciana. 

Wiz Conseg compra participações em corretoras de seguros dos Grupos Primavia e Le Lac

A Wiz adquiriu participação societária majoritárias nas corretoras de seguros das redes de concessionárias automotivas do Grupo Primavia e Le Lac. “Observamos oportunidades de presença, relacionamento e aumento da rentabilidade dos balcões concessionários. Especialmente a partir dos seguros auto e prestamista, nós levamos soluções de venda e pós-venda aos clientes das concessionárias”, comenta o diretor executivo da Wiz Conseg, Alexandre Kalache, em release.

O vínculo da Wiz Conseg com a Primavia – uma das maiores concessionárias do grupo Fiat no Brasil – teve início no ano passado, mediante implantação de sistemas e do modelo de gestão comercial da unidade de negócio em 28 pontos de vendas das concessionárias. Enquanto isso, nos últimos meses a Wiz avançou na negociação junto à corretora Trombini, do Grupo Le Lac, que dispõe de 11 concessionárias de veículos multimarcas no Paraná.

“A Wiz Conseg vem impulsionando seus resultados e expandindo sua atuação em redes de concessionárias parceiras de forma omnichannel. Essa expertise a consolida como principal player catalisador de resultados em concessionárias, seguradoras e bancos na vertical auto. Isso é motivo de grande orgulho para o conglomerado”, comenta Heverton Peixoto, CEO da Wiz.

Rodrigo Caramez é nomeado Chief Strategy Officer da Sompo Seguros

Rodrigo Caramez - SOMPO SEGUROS

Fonte: Sompo

A Sompo Seguros, subsidiária da Sompo International, empresa responsável pelas operações de seguro e resseguro do grupo Sompo Holdings fora do Japão, acaba de nomear Rodrigo Caramez como Diretor Executivo e seu novo Chief Strategy Officer (CSO). O executivo passa a ser responsável pelas áreas de Planejamento Estratégico, Inovação e Projetos e vai contribuir com sua visão comercial e estratégica estruturada para a criação e execução de planos de negócios e transformação organizacional da companhia no Brasil.  

Rodrigo Caramez, é engenheiro de telecomunicações (PUC-RJ), com especializações em Marketing (PUC-RJ), Negócios Internacionais (FIA), Gerenciamento de Riscos (IMD Business School), Liderança de Alta Performance (INSEAD) e Criação e Direção Estratégica (Harvard Business School). Atua há mais de 30 anos no setor financeiro, na gestão de negócios em bancos de varejo, corporativo e seguros. Também conta com ampla experiência internacional em funções regionais ou globais de liderança ocupadas em instituições multinacionais do setor financeiro e de seguros. Está na Sompo Seguros desde novembro de 2021 como Diretor responsável pela Sompo Saude, posição por meio da qual coordenou todo o processo de venda da operação, concluído neste ano.

Lloyd’s of London anuncia exclusão de guerra em apólices de seguro cibernético

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Fonte: Wall Street Journal

O Lloyd’s of London, maior mercado segurador do mundo, vai deixar de dar cobertura para riscos cibernéticos em caso de guerra, segundo documento, intitulado “Exclusões de ataques cibernéticos apoiados por Estado“. Segundo o Wall Street Journal, a partir de 31 de março, quando a cobertura começar ou for renovada, os sindicatos devem excluir os ataques cibernéticos apoiados pelo Estado das políticas que protegem contra danos físicos e digitais causados ​​por hacks, disse o diretor de subscrição Tony Chaudhry em um boletim datado de 16 de agosto.

A medida foi projetada para garantir que as seguradoras estejam declarando claramente o que cobrirão e o que não cobrirão, pois a capacidade de hacks apoiados pelo Estado de se espalhar e causar danos pode causar risco sistêmico no mercado de seguros, disse o aviso.

No mínimo, disse Chaudhry, as apólices devem conter cláusulas que excluam perdas decorrentes de uma guerra, declarada ou não, onde a apólice não tem uma exclusão de guerra separada. Eles também devem excluir perdas onde um ataque apoiado pelo estado tem um efeito catastrófico na nação alvo e prejudica sua capacidade de funcionar. Também deve haver um processo robusto pelo qual as partes decidam a atribuição de ataques, de acordo com o aviso.

“Cyber ​​continua sendo uma área prioritária para o Lloyd’s”, disse um representante da empresa. “A orientação de consultoria fornecida na semana passada, após consulta ao nosso mercado, é garantir que assumamos os tipos certos de risco como mercado, abordando esse campo complexo com a experiência e a diligência necessárias.”

Embora as exclusões para uma guerra declarada abertamente sejam relativamente simples, determinar a atribuição de um ataque cibernético apoiado por uma nação é repleto de dificuldades. Por exemplo, traçar uma linha entre quando um grupo criminoso está simplesmente agindo em apoio a uma nação, ou realmente operando como agente do Estado, é um desafio, disseram autoridades dos EUA anteriormente. Os corretores disseram que determinar o grau de dano causado por um ataque, que desencadearia as exclusões, é igualmente difícil.

“Para a maioria dos participantes do mercado, não se trata tanto da atividade do estado-nação, mas de quando esse nível de atividade atinge um grau de catástrofe em termos financeiros”, disse Gregory Eskins, líder de produtos cibernéticos nos EUA e Canadá na unidade de corretagem Marsh. da Marsh & McLennan Cos. “Isso é algo com o qual todos estamos lutando.”

As seguradoras vêm explorando maneiras de restringir a linguagem em suas apólices, principalmente depois que um juiz de Nova Jersey no ano passado decidiu a favor da Merck & Co. decidir que tinha direito a pagamentos de suas seguradoras após um ataque cibernético em 2017. A Merck foi afetada pelo vírus NotPetya, que, segundo ela, custou US$ 1,4 bilhão para se recuperar. As seguradoras de Property e Casulty (P&C) da empresa inicialmente negaram as reivindicações com base em exclusões de guerra. Nesse caso, o juiz disse que não era razoável esperar que a Merck soubesse que as exclusões de guerra se aplicariam a tal evento, declarando essencialmente que uma exclusão comum de atos de guerra não cobre ataques cibernéticos.

Parte do motivo pelo qual as seguradoras estão cada vez mais desconfiadas de cobrir ataques cibernéticos apoiados pelo Estado é o grande dano econômico que eles podem causar. A empresa de alimentos embalados Mondelez International Inc., que também foi vítima do NotPetya, reivindicou US$ 100 milhões em danos relacionados ao ataque, enquanto o Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha disse que o vírus WannaCry custou mais de US$ 100 milhões. O governo dos EUA atribuiu formalmente o NotPetya à Rússia e o WannaCry à Coreia do Norte. Ambas as nações negam envolvimento.

O seguro cibernético, que se tornou um mercado cada vez mais importante devido à proliferação de ataques nos últimos anos direcionados a empresas de todos os portes, vem passando por um período de reajuste nos últimos meses, pois as operadoras entendem melhor como modelar e precificar o risco que estão cobertura.

Os novos requisitos do Lloyd’s representam uma “evolução” na forma como o setor de seguros está se aproximando do ciberespaço, disse Thomas Reagan, líder de prática cibernética da Marsh nos EUA e Canadá, mas as novas estipulações também apresentam dificuldades.

“Como em todas essas coisas, até certo ponto, são dois passos à frente e um passo atrás”, disse Reagan. Embora o boletim estabeleça alguma certeza e clareza sobre o que o Lloyd’s espera, disse ele, também cria incertezas para os segurados, como como atribuir um determinado ataque cibernético.

As exclusões de guerra, em particular, têm sido um tópico de debate acirrado no setor de seguros cibernéticos há anos, mas a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro reacendeu preocupações de que um ataque cibernético significativo, como um que derruba infraestrutura crítica, poderia resultar em perdas catastróficas para as seguradoras. . A relativa juventude do mercado de seguros cibernéticos significa que há uma falta de padronização em torno de termos e cláusulas de exclusão, disse a empresa de classificação Moody’s Investors Service Inc., uma unidade da Moody’s Corp., em nota de junho.

“Nos litígios nos EUA, as seguradoras geralmente devem demonstrar que uma exclusão dentro de uma apólice de seguro se aplica ao caso. Isso coloca o ônus da prova nas seguradoras no caso de exclusão de guerra”, disseram analistas da Moody’s na nota. A Moody’s se recusou a comentar o boletim do Lloyd’s.

Embora a exigência do Lloyd’s seja significativa porque busca remover a ambiguidade sobre quando e onde as exclusões serão aplicadas às apólices, também pode prejudicar as vítimas de hackers, disse Joshua Motta, executivo-chefe da seguradora Coalition Inc., que oferece cobertura específica para cibernéticos.

“O outro significado é que os segurados podem ficar sem suporte ou serviços críticos de sua seguradora pendente de atribuição do governo”, disse ele.

A Lloyd’s Market Association – um grupo comercial para agentes de gestão ou empresas líderes de sindicatos – apresentou uma série de rascunhos de cláusulas contratuais em novembro de 2021 que excluiriam ataques cibernéticos apoiados pelo Estado da cobertura de políticas cibernéticas. O Lloyd’s disse em sua nota na terça-feira que o uso dessas cláusulas satisfaria seus requisitos.

Ministério da Agricultura atualizou Atlas do Seguro Rural

Fonte: MAPA

O Ministério da Agricultura (MAPA) disse ter atualizado o Atlas do Seguro Rural, plataforma que possibilita aos usuários acessarem informações e dados das apólices contratadas no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). O Atlas é uma plataforma de fácil manipulação que fornece acesso às informações do PSR aos pesquisadores, agentes públicos, estudantes, produtores rurais, instituições financeiras, indústria e a sociedade civil, fomentando análises e estudos que podem melhorar os produtos e serviços de seguro rural e a política agrícola do programa.

Com o aprimoramento, será possível cruzar dados de indenizações por apólice, até o ano de 2021, com todos outros parâmetros já disponíveis. O campo será mantido sem atualizações diárias, sendo atualizado apenas após o fechamento do ciclo anual de contratações, disse a pasta em nota.

O Ministério explica que o Cadastro Nacional dos Encarregados de Comprovação de Perdas (CNEC) é atualizado mensalmente pelas seguradoras com os profissionais que atuam na verificação de perdas das apólices de seguro rural contratadas no âmbito do PSR.

Agora, essas informações mensais também estão disponíveis no painel do Atlas do Seguro rural com a possibilidade de cruzamentos com seguradoras e UFs.

AM Best: resseguradoras evitam aceitar riscos de catástrofes naturais

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Fonte: ECO

O aumento das perdas não apenas por catástrofes naturais, mas também pelos chamados perigos secundários, aqueles eventos de média dimensão como incêndios, tempestades, inundações ou granizo, juntamente com os impactos da pandemia e a incerteza econômica, forçam muitas grandes resseguradoras a mudarem seu mix de negócios para linhas de acidentes e especialidades, onde o movimento de preços ainda é positivo, de acordo com o novo relatório da agência de rating AM Best denominado Global Reinsurance: More Stable and Improved Results Following Shift from Property Catastrophe Risks , divulgado dia 15 de agosto.

De acordo com o relatório, uma maior frequência de eventos catastróficos nos últimos cinco anos exerce uma pressão significativa sobre o nível de confiança que os analistas de risco depositam nas ferramentas de modelação, um componente-chave no processo de cálculo de prêmio. Além disso, as resseguradoras percebem que, não apenas o ambiente de subscrição se tornou menos previsível, como a ação dos governos tem um enorme impacto nas condições de mercado. “Uma das razões por trás da abundância de capital foi o ambiente de baixas taxas de juros”, diz Carlos Wong-Fupuy, diretor senior da AM Best. “Agora que os bancos centrais estão a tentar controlar a inflação o acesso a capital está mais apertado, os temores de recessão aproximam-se e a desvalorização de ativos está a prejudicar os balanços de uma maneira que as perdas por catástrofes até agora não foram capazes de fazer.”

Mesmo com os aumentos das taxas, a maioria das resseguradoras ainda não considera os preços atuais dos riscos de catástrofes imobiliárias suficientemente altos para compensar o nível contínuo de incerteza. Para as companhias, as linhas primárias de acidentes e especialidades são mais atraentes, porque geram comparativamente padrões mais estáveis ​​e previsíveis. A inflação social e económica continua a ser um problema, mas as margens atuais incluídas nos prémios recompensam os resseguradores adequadamente pelo risco assumido. O relatório também faz notar que a natureza de longo prazo das linhas de acidentes oferece a oportunidade de gerar retornos de investimento e reduzir drasticamente o risco de liquidez.

“Embora as linhas de acidentes e especialidades não sejam imunes ao risco de acumulação, como os verificados em grandes eventos como a pandemia ou a invasão da Ucrânia, são consideradas mais geríveis ​​e menos frequentes em comparação com uma catástrofe natural que afete imobiliário”, diz Wong Fupuy, acrescentando que “os perigos secundários tornaram-se mais proeminentes do que nunca.”

A AM Best considera o resseguro global como muito bem capitalizado e disciplinado. Várias iniciativas de realinhamento acontecem há pelo menos três anos e, embora a pandemia tenha desacelerado os resultados desses esforços, o segmento global de resseguros gerou um índice combinado em 2021 abaixo de 100% pela primeira vez em cinco anos, com 96,4%, e um retorno sobre o capital próprio de 9,2%, em comparação com os 2,3% de 2020. Segundo a AM Best, as seguradoras continuam a investir recursos significativos para enfrentar riscos em rápida evolução e as empresas mais bem avaliadas pela agência demonstraram capacidade de adaptar seus negócios às condições de mercado e gerar lucros sustentados.

As resseguradoras permanecem “inovadoras devido ao seu nível de sofisticação na seleção de riscos, na formação de preço, no desenvolvimento de produtos e na gestão de capital” e, por essas razões, a AM Best mantém perspetiva estável para indústria global de resseguros.

Ao mesmo tempo, a AM Best reconhece que a força e a relevância de cada fator que sustenta as suas perspetivas continua em mudança, com o perfil de negócio a alterar-se para refletir a crescente complexidade do ambiente de risco em nível global.

“A incerteza informada está no centro de uma carteira de riscos seguráveis”, afirma Wong-Fupuy. “No final, o equilíbrio entre a volatilidade da experiência recente e as margens incluídas nas taxas atuais é o que determina o apetite pelo risco. Para certos tipos de riscos, como catástrofes naturais, essa volatilidade recente tornou-se muito onerosa ou, para algumas resseguradoras, inaceitável.”

MAG Seguros discute o mercado de seguros em Maratona da Inovação

A experiência do usuário e o novo mercado de seguros foram temas de discussão, pela MAG Seguros e convidadas, na 2ª Maratona da Inovação em Seguros, evento que contou com 300 participantes no STATE Innovation Center, em São Paulo. A Maratona ocorreu de forma híbrida, e promoveu momentos de networking, apresentação de cases de sucesso e painéis que reuniram 38 nomes de referência de seguradoras, insurtechs, startups, entidades do setor, corretores de seguros, prestadores de serviços e demais agentes que integram um dos segmentos mais relevantes para a economia nacional – além disso, o evento foi transmitido ao vivo pelos canais do Jornal do Seguro (JRS.digital), com participação dos mais de 1500 espectadores online, que puderam interagir com perguntas e recados ao vivo.

Durante o painel “O novo mercado de seguros”, Andréia Araújo, Presidente do Clube de Seguros de Vida e Benefícios do Rio Grande do Sul – CVG RS, e Superintendente Regional da MAG Seguros, falou sobre o contexto pós-pandemia e as mudanças que esse contexto gerou. “Criamos o CVG-RS Sem Fronteiras, por exemplo, para nos aproximar do público do interior do nosso estado, para que ele não se afastasse de nós durante o isolamento, ainda mais num período tão difícil”, explicou Araújo.

O CVG-RS Sem Fronteiras surgiu com o intuito de dialogar com todo o Brasil sobre o setor de seguros, através de conversas abertas para o segmento no país, partilhando experiências e ensinamentos entre os mais experientes e as novas vozes no mercado, em uma série de transmissões produzidas pelo CVG RS. “Foi um sucesso. Tivemos muita participação e compartilhamento das lives, e agora, com os encontros presenciais voltando, percebemos que conseguimos nos aproximar de nosso público”, diz ela.

Já o painel “Experiência do usuário: como aprimorar o relacionamento com o consumidor”, contou com a participação de Marco Antônio Messere Gonçalves, Presidente do Conselho Consultivo da MAG Seguros. Falando sobre a importância da qualificação do relacionamento com o cliente, Gonçalves explicou: “o atendimento começa na venda. O grande diferencial é a qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos clientes, principalmente com a melhoria de serviço e jornada do cliente; se nós não tivermos isso transmitido da melhor forma possível para tornar também o cliente um transmissor de que a nossa seguradora presta um serviço diferenciado, nós não teremos mais clientes”.

A programação da Maratona da Inovação em Seguros 2022 foi guiada pelos pilares de Vida e Previdência, Futuro do Mercado, Transformação acelerada, Open Insurance e UX.