Perdas seguradas no setor atingiram pico na década de 80, quando o preço do petróleo caiu de US$ 35 para US$ 15. Queda no preço da commodity leva as empresas a reduzirem investimentos, o que acarreta uma ocorrência de perdas seguradas significativamente maiores no período seguinte ao corte nos investimentos.
As decisões de redução de custos na indústria de petróleo foram acompanhadas por um aumento dos riscos resultando em maior frequência de incidentes graves ou grandes perdas, de acordo com o recente Can Energy Firms Break the Historical Nexus?, da consultoria de risco e corretora Marsh. Segundo o estudo, que analisa a correlação sequencial histórica entre a derrocada no preço do petróleo, as perdas seguradas no setor de energia atingiram um pico no mundo na década de 80, logo após o preço do barril de petróleo bruto Brent cair de US$ 35 a US$ 15.
No final de 1990, este ciclo ocorreu novamente quando o preço caiu abaixo de US$ 10 por barril e novamente nos anos seguintes – em 2008, os preços diminuíram de US$ 100 a US$ 32 por barril. De acordo com o estudo, a queda dos preços do petróleo foi responsável por cortes em infraestrutura e gastos em manutenção, além de menores investimentos em medidas de saúde e segurança e treinamento de funcionários.
A derrocada nos preços leva as empresas a cortarem custos, incluindo treinamento de segurança eeducação, o que por sua vez, acarreta uma ocorrência de perdas seguradas significativamente maiores no período seguinte ao corte nos investimentos.
Apesar da queda das receitas, as empresas de petróleo devem manter o seu investimento em gestão de riscos para reduzir o potencial de grandes incidentes e sinistros em seguros. As companhias devem ter cuidado ao aplicar medidas de redução de custos em resposta a esta última crise para evitar uma repetição das grandes perdas que ocorreram no passado. As empresas que investem na gestão de risco têm visto benefícios reais.