Executivos das globais Everest Re, Liberty Mutual Reinsurance e Mapfre Re afirmaram, durante o Rendez-Vous de Septembre (RVS) em Monte Carlo, que os níveis de retenção e as condições contratuais permaneceram estáveis e não há sinais de mudanças significativas para as renovações de janeiro de 2026.
No painel organizado pela Aon Reinsurance Solutions, mediado por Alfonso Valera, participaram Dieter Winkel (Liberty Mutual Re), Jill Beggs (Everest Re) e Miguel Rosa (Mapfre Re). Os líderes destacaram a importância de manter disciplina de subscrição, sobretudo em relação a retenção e precificação, reforçando que a atual estrutura de resseguro equilibra riscos e retornos de forma sustentável.
Winkel ressaltou que o mercado trabalhou intensamente nos últimos dois anos para elevar os níveis de retenção (dedutíveis), com o objetivo de evitar perdas não precificadas. No entanto, observou que muitas seguradoras passaram a pressionar por reduções após sofrerem sinistros não modelados e sem recuperação. Para ele, o desafio está em precificar adequadamente as camadas inferiores de risco, onde a frequência de perdas aumentou.
Rosa concordou e observou que, especialmente na Europa, a rentabilidade segue pressionada e exige manutenção da disciplina em retenções e prêmios, com atenção especial aos riscos secundários.
Já Beggs reforçou que os níveis de retenção e condições contratuais seguem estáveis e devem permanecer assim em 2026. Segundo ela, a prioridade é manter equilíbrio sustentável entre risco e retorno de longo prazo.