Brasil Alemanha, um boom de negócios*

max* a jornalista viajou para a Alemanha a convite da Allianz Brasil

24 horas no dia parece ser pouco para os executivos da Allianz, maior seguradora da Europa, quando o assunto é o Brasil. “Ser presidente da Allianz Brasil é a maior oportunidade que tenho na vida”, diz o chileno Max Thiermann (foto), que há sete anos comanda a subsidiária brasileira e em junho completa 21 anos dedicados ao grupo alemão.

Uma das mais recentes conquistas da equipe Allianz Brasil foi realizar as palestras do segundo dia do Encontro Brasil Alemanha 2010 no Allianz Arena, considerado um dos melhores estádios do mundo. “Esta é uma oportinidade única para todos que nunca vieram aqui antes”, comemora Daniela Satake, executiva de comunicação e relações institucionais da Allianz Brasil.

Assim como Max Thiermann estão outras centenas de executivos alemães e brasileiros. Pelos menos os 700 que estavam reunidos no antigo palácio real Residenz em Munique, Alemanha, neste domingo demonstraram enorme desejo de contribuir pela prosperidade da relação Brasil Alemanha. “Em 2008 tivemos 20 delegações empresariais no Brasil. Em 2010 já são mais de 40”, disse Weber Porto, presidente da Câmara Brasil Alemanha de São Paulo em seu breve discurso durante o jantar Premio Personalidade Brasil Alemanha 2010.

São mais de 1,2 mil empresas alemãs no Brasil, empregando 250 mil pessoas. Nos últimos dez anos, elas investiram mais de US$ 10,3 bilhões no Brasil e nos primeiros quatro meses deste ano o volume já chega a US$ 5,8 bilhões, informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, homenageado como a personalidade do ano. “A Alemanha é o maior investimento estrangeiro no Brasil e o quarto considerando-se todos os países do mundo”.

Do lado da Alemanha, o homenageado por contribuir para o estreitamento das relações dos dois países foi Bernd Pfaffenbach, secretário do Ministério da Economia e Tecnologia da Alemanha. “O Brasil passou pela crise de forma muito melhor do que a Alemanha. Os bancos brasileiros pouco sofreram devido ao conservadorismo das aplicações e pelas rígidas regras de controle”, comentou.

Pfaffenbach disse estar disposto a continuar seus esforços para que os dois países permaneçam nesta trilha de prosperidade, ampliando as discussões em âmbito mundial. “Vamos retomar as discussões Mercosul e União Europeia que estavam paradas há seis anos”, afirmou, recebendo uma onda de aplausos da platéia.

Em negócios, a Alemanha contabilizou mais de 14 bilhões de euros em 2009. Este valor representa 40% do volume comercial que a Alemanha tem na América Latina, sendo o Brasil o maior mercado. “As empresas alemãs já representam 10% do PIB do Brasil”, acrescentou o ministro. “O Brasil atrai as empresas alemãs como um imã”, disse o presidente da Câmara de Munique.

Este clima de otimismo deverá perdurar por um bom tempo. Estima-se que a Alemanha será responsável por aproximadamente 40% do investimento previsto de US$ 50 bilhões necessários para deixar o Brasil pronto para a Copa e para as Olimpíadas. E a Alemanha tem experiência nisto.

Preparou o país para a Copa de 2006, onde somente com os ingressos das 64 partidas de futebol arrecadou 9 bilhões de euros. Cerca de 3,4 milhões de turistas gastaram 800 milhões de euros no país e outros 6 milhões de euros em diárias de hotel. No Brasil, temos 12 estádios que precisam ser preparados.

“Construir um novo talvez seja mais interessante do ponto de vista de investimento como a Allianz fez no Allianz Arena, com o uso do nome por 30 anos”, opina Max Thiermann. Isso se investir na imagem do nome for o mais importante para o investidor, como fez a seguradora na Alemanha.

‘São muitas oportunidades e elas estão em todos os setores da economia brasileira”, repete o presidente da Allianz Brasil, patrocinadora máster do Encontro Brasil Alemanha 2010. “E a Allianz vem se preparando há anos e está preparada para captar essas oportunidades e para criar novas frentes que tornem a relação entre os dois países ainda mais estreita”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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