A BB Seguridade divulgou nesta manha dados do balanco lucro ajustado de R$ 753,7 milhões no segundo trimestre, uma queda de 23,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. No semestre, o lucro recuou de R$ 1,83 bilhão em 2020 para R$ 1,73 bilhão neste ano. Até maio, o grupo liderava o ranking de lucro da consultoria Siscorp, elaborado com bases em dados enviados à Superintendência de Seguros Privados (Susep). Os prêmios emitidos na subsidiária BrasilSeg atingiram R$ 3,1 bilhões, com queda anual de 22,2%. As reservas de previdência aumentaram R$ 5 bilhões e a arrecadação com títulos de capitalização ficou em R$ 955 milhões.
O resultado financeiro consolidado da BB Seguridade e de suas investidas foi negativo em R$ 102 milhões no segundo trimestre, de saldo positivo de R$ 65 milhões no primeiro e R$ 119 milhões no segundo trimestre do ano passado. Segundo a seguradora, o resultado financeiro é explicado pelo descasamento temporal e de indexadores na atualização dos ativos e passivos dos planos de benefício definido da Brasilprev. “Enquanto os ativos foram atualizados majoritariamente pelo IGP-M (+6,3%) e pelo IPCA (+1,7%) acumulados entre abril e junho, os passivos dos planos de benefício definido foram atualizados em grande parte pelo IGP-M acumulado entre março e maio (+8,8%), considerando o descasamento temporal médio de um mês na atualização das reservas”.
O índice combinado, que pondera a soma dos índices de sinistralidade e índice de despesas, avançou 81,4% para 89,9%, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. Há um ano, havia sido de 77%. De acordo com a companhia, o aumento na sinistralidade foi atribuído “principalmente ao agravamento da crise sanitária, com o pico de mortes por covid-19 desde o início da pandemia sendo atingido no segundo trimestre de 2021”. Em menor escala, também houve aumento na sinistralidade do produto penhor rural.
O grupo anunciou revisão de suas projeções (guidance) para o ano de 2021, que passou do intervalo entre 8% e 13% para a faixa entre 1% e 6%, após avançar 3,1% no primeiro semestre, diante da redução na perspectiva de resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings).
