Série: O que esperar de 2021 – Rodrigo Caramez, presidente da Brasilseg

A série “O que esperar de 2021”, visa trazer um pouco de luz sobre as incertezas do próximo ano. Nesta edição, Rodrigo Caramez, presidente da Brasilseg, fala um pouco sobre suas expectativas. Leia abaixo:

Como descreve o ano de 2020?

Obviamenteum ano único e extremamente atípico para pessoas e negócios. Um ano onde a resiliência, empatia, proximidade e conectividade foram fundamentais para navegar os desafios apresentados. Nesse cenário crítico, nossa empresa foi capaz de se organizar muito rapidamente para dar continuidade a nossa missão de proteger as pessoas – colaboradores e clientes, e as empresas. A clareza de proposito e foco foram alavancas indispensáveis para seguir.

Aumentamos significativamente a frequência e proximidade de nossa comunicação interna, com nosso balcão BB e com nossos clientes. Priorizamos iniciativas críticas, tanto na inovação de soluções quanto na agilidade e simplicidade de acesso a nossos produtos e serviços. Aceleramos ainda mais a jornada de transformação digital e intensificamos nosso papel de disseminador da cultura de proteção e seguros.

Ao comparar com 2019, eu resumiria como um ano duríssimo para nós e toda sociedade, mas também que trouxe oportunidades para repensarmos intensamente modelos de negócio, e principalmente em abordagens e formas de relacionamentos.

Qual o impacto da pandemia na empresa?

O fantástico esforço de todo time, focando as necessidades dos clientes e sua proteção, nos permitiu não só evitar qualquer disrupção em nosso atendimento, mas também ficar muito próximo do nível de resultado planejado para o ano.

Na área de seguros de pessoas, por exemplo, identificamos um aumento na procura pela proteção, e lançamos novas ofertas com benefícios para saúde e bem-estar dos clientes, em vida. O que chamamos de “Seguro praVida”. Além disso, lançamos coberturas inéditas para o seguro prestamista como desemprego involuntário ou incapacidade física temporária, fundamentais num ano de aumento de desemprego, crise econômica e grandes desafios para a saúde das pessoas.

Para o segmento rural, no qual a Brasilseg é líder, a demanda por seguros também se manteve crescente durante a pandemia, principalmente em função da preocupação e consciência do produtor em relação aos riscos climáticos e entendimento da necessidade de proteção da lavoura e, consequentemente, da sua renda. Aceleramos a contratação de seguros para agricultura familiar e áreas não financiadas, buscando ampliar a base de pessoas e negócios protegidos. Além disso, expandimos a disponibilização de nossas soluções de sensoriamento e monitoramento remoto (via satélite) tanto via app do BB quanto web.

A consolidação do programa de subvenção ao prêmio do seguro rural foi chave para suportar o setor. Esse é pilar central da política agrícola do País, incluindo um maior envolvimento de outros agentes que integram a cadeia de financiamento da agricultura, como instituições financeiras, cooperativas de crédito, agropecuárias e revendas de insumo. Nessa linha, como lideres do setor, BB e Brasilseg lançaram a plataforma inteligente Broto com a missão de se tornar o ecossistema integrado e simples do produtor rural, disponibilizando soluções, produtos e serviços para potencializar sua produtividade econômica, e facilitar sua tomada de decisão. Isso foi só o começo e muito mais vindo na plataforma em 2021.

Finalmente, para aqueles que necessitaram de renegociações, conseguimos oferecer soluções e alternativas para facilitar a continuidade da cobertura, que nesse momento foi nossa maior preocupação.

Quais as áreas mais afetadas?

As áreas de sinistros e atendimento foram as mais requisitadas sem dúvida, e se adaptaram rapidamente para continuar prestando serviços ao cliente com excelência. Com a restrição da locomoção dos peritos, as avaliações dos pedidos de indenização passaram a ser realizadas remotamente, contando com ferramentas como imagens de satélite e sensoriamento remoto. A Brasilseg já fazia uso de tais ferramentas, mas o uso foi intensificado. O mesmo ocorreu com a central de relacionamento, as equipes foram direcionadas para trabalho remoto mantendo o foco no atendimento e resolução as demandas dos clientes.

O que mudou na forma de se relacionar com o consumidor?

Um dos efeitos e necessidades obvias da pandemia foi a ampliação do atendimento remoto, que a Brasilseg já vinha utilizando. Com a dificuldade de deslocar as equipes de vistoria, aumentamos consideravelmente as avaliações de sinistros realizadas remotamente. No caso do seguro rural também utilizamos o uso de imagens de satélite e dados de sensoriamento remoto.

Outro exemplo, em junho e julho, tivemos muitas ocorrências de sinistros de seguros residenciais devido aos ciclones e vendavais ocorridos na região Sul. Para atender os mais de 3 mil pedidos de sinistros, a seguradora elaborou um plano de contingência com o objetivo de prestar o devido atendimento a cada um dos clientes e agilizar a liberação das indenizações para reparo dos danos ocorridos, sem colocar em risco a segurança dos clientes e dos nossos colaboradores. Desta forma, conseguimos realizar 92% dos atendimentos e vistorias de forma remota e liberar as indenizações mais rapidamente.

Quais as tendências da empresa e do setor para 2021?

Em 2021 a Brasilseg continuará investindo na transformação da jornada e da experiencia de seus clientes, trazendo novas ferramentas digitais, desenvolvendo ofertas modulares e mais flexíveis, e disponibilizando mais serviços agregados a seus produtos. Nosso foco é a criação de soluções que facilitem a vida do cliente, deem autonomia a ele, e ofereçam os cuidados e proteção necessários em todos os momentos da vida. 

Nessa linha, também é fundamental seguirmos contribuindo para a disseminação da Cultura de Seguros e Proteção, desmistificando nosso setor, e possibilitando que as pessoas e empresas, de uma forma simples e multicanal, entendam o seu nível de risco de acordo com sua fase de vida, atividade ou negócio.

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Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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