Corretora de seguros da Mercedes-Benz atinge seu melhor resultado

cristina corretora de seguros mercedes benz

A Mercedes-Benz Corretora de Seguros registrou resultado inédito em 2022: R$ 197 milhões em prêmios, 7% maior do que o de 2021, que foi de R$ 184 milhões. “Apesar de 2022 ter sido um ano bastante desafiador, atingimos o melhor resultado de todos os tempos. Muito dessa conquista deve-se ao fortalecimento da digitalização dos processos para melhorar a experiência do cliente e da ampliação do leque de produtos para oferecer soluções mais customizadas”, afirma Cristina Rensi, head da instituição.

O bom desempenho vem na esteira do controlador. O Banco Mercedes-Benz do Brasil (BMB), líder em financiamento em todos os segmentos de atuação, bate recorde e atinge a maior marca de carteira da sua história: R$ 19,454 bilhões, frente a R$ 14,415 bilhões em 2021, crescimento de 35%. 

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Já em novos negócios foram contratados R$ 7,581 bilhões em 2022, que representam o melhor resultado da instituição em um único ano e crescimento de 54% em relação a 2021. “Os números atestam a nossa premissa de atuarmos centrados nas necessidades dos clientes, alinhados com as demandas do mercado, sempre em parceria com a fábrica e com a rede de concessionários”, destaca Hilke Janssen, presidente e CEO do BMB.

Outro resultado bastante relevante do ano passado em novos negócios foi o do mês de dezembro, em que o BMB atingiu R$ 1,052 bilhão. “Tivemos o recorde de melhor mês da nossa história, com 208% a mais do que fizemos em dezembro de 2021”, comemora Marcello Larussa, diretor Comercial do Banco.

O financiamento de caminhões foi o destaque no volume de novos negócios, com 64,4% dos contratos feitos em 2022. Foram financiados 9.823 caminhões e liberados R$ 4,882 bilhões, que representam crescimento de 63% em relação a 2021. 

O segmento de vans também teve forte aceleração, registrando R$ 336 milhões e garantindo um resultado 29% maior do que o obtido em 2021, de R$ 260 milhões. Já o negócio de ônibus alcançou R$ 793 milhões e o disputadíssimo mercado de automóveis registrou um volume de R$ 195 milhões em novos financiamentos.

Mesmo com as incertezas da economia global e nacional, ampliadas pela guerra no leste europeu e pela disputa eleitoral brasileira em 2022, o BMB obteve resultados recordes. “Colhemos bons frutos com um portfólio de produtos financeiros e de seguros bastante competitivos, aliados à intensificação dos nossos esforços na melhoria de processos e a proximidade com clientes, fábrica e concessionários”, enfatiza Larussa.

Senado avalia MP que autorizou Caixa a administrar fundo do DPVAT

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Fonte: Agência Senado

MP 1.149/22 é a medida provisória que autorizou, no final do ano passado, a Caixa Econômica Federal a gerenciar em 2023 o fundo do DPVAT — seguro destinado a compensar motoristas e pedestres vítimas de acidentes de trânsito. Essa medida provisória foi aprovada pela Câmara dos Deputados na segunda-feira (27) e agora caberá ao Senado analisá-la.

O DPVAT vinha sendo administrado pela Seguradora Líder, empresa privada, até ser substituída pela Caixa em 2021. A MP permite à Caixa operacionalizar as indenizações às vítimas de acidentes de trânsito em 2023, fazer a análise dos pedidos de indenizações e manter os respectivos pagamentos.

A Câmara dos Deputados aprovou o texto da MP sem alterações.

Solução temporária

A gestão do DPVAT estava instável desde 2021, quando a Seguradora Líder — empresa privada até então encarregada da administração — foi dissolvida. Para contornar o problema, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) — autarquia federal que tem como função regular e fiscalizar o seguro DPVAT — firmou contrato diretamente com a Caixa em 2021 e 2022 por inexigibilidade de licitação. Esse contrato gerou questionamento jurídico e é alvo de ação popular na Justiça Federal.

O governo Bolsonaro, ao promulgar a medida provisória, argumentou que essa solução temporária evitaria que a população ficasse desprotegida em 2023, pois ainda não havia um modelo legal sustentável e efetivo para o comando do seguro.

“A relevância [da medida] fica evidenciada na função social proporcionada pela política pública compreendida no DPVAT, sobretudo considerando que menos da metade da frota em circulação atualmente no país está coberta por seguros privados. E a urgência se justifica pelo fato de não haver novo responsável por operar nos moldes estabelecidos pela lei”, afirmou, na exposição de motivos da MP, o então ministro Paulo Guedes.

Pagamentos

A MP limita o pagamento das indenizações do DPVAT aos recursos disponíveis no fundo do seguro (o FDPVAT). Esse fundo foi criado em 2020 pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) com os recursos excedentes da Seguradora Líder à época de sua dissolução. A ideia foi preservar a continuidade de pagamento das indenizações do DPVAT.

No mesmo ato, o CNSP autorizou a Susep a licitar um gestor e operador dos recursos do DPVAT. Foi com esse respaldo que ocorreu a contratação da Caixa em 2021.

Segundo a Lei 6.194, de 1974, a gestão dos pagamentos das indenizações do DPVAT e suas operações devem ser realizadas por um consórcio constituído por todas as empresas seguradoras que atuam no âmbito do DPVAT. Em 2006, o CNSP determinou que o consórcio fosse administrado por uma única seguradora especializada, na qualidade de líder. Foi nesse contexto que as empresas seguradoras se uniram para fundar em 2007 a Seguradora Líder, que passou a exercer a função de gestora do seguro. Em 2019, ela possuía quase 80 consorciadas.

Poupança Social Digital

A MP também altera a Lei 14.075, de 2020, para incluir os pagamentos de indenizações do DPVAT por meio da Poupança Social Digital. Assim, permanece o procedimento que é usado hoje. Segundo o governo anterior, o modelo digital privilegia o combate a fraudes e a inclusão digital da população.

A Poupança Social Digital foi criada pela Lei 13.982, de 2020, em razão da pandemia de covid-19, para que as pessoas possam receber pela Caixa os depósitos do auxílio emergencial. Atualmente, ela também permite outros tipos de benefícios, como o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Remuneração

A MP prevê que a Caixa continuará recebendo o valor previsto no já encerrado contrato com a Susep, até que o CNSP defina novos valores e formas de pagamento. No novo procedimento, a Caixa encaminhará proposta à CNSP, que decidirá após análise técnica da Susep.

Indenizações

O seguro DPVAT foi criado para ressarcir as vítimas de acidentes de trânsito que sofreram com morte, invalidez — permanente, total ou parcial — ou para cobrir despesas de assistência médica ou suplementares. É financiado pelo pagamento dos proprietários de veículos, que era obrigatório, mas está suspenso desde 2021.

HDI Global comemora crescimento rentável dos negócios no Brasil

Guilherme Leon HDI


A seguradora HDI Global SE registrou crescimento de dois dígitos em prêmios brutos emitidos e uma taxa combinada ainda melhor para 2022, sustentada por fortes desempenhos nas linhas de seguros corporativos, bem como crescimento robusto de novos negócios em portfólios de linhas especiais. A filial brasileira conseguiu expandir seus serviços tanto em número quanto geograficamente e, assim, contribuiu para o resultado global positivo da seguradora multinacional alemã que faz parte do Grupo Talanx.

Em um cenário de inflação crescente e incerteza geopolítica em todo o mundo, Guillermo León, CEO – HDI Global Seguros, afirma estar orgulhoso da contribuição de lucro que sua filial produziu para os resultados anuais da HDI Global em 2022: “Graças à subscrição disciplinada, excelência em sinistros e uma abordagem especializada para nossos corretores e clientes parceiros, conseguimos entregar com sucesso nossa proposta de valor, bem como uma expansão geográfica de nossos serviços no Brasil.”

Em escala mundial, a HDI Global aumentou sua receita de prêmios em 17,9% no ano fiscal de 2022 para EUR 8,9 (7,6) bilhões. O aumento ajustado ao câmbio foi de 12,9%. As principais áreas de crescimento foram seguros de bens e responsabilidades (Property & Casualty – P&C) e linhas especiais. Segundo comunicado da seguradora, o crescimento foi impulsionado tanto por novos negócios quanto por reajustes tarifários, em parte como resultado da inflação.

A HDI Global Specialty avançou em receita de prêmios em EUR 660 milhões em relação ao ano anterior, para EUR 3,1 bilhões. As linhas comerciais aumentaram 693 milhões de euros. Uma queda nas perdas de frequência reduziu o índice combinado da seguradora para 95,7% (98,7), em linha com a estratégia, apesar de um aumento no total de grandes perdas e efeitos da inflação.

Como resultado, o HDI Global quase atingiu sua meta de médio prazo de 95% bem antes do previsto. Isso reflete os efeitos positivos das medidas tomadas para aumentar a lucratividade desde 2019. Os sinistros de grandes perdas devido a desastres naturais como o furacão “Ian”, o furacão “Fiona” e as inundações na Austrália impactaram os negócios em 270 milhões de euros.

Além disso, as reservas para perdas em relação à guerra da Rússia contra a Ucrânia totalizaram 36 milhões de euros. Com um valor ligeiramente inferior a 17 milhões de euros, o baixo nível de perdas sofridas pela Tempestade de Inverno “Elliot” no quarto trimestre reflecte a estrita reestruturação do portefólio imobiliário. O lucro operacional da HDI Global subiu para 252 (196) milhões de euros no exercício financeiro. A divisão contribuiu com 177 (143) milhões de euros para o lucro líquido do Grupo Talanx.

Olhando para o futuro, León também está entusiasmado com as oportunidades para 2023: “Existe no Brasil uma vontade de fomentar projetos de infraestrutura e a economia em geral. Para isso, a indústria deve ser habilitada por um forte portador de risco. Como parceiro tradicional do setor, estamos otimistas em apoiar esses desenvolvimentos em diversas linhas de negócios – seja Engenharia, Propriedade, Responsabilidade Civil, Garantia ou Marítima”.

Em relação aos clientes brasileiros com negócios internacionais, León enfatiza as vantagens da rede global de expertise de mais de 175 países dentro da HDI Global: “Nossos programas internacionais líderes são a chave para o sucesso da HDI Global e de nossos clientes. Como padrão, compartilhamos as melhores práticas com outras filiais para oferecer aos nossos clientes que realizam negócios em diversos países um profundo conhecimento de seus respectivos mercados locais.”

Seguros SURA cresce 80% no nicho vida e acelera em 2023

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Fonte: Sura

Seguros SURA registrou em 2022, um crescimento 80% maior do que o mercado em apólices de seguros de vida emitidas. Reforçando cada vez mais o foco da seguradora para o varejo, o produto obteve excelentes números em 2022, e manterá o ritmo de crescimento para este ano.

Segundo o estudo da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), o produto no mercado nacional contabilizou um aumento de 15,1% de prêmio em relação ao ano passado. A alta segue um ritmo de crescimento dos prêmios observado desde 2020, e que pode indicar uma maior preocupação da população em se prevenir frente a momentos adversos.

“Crescemos praticamente dobrou o crescimento em relação ao mercado, esperamos ter um aumento superior em 2023, mostrando que a Seguros SURA está totalmente focada no ramo vida”, comenta Aline Benzecry, gerente de Seguro de Vida, Empresarial e Residencial da SURA.

Um grande diferencial do produto Vida SURA é a emissão da apólice com apenas uma vida, abrindo a possibilidade de comercialização do produto para micro e pequenos empresários. Outro diferencial é contar com assistência Help Desk e assistência empresarial, deixando o produto ainda mais completo para o segurado.

“Atualmente em nosso cotador on-line, o corretor consegue apresentar o cálculo para o cliente em minutos, seja com uma ou 500 vidas, facilitando e agilizando todo o processo. Enxergamos o microempreendedor como uma empresa e isso facilita e habilita as pessoas a contratarem a sua proteção de vida, acreditamos que esse mercado que já está em alta no Brasil possa crescer ainda mais”, finaliza Aline Benzecry.

Allianz concentra atuação em ramos elementares e vida e sai de saúde

A Allianz do Brasil decidiu deixar de operar em saúde, fazendo coro a outras empresas que anunciaram sua saída diante do grande problema que se tornou atuar neste segmento no país. Desde sua criação, o produto Saúde é voltado exclusivamente ao segmento empresarial e, atualmente, a Allianz Saúde detém 0,2% do market share deste setor, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde), algo em torno de 35 mil vidas.

Em comunicado, a Allianz informa que entra em uma nova fase e vai concentrar a sua atuação nos segmentos de Ramos Elementares e Vida. O movimento ocorre após a companhia concluir com sucesso o processo de aquisição das operações de Automóvel e Massificados da SulAmérica, por R$ 3,2 bilhões, resultado de uma das mais importantes transações do mercado de seguros nacional e o maior investimento do Grupo no Brasil.

“O compromisso da Allianz é oferecer serviço e proteção de excelência aos seus clientes e segurados. No setor de Saúde, a escala é fundamental para promover o nível de serviços que a companhia prima por oferecer”, cita a empresa.

Desta forma, a partir de 7 de abril de 2023, a companhia deixará de ofertar o produto Saúde para comercialização ao mercado. O processo de não continuidade de oferta do produto Saúde será realizado de forma organizada e devidamente estruturada, respeitando as partes envolvidas, informou.

Dados da ANS revelam que quase 270 operadoras de planos médico-hospitalares apresentaram índice combinado superior a 100%. Isso significa que déficit na operação, que vem se agravando ano a ano. Essas empresas cobrem mais de 16 milhões de beneficiários, 33% do número total de beneficiários em planos médico-hospitalares.

Além das fraudes em saúde, que acaba de ganhar uma campanha nacional lançada pela Fenasaude (Federação Nacional de Saúde Suplementar), a judicialização é um sério problema para que as companhias mantenham a margem de solvência. Recente estudo da Escola de Direito da FGV São Paulo, que contou com apoio financeiro da própria FGV e da FenaSaúde, revela que clientes de planos de saúde ganham 6 a cada 10 ações que movem contra as operadoras na Justiça paulista. Quando consideradas decisões parcialmente favoráveis aos clientes, a taxa aumenta de 60% para quase 70%.

A Allianz reforça o seu compromisso com clientes, segurados, colaboradores, corretores, prestadores de serviço, fornecedores e demais envolvidos. Aos colaboradores, que atuam com o produto Saúde e contribuíram nos últimos anos com seu comprometimento e expertise, a Allianz buscou uma solução sustentável e respeitosa, que inclui oportunidades em um programa interno de recolocações, dentre outras medidas.

Presente há mais de 115 anos no Brasil, a Allianz mantém seu comprometimento com o país, onde segue uma estratégia de longo prazo. A companhia tem investido fortemente em tecnologia e inovação, foco no cliente e abertura de novos canais de distribuição, mantendo os corretores no centro da estratégia de negócios.

Liberty Specialty Markets anuncia patrocínio a SP Arte, maior encontro de arte e design do Brasil

A Liberty Specialty Markets, divisão de seguros especiais do grupo Liberty Mutual, anuncia que será, pela terceira vez consecutiva, uma das apoiadoras da SP Arte, encontro de arte e design que reúne artistas, galeristas, colecionadores, curadores, críticos e outros públicos interessados nos temas. O evento, hoje um dos mais importantes do País, ocorre entre os dias 29/03 e 02/04 no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, e visa desenvolver o mercado de arte brasileiro, atuando em parceria com galerias, instituições culturais e empresas.

Como uma das principais companhias do mundo no ramo de seguros comerciais e produtos para resseguros, a empresa foi a primeira do setor a patrocinar e estar ativamente presente no evento, que contará com atividades presenciais e online.

“É um prazer apoiar a SP Arte mais uma vez. Por meio deste patrocínio, buscamos, cada vez mais, promover o acesso a atividades culturais e proteção do patrimônio cultural do país” afirma Beatriz Protasio, Head de Distribuição para a América Latina e os EUA da Liberty Specialty Markets, em comunicado.

Corretora de seguros Alper registra receita líquida de R$ 243,4 milhões em 2022

Guilherme Netto, CFO da Alper Consultoria em Seguros

A corretora Alper Consultoria em Seguros (APER3) encerrou 2022 com receita de R$ 243,4 milhões, crescimento de 65,4% ante o ano anterior. O CEO Marcos Couto afirma que se trata de um resultado recorde desde que assumiu a gestão da companhia em dezembro de 2017. “Essa conquista é um reflexo do nosso compromisso de crescer sem perder o foco no controle da gestão dos custos, além de agregar cada dia mais soluções inovadoras e tecnológicas para os nosso clientes. Estamos muito felizes em ver o fruto do novo momento de crescimento sólido e contínuo da companhia”, afirma o executivo ao comentar os resultados divulgados nesta quarta-feira (29).

O Ebtida ajustado somou R$ 52,6 milhões, com expansão de 77,1%. Quando considerado apenas o 4o trimestre, a receita líquida avançou 49,2%, para R$ 71,1 milhões. Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 17,4 milhões e margem de 24,5%. O CFO Guilherme Netto destaca que a performance reflete o crescimento orgânico consolidado de 29% (17% em 2021) e as quatro aquisições e fusões realizadas em 2022. Desde que Couto assumiu o comando da corretora, foram 14 negociações.

Os executivos afirmam que a empresa conseguiu melhorar a performance financeira em todas as unidades de negócios. O segmento de seguros empresariais foi o que mais contribuiu para os resultados do ano passado. Em agronegócios, segmento que sofreu restrições de capital das resseguradoras diante das perdas catástroficas dos últimos dois anos, também registrou bom desempenho. “Conseguimos fazer parcerias relevantes para ofertar capital para nossos clientes, com uma melhor distribuição geográfica, o que trouxe resultados significativos e que nos beneficia em 2023 com uma atuação mais nacional neste nicho do setor”, comentou Netto.

Neste ano, dois produtos prometem crescimento: seguro de crédito e seguro cibernético. Os executivos comentam que a demanda por ambos está aquecida. “O Caso Americanas despertou muitas empresas para o risco de crédito, elevando consideravelmente o pedido de informações e consultas sobre o seguro. Certamente estamos otimistas com o crescimento das vendas deste produto, assim como acontece com outros que hoje estão consolidados depois de uma crise vivida pelo mercado”, destacou Netto.

Já o seguro cibernetico ainda é pequeno no Brasil, com poucas apólices emitidas. “A Alper tem conseguido fazer algumas colocações, mas ainda esta muito aquém do potencial neste segmento diante do risco que ele representa para as empresas. Porém, as condições de cobertura ainda buscam um padrão e neste momento há muitos debates para chegar a um equilíbrio entre oferta e demanda”, informou.

No último trimestre, a empresa adquiriu a Good Winds, uma das principais corretoras de seguros Aeuronáuticos do Brasil, além da startup Me Sinto Seguro, um insurtech especializada em seguro Agro. Ao todo, em 2022, foram quatro aquisições, incluindo a Trade Vale e a Almeida Budoya.

“Estamos continuamente buscando oportunidades para seguir consolidando o mercado e crescendo durante os próximos anos. Continuamos mirando a diversificação do nosso negócio através de aquisições, como pode ser exemplificado pela unidade de Benefícios, que, mesmo tendo crescido fortemente nos últimos anos, reduziu sua participação na receita de 60,9% para 36,1%, desde 2018. Além disso, 33,6% da receia do 4o trimestre já foi proveniente de negócios que a Alper não atuava em 2018”, acrescenta Couto.

Para este ano, o CEO ressalta que os investimentos em tecnologia e aquisições continuam no foco da empresa. Ele lembra que a companhia busca constantemente novas tecnologias que gerem ganhos de eficiência e valor aos clientes e que, no final do ano passado, foi lançado a AlperTech, empresa responsável por todos os projetos de tecnologia e inovação digital do grupo.

Couto afirma que a AlperTech vai desenvolver e investir no que há de mais disruptivo no mercado para oferecer aos nossos clientes soluções de vanguarda. “Este ano, projetos e parcerias transformacionais serão entregues aos clientes e colaboradores da Alper. A empresa foi criada não somente para oferecer novas soluções e sistemas para clientes, como também para digitalizar e melhorar a eficiência operacional, transformando a gestão da companhia”, conclui.

CNseg sugere que o setor seja tributado pelo IOF e fique fora do IBS

A proposta da CNseg, a confederação nacional das seguradoras, dentro do âmbito da discussão da reforma tributária é que o setor seja tributado pelo IOF. “Com isso teríamos um sistema simples e transparente. O contribuinte vai ver quanto esta pagando de seguro e imposto. E o recolhimento do IOF é bastante simplificado, facilitando o cumprimento tributário e o risco de qualquer contencioso”, defendeu o presidente Dyogo de Oliveira, em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre a Reforma Tributária, organizada pelo Grupo de Trabalho sobre o Sistema Tributário Nacional (PEC 45/19).

O executivo, que já foi ministro do Planejamento, destaca a importância de ser consideradas as especificidades do setor de seguros, que tem uma estruturação financeira diferenciada. A proposta é que o setor seja tributado nos moldes do IPT empregado em diversas jurisdições. Não seria contribuinte de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) dividido entre União, estados e municípios, estimado em 25%. “Esta seria uma forma de evitar perda de arrecadação pelo governo”, acrescentou.

Hoje as seguradoras pagam 4,65% de PIS/Cofins, tendo como base de cálculo as receitas de prêmios (valor pago pelo segurado) menos as indenizações pagas. A CSLL é diferente para os segmentos de seguros (15%), saúde e demais setores não financeiros (9%). Imposto de Rende Pessoa Jurídica, a mordida é de 25%. O imposto municipal varia entre 2% e 5%. Já o IOF tem um peso de 0,28% em seguro de vida, de 2,38% em seguro saúde e de 7,38% em seguro de bens. 

E por que o IOF? No Brasil há a incidência de IOF sobre a receita de prêmio do seguro e do PIS/COFINS cumulativo, incidente sobre a diferença entre os prêmios e as indenizações pagas. Nas operadoras de saúde (que não são seguradoras especializadas), além de PIS/COFINS há incidência de ISS sobre as contraprestações (preço), mas não há incidência de IOF. “O que nos aflige é que temos um país que carece de renda, sem aumento da renda per capita e com aumento da carga do plano significará aumento do custo dos planos e a sociedade não consegue arcar com mais esse aumento, causando prejuízo à população”, argumentou.

Oliveira argumenta que a proposta do setor traz simplificação tributária. “O IOF é um tributo cujas regras são simples e diretas, conhecida pelos agentes, o que minimiza a possibilidade de judicialização. Ter um recolhimento no recebimento do prêmio facilita e traz  transparência para todos, que sabem o tributo incidente sobre o valor do seguro”, cita. Ele acrescenta também a manutenção das isenções existentes, com ajustes nas alíquotas praticadas atualmente, de forma a manter a arrecadação de tributos pelo setor. 

Para contextualizar e defender a sugestão do setor, Oliveira apresentou a prática adotada em outros países. A tributação por um tributo do tipo IVA (Imposto sobre Valor Agregado), usado em mais de 170 países, não incide comumente sobre serviços financeiros e seguros. A Europa utiliza majoritariamente o IPT (insurance premium tax). “É um tributo que incide sobre o valor pago pelo segurado (prêmio). Há isenções, ou alíquota zero para alguns segmentos, como veículos elétricos, marítimos, seguros de pessoas”, informou. Já países como Austrália, África do Sul, China, Chile e México tributam pelo IVA, mas isentam, ou aplicam alíquota zero para alguns segmentos, como seguros de pessoas e saúde). 

Debatida há mais de 25 anos, a Reforma Tributária está entre as prioridades do Congresso Nacional e do governo federal. As duas PECs, 45 e 110, pretendem substituir o PIS, a Cofins, o ICMS, o ISS e o IPI por um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) único ou dual, que leve a tributação somente sobre o consumo.

Bradesco Vida e Previdência reúne corretores para debates sobre oportunidades e desafios do mercado

Fonte: Bradesco

A Bradesco Vida e Previdência realizou em sua sede, em Alphaville, São Paulo, na última semana, o evento “Opinião de Valor”, reunindo corretores parceiros para ouvir suas opiniões, necessidades e expectativas sobre produtos, serviços e assistências da companhia, além de perspectivas do mercado.

O encontro contou com a presença do diretor presidente da Bradesco Vida e Previdência e da Bradesco Capitalização, Jorge Nasser, dos diretores Bernardo Castello e Estevão Scripilliti, dos superintendentes executivos Marcelo Rosseti, Ricardo Ferraz e Alex Queiroz, além de outros executivos da empresa. Também esteve presente a diretora de Recursos Humanos, Ouvidoria e Sustentabilidade do Grupo Bradesco Seguros, Valdirene Secato, e o diretor de Rede da Organização de Vendas da Bradesco Seguros, Francisco Rosado Junior.

Durante a reunião, os corretores compartilharam suas experiências sobre processos, desafios e oportunidades comerciais na jornada de vendas aos clientes. Foram abordadas melhorias em coberturas e nos processos de contratação e transformação digital, entre outros pontos.

“Costumo dizer que nós estamos construindo a empresa dos próximos trinta anos. Para tanto, precisamos abrir fronteiras, o que implica estarmos próximos dos nossos parceiros, de forma genuína e transparente, com a flexibilidade necessária para ouvir os seus pontos de vista, pois são eles que fazem as coisas acontecerem no dia a dia. Nossa maior missão é atender quem está do outro lado: o cliente”, destacou Nasser na abertura do evento.

Em suas participações, os executivos da Bradesco Vida e Previdência reforçaram os benefícios do encontro, destacando que a interação com os corretores contribui para a construção de um portfólio de produtos mais personalizado e de estratégias mais assertivas para a empresa, além de gerar oportunidades concretas de evolução e melhorias para o mercado de seguros.

Ao final do evento, os corretores fizeram uma visita guiada pela sede de Alphaville para conhecer mais detalhadamente as áreas e equipes da companhia.

Lucro das seguradoras mais que dobra no 1o. bimestre de 2023, para R$ 4 bilhões

Apesar da previsão de perdas causadas pelas chuvas, o lucro das seguradoras no primeiro bimestre de 2023 vai de vento em polpa. Claro que é apenas um dado preliminar, que será corrigido ao longo do ano, mas é um dado mensal que as companhias são obrigadas a enviar para a  Susep (Superintendência de Seguros Privados) e foram organizados em ranking pela consultoria Siscorp.

O lucro líquido do primeiro bimestre foi de R$ 4 bilhões em 2022, mais do que o dobro dos R$ 1,77 bilhão em 2022. Uma alta de 129,5%. A boa nova é que o prejuízo foi reduzido. Das 16 seguradoras que fecharam no vermelho no ano passado, neste ano o ranking traz apenas duas. “Em março serão contabilizados os sinistros das chuvas, o que deve piorar o resultado trimestral”, comenta Dawson Henriques, sócio diretor da Siscorp.

A disputa pela liderança do ranking segue acirrada. Bradesco Seguros lucrou R$ 877 milhões no primeiro bimestre deste ano, retornando a liderança do ranking, ocupado pela Caixa no ano passado no período analisado, e que agora está em terceiro, com R$ 563 milhões. A BB Seguridade exige o segundo maior lucro até fevereiro, com R$ 819 milhões.

Itaú e Tokio completam as cinco maiores colocadas, como R$ 234 milhões e R$ 204,2 milhões, respectivamente. Porto tem o sexto maior ganho, com R$ 178 milhões, seguida por Prudential (R$ 174 milhões), Zurich (R$ 141 milhões), Santander (107 milhões), e Liberty (R$ 84 milhões).

A expectativa de crescimento das vendas do setor de seguros em 2023 gira em torno de 10%, segundo projeções da CNseg, a confederação nacional das seguradoras. Mas cada companhia tem uma projeção para este ano, levando-se em contas seus ramos de atuação.

Em suas perspectivas para 2023, o Bradesco projeta um crescimento entre 6% e 10%. Na BB Seguridade, por exemplo, após o resultado forte de 2022, espera uma desaceleração, mas ainda assim prevê um crescimento de dois dígitos. A companhia estima um avanço entre 12% e 17% para o resultado operacional neste ano. Nas vendas, a Brasilseg estimativa crescimento de 10% a 15%. No Itaú, alta entre 7,5% e 10,5% na receita de seguros e serviços em 2023.

Essas expectativas são altamente dependentes das condições do mercado, do desempenho econômico geral do País, do setor e dos mercados internacionais.