IESS traça panorama da saúde da mulher no Brasil

Análise considera dados das beneficiárias de planos médico-hospitalares de 2013 a 2018

Fonte: IESS

A procura por mamografia teve um aumento relevante entre as beneficiárias de planos de saúde médico-hospitalares de 2013 a 2018. De acordo com a Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira, feita pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o total de exames desse tipo avançou de 4,8 milhões para 5 milhões entre 2013 e 2018, que acabamos de publicar. Alta de 5,1%. 

Mais importante, o levantamento mostra que a procura por mamografia cresceu justamente pelo grupo definido como prioritário pelo Ministério da Saúde, as mulheres com idade entre 50 anos e 69 anos. Para elas, o total deste procedimento subiu de 2,1 milhões, em 2013, para 2,3 milhões em 2018. Incremento de 7,3%. José Cechin, superintendente executivo do IESS pondera que apesar do resultado, essa faixa etária ainda responde por menos de metade dos exames desse tipo no País. “Os números demonstram que mesmo que aconscientização sobre o câncer de mama tenha crescido em decorrência de campanhas como o Outubro Rosa, ainda é necessário mais investimento em promoção da saúde das mulheres”, avalia. 

Enquanto o total de internações relacionadas ao câncer de mama avançou 19,7% no período analisado, passando de 34,9 mil para 41,7 mil, o de internações por câncer no colo de útero recuaram de 12,3 mil para 12,1 mil. Retração de 2,3%. Cechin pondera, entretanto, que é preciso fazer uma investigação mais aprofundada para entender se esse resultado é efetivamente positivo. “Entre 2013 e 2018, detectamos uma redução expressiva, de 6,8%, na procura pelo exame diagnóstico preventivo de câncer de colo de útero, conhecido como Papanicolau. Com isso, é preciso estudarmos mais detalhadamente a questão para entender se houve um recuo da incidência da doença ou se os casos estão sendo subdiagnosticados”, alerta. Em 2013, foram realizados 6,6 milhões de exames de citopatologia cérvico vaginal (Papanicolau). Já em 2018, foram 6,1 milhões. 

O Estudo do IESS ainda indica um expressivo incremento na utilização de métodos contraceptivos. O total de laqueaduras tubárias avançou 20,7% no período analisado, de 13 mil para 15,7 mil. Já o implante de dispositivo intrauterino (DIU) mais do que quadruplicou. Foram 40,2 mil procedimentos em 2013 e 167,7 mil em 2018. Alta de 317,2%. 

Até em decorrência desse comportamento, o levantamento detectou uma redução de 5% no total de partos no Brasil, de 535,7 mil partos para 508,9 mil. As cesarianas continuam respondendo pela maior parte dos procedimentos na saúde suplementar. Foram 425,9 mil ante 82,9 mil partos naturais em 2018. Ou seja, somente 16,3% dos partos são naturais. Vale lembrar, a meta da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é de no máximo 45% dos partos sejam cesáreas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse parto não responda por mais de 15% do total. Praticamente o oposto do registrado atualmente. “Apesar das metas estabelecidas, acreditamos que é preciso destacar que cada procedimento tem benefícios próprios e os casos devem ser avaliados individualmente em conjunto pela mãe e seu médico de confiança”, opina Cechin. 

Em relação a 2013, o total de cesáreas recuou 6%, passando de 453,2 mil para 425,9 mil. Já o total de partos naturais cresceu 0,5%, avançando de 82,4 mil para 82,9 mil. Os números, novamente, são referentes apenas aos procedimentos realizados na saúde suplementar. 

Susep abre consulta pública de autorregulação de corretores de seguros

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) colocou em consulta pública, a minuta de Resolução CNSP que estabelece condições de constituição, organização, funcionamento e extinção de entidades autorreguladoras do mercado de corretagem de seguros, de capitalização e de previdência complementar aberta.

A inciativa da Susep tem como pilares eficácia, produtividade, flexibilidade e economia. A autarquia entende que a autorregulação trará a experiência e o conhecimento dos próprios corretores para o mercado de seguros. 

O agente econômico terá o controle da atividade e, com isso, o aprimoramento será constante. No que se refere à flexibilidade, o mercado e os consumidores também ganham com mais rapidez, processos menos burocráticos e, consequentemente, redução de custos de fiscalização e supervisão e também de processos judiciais. Cabe esclarecer que a medida Provisória 905/2019 retirou da Susep a atribuição de regular e fiscalizar os corretores de seguros, mas não retirou do CNSP as competências regulatórias relativas às autorreguladoras do mercado de corretagem, e nem da Susep a função de fiscalizar as suas operações. A consulta estará disponível até o dia 19 de fevereiro de 2020.

Viva Previdência fecha 2019 com rentabilidades de 14,51% e 19,34%

Aplicação estratégica em títulos vinculados à inflação e em ações resultou em ganhos expressivos para os planos da fundação, bem acima da meta atuarial. Para 2020, política de investimentos foi revista, em razão da baixa dos juros básicos

Fonte: Viva Previdência

Os planos administrados pela Fundação Viva de Previdência, entidade fechada de previdência complementar, voltaram a ter resultados extremamente positivos em 2019, superando de longe a meta atuarial e as principais aplicações no mercado financeiro. As estratégias de investimentos adotadas pela Viva no ano passado permitiram uma rentabilidade dos planos Geaprev e Vivaprev de, respectivamente, 19,34% e 14,51%, ante uma inflação pelo IPCA no ano de 4,31%.

O Vivaprev, principal plano da Viva, com cerca de 49 mil participantes, tinha como meta atuarial para o ano 8,72%. Já para o Geaprev, mais novo, que possui aproximadamente mil participantes, a fundação estipulou a meta de 8,86%, mas o ganho em ambos os planos foi bem superior. Para se ter uma ideia, investimentos tradicionais, como a caderneta de poupança e aqueles atrelados ao CDI (taxa de juros) renderam no ano passado apenas 4,26% e 5,96% respectivamente.

As posições dos títulos públicos vinculados à inflação (NTN – Notas do Tesouro Nacional) e da alocação em bolsa de valores (ações) foram os principais responsáveis pelos ganhos dos planos da Viva Previdência. Com isso, a fundação manteve o longo histórico de resultados expressivos nos últimos anos.

O Vivaprev, atualmente com patrimônio de R$ 2,8 bilhões, obteve em 2017 rentabilidade de 16,44%, ante uma meta de 5,89%. Em 2018, mais um ótimo resultado, o plano rendeu 12,55%, para uma meta de 7,31%.

O GEAPREV, por sua vez, entre 2017 e 2018, também obteve resultados acima das metas atuariais. No primeiro ano desse período, o plano alcançou 14,05% de rentabilidade, com meta de 6,15%. Em 2018, o resultado foi superior, rendendo 14,46%, para uma meta de 7,57%.

“Os excelentes resultados obtidos pela Viva nos últimos anos e, em particular, em 2019, demonstram a adequada administração dos recursos dos nossos participantes e assistidos. Importante destacar que a gestão das políticas de investimentos dos nossos planos é executada de forma colegiada pela diretoria executiva, com suporte de comitê especializado”, afirma o diretor de Administração e Finanças da Viva, Júlio César Alves Vieira.

Para 2020, a fundação alterou sua política de investimentos em função da queda da taxa de juros, com a Selic atualmente em 4,5% ao ano, menor nível da história, o que torna menos atraente as aplicações em renda fixa. Neste ano, a política de investimentos, aprovada no final do ano passado, pelo Conselho Deliberativo, prevê alocação indicativa de 70% em renda fixa e 22% em ações e, complementarmente, 8% em fundos de investimentos diversificados, com o objetivo de superar os indicadores referenciais.

Perdas econômicas por desastres naturais atingem US$ 232 bilhões em 2019

catástrofes

A lacuna de proteção, que é a parte das perdas econômicas não cobertas por seguros, foi de 69% em 2019 – a quinta mais baixa desde 2000

A corretora Aon, uma das maiores do mundo, divulgou o tradicional estudo Weather, Climate & Catastrophe Insight: 2019 Annual Report. O relatório revela que os 409 eventos de catástrofes naturais de 2019 resultaram em perdas econômicas de US $ 232 bilhões, 3% abaixo das perdas anuais médias deste século, mas 20% inferiores à década anterior. Desse total, o setor privado e os programas de seguros patrocinados pelo governo cobriram US$ 71 bilhões do total – 6% acima da média do século, mas significativamente abaixo dos US$ 157 bilhões em 2017 e US$ 100 bilhões em 2018. Isso significa a lacuna de proteção, que é a parte das perdas econômicas não cobertas por seguros, foi de 69% em 2019 – a quinta mais baixa desde 2000.

Os 12 meses em análise geraram perda econômica de US$ 41 bilhões e eventos de perda segurada de US$ 12 bilhões, com os dois eventos de seguro mais caros, o Typhoon Hagibis e o Typhoon Faxai, ocorrendo no Japão e causando US$ 9 bilhões e US$ 6 bilhões em perdas seguradas, respectivamente. O risco individual mais caro foi a inundação, que causou perdas econômicas globalmente de US$ 82 bilhões, precedido pelo ciclone tropical, com US$ 68 bilhões.

Do ponto de vista climático, 2019 foi o segundo ano mais quente já registrado para temperaturas terrestres e oceânicas desde 1851. Temperaturas recordes de 46°C foram observadas na França e 42,6C na Alemanha, enquanto o período de janeiro a maio foi o mais chuvoso em recorde nos Estados Unidos, com 399 mm de chuva.

Andy Marcell, CEO da Aon Resseguros, comentou: “Após dois anos consecutivos de desastres naturais em 2017 e 2018, houve várias catástrofes moderadamente grandes, mas uma forte capitalização permitiu que o setor de resseguros administrasse confortavelmente as perdas. No entanto, como os padrões socioeconômicos se combinam com fatores científicos, como mudança climática ou extrema variabilidade climática, os custos financeiros potenciais em jogo só aumentam, de modo que a construção de resiliência é fundamental “.

O período 2010-2019 marcou a década mais cara já registrada, com danos econômicos atingindo US$ 2,98 trilhões – cerca de US$ 1,1 trilhão a mais do que 2000-2009 e com a Ásia-Pacífico respondendo por 44%. Entidades de seguros públicos e privados pagaram US$ 845 bilhões durante a década, sendo os EUA responsáveis ​​por 55%.

Steve Bowen, diretor e meteorologista da equipe de Previsão de impacto da Aon, comentou que a maior solução da última década de desastres naturais tenha sido o surgimento de perigos ‘secundários’ anteriormente considerados – como incêndios, enchentes e secas – se tornando muito mais caros. “Pesquisas científicas indicam que as mudanças climáticas continuarão afetando todos os tipos de fenômenos climáticos e subsequentemente afetarão áreas cada vez mais urbanizadas.Como os setores público e privado equilibram o entendimento da ciência com soluções de negócios inteligentes, isso levará a novos avanços que diminuem o risco físico e melhorar a conscientização geral “.

INPAO cria pool para dividir perdas e ganhos em contratos odontológicos

O plano odontológico INPAO é a primeira empresa a ingressar em um pool internacional na área de Odontologia. Nessa estratégia de negócios, a empresa divide o risco da apólice com outras seguradoras. Em caso de prejuízo, o pool oferece a cobertura da operação. Divide também o ganho. No caso de a empresa ter um excedente econômico, que conta como lucro líquido, ela transfere uma parte para o pool, ou seja, com as empresas que estão dividindo o risco, e um outro percentual do excedente vai para o cliente, que pagará menos pela apólice ou, dependendo do caso, não sofre reajuste.  “Isso cria oportunidade para que muitas multinacionais comecem a ingressar na nossa carteira de clientes,”, explica Claudio Aboud, diretor Administrativo-Financeiro do INPAO Dental.

Caixa Seguridade fecha parceria de 20 anos com Icatu, que fará aporte de R$ 180 milhões

Nova empresa terá exclusividade por 20 anos na distribuição de produtos

Fonte: Icatu

A Icatu Seguros e a Caixa Seguridade acabam de anunciar a conclusão do acordo para a abertura de uma nova empresa, que irá atuar com exclusividade por 20 anos na distribuição de produtos de capitalização nas agências e correspondentes bancários da Caixa Econômica Federal e também na rede de lotéricas. 

A Icatu terá 25% do capital total da nova companhia, enquanto a Caixa 75%. Com gestão e governança compartilhadas, a empresa será controlada pela Icatu, que vai deter 50,1% das ações ON (com direito a voto). Já a Caixa terá 49,9% das ações ON e 100% das ações preferenciais. 

Com este movimento, a Icatu consolida uma sólida parceria de mais de 20 anos com a Caixa Econômica no segmento de capitalização. A seguradora irá realizar um aporte de capital de R$ 180 milhões na nova empresa, valor que será repassado à Caixa Econômica Federal como pagamento pela concessão da utilização dos canais do banco. Caberá também a Icatu prover parte dos serviços para operacionalizar a nova companhia. 

“A Icatu possui um portfólio diversificado, com produtos comercializados em todas as modalidades praticadas pelas empresas de capitalização. Através da nossa expertise, poderemos oferecer uma variedade maior de produtos que atendam aos diferentes perfis de clientes da Caixa, de acordo com suas necessidades”, afirma Luciano Snel, presidente da Icatu Seguros. 

Para Marcelo Oliveira, diretor de Capitalização da Icatu Seguros, o negócio representa a confiança que a empresa deposita no segmento. “Nos últimos três anos nos unimos ao Banrisul na criação da Rio Grande Capitalização, compramos as operações da Cardif Capitalização no Brasil, a carteira de capitalização da SulAmérica e aumentamos nossa participação na CaixaCap, o que amplia cada vez mais nossa posição neste mercado e na oferta de produtos e soluções sob medida”, pontua. 

A Caixacap continuará comercializando os produtos de capitalização nos balcões do banco até fevereiro de 2021, data em que passa a contar o prazo de exclusividade da nova companhia.

O prazo para cumprimento das condições precedentes é janeiro de 2021. A efetivação da operação ainda está sujeita à aprovação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Banco Central (Bacen), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). 

Saiba quais são os seguros exigidos e recomendados para brasileiros em Portugal

Seguros pessoais e profissionais são obrigatórios por lei, tais como o de Acidentes Pessoais, Acidentes de Trabalho, Doença, Automóvel, Responsabilidade Civil, entre outros

Não são só os bancos que querem conquistar os brasileiros que invadiram Portugal. As corretoras e seguradoras também. Os números impressionam. O número de brasileiros morando em Portugal apresentou uma elevação de 43% em 2019. A quantidade total passou de 105.423 em 2018 para 150.854 em 2019. Agora, os brasileiros representam 1 em cada 4 imigrantes em território português. As informações foram divulgadas no dia 16 de janeiro pelo SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) ao jornal português Público e não incluem imigrantes ilegais, brasileiros com dupla cidadania e os que têm passaporte europeu.

E como esse povo todo tem de lidar com os seguros, previdência e planos de saúde? Como funciona o plano de saúde, a previdência pública e privada? O seguro de carro é obrigatório? E o da empresa? Quais as diferenças entre os seguro de vida daqui e de lá?

“Para quem pretende vir para Portugal, há que ter em conta a necessidade de contratar os seguros pessoais e profissionais obrigatórios por lei, tais como o de Acidentes Pessoais, Acidentes de Trabalho, Doença, Automóvel, Responsabilidade Civil, entre outros”, alerta Ricardo Pinto dos Santos, CEO da MDS Portugal, a maior corretora do país, ao blog Sonho Seguro.

Leia a entrevista:

Primeiramente, conte um pouco do mercado segurador português: com quantas seguradoras operam, quais os produtos mais vendidos, quais os seguros obrigatórios, se o setor tem apresentado crescimento na última década, se cresceu mesmo com a crise, e como se adapta à inovação. 

Num passado recente, o setor segurador português viveu um ciclo negativo provocado por um contexto económico desfavorável e por uma excessiva competitividade entre os players do setor, o que teve impacto nos resultados das seguradoras. Contudo, nos últimos anos, este ciclo inverteu-se e o setor tem recuperado o desempenho. Para tal, tem contribuído a aposta das seguradoras na adaptação à inovação, investindo em pessoas, tecnologias, repensando os seus modelos, processos e procedimentos, tal como se tem verificado noutros setores de atividade. E embora os indicadores sejam positivos, o mercado está num ciclo de consolidação, uma vez que este processo de inovação/evolução implica fortes investimentos.

E como está a MDS neste processo?

A MDS tem percorrido estes ciclos com sucesso, registrando sempre um crescimento anual significativo, o que revela consistência e robustez. Tudo isto é o resultado de uma equipa experiente e multiespecializada e da contínua aposta em inovação, tecnologia e ferramentas adequadas para fazer face aos desafios da sociedade moderna, o que nos tem permitido evoluir e diversificar a nossa atuação global. Na MDS, enquanto líder de mercado em Portugal, um dos maiores brokers do Brasil, e com presença em mais de 100 países através da nossa participada Brokerslink, temos vindo a fazer um importante trabalho de inovação e de antecipação das tendências, afirmando-nos como consultores de risco e de seguro dos nossos clientes, onde quer que estejam. 

Como funciona o sistema de saúde em Portugal? É totalmente público, com atendimento gratuito a estrangeiros residentes, ou é preciso ter um seguro privado?

Em Portugal existem dois sistemas de saúde: público e privado. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem uma estrutura completa e abrangente, quer ao nível das especialidades médicas, quer em termos de abrangência geográfica. É um serviço público e universal que assegura o acesso a toda a população, incluindo a estrangeiros residentes no país. Assim, após a atribuição do visto de residência, os estrangeiros residentes em Portugal têm acesso a cuidados de saúde primários e hospitalares, urgentes ou programados nas unidades de saúde pertencentes ao SNS. Tendencialmente gratuito, pode estar, contudo, sujeito ao pagamento de taxas moderadoras que variam de acordo com o tipo de cuidados de saúde prestados. 

E o sistema público?

Já o sistema privado tem evoluído ao longo dos últimos anos. Com oferta diferenciada, tem uma ampla rede nacional de prestadores de cuidados médicos e assegura uma maior celeridade no acesso a diferentes serviços de cuidados de saúde. Nos últimos anos, tem-se assistido a um aumento da procura de seguros de saúde: só no primeiro semestre de 2018, o número destes contratos cresceu 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os principais motivos deste aumento destacam-se os constrangimentos do SNS, com a falta de resposta célere e dificuldades no acesso a especialistas. 

As empresas contratam seguro saúde para seus funcionários?

Da parte das empresas, tem-se verificado também a aposta crescente na oferta do seguro de Saúde aos seus colaboradores, no âmbito da sua política de benefícios. Para além de ser um dos benefícios mais valorizados, há uma consciência crescente por parte das organizações de que o acesso a cuidados médicos e iniciativas de prevenção e bem-estar estão diretamente relacionados com o seu nível de compromisso, motivação e produtividade. Enquanto brokers, estamos a par da evolução do mercado de seguros de saúde, antecipando necessidades. O nosso conhecimento das inovações que vão sendo implementadas e o trabalho em parceria com os nossos clientes permitem-nos identificar qual a melhor solução para cada caso e encontrar alternativas que maximizem a relação qualidade/custo dos serviços e soluções. 

Como funciona? Há carências, co-participação?

O seguro de Saúde dá acesso imediato a uma rede alargada de cuidados médicos, que abrangem diversas especialidades e que asseguram consultas, urgências, exames médicos, internamento, cirurgia, tratamentos. Garante não só a cobertura de despesas em caso de acidente ou doença, como tem igualmente acesso a proteção financeira face ao constante aumento dos custos médicos.

E a Previdência? O brasileiro que vive em Portugal terá direito a aposentadoria no país? A partir de quantos anos? Quanto é o benefício médio pago pelo governo?

Em Portugal, só têm direito a reforma, termo usado aqui em Portugal para designar “aposentadoria”,  os trabalhadores que façam descontos para a Segurança Social durante pelo menos 15 anos. O valor da pensão é calculado em função dos anos de trabalho e da média do tempo que o funcionário contribuiu para o sistema. O teto da pensão é recebido a partir de 40 anos de contribuição e a reforma é calculada sobre 60% do último salário.

O tempo de contribuição determina quem tem direito à aposentadoria em Portugal, sendo que, atualmente, a idade para poder se aposentar (ou reformar) é 66 anos

E quem já contribuiu anos no Brasil?

É importante, no entanto, ressaltar que pessoas que trabalharam muitos anos no Brasil e contribuíram para a Previdência Social, mas hoje vivem, trabalham e contribuem para a Segurança Social Portuguesa não têm que recomeçar a contagem para se poderem reformarem Portugal (ou vice-versa). Graças ao acordo bilateral de Previdência Social entre Brasil e Portugal, podem transferir para cá os anos de contribuição em território brasileiro. Assim, caso surja uma oportunidade de trabalho em Portugal, pode mudar-se sem perder o direito aos descontos efetuados até ao momento.

E qual a idade para se aposentar?

O tempo de contribuição determina quem tem direito à aposentadoria em Portugal, sendo que, atualmente, a idade para poder se aposentar (ou reformar) é 66 anos. Contudo, existem regimes de exceção e de reforma antecipada que variam conforme o caso. Há também alguns valores mínimos de reforma portuguesa que se dividem em categorias:

  • 5 a 12 anos de serviço: € 251,47
  • 12 a 18 anos de serviço: € 262,11
  • 18 a 24 anos de serviço: € 280,19
  • 24 a 30 anos de serviço: € 313,54
  • Mais de 30 anos: € 415,44

Como funciona o sistema de previdência complementar privado? Há fundos próprios para aposentadoria com incentivos fiscais? Os fundos são ofertados apenas por bancos? As taxas de rentabilidade são mais atraentes do que fundos de investimentos?

Em Portugal há dois modelos do sistema de pensões: obrigatório e privado. O sistema obrigatório engloba as pensões da Segurança Social que são de contribuição social obrigatória para todos os trabalhadores dependentes. Com a atual perda real de rendimento das reformas e a diminuição dos valores das pensões, diversas instituições financeiras passaram a disponibilizar soluções de poupança (sistema privado), tais como Planos Poupança Reforma (PPR), Fundos de Pensões, Seguros, entre outras.  

Pode detalhar os PPR?

Os PPR, por exemplo, são uma excelente solução de investimento para complemento da reforma, apresentando uma tributação fiscal mais atrativa quando comparados com outras opções de investimento e poupança. Estas soluções podem ser uma opção para quem quer acautelar o futuro e garantir o equilíbrio financeiro. Para optar pela mais adequada, é essencial contar com o apoio de especialistas, como o caso da MDS, que ajudem a definir o seu perfil de risco e a escolher as melhores e mais adequadas opções de investimento tendo em conta esse mesmo perfil e o prazo de investimento.

O seguro de vida é um produto contratado juntamente com o plano de previdência complementar, para garantir o capital estimado no longo prazo mesmo com a morte do titular? 

Em Portugal não é muito frequente que as pessoas contratem Seguro de Vida e Pensões juntos. Aqui, este produto é considerado de caráter indenizatório e é contratado para manter a estabilidade da família em caso de sinistro. Entretanto, já existe uma espécie de seguro “misto” que tem sido mais usualmente adquirido

Quem montou um pequeno ou médio negócio, quais seguros deve contratar? Quais são as apólices obrigatórias e quais o empresário deve comprar para proteger seu patrimônio de perdas aleatórias e de perdas que ele pode causar a terceiros?

 A MDS dispõe de uma multiplicidade de soluções que protegem pessoas, patrimónios e negócios. Trabalhamos com diversas soluções de seguros para PMEs como, por exemplo Patrimoniais, Acidentes de Trabalho, Responsabilidade Civil, entre outros. Para grandes empresas, destacamos produtos como Saúde, Cyber, Ambiental, etc. Sabemos que cada empresa tem necessidades específicas de proteção, por isso, analisamos as características de cada negócio para apresentar a solução mais ajustada. 

O seguro de Acidentes de Trabalho é obrigatório para todos os profissionais que exercem atividades por conta própria

E para os trabalhadores autônomos, há seguro de incapacidade temporária ou de doenças graves como no Brasil? Qual a alternativa para eles?

Em caso de ausência do trabalho superior a três dias, há indenização pelos dias perdidos. Já no caso dos acidentes de trabalho, há um seguro que, tal como no Brasil, garante a cobertura das prestações devidas em caso de sinistro de que resulte incapacidade ou morte. O produto cobre acidentes ocorridos no lugar da prestação dos serviços ou no percurso de/para o local de trabalho, protege a remuneração do colaborador, cobre despesas decorrentes do incidente e dá acesso à assistência médica necessária.

Mas o acidente de trabalho é obrigatório?

É importante ressaltar que o seguro de Acidentes de Trabalho é obrigatório para todos os profissionais que exercem atividades por conta própria, mesmo que exerçam simultaneamente uma atividade por conta de outrem. A MDS também conta com soluções flexíveis pensadas exclusivamente para os trabalhadores independentes. No momento da contratação, esses profissionais podem escolher as coberturas que mais se ajustam à realidade das suas atividades profissionais, qualquer que seja o setor ou desempenhe essa função a tempo inteiro ou parcial. 

Quem fizer um empréstimo em bancos para comprar um imóvel, carro ou para investir num empreendimento, é obrigado a comprar Seguro Prestamista para garantir o pagamento do saldo da dívida em caso de invalidez ou morte? 

Assim como no Brasil, esta contratação não é obrigatória. É um seguro facultativo, mas é altamente recomendável adquiri-lo em situações de contratualização de empréstimos para fazer face a possíveis imprevistos que surjam, garantindo assim o pagamento do crédito. 

O seguro de Responsabilidade Civil para indenizar danos causados a terceiros é obrigatório na Europa? Qual a média de valor de indenização seria ideal contratar?

Na Europa, os seguros de Responsabilidade Civil são obrigatórios. O valor médio de indemnização varia, pelo que é aconselhável o apoio de especialistas. No caso da MDS contamos com uma equipa técnica multiespecializada que analisa cuidadosamente o perfil de risco e as necessidades de cada cliente de forma a encontrar a solução adequada.

E o seguro viagem, como funciona em Portugal?

Qualquer que seja o destino, a duração da viagem e o meio de transporte usado, o seguro de viagem garante de proteção contra os imprevistos que surjam. Este produto assegura proteção, por exemplo, em caso de acidente ou doença, perda ou furto de bagagem, perda de voo, assistência em viagem, em Portugal ou no estrangeiro, bem como o pagamento de montantes elevados com despesas médicas em caso de acidente ou doença, ou, em situações que justifiquem a evacuação ou o repatriamento para o país de origem. Na medida em que a exposição ao risco varia em função do território de destino, é cada vez mais crítica a análise aos diferentes cenários económicos e sociais. Neste sentido, poderá ser relevante garantir cobertura para causas e ocorrências relacionadas com riscos de guerra, atos de terrorismo ou mesmo a propensão para catástrofes naturais.

No caso de viagens de estudos, há seguros que têm convenção com os principais hospitais de Portugal. A contratação e as coberturas deste produto variam conforme as necessidades do contratante e de acordo com critérios como finalidade, duração, destino, entre outros.

A MDS tem uma diretoria só para atender esse tipo de cliente?

Na chegada a um novo país, um expatriado pode não estar familiarizado com a realidade do país destino, na qual se incluem os seguros. Assim, torna-se fundamental o aconselhamento de especialistas. O Grupo MDS, através da MDS Expat, fornece consultoria a todos os expatriados que cheguem a Portugal e precisem de encontrar soluções de seguros na sua língua nativa, acolhendo-os e apoiando-os nesse desafio. Contamos com equipas multilingues e escritórios em Lisboa, Porto, Coimbra e Vilamoura, bem como um call center exclusivo, o que nos permite oferecer um serviço de proximidade e especializado.

Há um seguro específico para ex-patriados?

Existe uma grande variedade de situações que exigem soluções personalizadas e inovadoras que só um corretor de seguros pode desenvolver. Entre algumas das principais soluções desenhadas especificamente para expatriados e disponibilizadas pela MDS Expat estão os seguros de saúde e de acidentes de trabalho. Pela nossa capacidade de atuação internacional, através da Brokerslink, uma empresa global de corretagem fundada pela MDS presente em mais de 100 países, permite-nos assegurar serviços de consultoria e gestão de risco a nível mundial.

SulAmérica faz check-up completo de carro por R$ 29,90

Fonte: SulAmérica

Com milhões de brasileiros circulando por todo o País nas férias de verão e um acréscimo já esperado de movimento nas estradas, é necessário redobrar a atenção. Para garantir a tranquilidade e a segurança aos clientes que aproveitarão a folga em janeiro ou fevereiro, a SulAmérica disponibiliza check-up completo para o veículo por R$ 29,90, desconto superior a 60% sobre o valor regular do serviço. A promoção também vale para os corretores de seguros parceiros da companhia. 

Em parceria com a Car10, a seguradora faz a revisão de mais de 50 itens automotivos, como sistemas eletrônicos, ar-condicionado, luzes, bateria e pneus. Uma reavaliação de todo o veículo garante uma viagem mais segura para todos os ocupantes do carro, e está em linha com a premissa da SulAmérica de cuidar das pessoas e dos seus bens mais importantes. 
A promoção é válida até 31 de janeiro. Para garantir o desconto, o cliente deve acessar um email encaminhado pela SulAmérica e clicar em um botão que o redireciona para um chat, ambiente em que fará o agendamento. 

DPVAT já contabiliza 421 mil restituições até dia 17

Fonte: Seguradora Líder

A Seguradora Lider registrou até às 18:00 do dia 17 de janeiro mais de 421 mil restituições processadas no site https://restituicao.dpvatsegurodotransito.com.br/. A empresa disponibilizou desde 15 de janeiro, uma solução tecnológica simplificada para facilitar a restituição da diferença dos valores pagos do Seguro DPVAT 2020 pelos proprietários de veículos. O recurso está disponível e a restituição da diferença dos valores pagos é feita diretamente na conta corrente ou conta poupança do proprietário do veículo. 

A restituição será feita por meio de depósito, exclusivamente na conta do proprietário. 

Ao enviar a solicitação, o proprietário recebe um número para o acompanhamento da restituição, no mesmo site. Após o cadastro, a restituição será processada pela Seguradora Líder em até dois dias úteis, dependendo, apenas, da compensação bancária para a sua finalização. 

É importante destacar que o site http://restituicao.dpvatsegurodotransito.com.br recebe somente os pedidos de restituição da diferença de valores pagos referente ao Seguro DPVAT 2020. 

Para o proprietário que pagou o Seguro DPVAT 2020 duas ou mais vezes, a solicitação da restituição destes valores deve ser feita pelo http://www.seguradoralider.com.br/Contato/Duvidas-Reclamacoes-e-Sugestoes
Os proprietários de frotas de veículos devem enviar um e-mail para [email protected]

Pagamento 2020

O Seguro DPVAT deve ser pago, uma única vez ao ano, junto ao vencimento da cota única ou da primeira parcela do IPVA, acompanhando os calendários estaduais. As informações completas de como pagar o valor de 2020 estão disponíveis no site www.seguradoralider.com.br

Os valores para pagamento do seguro DPVAT em 2020 são: 
• Automóveis e caminhonetas particulares/oficial, missão diplomática, corpo consular e órgão internacional — R$ 5,23; 
• Táxis, carros de aluguel e aprendizagem — R$ 5,23; 
• Ônibus, micro-ônibus e lotação com cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais) — R$ 10,57; 
• Micro-ônibus com cobrança de frete, mas com lotação não superior a 10 passageiros e Ônibus, micro-ônibus e lotações sem cobrança de frete (urbanos, interurbanos, rurais e interestaduais) — R$ 8,11; 
• Ciclomotores — R$ 5,67; 
• Motocicletas, motonetas e simulares – R$ 12,30; 
• Caminhões, caminhonetas tipo “pick-up” de até 1.500 kg de carga, máquinas de terraplanagem e equipamentos móveis em geral (quando licenciados) e outros veículos — R$ 5,78; 
• Reboque e semirreboque – Isento (seguro deve ser pago pelo veículo tracionador) 

Danos como os sofridos pela cervejaria Backer são cobertos por seguros

O especialista em seguro de responsabilidade civil, Walter Polido, acrescenta que o caso da Backer estaria automaticamente abrangido pela apólice RC Produtos tradicional, com relação aos danos a terceiros, inclusive morte

O risco de contaminação é algo comum no mundo. Há seguro para cobrir as perdas sofridas, como todos tem observado no caso da cervejaria Backer. Mas não é fácil conseguir uma apólice. O risco é grande e por isso a inspeção realizada pelas corretoras e seguradoras é minuciosa.

Ninguém no setor de seguros tem falado sobre o caso específico da Backer, sob investigação desde a semana passada depois de quatro mortes citadas como relacionadas a síndrome nefroneural. A substância, dietilenoglicol, é usada na indústria em processos de refrigeração. Os sintomas da contaminação começam com náuseas e, em até 10 dias, podem afetar o sistema neurológico e causar sequelas permanentes ou morte. Há ainda quatorze casos suspeitos da intoxicação provocada pela substância tóxica dietilenoglicol. A substância foi encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da Backer.

A cervejaria Backer apresentou à Justiça um vídeo com um suposto indício de sabotagem nos barris de monoetilenoglicol, substância usada em serpentinas de resfriamento da cervejaria na fábrica de Belo Horizonte, Minas Gerais. O vídeo foi anexado ao pedido da Backer para retomar as atividades na empresa.

Kátia Papaioannou, superintendente de RC e Ambiental na corretora de seguros Marsh Brasil, explicou ao blog Sonho Seguro que acidentes como o ocorrido na Cervejaria de Minas podem ser amparados por meio da contratação da apólice de Produtos Contaminados a qual visa amparar danos diretos decorrentes de produtos sucessíveis a contaminação acidental ou intencional por bactérias, vírus, toxinas, químicas, objetos estranhos e erros de embalagem, assim como os danos decorrentes de alteração “criminosa” (Tampering).

“Uma grande parte das indústrias de alimentos e bebidas, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, ainda não estão preparadas para controlar os efeitos causados em seus respectivos negócios, por um evento de contaminação acidental ou maliciosa”, alerta Luis Delegais, especialista em seguros de Responsabilidade Civil e Produtos Contaminados da AIG.

“Geralmente, os custos reputacionais, somados à todo o processo logístico de recolhimento e reposição do produto no mercado, acabam comprometendo a performance da empresa e, em casos extremos, podem levar a marca à falência”, comenta ele em post do blog da AIG.

Para que possam garantir a continuidade de seus negócios, empresas do segmento de bebidas a AIG oferece o Seguro para Produtos Contaminados , que garante o pagamento dos prejuízos diretos da própria empresa relacionados à contaminação de alimentos e bebidas. “A AIG auxilia seus clientes no controle dos efeitos gerados pela retirada de produtos do mercado, amparando desde custos como transporte, armazenagem, destruição, substituição e redistribuição do produto, até despesas de gerenciamento e consultoria de crise, além de garantir indenização para interrupção dos negócios causada diretamente pelo incidente”, diz Delegais.

O especialista em seguro de responsabilidade civil, Walter Polido, acrescenta que o caso da Backer estaria automaticamente abrangido pela apólice RC Produtos tradicional, com relação aos danos a terceiros, inclusive morte.

Ainda que se chegue à conclusão de que houve sabotagem de terceiros alheios ao segurado ou mesmo de empregados dele, a apólice RC Produtos garantiria as consequências da defectibilidade produzida na cerveja. Esta é a primeira análise técnica a ser feita, ainda que não sejam conhecidos todos os fatos, destaca Polido.

Há também no mercado internacional e algumas poucas seguradoras começam a trazer para o Brasil, o seguro específico para “Malicious Product Tampering Policy”, ou seja, a contaminação maliciosa dos produtos do segurado, uma espécie de “recall”, na medida em que o seguro garante as despesas com a retirada do produto contaminado do mercado, assim como a despesas para a reabilitação da marca (gerenciamento da crise), podendo garantir também os lucros cessantes do segurado, cita Polido.

“Neste tipo particular de apólice não há cobertura para os danos causados a terceiros, sendo que o seguro é praticamente da área de property. Os danos a terceiros devem e são garantidos exclusivamente através da apólice tradicional de RC Produtos”, acrescenta. “Podem coexistir os dois tipos de seguros, RC Produtos e Malicious Tampering, uma vez que eles garantem interesses diferentes, embora relacionados ao mesmo fato gerador dos danos”, finaliza o advogado especialista em RC.