Executivo da Marsh Brasil assume Conselho Consultivo da Abdib

O diretor executivo para Risk Management & Specialities da Marsh Brasil, Marcelo Elias, foi nomeado para o Conselho Consultivo da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base). O anúncio foi feito no último dia 15 na Assembleia Geral Ordinária da entidade na qual deu posse aos integrantes do Conselho de Administração e do Conselho Consultivo para o mandato entre 2017 e 2020.
O Conselho de Administração tem a função de contratar e orientar o presidente-executivo da Associação, e estabelecer as diretrizes para o planejamento estratégico e da gestão. Já o Conselho Consultivo tem a função de assessorar o Conselho de Administração em matérias de planejamento da Abdib e acompanhar o desenvolvimento das atividades de comitês e grupos de trabalho.

Novos empresários passaram a compor os dois conselhos, refletindo a abrangência da representação dentro da Abdib de segmentos de infraestrutura que passaram a compor a entidade. No total, 20 empresários compõem o Conselho de Administração da Abdib. Já o Conselho Consultivo é composto por 40 empresários. Ambos são formados pelos presidentes ou principais executivos das empresas associadas.
A nomeação do executivo da consultoria de risco e corretora de seguros e resseguros Marsh, reforça a posição do setor de seguros e resseguros para a estruturação de financiamento e garantias para o desenvolvimento de projetos de infraestrutura, uma das principais bandeiras da Abdib no momento.

Generali contrata Michele Cherubini como diretor de estratégia e novos negócios

A Generali Brasil Seguros, subsidiária brasileira da Generali e uma das principais seguradoras do mundo, contratou o executivo italiano Michele Cherubini para assumir a diretoria de Estratégia e Novos Negócios, com foco na implementação de estratégias e do marketing da empresa, além de fomentar novas oportunidades de acordos comerciais e parcerias.

Formado em Administração de Negócios pela Universidade de Roma, o executivo conta com oito anos de experiência em consultoria estratégica de bancos, outros dez em uma seguradora europeia multinacional, tem expertise em Marketing Direto, produtos de poupança Unit Linked e desenvolvimento de novos negócios.

Cherubini estará à frente do posicionamento estratégico das linhas e dos modelos de negócios, garantindo que estejam alinhados ao contexto competitivo do mercado brasileiro e aos objetivos do Grupo. Também será responsável pelo Marketing, inserindo o cliente no centro das ações, preservando a imagem institucional e garantindo os interesses da Companhia através do relacionamento junto às comunidades nas quais a Generali atua.

“O Brasil é um mercado muito promissor. Nosso posicionamento e adoção de estratégias são essenciais para oferecermos produtos de qualidade para todos os tipos de público. Estamos confiantes que alcançaremos novas rotas de crescimento no mercado nacional”, completa Andrea Crisanaz, CEO da Generali Brasil.

Seguradora da Triunfo paga R$ 149,8 mi para outorga de Viracopos

Fonte: Reuters

A Triunfo Participações e Investimentos anunciou, em fato relevante divulgado na noite de quarta-feira, que a seguradora Swiss Re Corporate Solutions Brasil pagou à Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) 149,8 milhões de reais referente à parcela da outorga do aeroporto de Viracopos.

A Justiça do Distrito Federal tinha concedido liminar no início de agosto suspendendo o acionamento de seguro para o pagamento da outorga do aeroporto, que está em processo de devolução amigável para o governo. No fato relevante, a empresa não deu mais detalhes sobre o acionamento do seguro.

Triunfo e a UTC Engenharia, sócias na concessionária que administra Viracopos, decidiram no final de julho pela devolução da concessão em termos negociados com o governo federal.

A concessionária, que afirma já ter investido cerca de 3 bilhões de reais no novo terminal do aeroporto, diz que houve frustração nas projeções de demanda, com impacto para a situação financeira.

MEC autoriza lançamento do primeiro MBA em Seguros a distância

Fonte: Escola

A Escola Nacional de Seguros obteve, nesta quarta-feira, 30 de agosto, autorização do Ministério da Educação – MEC para oferta do MBA Gestão de Seguros e Resseguro, primeiro MBA da Instituição na modalidade a distância (EAD). O parecer favorável foi publicado no Diário Oficial da União.

O curso chega para atender a um grande contingente de profissionais do setor, principalmente aqueles que moram em cidades onde a Escola não mantém Unidade. “Estamos muito orgulhosos com essa conquista, pois temos a certeza de que iremos beneficiar centenas, talvez milhares de profissionais que desejam ter no currículo um MBA com foco específico no setor”, comemora o diretor geral da Escola, Renato Campos.

A Instituição obteve nota máxima em todos os quesitos avaliados pelo MEC, o que comprova que o MBA terá qualidade igual à do programa presencial – que já é reconhecido pelos profissionais do setor –, mas com benefícios únicos do EAD, como flexibilidade de horário e local de estudo, e autonomia para ditar o ritmo do aprendizado.

Outro aspecto favorável do MBA a distância é o investimento, cerca de um terço menor que o do programa em sala de aula. “Temos uma enorme expectativa nesse curso, acreditamos que ele será um divisor de águas na história recente da Escola, justamente por poder ser cursado em qualquer localidade do Brasil e no exterior, principalmente por profissionais de países lusófonos”, avalia o diretor de Ensino Superior da Escola, Mario Pinto.

Com lançamento oficial marcado para setembro próximo, durante a Conseguro, e início das aulas previsto para março de 2018, o curso é composto por 22 disciplinas e tem investimento de R$ 15.260,00, parcelável em 24 vezes. Empresas conveniadas à Escola têm condições especiais.

EUA sofrem com catástrofes naturais e Brasil com as feitas pelos homens

Muitos dos clientes que receberam casas com falhas do Programa Minha Casa Minha Vida, um projeto do Governo Federal em parceria com a Caixa Econômica Federal lançado em março de 2009, no então governo Lula, poderiam estar em uma situação melhor se o risco tivesse sido mitigado de várias formas, inclusive com a compra do seguro de danos estruturais inerentes. Um dos produtos aprovados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), talvez o único, é o da Swiss Re. Mas a Caixa não contratou o produto.

Uma pena. Seria um bom apoio financeiro para resolver o que foi constatado pela Fiscalização do Ministério da Transparência. Quase metade dos imóveis destinados ao público mais carente do Minha Casa Minha Vida, construídos entre 2011 e 2014, apresentam algum problema ou incompatibilidade em relação ao projeto.

Segundo dados do Governo Federal, entre 2009 e 2015 o total investido no programa foi de R$ 114,8 bilhões para subsidiar imóveis das famílias que se enquadram na faixa 1 de renda, a mais baixa de todas. A grande falha dos participantes do projeto está nas prioridades. Uma das principais preocupações em relação ao programa é a taxa de inadimplência do beneficiário e não no que é entregue a ele. Se ele não recebe um imóvel decente, realmente a inadimplência será elevada. Um levantamento realizado ao final de 2016 mostrou que 25% dos beneficiários do PMCMV inclusos na faixa de renda mais baixa não estava pagando as prestações do programa, o que pode levar à perda do imóvel. No entanto, como mostra o relatório do Ministério da Transparência, muitos desses imóveis foram entregues em condições precárias.

Mas ainda é tempo. Afinal, como o objetivo do programa é proporcionar ao cidadão brasileiro condições de acesso à moradia própria, tanto em áreas urbanas, quanto rurais, ainda deve durar muito tempo, uma vez que o déficit habitacional ainda bate em 20% da população. No início de 2017, o programa passou pela terceira versão, com modificações de regras de financiamento.

Qual é a lógica dos governos ajudarem as vítimas de tragédias? Mitigar os riscos da pobreza. Dar condições para a população carente de ter moradia para poder ter condições de estudar e trabalhar. O país que não investe em crescer mergulha na corrupção, violência, drogas e guerras.

As seguradoras internacionais têm várias parcerias com governos para mitigar riscos. Só falta boa vontade de ambos sentarem para ajustar programas. Há vários exemplos no mundo que podem servir de referência. Tanto Swiss Re como Munich Re têm muito a dizer sobre esse tema. Nos EUA, por exemplo, há um seguro federal que ajuda na reconstrução de danos causados por catástrofes naturais como o furação Harvey.

Já no Brasil, livre de catástrofes naturais, tem a sua disposição seguros que podem ajudar com enchentes, desmoronamento e também para se precaver catástrofes feitas pelo homem, como serviços não executados como previsto em contratos. Além das seguradoras ofertarem cobertura financeira para danos cobertos no contrato, ajudam e gerenciar riscos, uma vez que fiscalizam as obras para evitar que o pior aconteça.

O blog Sonho Seguro entrevistou Silvio Steinberg, diretor técnico da Swiss Re Corporate Solutions, para entender melhor como funciona o seguro.

O que o produto de erros de projetos cobre?

Os erros de projeto podem ter cobertura em dois momentos. Ainda durante a obra/execução do projeto – nesse caso, é uma cobertura dentro das apólices de risco de engenharia (essa cobertura pode ou não ser contratada); e depois de a obra entregue. Na Swiss Re Corporate Solutions esse produto tem o nome de seguro de danos estruturais inerentes. Em ambos os casos, a cobertura garante possíveis danos comprovadamente originados a partir de erros no projeto. A verificação é sempre realizada por uma terceira parte isenta.

Ele tem sido comercializado ou há resistência dos clientes para comprar?

No Brasil, a demanda é baixa. Em países como França e Espanha essa contratação é obrigatória em todos os projetos. Em 2004, quando foram identificados erros estruturais no projeto do Aeroporto Charles de Gaulle, na França, esse seguro ficou popularmente conhecido. A obra já havia sido entregue e o aeroporto operava quando um dos terminais apresentou estalos e rachaduras.

O que intimida a venda. É o preço?

O preço sempre é um fator, uma vez que esse tipo de contratação encare os projetos. Porém, entendemos que soma-se a isso o desconhecimento sobre os benefícios do produto. Adicionalmente, vale destacar que o Código Civil brasileiro responsabiliza donos de projetos (construtoras, por exemplo) por qualquer dano comprovado pelo período de 5 anos decorridos da entrega da obra.

Treze seguradoras concorrem no prêmio “As 100 melhores empresas em satisfação do Cliente 2017”

Treze seguradoras estão entre as 100 melhores empresas em satisfação do Cliente 2017. As vencedoras em cada categoria serão conhecidas no próximo dia 5, na premiação do sexto ano pesquisa das Melhores Empresas em Satisfação do Cliente elaborado pelo Instituto MESC.

O grupo pesquisou o que clientes em todo o Brasil, pensam de 24 segmentos de mercado, entre eles seguro de carro, previdência e capitalização e seguros gerais. bem como construtoras e incorporadoras, colégios, atacadistas, supermercados, higiene e limpeza, indústria farmacêutica, comércio varejista, hotéis, cartões e serviços, call center, montadoras de veículos, bancos, financeiras, entre outros.

Segundo nota do grupo MESC, foram ouvidos, 315.932 clientes das mais de 6000 empresas citadas pelos clientes através do Programa de Recompensas MESC, que remunera pessoas para opinar sobre produtos e serviços adquiridos nos últimos 12 meses, entre Março de 2016 a Março de 2017.

Veja as seguradoras que concorrem:

Seguro Automóveis – Allianz, BB Mapfre, Porto Seguro, Tokio Marine, Zurich
Capitalização e previdência – Bradesco, BNP Paribas Cardif, Caixa, Icatu, Safra Previdência, Santander Capitalização
Seguros Gerais – Itaú, Seguradora Líder

Seguradoras usam drones para agilizar indenizações do furacão Harvey

As seguradoras americanas preparam dezenas de drones para sobrevoar casas e empresas com o objetivo de avaliar os danos causados pelo furação Harvey, sendo esse o primeiro uso generalizado de aeronaves não tripuladas para ajudar na regulação dos pedidos de indenização, informam as agências internacionais.

O uso de drones vinha sendo feito em pequena escala desde a aprovação do Federal Aviation Administration em 2015. Drones fornecem imagens aéreas que podem ajudar os inspetores de seguros a verificar os danos causado aos edifícios de forma mais rápida e segura, possibilitando assim agilizar o pagamento de indenizações.

A tempestade apresenta a primeira oportunidade para algumas dessas seguradoras testar suas novas frotas em grande escala. Os danos segurados causados pelo Harvey, que atingiu a terra na Texas na semana passada e mudou-se para a Louisiana na quarta-feira, são estimados em até US$ 20 bilhões.

A Travelers Cos. tem cerca de 24 drones prontos para serem usados ​​no Texas e cerca de 200 funcionários certificados pela FAA como pilotos de drone, de acordo com um porta-voz entrevistado pelo Wall Street Journal.

A Allstate Corp. espera fazer centenas de vôos por dia e milhares por semana com drones que usa em regime de contrato, de acordo com um porta-voz. Já usa rotineiramente drones para resolver reivindicações no Texas e em outros três estados.

A Farmers Insurance tem sete drones disponíveis para uso no Texas e 14 pilotos treinados para usá-los. Casa piloto pode inspecionar três casas por hora, enquanto um inspetor sem um drone pode demorar mais de uma hora a subir para um telhado gravemente danificado e inspecioná-lo, de acordo com Jarrod Murrieta, executiva da Farmers. “Estamos bastante confiantes” de que os pilotos podem fazer estimativas precisas com base em fotos, disse Murrieta. A empresa recebeu mais de 14 mil solicitações de indenizações no meio-dia de quarta-feira, disse um porta-voz.

Outras seguradoras querem avaliar a situação ainda mais antes de comprometer suas frotas. A United Services Automobile Association, ou a USAA, teve 10 mil pedidos a partir de terça-feira de vários lugares atingidos por Harvey, mas ainda não tomou a decisão de usar 12 de seus próprios drones e outros sob contrato.

A Chubb usará drones para propriedades comerciais ou para alcançar áreas que são inacessíveis, como ilhas de barreira, disse o porta voz Fran O’Brien.

Assurant e Marisa desenvolvem modelo para retenção de clientes

Release

A Assurant, empresa especialista em gestão de risco e proteção de bens, e a Marisa, maior rede de varejo de moda feminina e lingerie do Brasil, foram premiadas pela Associação Brasileira de Marketing Direto. A seguradora e a rede varejista desenvolveram um projeto para informar e reter clientes que contratam os serviços oferecidos pela Assurant na Marisa.

“Percebemos que havia uma oportunidade de atuar mais efetivamente na comunicação com as clientes, dando a elas informações mais claras sobre os benefícios e as vantagens dos seguros e assistências. Ações simples como o envio de mensagens via SMS, e-mail, melhor exposição da comunicação nos pontos de venda e o fornecimento de cartões personalizados contendo informações básicas sobre os serviços contratados, além de dicas e orientações de como utilizar as coberturas, ampliaram a percepção de valor pelas clientes da Marisa sobre os seguros”, comenta Vladimir Freneda, diretor comercial da Assurant.

Para Célio Lopes, diretor de Produtos e Serviços Financeiros da Marisa, o trabalho desenvolvido pela Assurant trouxe ganhos de produtividade. “A comunicação assertiva com nossa base de clientes trouxe um aumento do ciclo de vida da cliente. Este resultado comprova que conseguimos mostrar a ela a proposta de valor do serviço. Além disso, ações como essa resgatam e valorizam um ponto muito importante para nós, que é o bom relacionamento com a nossa cliente – afinal, somos uma empresa ‘de mulher para mulher’”, completa Célio.

O case, que também envolveu a Marketdata, empresa que atua com Marketing de Relacionamento, teve como um dos pontos de partida a criação de um modelo de análise para decifrar quais consumidoras eram mais propensas a desistir do seguro em um prazo inferior à média observada na operação. Com a identificação dessas clientes, a companhia desenvolveu ações mais direcionadas para falar com esse público.

“A Assurant tem como um de seus principais pilares garantir que a experiência do consumidor seja positiva. Só através dessa prática e disciplina é que conseguimos desenvolver nossos produtos de forma a serem percebidos como importantes no dia a dia de cada segurada”, afirma Freneda. O executivo ainda destaca que o know how e a capacidade de inovação fez com que Marisa e Assurant pudessem desenvolver e oferecer propostas vantajosas às clientes e ao próprio sucesso do negócio.

Perdas do furacão Harvey podem chegar ao Brasil por meio do IRB Brasil Re

Atualização 20:20 – O IRB Brasil Re divulgou comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no qual afirma que “no que se refere aos impactos do furacão Harvey não teve impacto em sua sinistralidade”.A preocupação dos investidores em relação ao IRB se deve ao fato de que do total de R$ 1,5 bilhão de prêmios emitidos pelo ressegurador no trimestre, 30% (R$ 460 milhões) foram no exterior e 70% (R$ 1 bilhão) no Brasil. No mesmo período do ano passado, 23% dos prêmios estavam fora do país e 77% eram locais.

16:00 – O furacão Harvey parecia bonzinho quando tocou a terra, mas já é comparado aos piores de seus pares nesta década. E ainda vai trazer prejuízo para o Brasil, por meio do IRB Brasil Re, que por meio de sua subsidiária nos Estados Unidos assumiu uma pequena parte do contrato de catástrofes que será acionado para pagar um pedaço das perdas, contaram fontes que pediram anonimato. Acredita-se que o IRB, listado em bolsa, faça um comunicado ao mercado ainda hoje para dimensionar a perda, que deve ser pequena, e tranquilizar investidores que apostaram em seu recente IPO e se mostram preocupados.

As ações de seguradoras e resseguradoras nos EUA apresentam queda desde segunda-feira, quando as empresas especializadas em calcular perdas começaram a sinalizar os estragos provocados pelo Harvey, principalmente no sul do Texas. As 24 maiores empresas do setor de seguros perderam cerca de US$ 12 bilhões de seu valor de mercado na segunda-feira. Segundo analistas, o Harvey, um dos primeiros furacões da temporada que acaba de se iniciar e se estende até outubro, pode ser um das 10 mais caros considerando-se os Estados Unidos.

De acordo com agências internacionais, o JPMorgan Chase estima a conta das seguradoras entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões. Porém, a cada dia a conta sobe. Se as explosões em refinarias se concretizarem, os custos serão realmente gigantes. David Havens, analista de seguros da Imperial Capital em Nova York, disse à Bloomberg News que a conta final poderia atingir até US$ 100 bilhões.

Por custar cara a cobertura de inundação, a penetração do seguro é baixa em seguros pessoais, como residência e carro. Parte do custo com enchentes em residências é arcado pelo programa do governo, conhecido como Programa Nacional de Seguro de Inundação. Segundo Charles Watson, da Enki, os danos a residências podem superar US$ 30 bilhões, sendo que apenas 10% desse valor conta com seguro.

Apesar da perda ser grande, danos catastróficos estão concentrados em seguradoras específicas, que atuam com a cobertura de inundação. Já quando o assunto vai para grandes riscos, as perdas podem ser bem maiores, uma vez que a penetração de seguro no mundo corporativo americano é bem maior. Além das perdas em patrimônios, há danos financeiros. E vale lembrar que o Texas concentra a infraestrutura energética dos Estados Unidos. O Harvey forçou o fechamento temporário das plataformas de extração de petróleo e gás natural no golfo de México. Segundo as agências internacionais, cerca de 22% da capacidade de produção da região esteja suspensa.

BlackRock vê mais risco entre as seguradoras do que em 2008

Fonte: Bloomberg

As seguradoras se deram muito mal na crise financeira de 2008. Quase uma década depois, a BlackRock analisou os US$ 5 trilhões em investimentos do setor nos EUA para entender como ficariam se os mercados tivessem outro colapso daqueles.

A resposta: pior ainda.

A maior gestora de recursos do mundo examinou documentos regulatórios de mais de 500 seguradoras e criou modelos das carteiras delas, submetendo-os a uma pressão negativa similar. Os ativos dessas seguradoras – que sustentam suas obrigações em relação aos segurados dos EUA – sofreriam perda média de 11 por cento. Pelos cálculos da BlackRock, seria um recuo bem maior do que as perdas “marcadas a mercado” do segmento no período mais agudo da crise.

O motivo é bem simples. As seguradoras tiveram de compensar as perdas após a crise. Mas como a década seguinte foi de juros baixos, essas instituições precisaram ir além dos títulos de renda fixa mais convencionais. Agora, detêm enormes quantidades de ações, títulos de alto rendimento e uma variedade de ativos alternativos – cesta que pode incluir participações em imóveis, fundos de hedge e companhias privadas, que costumar ser difíceis de vender.

“Essas carteiras estão recebendo mais risco a cada ano”, disse Zach Buchwald, responsável pelo grupo de instituições financeiras da América do Norte da BlackRock. Essas mudanças podem se tornar permanentes, especialmente porque muitas alocações não são facilmente revertidas, ele acrescentou.

A nova diversidade deve proporcionar enorme benefício, de acordo com Buchwald. Afinal, foi a concentração das aplicações em títulos garantidos por hipotecas e em determinadas ações que criou as maiores armadilhas durante a crise, segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No entanto, até investimentos que parecem diversificados podem sofrer grandes perdas se não houver precaução para que os preços dos ativos não caiam todos ao mesmo tempo.

A BlackRock examinou os ativos das seguradoras porque está oferecendo um serviço de análises e consultoria chamado Aladdin, para essa clientela testar como carteiras complexas se comportariam sob várias condições, de modo que possam ser preparadas para suportar uma catástrofe.

‘Mercado esticado’

O momento escolhido para essa avaliação é interessante. As ações dos EUA são negociadas perto dos maiores preços em registro e o banco central (Federal Reserve) começou a reverter medidas extremas que duraram anos. Em Wall Street, a grande discussão é se haverá uma correção acentuada e, se for o caso, se fissuras nos mercados financeiros podem se abrir em crateras, como ocorreu há uma década.

“A forte ‘busca por rendimento’ permanece visível entre os não bancos”, afirmou o principal conselheiro de economia da Allianz SE, Mohamed El-Erian, em coluna na Bloomberg View publicada neste mês. O grupo dos não bancos, formado sobretudo por seguradoras, partiu para classes de ativos que “incluem o que a maioria considera um mercado esticado para títulos de alto rendimento”.

Algumas seguradoras discutem abertamente a nova postura. A Athene Holding ? seguradora que deixa a supervisão de seus investimentos a cargo da Apollo Global Management ? aposta em instrumentos de dívida complexos e difíceis de passar para frente. Sua carteira de ativos alternativos, que responde por 5 por cento do total, apresentou retorno anualizado de 12,3 por cento no segundo trimestre.

A Athene está entre as seguradoras que trabalham junto com firmas de private equity, apostando que são capazes de gerar retorno superior ao de seus pares focados em investimentos tradicionais. Mesmo MetLife e Prudential Financial ? duas das maiores e mais antigas provedoras de seguro de vida dos EUA ? revelaram que, na busca por rendimento, estão investindo em propriedades comerciais e dívidas negociadas no mercado privado.

–Com a colaboração de Sabrina Willmer e Katherine Chiglinsky