Munich Re não cobrirá mais eventos cancelados por pandemias

Munich Re espera um total de € 4 bilhões em perdas relacionadas ao COVID

Fonte: Reuters

O grupo de resseguros alemão Munich Re não fará mais seguro contra eventos cancelados devido a pandemias, disse um membro do conselho na terça-feira. A maior resseguradora do mundo está fazendo a mudança depois de enfrentar grandes perdas este ano na esteira da crise do coronavírus.

Torsten Jeworrek, que supervisiona o segmento de resseguro, disse que a Munich Re permaneceria no negócio, mas que o ajuste em sua estratégia foi resultado da pandemia. A resseguradora também ajustará os preços para cobertura de cancelamento de eventos, disse ele.

O cancelamento e adiamento de eventos esportivos como as Olimpíadas de Tóquio, bem como concertos, têm sido um grande fardo para a Munich Re, que espera um total de € 4 bilhões (U$ 4,85 bilhões) em perdas relacionadas ao COVID.

A divulgação ocorreu no momento em que foram anunciadas novas metas financeiras. A Munich Re pretende aumentar seu retorno sobre o patrimônio em 12% a 14% até 2025. Isso é um retorno de 9,2% em 2019.

A empresa também disse que tinha como meta um aumento anual no lucro por ação de pelo menos 5% em média até 2025. Ela disse que continuaria se afastando do carvão, petróleo e gás natural. A resseguradora disse que espera retornar aos níveis de lucro anual pré-pandemia de € 2,8 bilhões em 2021. Uma série de furacões e incêndios na América do Norte se somaram às perdas relacionadas à pandemia.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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