Folha: captação de planos VGBL caiu 80% após IOF, e mercado está paralisado, diz entidade

Confederação de seguradoras afirma que governo poderia conseguir mais de R$ 50 bi em fontes de receita com dividendos e petróleo

Fonte: Adriana Fernandes, da Folha

A CNseg informou que houve queda de 80% das captações em VGBL após a edição do decreto de alta do IOF. De acordo com a entidade, a receita esperada de IOF de VGBL ficou perto de zero neste período e o mercado está hoje paralisado. A CNseg calcula que, mantendo a dinâmica dos primeiros dias após a publicação do texto, o efeito estimado em um ano pode chegar a R$ 150 bilhões a menos em captação em VGBL na comparação com 2024.

A previsão é que a captação líquida ficará negativa neste e nos próximos anos, após um superávit de R$ 70 bilhões em 2024. A nota destaca que o governo Lula pode conseguir mais de R$ 50 bilhões em fontes de receita com dividendos e petróleo, o que representaria mais que o dobro das estimativas de arrecadação com aumento do IOF.

A confederação cita duas reportagens da Folha que mostram que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o BB (Banco do Brasil) e a Petrobras acumulam uma reserva de lucro de R$ 28,94 bilhões que pode ser repassada na forma de dividendos e outra sobre receitas de petróleo para reforçar o caixa do Tesouro Nacional e ajudar no Orçamento deste ano.

Além disso, a CNseg diz que há outras fontes que podem ser discutidas como novos leilões de energia, leilões de portos e receitas com transações tributárias (acordo com contribuintes de débitos em litígio) para setores específicos

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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