Insurtech Flix é aprovada no Sandbox e atrai investidores

Aval do órgão regulador ajuda a captar mais recursos para acelerar o crescimento

Participar do Sandbox da Superintendência de Seguros Privados (Susep) é um grande chamarisco para investidores aportarem recursos em novatas. “Desde antes da aprovação já tínhamos conversas adiantadas neste sentido, agora estamos acelerando o processo. Mas nada concreto até o momento”, conta o CEO da Flix (FBXG Seguros S.A.), Felipe Barranco, ao blog Sonho Seguro.

A Flix é uma plataforma digital com foco na venda de seguros e assistências pessoais, foi aprovada pela Susep para atuar, oficialmente, como seguradora digital. Fundada durante a pandemia por Barranco, Marcos Carneiro e Manoel Carlos Barranco, a insurtech tem como propósito digitalizar, escalar e simplificar um produto autoral e personalizável, que será impulsionado no Sandbox nos próximos três anos.

“Desde o começo da Flix, nós acreditamos na acessibilização do seguro residencial e enxergamos o produto como aliado para o cotidiano dos nossos clientes. A confirmação de que, a partir de agora, somos, oficialmente, parte de um projeto que impulsiona nossos objetivos é uma realização enquanto empreendedor”, explica o CEO Felipe Barranco.

Veja a seguir a entrevista concedida ao blog Sonho Seguro:

Quem era a parceira da Flix antes dela se tornar uma seguradora digital no Sandbox?

Até o momento, nossos serviços são disponibilizados em parceria com a Sancor Seguros

Se tornando uma seguradora digital, deixará esta parceria?

Ainda estamos avaliando a possibilidade de manter a parceria em algum ponto, sempre tivemos um ótimo relacionamento com eles e continuaremos assim.

O que muda em produtos e serviços ao ter mais autonomia como seguradora digital?

A partir de agora, teremos mais autonomia para modelar, desenhar e precificar nossos produtos. Neste momento, temos a aprovação para o Compreensivo Residencial e faremos com que este produto seja melhor difundido e principalmente percebido pelos consumidores. O ambiente experimental do Sandbox Regulatório é ideal para que as barreiras à inovação sejam derrubadas e o setor possa usufruir de produtos mais baratos e com melhor experiência para os usuários. 

O grupo começa com qual capital para atuar em quais regiões e com quais produtos?

Integralizamos o capital de risco mínimo necessário para o Sandbox e atuaremos no Brasil todo, neste momento com o Seguro Residencial.

Será realmente uma operação digital, sem papel e contato humano?

100% digital. Desde a captação, contratação a regulação do sinistro. Além disso, teremos um call center à disposição para qualquer necessidade de chamada, porém, tudo em um ambiente digital.

Há movimento de captação de recursos para a expansão?

Desde antes da aprovação já tínhamos conversas adiantadas neste sentido, agora estamos acelerando o processo. Mas nada concreto até o momento.

Está otimista com vendas neste ano ou pretende aproveitar a “parada economia” para se preparar para 2022?

Estamos muito otimistas com 2021. Percebemos um aumento muito importante na procura e contratação do Seguro Residencial no país em 2020 e acreditamos que, em 2021, essa demanda será ainda maior. Estamos nos preparando para receber estes novos consumidores com excelência e novas propostas para a jornada de consumo.

Como avalia o mercado segurador nos próximos 5 anos, em tendências de oferta e demanda?

Provavelmente teremos grandes mudanças no mercado daqui para frente. Estes movimentos que a Susep tem feito para trazer mais inovação, democratização e disrupção, faz com que todo o ecossistema se  movimente para trazer algo melhor para o consumidor. O maior propósito disso tudo é que a relação entre o consumidor e o seguro fique cada vez mais transparente e justa, só assim teremos relevância e criaremos valor para nosso mercado.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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