Apesar do prazo de implementação do Acordo de Basileia 3 terminar em 2019, relatório da KPMG indica que já movimentos em direção da Basileia 4. De acordo com a publicação “Basileia 4 – Surgindo da névoa?” (Basel 4 – Emerging from the mist?, em inglês), as exigências de capital devem aumentar e, somente nos oito maiores bancos do Reino Unido, a previsão é que seja preciso manter £50 bilhões de libras a mais em capital, – além dos £260 bilhões já requeridos nos termos dos Acordos de Basiléia 3.
“Os agentes reguladores de todas as partes do mundo – bem como os próprios bancos – anteciparam os procedimentos para a implementação do Acordo de Basileia 3 como uma garantia contra outra crise financeira, elevando os níveis de capital que os bancos devem manter. Mas já existem fortes sinais de que estamos no caminho para o surgimento da próxima rodada de discussões sobre a estrutura conceitual de normas de capital, ou simplesmente, ‘Acordo de Basileia 4’”, afirma Lucio Anacleto, sócio da área de Financial Risk Management da KPMG no Brasil.
Segundo o relatório, os acontecimentos recentes irão resultar em três mudanças que poderiam formar a base do Acordo de Basiléia 4: a exigência para que os bancos atendam um menor índice de alavancagem; a restrição às vantagens oferecidas aos bancos que utilizam modelos internos para calcular as suas necessidades de capital; maior divulgação de informações por parte dos bancos.
“O Acordo de Basileia 3 constituiu somente um dos elementos da multiplicidade de reformas regulatórias em andamento. Os bancos precisam considerar o impacto conjunto de todas essas iniciativas, além do impacto do Acordo de Basileia 3 e dos movimentos na direção do Acordo de Basileia 4, sobre as suas estratégias e os seus modelos de negócios”, finaliza Anacleto.
Para ter acesso ao relatório completo, acesse http://www.kpmg.com/Global/en/IssuesAndInsights/ArticlesPublications/regulatory-challenges/Documents/emerging-from-the-mist.pdf