ThinkSeg começa a vender seguro auto “Pay per use”

Depois de quase três anos disseminando a inovação, o CEO da Thinkseg, Andre Gregori, conseguiu colocar em prática o seguro “Pay per use”, conhecido pela sigla PPU, (pague pelo uso, em tradução livre). Em junho, o grupo fechou uma parceria com a seguradora italiana Generali, o que permitiu transformar o projeto em um produto inovador no Brasil. Depois de testes com um grupo fechado, o seguro começa a ser vendido em todo o Brasil neste mês.

O serviço funciona com o pagamento de uma assinatura fixa média, acrescida por uma variável conforme a utilização do veículo – uma combinação de quilometragem rodada com a forma de condução do segurado. Para oferecer esta personalização, os dados do motorista serão analisados por inteligência artificial por meio do aplicativo da Thinkseg.

A estimativa é que o seguro deva garantir uma economia de 50% para o motorista que dirige pouco, com o objetivo de democratizar o acesso ao seguro para o consumidor brasileiro que não possui nenhuma proteção ou que está insatisfeito com o preço da sua apólice.

“Nestes seis meses de integração com a Generali, houve vários desafios tecnológicos para a Thinkseg ao lidar com os processos de uma grande seguradora. Entre eles,  tornar a experiência de contratação do seguro, antes via email e telefone, que levada em torno de 20 minutos, para cerca de 2 minutos. Reduzimos questionários de mais de três dezenas de perguntas para pouco mais de uma dezena”, conta Gregori.

Segundo ele, essa simplificação só foi possível a partir da busca inteligente de dados da pessoa e veículo. Outro desafio, conta, foi deixar o processo 100% online do cliente, desde cotação, vistoria, pagamento – tudo o mais fluido possível,  eficiente e amigável, atendendo os requisitos necessários para uma precificação correta.  “O nosso target foi sempre a combinação de melhor experiência com produto justo e personalizado”.

Michele Cherubini, diretor de novos negócios da Generali, comentou que a estratégia global da seguradora italiana é trabalhar com parceiros para ofertar melhores serviços e produtos para os consumidores. Trata-se de uma parceria estratégica com a Thinkseg, que vai se desenvolver no Brasil e também na América Latina e no grupo, uma vez que compartilhamos as experiencias em um centro de inovação mundial”, comentou ele durante evento Auto In, realizado na semana passada.

Do lado da Generali, o maior desafio na parceria foi superar impasses culturais da agilidade de uma insurtech, que prioriza atendimento ao cliente e de forma rápida, com uma seguradora tradicional, focada em produto. Um desafio positivo e que foi superado com facilidade por terem um objetivo estratégico comum.

Segundo Gregori, o grande aprendizado no processo foi entender que o consumidor está ansioso por novidades no setor. “Ouvimos muitas pessoas, fizemos muita pesquisa e a constatação, quase que geral, é de que o consumidor não quer mais perder tempo para contratar seguro, acionar serviços, discutir sinistros. Ele quer facilidade e produtos feitos para ele”.

O CEO da ThinkSeg acredita que no longo prazo, os benefícios para a startup Thinkseg nesta parceria é expandir o produto para todos os países onde a Generali atua. “Vejo que muitas seguradoras possuem o “discurso” inovador necessário, mas ainda não sabem para onde ir. A Generali, uma das maiores empresas de seguros do mundo, está super alinhada com o momento de inovação que o mercado inteiro está passando. No curto prazo, a Generali, apostando no modelo Thinkseg, dá o primeiro passo de fato em inovação de produtos no mercado brasileiro”.

O novo produto PPU aceita todos os veículos com valor mínimo de R$ 20 mil e máximo de R$ 300 mil, presentes na tabela Fipe. Os veículos podem ser nacionais e importados, com ou sem blindagem, em todo o território nacional, de acordo com a política de aceitação da plataforma.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

1 COMENTÁRIO

  1. VAMOS TORCER PARA ESSA INOVAÇÃO TRAZER LUCRO OPERACIONAL PARA A GENERALI QUE NOS ÚLTIMOS ANOS TEM TIDO RESULTADOS INSATISFATÓRIOS. BOA SORTE.

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