BB Seguridade lucra R$ 1,8 bilhão no primeiro semestre

A BB Seguridade divulgou que o lucro líquido do primeiro semestre, descontados os efeitos extraordinários, retraiu 10,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O grupo ressalta em nota enviada a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que no 1º semestre de 2020 a companhia não contou com a receita do investimento que mantinha no IRB Brasil RE, que no 1º semestre de 2019 contribuiu com R$ 118,8 milhões para o lucro líquido. “Apesar da alienação do investimento, em julho de 2019, ter gerado valor para os acionistas da BB Seguridade, a inexistência dessa receita em 2020 prejudica a comparação anual e responde por mais de 52% da queda no lucro líquido ajustado da BB Seguridade no semestre”.

A holding controlada pelo Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 956,7 milhões no segundo trimestre de 2020. O resultado financeiro recuou 29% no segundo trimestre, ante um ano antes, para R$ 119 milhões. Segundo a companhia, o resultado financeiro foi impactado pela restituição de capital de R$ 2,7 bilhões e também pela taxa Selic menor, causando um impacto de R$ 35,1 milhões no lucro líquido do segundo trimestre.

Os prêmios totalizaram R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre, alta de 2,7%. O índice combinado subiu 6,7 pontos percentuais, para 77%. Em previdencia, o grupo amargou queda de 36,7% nas contribuições entre abril e junho frente ao mesmo período do ano passado.

S E G U R O S : P R Ê M I O S E M I T I D O S C R E S C E M 8 , 3 %

Na operação de seguros, os prêmios emitidos foram impulsionados pelos segmentos de rural (+21,4%) e prestamista (+6,5%). Já os prêmios de seguro de vida cresceram 2,8% no primeiro semestre, com destaque para o lançamento de novas modalidades em maio deste ano, o que levou os prêmios emitidos no segundo trimestre a um crescimento de 11,9% em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Com a oferta de três opções – Vida Leve, Vida Plena e Vida Total – a nova família de produtos agrega novas coberturas e assistências associadas ao cuidado com a saúde e bem-estar, incluindo o pet da família, além de um benefício premium no plano Vida Total, onde o cliente pode escolher entre as seguintes opções: pulseira inteligente (Smart Band), mapeamento genético ou terapia online.

Outro ponto de destaque foi a queda de 1,5 p.p no índice de sinistralidade total, mesmo com a decisão da companhia de pagar todos os sinistros relacionados à Covid-19, com destaque para os seguros: prestamista (-1,4 p.p.), rurais (-1,2 p.p.), vida (-0,6 p.p.) e residencial (-5,9 p.p.). Cabe destacar que, até o momento atual, já foram pagos mais de R$20 milhões em sinistros decorrentes de Covid-19.

P R E V I D Ê N C I A : R E S E R V A S D E P G B L E V G B L C R E S C E M 7,4 %

A operação de previdência foi a mais afetada pelos efeitos decorrentes da pandemia da Covid-19, levando arrecadação a uma queda de 10,1% no semestre. Entretanto, com a redução da aversão a risco e a melhora da rentabilidade apresentada pelos fundos, as reservas de previdência voltaram a crescer, atingindo a marca de R$293 bilhões ao final de junho.

C A P I T A L I Z A Ç Ã O : A R R E C A D A Ç Ã O S E R E C U P E R A E C R E S C E E M R E L A Ç Ã O A O P R I M E I R O T R I M E S T R E

Embora a arrecadação com títulos de capitalização tenha retraído 20,1% no primeiro semestre, vale destacar a forte recuperação da arrecadação no mês de junho, levando o segundo trimestre a um crescimento de 2,1% em relação ao primeiro trimestre do ano. No primeiro semestre de 2020, foram pagos cerca de R$31 milhões em prêmios de sorteio, para mais de 7 mil títulos contemplados.

A BB Seguridade Participações informou que vai distribuir R$1 bilhão 747 milhões e 565 mil a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos. O montante equivale a 95% do lucro líquido apurado no primeiro semestre de 2020, acrescido do saldo de dividendos prescritos relativos a exercícios passados.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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