IRB(Re) apura lucro líquido de R$ 118,6 milhões no 1T25, alta de 49,9%

Resultado reflete avanço consistente da estratégia de negócios e melhora nos indicadores operacionais e financeiros da companhia

O IRB(Re) registrou lucro líquido de R$ 118,6 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 49,9% em relação aos R$ 79,1 milhões do 1T24, segundo dados da Visão Negócio. É o nono trimestre consecutivo de resultado positivo. O desempenho foi impulsionado pelo crescimento de 57,9% no resultado financeiro e patrimonial, que alcançou R$ 210,2 milhões, e por resultado de subscrição de R$ 103,2 milhões.

No acumulado de 12 meses, o lucro líquido soma R$ 412 milhões. Segundo o CEO Marcos Falcão, o resultado reflete a consistência da estratégia adotada, com foco na rentabilidade e na redução do índice combinado.

O lucro líquido da carteira Não-Vida somou R$ 135 milhões no trimestre, alta de 68,7% ante o 1T24. Já a carteira de Vida teve prejuízo de R$ 16 milhões, frente a perdas de R$ 1 milhão um ano antes. A subscrição da carteira Não-Vida foi positiva em R$ 126 milhões. Em Vida, o resultado foi negativo em R$ 23 milhões, impactado por um grande sinistro em uma fábrica de lubrificantes.

Os prêmios retidos no trimestre totalizaram R$ 974 milhões, dos quais 94,6% (R$ 921 milhões) vieram da carteira Não-Vida. No acumulado de 12 meses, os prêmios retidos Não-Vida cresceram de R$ 3 bilhões para R$ 3,3 bilhões. O Brasil respondeu por 61,5% do total, América Latina por 9,5% e os demais países por 29%. Houve aumento de 31% na participação latino-americana.

O índice combinado total ficou em 102,5%, frente a 97,8% no 1T24. No segmento Não-Vida, foi de 98% (96% no 1T24), enquanto em Vida subiu de 105% para 161%. A sinistralidade total aumentou para 66,5%, com queda de 3 p.p. na carteira Não-Vida (61%). No segmento Vida, a sinistralidade saltou de 27% para 140%, com sinistro retido passando de R$ 38 milhões para R$ 76 milhões.

O índice de comissionamento total caiu de 27,8% para 20,7%, refletindo a nova estratégia de negócios. No segmento Vida, a redução foi de 68% para 3%.

O resultado financeiro foi impulsionado por ganhos com variação cambial de R$ 45 milhões. Os investimentos somaram R$ 174 milhões, sendo R$ 145 milhões no Brasil e R$ 29 milhões no exterior. A companhia encerrou o trimestre com R$ 8,9 bilhões sob gestão.

A suficiência do patrimônio líquido ajustado em relação ao capital mínimo requerido atingiu 207% no 1T25, 38 p.p. acima do 1T24, segundo Eduarda de La Rocque, diretora de Riscos do IRB(Re). O índice de cobertura de provisões técnicas apresentou suficiência de R$ 728 milhões.

Na metodologia IFRS 17, adotada pela CVM, o lucro líquido do IRB(Re) foi de R$ 134 milhões no 1T25, frente a R$ 237 milhões um ano antes. O resultado da prestação de serviços de resseguro somou R$ 235 milhões, com destaque positivo para os grupos Patrimonial e Rural. No grupo Vida, houve queda, refletindo a decisão de não expandir a carteira.

A margem contratual de resseguro (CSM) recuou de R$ 352 milhões para R$ 304 milhões, com crescimento de 21,7% na CSM dos novos negócios. O CFO Frederico Knapp destacou que esse movimento evidencia a consistência da estratégia de subscrição.

A íntegra da Análise de Desempenho está disponível em: www.ri.irbre.com

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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