Em crise você deve ser comprador de ativos, afirma sócio da Capitânia em live da Icatu

“Quem investe deve buscar um retorno de 2%, 3% ao ano, dependendo da taxa de risco do fundo, para ir construindo uma gordura de longo prazo na sua vida de investimentos em previdência”

Arturo Profili, sócio-fundador da Capitânia S/A, foi o convidado da live da Icatu Seguros realizada nesta quinta-feira, 02, em seu canal do YouTube. O gestor trouxe suas percepções sobre o período, onde após 3 meses desde o início do isolamento social e lockdowns ao redor do mundo, a maior parte das economias vem reabrindo em diferentes níveis.  

Para o especialista, devido a ação de instituições como o Banco Central, BNDES, o governo e até mesmo os grandes bancos, a crise mais delicada de referência de preço e falta de liquidez já foi em parte revertida. Embora o cenário ainda seja de cautela, com um processo de recuperação de cerca de 18 meses pela frente, o momento já traz uma maior tranquilidade. 

Uma questão importante para a saúde financeira das empresas, mesmo em um cenário desafiador, é a taxa de juros. Arturo explicou que há cerca de 10 anos, uma grande empresa pagava 17% ao ano passa para financiar. Hoje, com as taxas de juros em mínimas históricas, esse valor passa para 5%. Portanto é mais viável para uma empresa se financiar hoje, em um cenário desafiador e gerando menos caixa. 

Sobre a estratégia da gestora para enfrentar três meses tão turbulentos, Arturo resume. “Em uma crise você deve ser comprador e não vendedor de ativos. Estamos sempre atentos para fazer bons negócios em secundários que não seria possível fora desse cenário”, pontua. 

Com a Selic a 2,25% ao ano, o gestor afirma que todo investidor deve analisar os fundos comparando o quanto ao ano ele rende acima do CDI e não o percentuaI. “Quem investe deve buscar um retorno de 2%, 3% ao ano, dependendo da taxa de risco do fundo, para ir construindo uma gordura de longo prazo na sua vida de investimentos em previdência”, afirma Arturo. Arturo finalizou com uma orientação para quem aposta no crédito privado como opção de investimento. “Para esse caso temos dois pontos muito importantes: buscar diversificação e mitigar os riscos construindo uma alocação em diversas gestoras diferentes”, explica. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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