Lucro da Zurich alcança US$ 3,1 bilhões no 1º semestre de 2025, impulsionado por seguros patrimoniais

mario greco zurich
divulgação

A Zurich Insurance registrou lucro operacional recorde de US$ 4,2 bilhões no primeiro semestre de 2025, um crescimento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido do grupo também avançou 1%, alcançando US$ 3,1 bilhões, impulsionado pelos bons resultados nos ramos de seguros patrimoniais (P&C), vida e na operação da Farmers.

O destaque ficou com o segmento de Property & Casualty (P&C), cujo lucro operacional subiu 9%, para US$ 2,4 bilhões — o maior da história da companhia. O faturamento bruto com prêmios e taxas de apólices cresceu 7%, somando US$ 27,1 bilhões, com reajustes médios de preços de 3%. A sinistralidade combinada melhorou 1,2 ponto percentual, chegando a 92,4%, beneficiada por menor impacto de catástrofes naturais (1,8%, ante 2,4% em 2024) e recuperação do segmento de varejo. A receita com seguros P&C passou de US$ 23 bilhões, alta de 7%.

Na linha de Vida, o lucro operacional foi de US$ 1 bilhão, em linha com 2024. O volume de prêmios e depósitos cresceu 14%, para US$ 18,2 bilhões, enquanto o valor presente dos prêmios de novos negócios subiu 20%, superando US$ 10 bilhões. A receita com seguros de curto prazo aumentou 11%, e as receitas com taxas avançaram 10%, totalizando US$ 384 milhões.

Já a divisão Farmers apresentou um crescimento de 4% no lucro operacional, que chegou a US$ 1,2 bilhão. Os prêmios emitidos brutos subiram 5%, alcançando US$ 15 bilhões, e os prêmios ganhos avançaram 3%, para US$ 14,2 bilhões. Apesar das perdas com incêndios florestais em Los Angeles em janeiro, o índice combinado melhorou significativamente, de 95,2% para 90,5%.

Segundo o CEO Mario Greco, os resultados demonstram a eficácia da estratégia da Zurich mesmo em um cenário volátil: “Estou orgulhoso desses resultados excepcionais, que refletem nossa disciplina técnica, capacidade de execução e força do portfólio diversificado. O negócio de Vida manteve o desempenho recorde do ano passado, com crescimento contínuo da demanda. Já a Farmers registrou resultados técnicos excelentes e aumento no número de apólices pela primeira vez em mais de uma década.”

Investimentos globais em InsurTech somam US$ 60,8 bilhões desde 2012, aponta relatório da Gallagher Re

por Reinsurance News

Segundo novo relatório da corretora de resseguros Gallagher Re, as startups de tecnologia para seguros (InsurTechs) já captaram e investiram cerca de US$ 60,8 bilhões desde 2012, ano em que a consultoria passou a acompanhar o setor. Desse total, aproximadamente 25% foram direcionados para empresas focadas em inteligência artificial (IA).

Andrew Johnston, autor do relatório e chefe global de InsurTech da Gallagher Re, destacou que embora US$ 60 bilhões represente um volume significativo de capital, esse valor é modesto diante dos investimentos aplicados em IA de forma mais ampla. “Nossa indústria está, sem dúvida, comprometida com a inteligência artificial, mas deveria intensificar esse foco. É responsabilidade das InsurTechs, das empresas de IA e do nosso setor apresentar os melhores casos de uso dessa tecnologia, se quisermos continuar relevantes para a sociedade que protegemos”, afirmou. Ele também alertou que ainda há certo ceticismo sobre o real impacto da IA nos seguros e resseguros, mas reforçou que se trata de uma tecnologia de geração única que não pode ser ignorada.

O relatório mostra que o setor levou cinco anos para arrecadar os primeiros US$ 10 bilhões, mas alcançou os US$ 20 bilhões apenas dois anos depois. Em 2021, auge dos investimentos, o total chegou a US$ 40 bilhões. Entre 2021 e 2022, mais US$ 10 bilhões foram injetados no setor, porém os últimos US$ 10 bilhões levaram cerca de três anos e meio para serem atingidos, refletindo um período de maior conservadorismo no mercado.

No segundo trimestre de 2025, os investimentos globais em InsurTech caíram 16,7% na comparação trimestral, totalizando US$ 1,09 bilhão. As InsurTechs de ramos patrimoniais e de responsabilidade (P&C) captaram US$ 362,22 milhões — o menor volume desde o primeiro trimestre de 2018. Por outro lado, as startups focadas em vida e saúde quase triplicaram o volume captado, atingindo US$ 728,47 milhões no período.

Freddie Scarratt, vice-chefe global de InsurTech da Gallagher Re, afirmou que a adoção da IA será um diferencial competitivo determinante para resseguradoras de P&C nos próximos anos. “Aquelas que souberem integrá-la de forma eficiente aos processos centrais — da precificação e subscrição à regulação de sinistros e alocação de capital — sairão na frente em um mercado desafiador”, disse.

Para ele, à medida que o setor evolui para lidar com o aumento do risco de catástrofes, o uso da IA também contribuirá para tornar o mercado mais estável e resiliente, capaz de proteger comunidades e economias em tempos de adversidade. “A jornada rumo à IA não é apenas uma questão de adoção tecnológica, mas de transformação do futuro da transferência de riscos”, concluiu.

Porto encerra inscrições para turma do programa Corretor Influenciador com mais de 2 mil inscritos

por Porto

 Em menos de duas semanas, mais de 2 mil corretores se inscreveram para o programa Corretor Influenciador, primeira iniciativa da Porto AcademIA, nova plataforma de desenvolvimento digital da Porto. A ação tem como foco preparar os parceiros da companhia para atuar com mais estratégia no ambiente digital, desenvolvendo habilidades em IA generativa, marketing digital e construção de marca pessoal.

A seleção dos participantes levou em consideração o engajamento com iniciativas da companhia, como a participação em treinamentos Porto Educ, adesão à campanha Fecha com a Porto e uso contínuo da Promodigital. Os corretores selecionados serão informados sobre a aprovação na primeira turma até o dia 8 de agosto, com início das aulas ao vivo e dos conteúdos na segunda quinzena do mês. 

Corretores que não forem selecionados neste momento estarão na lista de espera para as próximas formações e terão acesso a uma trilha paralela de capacitação. Todos os profissionais poderão participar de masterclasses mensais com temas voltados à presença digital, como ChatGPT, Instagram e WhatsApp para negócios.

Com a Porto AcademIA, a companhia fortalece seu compromisso com a educação e o protagonismo da rede de corretores, incentivando uma atuação mais conectada, estratégica e próxima do cliente, em linha com as transformações do mercado e da comunicação.

Grupo Generali registra lucro operacional de € 2,1 bilhões em seguros gerais no semestre

Philippe Donnet CEO Generali

A seguradora global Generali registrou lucro líquido ajustado de €2,237 bilhões no primeiro semestre de 2025, alta de 10,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pelo desempenho operacional robusto em todas as áreas de negócios. O lucro líquido totalizou €2,152 bilhões, com crescimento de 4,9%. O resultado operacional consolidado atingiu €4,049 bilhões, um aumento de 8,7%, refletindo a boa performance das áreas de seguros de ramos elementares (P&C), vida e gestão de ativos — pilares do plano estratégico “Lifetime Partner 27: Driving Excellence”.

O volume total de prêmios emitidos cresceu 0,9% na comparação anual, para €50,5 bilhões, puxado principalmente pelo avanço nos negócios de P&C. O resultado operacional da unidade de seguros patrimoniais saltou 18,4%, chegando a €2,046 bilhões, com melhora de 1,4 ponto percentual no índice combinado, que ficou em 91%. Segundo a companhia, esse avanço decorre principalmente da redução da sinistralidade corrente não descontada.

No segmento de seguros de vida, o resultado operacional avançou 3,1%, para €2,016 bilhões. O valor dos novos negócios foi de €1,559 bilhão, com leve recuo de 2%. Os ingressos líquidos no ramo de vida foram positivos em €6,3 bilhões, com destaque para os produtos de proteção, saúde, híbridos e unit-linked.

Na área de gestão de ativos e fortunas, o resultado operacional foi de €560 milhões, leve retração de 1,1% em relação ao primeiro semestre de 2024. A performance foi sustentada pelo bom desempenho da Asset Management (+11,7%), com contribuição relevante da Conning Holdings Limited (CHL). Por outro lado, a linha de holding e outros negócios teve resultado negativo de €280 milhões, ante €-227 milhões no ano anterior.

O lucro por ação ajustado (EPS) cresceu 12,5%, alcançando €1,47. Já o índice de solvência do grupo subiu para 212%, ante 210% no fim de 2024, refletindo a sólida geração de capital e a implementação de um programa de recompra de ações de €500 milhões.

Para o CEO do Grupo Generali, Philippe Donnet, os resultados confirmam o início bem-sucedido da nova fase estratégica da companhia. “Tivemos um semestre excelente, com avanço significativo em seguros e gestão de ativos. Crescemos substancialmente em P&C em todas as nossas principais geografias, impulsionados por uma estratégia focada em crescimento lucrativo. Também mantivemos a trajetória de crescimento nos ingressos líquidos em Vida e entregamos resultados sólidos na nossa plataforma global de Asset Management, com o apoio da Conning. Seguiremos nessa direção, buscando a excelência como Lifetime Partner dos nossos clientes, com foco nas prioridades estratégicas do grupo e geração de valor para todos os nossos stakeholders.”

Evento do IRB(RE) aponta desafios e caminhos para o setor de seguros

por IRB(RE)

Executivos, especialistas do mercado de seguros e resseguros do Brasil e do exterior, representantes do governo e do mundo acadêmico participam, nesta quarta-feira (06/08), do 2º Fórum IRB (P&D). Pela manhã, na abertura do evento, cujo tema é “Transferência de Riscos: Estratégias e Inovações”, o presidente do Conselho de Administração do IRB(Re), Maurício Quintella; o vice-presidente de Resseguros do IRB(Re), Daniel Castillo; o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira; o diretor de Regulação da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Carlos Queiroz; e a coordenadora-geral de Seguros e Previdência Complementar da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Mariana Arozo, apontaram desafios e caminhos para o setor.

Maurício Quintella destacou a criação do IRB(P&D) e a atuação do IRB(Re) como referência de inteligência no mercado segurador do Brasil. “Sua criação marca um novo capítulo na nossa resseguradora, voltada para a inovação, para a antecipação de riscos, para a construção de soluções que respondam a um mundo em rápida transformação, velocidade e complexidade inéditas”, explicou.

O vice-presidente de Resseguros do IRB(Re), Daniel Castillo, também ressaltou o pioneirismo da iniciativa. “Essa cooperação é importante para buscarmos soluções que atendam à sociedade. Temas complexos, como as mudanças climáticas, o uso de novas tecnologias e a transferência de riscos exigem atenção e dedicação. O conhecimento é fundamental para a correta transferência de riscos”, frisou.

Dyogo Oliveira destacou a importância e a necessidade de avançar rapidamente na agenda das mudanças climáticas. “Estou profundamente convencido que esse é um caminho sem volta, em que pese o trabalho que vem sendo feito em mitigação”, disse o presidente da CNseg. 

Carlos Queiroz, da Susep, também parabenizou a iniciativa de criar uma área dedicada à pesquisa e ao desenvolvimento, com uma equipe reconhecida por sua excelência no mundo acadêmico, e destacou a importância de promover fóruns para trocas de ideias com representantes de várias áreas do setor e atuar para transformar incertezas em oportunidades. “Vivemos uma era de riscos cada vez mais complexos. Nesse cenário, a inovação se revela essencial na transferência de risco”, afirmou.

Mariana Arozo, por sua vez, falou sobre a solidez e a capacidade do mercado segurador brasileiro, mas também sobre o déficit de proteção da população: “Há um espaço muito grande, muita oportunidade de expansão, de aumentar o acesso aos seguros. Temos desafios tanto para o Estado quanto para as seguradoras”.

Parcerias público-privadas na transferência de riscos 

O primeiro painel do 2º Fórum IRB(P&D) abriu espaço para as oportunidades e os desafios das parcerias público-privadas na gestão e transferência de riscos. Anderson Caputo Silva, chefe de Conectividade, Mercados e Finanças do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Fábio da Silva, do Banco Mundial; e João Geo, CEO da Pottencial Seguradora, falaram sobre o tema, sob a mediação Esteves Colnago, diretor de Relações Institucionais da CNseg.

Colnago introduziu o tema propondo aos debatedores a abordagem de desafios para que países promovam projetos importantes para a infraestrutura. “Quando a gente fala de parceria, a gente não deve ficar restrito às concessões, tem também as parcerias público-privadas, que se diferenciam da concessão, porque há uma necessidade de uma complementação por parte dos governos para viabilizar os projetos; você tem obras públicas, serviços e políticas públicas de uma forma geral, que demandam essa parceria com o setor privado e com o setor segurador”, explicou.

Anderson Caputo destacou as mudanças que estão acontecendo na relação com os organismos multilaterais, entre elas, a de sair do papel de catalisador e atuar como uma instituição que possa trazer financiamentos do setor privado: “O que multilateral traz é esse casamento entre a parte técnica, que a gente pode contribuir, com a parte financeira. Nessa ideia de trazer recursos, a gente está menos no empréstimo direto e mais na parte de garantias”.

Fábio da Silva, que trabalha há 30 anos em mercados de capitais e investimento, discorreu sobre os produtos financeiros do Banco Mundial para o mercado de seguros. Ele mostrou exemplos de atuação do banco em grandes eventos climáticos internacionais, como no Chile, Filipinas e Uruguai, reforçando a necessidade de incrementar as parcerias com seguradoras privadas. “Os indivíduos e as empresas estão mais e mais desenvolvendo essa cultura de entender e gerenciar risco, então a demanda vai continuar subindo, e pra gente é fundamental ampliar esse esforço de trabalhar em conjunto”, disse.

Em seguida, João Geo, CEO da Pottencial Seguradora, falou sobre a importância de um debate com os organismos internacionais e demais atores para desenhar e afinar parcerias. “Temos que sair daqui hoje com uma parceria banco-seguradora-resseguro”, resumiu Geo, destacando que os especialistas presentes no Fórum podem contribuir muito para o aprimoramento destas parcerias. “Parabéns ao IRB(Re) pela iniciativa, precisamos estar perto do mercado, conversando com o mercado, para que possamos desenvolver produtos, entender as necessidades e resolver os problemas que precisamos”, finalizou. 

Com o tema “Transferência de riscos: estratégias e inovações”, o evento é promovido pelo IRB(P&D), área do IRB(Re) com dedicação exclusiva à pesquisa e ao desenvolvimento, e tem apoio da CNseg. Entre os convidados, representantes do mercado de seguros e resseguros, do setor público e especialistas do Brasil e do exterior.

Enchentes no Sul evidenciam urgência de seguros contra desastres naturais

As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul em 2024 deixaram um rastro de destruição, perdas humanas e prejuízos bilionários. Cidades inteiras foram inundadas, milhares de pessoas ficaram desabrigadas e empresas tiveram suas atividades interrompidas por semanas. Em meio ao cenário de calamidade, um tema voltou ao centro das discussões: a importância do seguro como instrumento de proteção e resiliência diante de eventos climáticos extremos.

Ao abrir o painel, Claudia Prates expôs números relacionados à tragédia. Segundo Prates, os prejuízos chegam à casa dos R$100 bilhões. “O Rio Grande do Sul tem a quarta maior penetração de seguros no país e apenas R$ 6 bilhões foram cobertos. A maior parte para grandes riscos, cerca de R$ 3 bilhões; seguido de veículos, R$ 1 bilhão; e residencial, por volta de R$ 600 mil. O gap de proteção é enorme no Brasil”, afirma a diretora.

De acordo com Pricilla Santana, o Rio Grande do Sul é o estado que mais sofre com intempéries climáticas no Brasil, sejam eventos extremos generalizados ou focados. Entre 2020 e 2021, o estado foi atingido por seca e estiagem, que comprometeram a produção agrícola, mas que não alteraram a procura por seguros. Tanto que, de acordo com Cláudia Prates, nas inundações que ocorreram em 2024, cerca de 90% das famílias e dos pequenos negócios não estavam cobertos e apenas R$ 180 milhões em seguros foram destinados ao setor agrícola. 

“Vocês vão ver no limite que quem arcou com as despesas da calamidade foi o poder público, federal ou estadual”, afirmou a Pricilla, acrescentando que “22% dos negócios tinham uma apólice de seguro, mas nenhuma delas tinha as características que davam cobertura ao evento que enfrentamos”.

A secretária afirmou ainda que acredita que grupos seguradores do RS não devem encampar sozinhos o mercado gaúcho, mas que são necessários uma política nacional e outros players para assumirem a cobertura do estado. “O Brasil tem capacidade de aprendizagem e planejamento, mas falta cultura securitária”, afirma.

A tragédia no RS foi tema do primeiro Relatório Técnico do IRB(P&D). A análise, publicada em maio, destaca a influência do fenômeno El Niño e o bloqueio atmosférico que manteve a alta concentração pluviométrica na região como fatores que agravaram a tragédia, assim como o desmatamento, as falhas na gestão das comportas do rio Guaíba e o bloqueio dos canais de escoamento. Ao todo, 2,4 milhões de pessoas foram impactadas pelas enchentes, que ocasionaram 58 mil solicitações de indenizações ao setor de seguros, totalizando R$ 6,04 bilhões em sinistros.

Mapfre promove Luiz Padial à diretoria técnica e anuncia mudanças na liderança de seguro auto

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A MAPFRE anuncia mudanças na estrutura técnica de sua operação no Brasil. O executivo Luiz Padial, que até então liderava a diretoria de seguro Auto e Massificados, foi promovido ao cargo de diretor executivo técnico da Mapfre. Ele sucede Antonio Clemente, que assumirá uma nova função na sede global da MAPFRE, em Madrid, na Espanha, dentro da área corporativa de negócios. Na diretoria de Auto, no lugar de Padial, assume Thales Lemos.

Com mais de 20 anos de experiência no mercado segurador, Padial está na MAPFRE desde 2022. Ao longo da carreira, passou por diferentes multinacionais do setor, com atuação nas áreas de subscrição,gestão de portfólio e desenvolvimento de produtos. Desde sua chegada à MAPFRE, Padial tem liderado projetos voltados à eficiência técnica, análise de risco e melhoria de processos internos.

“É uma honra assumir essa posição em um momento tão relevante para o setor e para a MAPFRE. Temos uma operação madura no Brasil, com um time altamente qualificado, e vamos seguir investindo em conhecimento técnico, inteligência de dados e soluções de seguro conectadas às necessidades dos clientes, parceiros e corretores, e que nos faça conquistar mais participação de mercado”, afirma Padial.

A movimentação marca também uma nova etapa na carreira de Antonio Clemente, que atuava como diretor geral técnico da MAPFRE no Brasil. Com quase três décadas na companhia, Clemente acumulou passagens pelo Brasil, Colômbia, Peru e Espanha. No Brasil, liderou diversas unidades de negócio, incluindo a presidência da Brasil Assistência e a direção do Grupo Segurador Banco do Brasil e MAPFRE. Nos últimos anos, esteve à frente da área técnica, com foco na padronização de processos, governança e ganhos de eficiência operacional. 

A companhia também anuncia o executivo Thales Lemos como novo diretor de seguro Auto, uma das linhas mais estratégicas da operação brasileira. Com formação em Ciências Atuariais pela USP (Universidade de São Paulo) e 15 anos de experiência em tarifação e modelagem de produtos, Lemos estava há mais de três anos na MAPFRE, onde atuava como superintendente de market pricing e analytics de Auto. Sua trajetória é voltada à gestão técnica, modelagem de risco e estruturação de portfólio.

“A área de automóvel passa por transformações no mercado. Nosso desafio é manter a disciplina técnica, ao mesmo tempo em que buscamos soluções mais aderentes ao comportamento dos consumidores e à sustentabilidade do negócio. Temos uma equipe preparada e uma agenda estratégica para executar nos próximos anos”, afirma o executivo.

Com a nomeação de Lemos, a superintendência de Auto passa a ser liderada por Filipe Machado, até então gerente de market pricing Auto. Já a superintendência de seguros massificados permanece sob responsabilidade de Luiz Padial.
 

Talanx vende operações na Argentina e Uruguai para o grupo BARBUSS

Hannover, Buenos Aires e Montevidéu, 6 de agosto de 2025 – O grupo alemão Talanx anunciou a venda de suas operações de seguros na Argentina e no Uruguai para o grupo BARBUSS, holding global com atuação nos segmentos de seguros, gestão de sinistros e soluções financeiras.

As empresas negociadas são a HDI Seguros S.A. na Argentina e a HDI Seguros S.A. no Uruguai, ambas pertencentes à divisão Retail International da Talanx. A operação marca mais um passo na estratégia do grupo de concentrar sua atuação em mercados latino-americanos maiores e com maior potencial de crescimento rentável. Em fevereiro deste ano, a Talanx já havia deixado o mercado do Equador, onde mantinha uma operação de menor escala.

A HDI Seguros opera na Argentina e no Uruguai desde 2011, por meio da holding HDI International AG. Em 2024, a subsidiária argentina registrou um volume de prêmios brutos de ARS 87,7 bilhões (aproximadamente € 86 milhões), com 148 funcionários. No Uruguai, o faturamento em prêmios foi de UYU 1,63 bilhão (cerca de € 36 milhões), com uma equipe de 46 colaboradores.

Com a conclusão da operação, as duas seguradoras passam a ser controladas pela BARBUSS S.A., com exceção de uma participação residual de 10% na operação uruguaia, que permanece com a Talanx até a finalização dos trâmites regulatórios – prevista ainda para 2025.

Os valores financeiros da transação não foram divulgados.

Indenizações de seguros podem ultrapassar US$ 150 bilhões em 2025, prevê Swiss Re Institute

catástrofes naturais
Geleira colapsa e soterra vila suíça; imagens de satélite mostram impacto — Foto: Maxar Technologies

As perdas seguradas globais decorrentes de catástrofes naturais atingiram US$ 80 bilhões no primeiro semestre de 2025, de acordo com estimativas preliminares do Swiss Re Institute. Esse valor representa quase o dobro da média dos últimos dez anos e mais da metade dos US$ 150 bilhões (em valores de 2025) projetados para o ano inteiro, seguindo a tendência de crescimento anual de longo prazo de 5–7%. Como a atividade de catástrofes naturais costuma ser maior no segundo semestre, as perdas seguradas totais em 2025 podem, portanto, superar a projeção.

Os incêndios florestais que atingiram partes do condado de Los Angeles em janeiro representam, de longe, o maior evento de perda segurada por incêndio florestal já registrado, com perdas estimadas em US$ 40 bilhões. A gravidade excepcional dessas perdas foi causada por uma temporada prolongada de ventos de Santa Ana combinada à falta de chuvas, o que permitiu que os incêndios se espalhassem rapidamente e destruíssem mais de 16 mil estruturas em uma área com uma das maiores concentrações de imóveis residenciais de alto valor nos EUA.

As perdas causadas por incêndios florestais aumentaram drasticamente na última década, à medida que o aumento das temperaturas, a maior frequência de secas e mudanças nos padrões de precipitação se somam à expansão suburbana e à concentração de ativos de alto valor. Antes de 2015, as perdas seguradas relacionadas a incêndios florestais representavam cerca de 1% de todas as indenizações por catástrofes naturais. Com oito dos dez eventos de incêndios mais custosos já registrados nos últimos dez anos, a participação das perdas seguradas relacionadas a incêndios subiu para 7%.

Incêndios florestais são um risco constante em regiões quentes e secas com grandes áreas de vegetação, como na América do Norte. O principal fator de crescimento das perdas relacionadas a esse risco é o aumento da exposição em regiões perigosas. Devido à combinação entre alto risco e concentração de ativos valiosos, a maior parte das perdas por incêndios ocorre nos EUA, especialmente na Califórnia, onde a expansão para regiões de risco tem sido elevada. Desde 1990, o crescimento da exposição em zonas de interface urbano-florestal de alto risco (WUI, na sigla em inglês) superou o crescimento das zonas fora dessas áreas por um fator de 1,8 nos EUA, e de 1,9 na Califórnia.


Tempestades severas continuam sendo importante motor de perdas

As perdas seguradas com tempestades severas (também chamadas de tempestades convectivas severas, ou SCS) somaram US$ 31 bilhões no primeiro semestre de 2025. Embora o ano tenha registrado diversas tempestades destrutivas com granizo de grande porte e surtos de tornados nos EUA, as perdas totais provocadas por essas tempestades ficaram abaixo tanto da estimativa de tendência do Swiss Re Institute, de US$ 35 bilhões, quanto dos eventos recordes de 2023 e 2024. Ainda assim, as SCS continuam sendo um dos principais motores das perdas seguradas globais com catástrofes naturais.

As tempestades severas continuam sendo um dos principais vetores das perdas seguradas por catástrofes naturais, com variações anuais que evidenciam sua ameaça constante à propriedade e à infraestrutura. A urbanização em áreas propensas a riscos, a valorização dos ativos e a inflação ampliaram o impacto financeiro dessas tempestades. À medida que a exposição aumenta e os custos de reconstrução sobem, o Swiss Re Institute espera que as perdas associadas a esse risco continuem crescendo ao longo do tempo.

Jérôme Haegeli, Swiss Re’s Group Chief Economist, afirma: “O principal instrumento para aumentar a resiliência e a segurança das comunidades é investir fortemente em mitigação e adaptação. É aí que todos podem contribuir para reduzir as perdas antes que elas ocorram. Embora essas medidas tenham um custo, nossa pesquisa mostra que, por exemplo, medidas de proteção contra inundações, como diques, barragens e comportas, podem ser até dez vezes mais eficazes em termos de custo do que a reconstrução.”

Outros exemplos de medidas de adaptação incluem o reforço dos códigos de construção, o endurecimento das leis de zoneamento, o aumento da proteção contra enchentes e a restrição de ocupações em áreas suscetíveis a riscos naturais. O terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar em março foi uma tragédia humana, resultando em um número elevado de mortes. Os tremores foram sentidos até na Tailândia, Índia e China, causando perdas seguradas estimadas em US$ 1,5 bilhão apenas na Tailândia.

No final de junho, os efeitos de uma grande cúpula de calor levaram a temperaturas acima de 40 °C na Europa Ocidental e Central, acompanhados por surtos de incêndios florestais em diversos países. Nos Estados Unidos, chuvas torrenciais causaram enchentes repentinas catastróficas na região central do Texas em julho.

Com a temporada de tempestades convectivas severas (SCS) já tendo passado do pico nos EUA, o foco do segundo semestre se volta para a temporada de furacões do Atlântico Norte, que normalmente atinge seu ápice no início de setembro. As previsões indicam uma atividade de normal a acima da média, com expectativa de três a cinco furacões de grande porte — acima da média histórica de três.

Para seguradoras e comunidades expostas, o fator determinante do nível de perdas é o local onde um furacão atinge. O 20º aniversário do furacão Katrina serve como lembrete de que os ciclones tropicais — especialmente os de grande intensidade — representam riscos substanciais para as costas leste e do Golfo da América do Norte, além do Caribe. Para essas comunidades costeiras, a preparação e a resiliência antecipada são essenciais para minimizar os impactos.

Balz Grollimund, Swiss Re’s Head Catastrophe Perils, explica que “os resseguradores não atuam apenas como amortecedores para riscos extremos. Eles também têm um papel crucial em ajudar o mundo a se preparar e responder ao risco crescente de catástrofes naturais, por meio da compreensão, quantificação e transferência desses riscos. Seus modelos e ferramentas abrem caminho para parcerias entre os setores público e privado, oferecendo respostas inovadoras e práticas que ajudam as comunidades a se reerguerem mais rapidamente.”

Com 60% das perdas anuais seguradas por catástrofes naturais ocorrendo historicamente no segundo semestre, o período à frente continua sendo incerto. As perdas variam significativamente de um ano para o outro, com flutuações aleatórias causadas principalmente pela variabilidade natural do clima. Caso a tendência atual de perdas continue, as perdas seguradas globais com catástrofes naturais em 2025 poderão ultrapassar a projeção do Swiss Re Institute de US$ 150 bilhões (em valores de 2025). No entanto, esse resultado ainda depende da evolução dos principais riscos nos próximos meses.

US$ bilhões1º semestre 20251º semestre 2024Média de 10 anos*% variação vs média de 10 anos
Perdas econômicas14313010635%
Catástrofes naturais1351239936%
Causadas pelo homem88714%
Perdas seguradas87694785%
Catástrofes naturais80624195%
Causadas pelo homem77617%

*Nota: a média de 10 anos para o primeiro semestre refere-se à média das perdas ocorridas entre 2015 e 2024.
Fonte: Swiss Re Institute

Yelum promove experiências e ativações exclusivas no Festival de Inverno de Campos do Jordão

Patrocinadora do Festival de Inverno de Campos do Jordão, principal festival de música clássica da América Latina, a Yelum Seguradora – parte do Grupo HDI, um dos maiores conglomerados seguradores do país – encerra sua participação na 55ª edição do evento com ativações que traduzem o propósito da marca: proporcionar experiências marcantes, que conectam liberdade, segurança e bem-estar. A iniciativa, que ocorreu entre os dias 05 de julho e 03 de agosto, integra os projetos incentivados da companhia, que investe em ações culturais de impacto positivo e amplo alcance social.

Durante os três primeiros sábados de julho, a Yelum espalhou sua cor amarela pela cidade de Campos do Jordão a partir de experiências diferenciadas, pensadas para encantar e surpreender o público. Com ativações especiais no Parque Capivari e no Auditório Cláudio Santoro, a marca distribuiu brindes exclusivos e presenteou segurados, corretores e colaboradores com kits personalizados. A presença marcante nos relógios de rua, o reforço no atendimento e a operação dos guinchos na região reforçaram o compromisso da Yelum com cuidado e proximidade e, para estreitar ainda mais os laços, a marca promoveu ações de relacionamento únicas, como a oferta de ingressos para os espetáculos e um almoço especial para corretores convidados — momentos pensados para celebrar quem faz parte dessa jornada.

Além das ações na cidade serrana, a Yelum também marcou presença nas apresentações do Festival de Inverno que ocorreram ao longo do mês de julho na Sala São Paulo, ampliando o acesso à música de concerto e estimulando o contato com a arte como uma experiência transformadora e acessível.

“Para a Yelum, estar ao lado do Festival de Inverno de Campos do Jordão é mais do que apoiar um evento cultural, é investir em experiências diferenciadas que despertam emoção, promovem conexões genuínas e reforçam nosso compromisso com a valorização da cultura. A Yelum tem essa proposta de oferecer uma vida com mais liberdade, com cuidado e segurança para que nossos públicos possam explorar suas paixões, como a música neste caso.”, afirma André Truzzi, vice-presidente de Transformação do Grupo HDI. “Acreditamos no poder das leis de incentivo como instrumento para democratizar o acesso à arte e, ao mesmo tempo, gerar impacto social duradouro nas comunidades em que atuamos.”

Organizado pela Fundação Osesp, o Festival de Campos do Jordão é reconhecido por democratizar o acesso à música clássica e contribuir para a formação de novos talentos, por meio da integração entre estudantes, professores e músicos profissionais de todo o país. Entre os destaques, estiveram as apresentações da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp, Orquestra Sinfônica de Pernambuco, Orquestra Sinfônica Municipal de Santos e Brasil Jazz Sinfônica, entre outras.

IRB(Re) firma parceria com universidade da Dinamarca

O IRB(Re) firmou, nesta terça-feira (05/08), parceria com o Centro Europeu de Estudos em Risco e Resiliência, sediado na Universidade do Sul da Dinamarca (SDU), para uma colaboração voltada à inovação em seguros paramétricos agrícolas e gestão de riscos climáticos. O objetivo é unir ciência aplicada, inteligência artificial e conhecimento de mercado para fortalecer a resiliência climática frente a eventos extremos.

“Ao unir excelência acadêmica, visão estratégica e capacidade de execução, a parceria entre IRB(Re) e o Centro Europeu de Estudos em Risco e Resiliência posiciona o Brasil na vanguarda do desenvolvimento de soluções climáticas baseadas em evidência, com impacto direto na sustentabilidade do setor agrícola e na segurança financeira dos produtores”, destaca Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).

O Centro é referência internacional em estudos sobre riscos sistêmicos e resiliência climática, com atuação direta em projetos ligados a seguros, infraestrutura crítica e resposta a desastres. Complementando a parceria, a Willis Towers Watson (WTW) contribui com sua expertise em modelagem de riscos e desenho de produtos financeiros, garantindo que os avanços técnicos sejam aplicados em soluções práticas para o setor de seguros.

“A SDU é uma das universidades mais respeitadas da Europa, reconhecida por sua excelência interdisciplinar e pela capacidade de traduzir pesquisa avançada em soluções práticas para problemas globais, o que está alinhado aos nossos objetivos.  Nosso convênio prevê um programa robusto de pesquisa aplicada, com entregáveis bem definidos e distribuídos ao longo de dois anos de projeto”, explica Reinaldo Marques, do IRB(P&D), área do IRB(Re) com dedicação exclusiva à pesquisa e ao desenvolvimento.