Depois de passar ocupar o primeiro lugar em 2020, a resseguradora Munich Re continua ser a maior resseguradora do mundo, com prêmios brutos de resseguro de vida e não vida emitidos de mais de 41,3 bilhões de euros em 2021, segundo o ranking estabelecido pela A.M.Best, agência de rating especializada na indústria seguradora à escala mundial.
O ranking, divulgado pelo portal de seguros portugues ECO, é baseado em dados de pesquisa da AM Best e classifica as empresas por prêmios brutos de 2021. A Swiss Re ocupa o segundo lugar, com avanço de 7% em 2021 em comparação a 2020. O crescimento da terceira maior, a Hannover Re, foi de cerca de 3%, enquanto a francesa a SCOR, a última das quatro grandes resseguradoras da Europa, recuou 1%, o que levou a uma queda de quarto para quinto na lista para 2021. O Lloyd’s of London é o sétimo na lista para 2021, com um crescimento de 17% nos prêmios emitidos.
Segundo a AM Best, muitas das companhias de resseguro relataram que um terço a metade de seu crescimento de prêmios pode ser atribuído a aumentos de preços, não ao crescimento da exposição. Os aumentos de taxas em muitas das linhas de resseguro são esperados em 2023, embora variem por linha de negócios e território. No entanto, o crescimento pode ser contrabalançado por reduções nos prêmios de resseguros imobiliários, já que muitas empresas começaram a retirar ou reduzir substancialmente sua participação nesse mercado”, diz AM Best.
Muitas com prejuízos
O negócio ressegurador sofre especialmente com as catástrofes naturais, com índice combinado revelando prejuízos técnicos em muitas delas. O IRB Brasil RE apresentou o pior deles, com 132%, um ano desastroso do ponto de vista econômico. “A sinistralidade de 2021 pode ser explicada por dois fatores. O primeiro diz respeito a contratos subscritos em períodos anteriores a 30/06/20, data em que iniciamos o processo de ressubscrição, cujos sinistros representaram 75% do volume total registrado no ano passado. Já o segundo tem relação com alguns contratos vultosos que apresentaram frequência e severidade de sinistros acima do previsto em decorrência de sua operação. Não podemos deixar de observar que a Companhia já registrou R$ 168 milhões de sinistros retidos oriundos da covid-19, sendo R$ 146 milhões no exercício de 2021”, afirmou o CEO Raphael de Carvalho em fevereiro deste ano, quando divulgou os resultados de 2021.