A Mapfre Economics publicou a atualização de seu relatório “Panorama Econômico e Setorial 2025”, no qual detalha as previsões macroeconômicas e de crescimento do setor segurador para o segundo trimestre do ano. Segundo sua visão, em um ambiente marcado por incertezas geopolíticas e tensões comerciais, a análise destaca cenários diferenciados para os Estados Unidos, América Latina e o mercado segurador global.
Sobre os EUA, o relatório antecipa um crescimento do PIB de apenas 1,9% em 2025 (com um cenário estressado que o reduz para 1,4%), com uma inflação média de 3,0% (que poderia subir para 3,4% no pior dos casos).
Segundo explicam, essa moderação do crescimento está associada a uma menor contribuição do consumo privado e do investimento total, em um ambiente de tensões tarifárias impulsionadas pela nova administração federal. As previsões também apontam para uma inflação persistentemente alta e uma redução mais lenta das taxas de juros por parte do Federal Reserve.
No caso da América Latina, a empresa espera um impacto misto e oportunidades emergentes. “Na América Latina, as consequências da guerra tarifária variam conforme o grau de integração comercial com os Estados Unidos. O México, por exemplo, enfrentará uma desaceleração econômica mais intensa, embora sem entrar em recessão, enquanto economias como Brasil e Turquia manterão suas projeções de crescimento”, aponta o documento.
Além disso, o relatório indica que, apesar dos desafios externos, os fluxos de capital e uma menor volatilidade cambial poderiam oferecer certa estabilidade para a região.
Setor de seguros
O relatório coloca o foco no setor de seguros, destacando sua grande resiliência em meio a tanta volatilidade. “Em nível global, o setor segurador se mantém resiliente apesar do deterioro macroeconômico. Tanto os seguros de Vida quanto os de Não Vida continuam mostrando perspectivas positivas, apoiados por um ambiente de taxas de juros ainda elevadas e crescimento econômico moderado”, aponta o relatório.

Na América Latina, o relatório conclui que o setor segurador será impulsionado pela baixa penetração dos seguros, especialmente em mercados emergentes como o Brasil, e por receitas financeiras derivadas das altas taxas de juros. O México mantém uma perspectiva de rentabilidade positiva, mesmo com um crescimento moderado do PIB.
“Apesar de um ambiente global marcado por riscos geopolíticos, divergências nas políticas monetárias e pressões inflacionárias, também são identificados espaços de oportunidade, especialmente para o setor segurador, que continua se adaptando e mostrando fortaleza estrutural”, comenta como encerramento de suas conclusões.
“Essa é uma forma da MAPFRE contribuir, por meio da MAPFRE Economics, com informação de qualidade para os debates que acontecerão durante a COP30 no Brasil. Ao apresentar exemplos de boas práticas globais, o estudo oferece subsídios valiosos para a formulação de soluções internacionais voltadas à mitigação de riscos climáticos, alinhando-se diretamente aos objetivos da COP 30 de promover justiça climática, adaptação e proteção socioeconômica diante das mudanças ambientais em curso”, comentou Fátima Lima, diretora de Sustentabilidade e Fundación MAPFRE, em sua página no LinkedIn.