Quer dicas simples e eficientes para acompanhar a transformação do profissional de seguros?

Evento online trouxe panorama, perspectivas para o mercado segurador e dicas práticas para manter-se atualizado diante das mudanças no setor

A Swiss Re Corporate Solutions (SRCS) inaugurou no dia 27 de abril a série de webinars que visa trazer diversos assuntos de relevância para o mercado segurador, como mudanças e tendências, bem como assuntos relacionados a soluções inovadoras e necessidade de clientes. “Esta série foi criada com um grande objetivo: contribuir com o conhecimento e expertise do Grupo Swiss Re para o sucesso de nossos clientes e parceiros em seus negócios”, disse o Diretor Executivo de Estratégia de Distribuição na SRCS, Guilherme Perondi, na abertura do primeiro webinar “A Transformação do profissional no setor de Seguros“.

O evento abordou informações sobre tendências do mercado e como os riscos estão evoluindo. Em sua apresentação, Perondi citou dados de uma pesquisa da Mckinsey. No artigo chamado “The Great Acceleration” de Julho de 2020, a Mckinsey demostra que, ao acelerar a transformação digital das empresas e setores, a pandemia aumentou a distâncias entre os ganhadores e perdedores do movimento de digitalização que já havia sido iniciado antes da crise do Covid. “Empresas que já trilhavam o caminho da transformação aumentaram seus ganhos e valor de mercado, enquanto as retardatárias “acusaram o golpe” com resultados piores do que o nível pré-crise.

O estudo foi feito feito acompanhando lucratividade e valor de mercado de 2.564 empresas no mundo em vários setores. Enquanto o terço superior das empresas gerou mais de US$ 335 bilhões em valor de mercado, o quartil inferior perdeu US$ 303 bilhões. Um análise similar foi feita considerando os setores de atuação dessas empresas e a divisão fica clara, entre setores para quem a crise tem sido uma oportunidade e aqueles para quem o Covid tem se mostrado um desafio. A posição da indústria de seguros no ranking deixa claro que o setor precisa avançar no seu movimento de transformação digital para voltar a gerar valor nesse novo contexto.

“Esta série foi criada com um grande objetivo: contribuir com o conhecimento e expertise do Grupo Swiss Re para o sucesso de nossos clientes e parceiros em seus negócios”, conta Perondi `

Um segundo estudo muito interessante da Mckinsey chamado “The next normal arrives: Trends that will define 2021—and beyond” tenta antecipar tendências sobre como deve ser o comportamento das pessoas e das empresas no mundo pós-Covid e o que isso pode significar para o mundo do trabalho. O estudo indica que haverá retomada do consumo pelas pessoas, resultado do aumento da confiança e do desejo de “recuperar o tempo perdido”, porém pessoas se comportarão diferente buscando experiências, aumentando procura por viagens por exemplo.

“Empresas terão que acelerar uso de tecnologia em seus modelos de negócio para se manterem relevantes, a globalização passa a ser questionada com países sendo mais cuidadosos com dependência de produção fora de suas fronteiras e o risco que isso representa – basta ver a competição por vacinas entre países – e retomada do foco em sustentabilidade e o impacto das mudanças climáticas, quando a crise aguda do Covid passar”, ressalta Perondi.

Segundo conclui Perondi sobre o estudo, o trabalho não será mais o mesmo. O trabalho remoto passa a fazer parte da rotina de todos – e o empreendedorismo ganhará força, seja por necessidade daqueles cujos postos de trabalho foram extintos pela crise ou pela automação, seja pela maior acessibilidade a tecnologia a empresas de todos os portes abrindo espaço para novos entrantes. Ainda que sejam tendências e não certezas, o estudo deixa claro que o novo normal de fato exigirá reinvenção das pessoas, empresas e do trabalho.

Por último, Perondi mencionou o estudo também da Mckinsey chamado “Transforming the talent model in the insurance industry” que a estratégia de recursos humanos do setor de seguros será tão importante quanto sua estratégia de negócios. Um destaque do artigo é a mudança na natureza dos riscos; de um lado, a explosão de dados e ferramentas de análise permite que os riscos sejam cada vez mais mensuráveis. Já é possível monitorar informações em tempo real sobre clima, máquinas e equipamentos com tecnologia embarcada, movimento de veículos, embarcações e pessoas, análises financeiras, por exemplo, gerando volumes exponencial de dados que as seguradoras, resseguradoras e corretores estão aprendendo processar e analisar. De outro, os riscos ficam cada vez mais voláteis e imprevisíveis como por exemplo os efeitos das mudanças climáticas, os ataques cibernéticos, as crises sanitárias, os conflitos entre países, dificultando a previsão sobre seus impactos nas pessoas, empresas e governos.

As competências técnicas disputam hoje com competências emocionais, afirma Cristina Aiach

Cristina Aiach, diretora executiva em Recursos Humanos para a América Latina da Swiss Re Corporate Solutions, que tem se especializou em comportamento humano, deu várias dicas sobre como obter o melhor rendimento em entrevistas, começando pelo treino pessoal, ter uma postura de humildade, vestes adequadas. “O mercado de seguros é pautado por relacionamentos, construídos a longo prazo. É fundamental demostrar a capacidade de relacionamentos. Entusiamo com a vaga. Como solucionou problemas em outras empresas. Pedir Feedback de amigos e estar preparado para ouvir e investir tempo para melhorar o que acha que deve ser aprimorado”, citou. Quem pergunta a ela como ser criativo, a dica é simples: vai resolver problemas. Seja curioso!”.

As competências técnicas disputam hoje com competências emocionais, vistas antes como comportamento feminino. “Capacidade de ouvir, empatia, intuição, transparência, sensibilidade são sentimentos que andam pari passo com as competências técnicas. Todos esperam a empatia, que o candidato ou corretor, no caso de seguros, tenha capacidade de ouvir o interlocutor. São competências importantes. Uma empresa contrata pelo CV e demite pelo comportamento. Assim como o cliente. As vezes a gente erra, mas o erro nos ajuda a acumular experiências onde se deve apurar a percepção de si mesmo. Adquirir esta experiência de vida e aprender com ela é importante hoje em dia no mundo corporativo”, recomenda Cristina.

Alexandre Zuvela, sócio da EXEC, maior empresa nacional de seleção de executivos de alta gestão, destaca novas competências estao sendo requeridas, como destacou o Perondi. “O que eu já sei fazer. Isso precisa estar bem estruturado num bom Curriculum. E também a ferramenta mais utilizada hoje por consultorias de recrutamento é o LinkedIn. É importante sempre ter o seu perfil bem estruturado nesta ferramenta. E como fazer isto? Simples, tente ser objetivo e claro, transmitindo para alguém que não o conhece os principais pontos de sua carreira, primeiro as empresas e posições pelas quais passou e também os principais tópicos de resultados e responsabilidades nas posições exercidas. Depois, ter um CV também bem estruturado e ser claro em entrevistas as quais vocês falem sobre carreira”, aconselha. “Pensar onde quero estar em um, dois e três anos. Onde quero estar, o que preciso fazer para chegar lá, como cursos e networking no mercado, e estar ativo no LinkedIn. Mesmo que esteja super bem onde está, sempre pode surgir uma boa oportunidade”.

Perondi também deu dicas. “O corretor, ninguém esta tao próximo do cliente como o corretor. Ele é a voz do cliente. Todos nos precisamos passar por uma jornada de aprendizado continuo. 8 meses 10 mil treinamentos concluídos. Isso mostra que o corretor esta buscando conhecimento. E o cliente também está perdido e ele busca alguém que ele confia, que é o corretor. Quanto mais o profissional aprender, mais poderá ajudar seu cliente”, recomendou, ressaltando a importância de entender como a tecnologia pode ajudar o corretor a entender melhor as necessidades de seus clientes.

Assista o vídeo completo, pois ele traz muitas dicas preciosas que podem nos ajudar a sermos o profissional de seguros do futuro.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS