CNseg: Setor de seguros alcança R$ 306,4 bilhões, alta de 11,9%

Seguros contra Danos e Responsabilidades cresceram 14,6%, seguidos por Vida e Previdência com 11,5% e Capitalização com 5,9%

Nas circunstâncias da epidemia e da conjuntura econômica, os brasileiros contrataram mais seguros no ano passado para proteger patrimônios, vida e renda. Essa procura assegurou expansão de 11,9% comparativamente ao volume do setor em 2021, totalizando R$ 306,4 bilhões (sem Saúde e DPVAT). O setor então alcançou um crescimento real (descontada a inflação medida pelo IPCA) de 3,3% no ano passado, relata a nova publicação da Conjuntura CNseg nº 64, da Confederação Nacional das Seguradoras. Segundo o editorial assinado pelo Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, a taxa nominal de crescimento de 2021 ficou no intervalo projetados pela entidade- entre 9,4%, no cenário pessimista, e 14,1%, no quadro otimista.

Para ele “a evolução dos negócios foi desigual entre segmentos e ramos de seguros, previdência privada e capitalização”. Decorrente “dos efeitos diversos das condições epidemiológica e econômica sobre as preferências dos clientes e consumidores de diferentes produtos e serviços”, acrescentou.

No ano passado, a principal contribuição para o crescimento do setor veio do segmento que protege contra Danos e Responsabilidades, com alta de 14,6% sobre 2020 e volume final de R$ 89,8 bilhões. O segmento de Vida e Previdência avançou 11,5% em 2021 comparado ao exercício de 2020, gerando mais de R$ 192,3 bilhões. O segmento de Títulos de Capitalização teve crescimento no ano passado de 5,9% sobre a movimentação de 2020, alcançando R$ 24,3 bilhões. Prova da solidez do setor, as garantias dos riscos transferidos ao setor por pessoas, famílias e empresas – as chamadas provisões ou reservas técnicas – alcançaram o patamar histórico de R$ 1,270 trilhão no ano passado, reafirmando a qualificação do setor de seguros como um dos maiores investidores institucionais do País (aplicador em ativos financeiros e econômicos). 

Em consequência ainda dos efeitos da pandemia, a taxa de sinistralidade evoluiu no segmento de Pessoas, passando nos seguros de Vida de 28,9%, em 2020, para 38,1%, no ano passado. Também houve reflexo no segmento de Danos e Responsabilidades, que observou avanço de 48,7% em 2020 para 53,9%. Os ramos de Automóveis (de 54,7% para 63,1%) e Patrimonial (de 45,1% para 51,3%) foram os que mais influenciaram a sinistralidade nesse segmento.

Confira o vídeo-release do Presidente da CNseg comentando os dados:

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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