Projeções de crescimento em 2021 e 2022 seguem em direções opostas

Projeção para o crescimento do PIB este ano vai a 5,00%, mas a expectativas para 2022 continuam a ser reduzidas

Diante do quadro inflacionário que se torna mais concreto em todo o mundo, Brasil e Estados Unidos deram indicações de que a política monetária será mais contracionista do que se esperava há apenas alguns meses. No Brasil, como se aguardava, o Copom aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, para 4,25%. Com isso, o mercado agora projeta que a Selic será elevada até 6,50% no final deste ano, alta em relação à expectativa de 6,25% da semana passada. 

“O tom do comunicado que foi emitido junto à decisão, como esperávamos, deixou de lado menções a um ajuste “parcial” do estímulo monetário – como vinha sinalizando – e apontou para uma busca pela taxa neutra de juros. A taxa neutra de juros é uma variável não-observável, que somente se pode estimar, e que garantiria um nível de aquecimento que não estimula nem desestimula a economia, mantendo a inflação estável em torno da meta”, comenta Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras.

Mesmo com juros mais elevados, a projeção dos analistas ouvidos pelo BC ainda é de elevação para inflação, com estouro do teto da meta este ano (5,25%) e de que esteja acima do centro da meta no ano que vem, ressalta e economista. A projeção para o IPCA este ano subiu de 5,82% para 5,90%. Para 2022, a projeção para a inflação oficial permaneceu em 3,78%. Enquanto isso, a projeção para o crescimento do PIB em 2021 continua a aumentar, esta semana de 4,85% para 5,00%. “Novamente, lembramos que essas projeções são mais uma reação à surpresa do PIB do primeiro trimestre do que propriamente uma crença em um cenário muito mais positivo para a atividade”, reforça Simões. 

Leia a íntegra do Boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas produzido pela CNseg.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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