Setor de seguros cresce 7,2% em agosto e fatura R$ 17,5 bilhões

De janeiro a agosto, alta acumulada é de 11,2% na comparação com 2022. No mesmo período, sinistralidade caiu 11 pontos percentuais (p.p.)

Fonte: IRB

O mercado de seguros faturou R$ 17,5 bilhões em agosto, crescimento de 7,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. A informação é da 35ª edição do Boletim IRB+Mercado, divulgada hoje pela plataforma IRB+Inteligência, com base nos dados da Susep, agência reguladora do setor, informados em 16/10.

No acumulado dos oito primeiros meses do ano, os prêmios emitidos somaram R$ 123,7 bilhões, alta de 11,2% ante o mesmo período de 2022. Todos os segmentos tiveram variações positivas, com destaque para Crédito e Garantia, com crescimento de 19%.

O índice de sinistralidade de agosto apresentou recuo de 4,9 p.p. na comparação com o mesmo mês em 2022, fechando em 40,5%. De janeiro a agosto, a queda foi de 11 p.p., resultando em 42,7%.

Rural apresenta retração em agosto

Vida, que teve faturamento de R$ 5,7 bilhões em agosto, registrou crescimento de 6,5% na comparação anual. Nos oito primeiros meses do ano, o aumento foi de 7,8% em relação a igual período de 2022. A modalidade Individual, com evolução de 18,5%, foi a principal responsável pelo desempenho do segmento. A sinistralidade do período teve redução de 1,8 p.p. e fechou em 30,3%.

Em Automóvel, o faturamento registrado no mês foi de R$ 5,2 bilhões, avanço de 3,2% sobre agosto de 2022. No acumulado do ano, o segmento cresceu 14,5% sobre os oito primeiros meses de 2022 e teve seu faturamento impulsionado em R$ 4,7 bilhões. No mesmo intervalo, a sinistralidade caiu 13,8 p.p. e fechou em 58,8%.

O segmento Corporativo de Danos e Responsabilidades, destaque de agosto, cresceu 18,5% ante agosto de 2022, registrando faturamento de R$ 2,9 bilhões. O destaque foi a linha de negócio Petróleo, que respondeu por 81% da evolução no mês. No acumulado do ano, alta de 12,6% frente ao mesmo período de 2022, principalmente por conta do produto Riscos Nomeados e Operacionais, que cresceu 19,8%. A taxa de sinistralidade caiu de 40,8% nos 8M22 para 38,8% no mesmo período de 2023.

Individual Contra Danos cresceu 13,6% em relação a agosto de 2022, faturando R$ 1,3 bilhão. No acumulado do ano, o aumento foi de 13%, em especial por conta dos avanços dos ramos Compreensivos Empresarial (21,2%) e Residencial (13,3%). Nos 8M23, a sinistralidade reduziu 4,8 p.p. e registrou 33,1%.

Rural, com faturamento de R$ 1,8 bilhão, teve uma retração de 4% em agosto de 2023 na comparação com o mesmo mês de 2022. De janeiro a agosto, no entanto, avançou 6%. A taxa de sinistralidade nos 8M23 reduziu de 131,8% para 35,6%, resultando na queda de 96,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já Crédito e Garantia teve a maior variação mensal e acumulada entre os segmentos, com um incremento de 26,3% em relação a agosto de 2022. A alta no acumulado do ano é de 19%. O desempenho foi puxado pelo produto Garantia Segurado – Setor Público (24,5%). A sinistralidade aumentou 36,5 p.p. e atingiu 61,9%, como consequência da elevação nos sinistros ocorridos.

O Boletim IRB+Mercado resume as operações de seguros, considerando os seguros de danos, responsabilidades e pessoas. A edição também lista os cinco maiores grupos seguradores por linha de negócios e está disponível, na íntegra, no site www.irbre.com. Assim como o Dashboard IRB+Mercado Segurador, que permite consulta dinâmica e gratuita às informações de todo o setor.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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