Seguradoras devem agir rápido para pagar danos da tragédia em Baltimore, diz diretor do Lloyd’s of London

As seguradoras deveriam agir rápido e pagar pelo colapso da ponte de Baltimore, em vez de esperar anos de disputas sobre qual parte do setor é responsável, afirmou John Neal, diretor-executivo do Lloyd’s de Londres, um dos maiores mercados de seguros do mundo, em entrevista ao “Financial Times” (FT), traduzida pelo Valor.

Segundo Neal, a colisão de um navio cargueiro com a ponte Francis Scott Key no início da semana tem o potencial de produzir a maior reivindicação de seguro marítimo da história, superando o acidente com o cruzeiro Costa Concordia em 2012, que custou cerca de US$ 1,5 bilhão.

“A boa notícia aqui é que o seguro está em vigor. O barco está segurado, a ponte está segurada, a autoridade portuária está segurada”, afirmou o diretor-executivo do Lloyd’s, completando que o impacto financeiro em todo o mercado provavelmente será de bilhões, com até US$ 1 bilhão apenas para a reconstrução da ponte.

“Haverá muitos debates sobre a responsabilidade, como quem era responsável pelo navio e se a autoridade portuária tinha alguma responsabilidade”, disse ele.

Após a tragédia, o governo dos EUA declarou que os pagamentos de seguros deveriam “em última análise” contribuir para os custos, mas que não quer que preocupações financeiras atrasem os esforços de reconstrução.

Para Neal, em vez de o governo federal utilizar seus fundos, seria “muito melhor para os seguradores se levantarem e dizerem, ei, vamos realmente começar a lidar com tudo isso”

“A seguradora líder da ponte é a Chubb. Se eles quiserem começar a reconstruir a ponte, a Chubb pode ajudar a pagar por isso. E então pode entrar nas discussões certas sobre quem recupera, quando e quanto”, exemplificou o diretor-executivo.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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