Diretora da FF Seguros mostra que tecnologia sem humanização não garante crescimento

Em meio ao cenário desafiador que o setor de seguros enfrenta no Brasil — com a chegada do novo Marco Legal de Seguros, a regulamentação das cooperativas de proteção veicular, obrigatoriedade de aportes em projetos ambientais e mais recentemente a cobrança de IOF do VGBL sem aviso prévio —, é preciso muita calma para não deixar escorrer pelos dedos um setor que é tido mundialmente como uma grande oportunidade de investimento por viver atualmente o que podemos chamar de caos, com tantas mudanças necessárias para se adaptar a novas regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep). 

A FF Seguros, que acaba de completar 15 anos de operação no país, aposta numa estratégia ousada de crescimento acelerado. O plano inclui expansão tanto no mercado de grandes riscos quanto no varejo, apoiado por uma robusta transformação digital. Mas, se o avanço tecnológico é indispensável, o aspecto humano torna-se ainda mais crítico para garantir que o crescimento seja sustentável num ambiente recheado de desafios regulatórios que potencializam a concorrência entre seguradoras. 

A convicção que orienta todo o plano da subsidiária brasileira da canadense Fairfax Financial Holdings para os próximos anos é: seja qual for a revolução tecnológica, a disrupção regulatória ou o tamanho do caos, o lado humano nunca deixará de ser a principal alavanca de crescimento, de confiança e de transformação, explica Isabel Alves Azevedo, executiva de Pessoas & Transformação da FF Seguros. “Tentar controlar o caos, na maioria das vezes, apenas paralisa”, reflete. “O que o contexto exige da liderança é outra coisa: agir com consistência, ética e coragem — mesmo quando o cenário ainda não oferece garantias.” Ela participou, na semana passada, de um encontro com os colaboradores com foco em compliance e reforça: “No caos, a ética não é o que freia. É o que garante movimento com discernimento.”

A ambição é clara. A companhia projeta uma expansão consistente, lastreada em tecnologia, uso intensivo de dados e inteligência artificial (IA). Mas, nesse ambiente em que algoritmos são capazes de tomar decisões em milissegundos, surge um desafio silencioso, porém vital: como preservar o fator humano, a empatia e o julgamento ético em meio a tamanha velocidade e complexidade?

“A inteligência artificial já é parte do cotidiano das organizações — e vivemos, de fato, uma overdose de ferramentas, plataformas e soluções que prometem eficiência em escala”, afirma. “Mas o verdadeiro diferencial competitivo não está na tecnologia isolada. Está no encontro entre dados precisos e decisões com propósito.” Ela reforça que, em um mundo cada vez mais automatizado, a vantagem está em traduzir dados em decisões que geram sentido — para as pessoas e para os clientes. “É nesse ponto de convergência entre algoritmo e empatia, precisão e contexto, que as empresas constroem aquilo que realmente importa: experiências mais relevantes, relacionamentos mais autênticos e soluções que fazem sentido para quem está do outro lado.”

No novo ciclo que se desenha, liderar não será mais exercer controle sobre processos, mas sim ser um facilitador de diálogos, um curador de significado e de confiança. Esse modelo exige uma mudança radical na forma como as seguradoras tradicionalmente operam. No setor de seguros, onde os modelos atuariais convivem com milhares de variáveis de risco, o excesso de dados não necessariamente traz clareza. Ao contrário, pode tornar o cenário ainda mais enigmático.

“COMPLIANCE NÃO É NORMA, É CONSCIÊNCIA APLICADA. É CULTURA, NÃO BUROCRACIA”

Foi esse raciocínio que norteou a recente Semana de Riscos e Compliance da FF Seguros. Longe de ser uma série de treinamentos burocráticos sobre normas, o evento teve como proposta principal discutir o papel do compliance como vetor de cultura organizacional. “Compliance não é só saber a norma. É ter a consciência de como aquela decisão impacta pessoas, reputação e sustentabilidade do negócio”, resume Isabel. “O maior risco de uma transformação é não ouvir quem vive a consequência.”

A FF Seguros aposta que o grande diferencial competitivo do futuro não estará apenas na capacidade de estruturar dados ou automatizar processos. Estará, sobretudo, na habilidade de construir confiança em tempos de incerteza. A executiva cita uma reflexão da autora Rachel Botsman: a confiança não está em crise, está em transição — saindo das instituições e migrando para as relações humanas. E isso vale tanto para a relação entre seguradora e cliente quanto para os vínculos internos com times e parceiros comerciais.

“Se as seguradoras querem se manter competitivas num mercado que caminha para ter ainda mais players, inclusive as cooperativas agora regulamentadas, elas precisarão oferecer mais do que produtos. Precisarão oferecer segurança, pertencimento e propósito”, avalia Isabel. Num ambiente moldado por regulações cada vez mais complexas — como as exigências do S1 e S2, o debate sobre IOF no VGBL e até a obrigatoriedade de aportes em projetos ambientais —, a agilidade ética torna-se uma competência-chave.

“É decidir rápido, mas sem abrir mão dos fundamentos. É sustentar discernimento sob pressão. É escolher o certo, mesmo quando a solução mais fácil parece justificável. No fim, o que sustenta uma organização não é a norma, é o comportamento diante do imprevisto”, pontua Isabel. “

Tradicionalmente, o mercado de seguros é formado majoritariamente por engenheiros, estatísticos e atuários — profissionais treinados para reduzir incertezas a modelos matemáticos. Mas a FF Seguros percebe que isso não basta mais. “O segurado quer uma experiência sensorial. Ele quer que sua apólice esteja mais próxima da realidade da vida dele”, afirma a executiva. “Não se trata apenas de controlar emoções ou aspectos racionais, mas de integrar os dois.”

“NO FIM, O QUE SUSTENTA UMA ORGANIZAÇÃO NÃO É A NORMA, É O COMPORTAMENTO DIANTE DO IMPREVISTO”

Essa nova lógica é especialmente sensível no segmento de seguros pessoais, onde o risco não é mais só técnico ou financeiro — é também emocional e social. O cliente não quer só saber que está segurado. “A IA pode prever cenários, agilizar respostas, mas o cliente quer mais do que eficiência. Ele quer ser compreendido. É na combinação entre tecnologia e acolhimento que nasce a confiança.”

Se há uma certeza no radar da FF Seguros, é que a liderança do futuro precisará ser antifrágil — capaz não apenas de resistir ao caos, mas de se transformar com ele. “Mover-se com fluidez entre as emoções humanas e a lógica dos algoritmos será uma das habilidades mais estratégicas do futuro. Lidar com pessoas será tão determinante quanto dominar a tecnologia”, afirma Isabel.

Ela faz questão de frisar: “Quem lidera não entrega a decisão ao algoritmo. Usa os dados como referência, não como sentença.” Para a FF Seguros, a transformação não é um projeto com começo, meio e fim. É um processo constante de tradução do mundo em movimento, onde tecnologia e humanidade não competem — se complementam. “O papel da liderança será menos sobre comando e mais sobre curadoria de significado. Sobre garantir que, independentemente da velocidade das mudanças, haja sempre espaço para escuta, clareza e construção coletiva.”

E como não poderia ser diferente, Bruno Camargo, CEO da FF Seguros, acrescenta que a FF Seguros acredita que o impulso virá principalmente da estratégia digital, com a plataforma FF Place, que permite maior eficiência na operação e no relacionamento com os corretores. “Com a digitalização de todos os nossos produtos, a ampliação da oferta de soluções e a integração com o Open Insurance, esperamos não apenas ganhar escala, mas também gerar mais valor para nossos parceiros e clientes tendo a base da companhia preparada para humanizar os dados que a tecnologia nos traz.”

Yelum apresenta nova fase da campanha de mídia com foco no ambiente digital 

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Fonte: Yelum

Às vésperas de completar um ano desde seu lançamento, a Yelum, marca do Grupo HDI, lança uma nova etapa de sua primeira campanha de mídia, agora totalmente voltada para os meios digitais. O conceito reforça o propósito da marca de oferecer liberdade por caminhos seguros a seus clientes, corretores e parceiros e conta com peças aprimoradas que mantêm a essência da comunicação da seguradora, com foco em fortalecer a conexão com seus públicos.

Destacando momentos do cotidiano, em que a segurança e o cuidado fazem diferença na vida das pessoas, a nova fase da campanha dá continuidade à narrativa emocional construída pela Yelum desde sua chegada ao mercado. Em três cenas que representam os principais produtos da seguradora – Auto, Residência e Vida –, a marca é simbolizada por uma luz amarela que parte do “Y” do logo e acompanha os personagens, traduzindo visualmente o papel da companhia como presença constante e tranquilizadora. Mais do que proteger bens, a empresa busca transmitir a confiança necessária para que cada pessoa sinta que está no controle da própria jornada.

Segundo o Vice-Presidente de Transformação do Grupo HDI, André Truzzi, “essa nova fase da campanha reforça a proposta da marca de um seguro para viver livre, por meio de uma abordagem contemporânea e sensível, com vídeos focados principalmente nos atributos da marca. Acreditamos que segurança é mais do que proteção, é ter tranquilidade para viver com liberdade. Por isso, essa é a mensagem que queremos levar adiante em cada ponto de contato com o público e em cada experiência diferenciada que buscamos oferecer aos nossos segurados, corretores e parceiros”. 

A campanha terá duração de três meses e marcará presença nas principais plataformas e canais de conteúdo, entre eles: Instagram, Facebook, YouTube, streamings, além de portais de notícias e entretenimento. Essa nova ação, em um formato mais leve, fluido e alinhado com o universo digital, marca um novo ciclo de comunicação da Yelum, mas sem abrir mão de um dos valores principais da companhia: estar ao lado de quem deseja viver com liberdade e confiança.

Porto estreia programa de entrevistas “Portodos” e reforça sua cultura de cuidado 

Fonte: Porto

A Porto lançou recentemente o “Portodos”, seu novo programa de entrevistas conduzido pelo CEO do Grupo, Paulo Kakinoff. O programa aposta em um formato inusitado e acolhedor para promover conversas humanas sobre cuidado, propósito, cultura organizacional, saúde, trajetórias de vida e temas do cotidiano. A proposta é conectar o público aos valores da marca e dar voz para pessoas plurais, ampliando o diálogo e a escuta.
 

A convidada do episódio de estreia foi Aretha Duarte, montanhista, empreendedora social e a primeira mulher negra latino-americana a alcançar o topo do Everest. Ela compartilhou sua trajetória, desde a infância até sua jornada no montanhismo, além de contar sobre o projeto “Da Sucata ao Everest” e os desafios enfrentados durante a expedição. Entre os próximos convidados confirmados estão o rapper Dexter, a dupla de artistas Os Gêmeos e o empresário e ativista Preto Zezé.
 

“Acreditamos no poder da escuta e da proximidade como pilares da nossa cultura. Já temos, dentro da Porto, iniciativas consolidadas, como o Bate-papo com o CEO e os Cafés com Líderes e com Colaboradores, que fortalecem o diálogo entre os públicos. O ‘Portodos’ nasce como um novo passo nessa jornada — uma forma de ampliar essa conversa para além dos nossos muros, conectando também corretores, prestadores, clientes e profissionais que se interessam pela nossa cultura e que tenham visões e experiências diversas para compartilhar – famosos ou não, todos têm histórias ricas para compartilhar”, pontua Paulo Kakinoff.
 

A cada episódio, o programa recebe convidados que vão de figuras públicas — como artistas, músicos e cientistas — a colaboradores, prestadores, corretores e profissionais ligados à companhia. O programa é gravado dentro da Kombi do próprio executivo, e a dinâmica varia de acordo com o perfil do convidado. Quando recebe personalidades, Paulo Kakinoff vai pessoalmente buscar o entrevistado e, juntos, seguem até o Teatro Porto, onde o bate-papo acontece. Já nos episódios com convidados da Porto, o CEO os convida a sair da rotina e embarcar com ele em um trajeto até lugares surpresa, escolhidos especialmente para cada conversa.
 

“O ‘Portodos’ também dialoga com uma geração de profissionais que espera mais cuidado e conexão do mercado de trabalho. Com a participação dos nossos colaboradores, reforçamos também nossa proposta de valor, ‘Na Porto, você importa’, e a valorização do protagonismo de cada pessoa. O programa de entrevistas é, ainda, uma das nossas ferramentas para ampliar a percepção da Porto como uma marca empregadora de destaque, tangibilizando seus valores por meio de conversas que refletem o dia a dia da companhia e a nossa vocação para a escuta e o diálogo genuíno, que também são formas de cuidado”, destaca Patrícia Coimbra, diretora de Gente e Cultura da Porto.
 

Os episódios do “Portodos”, produzidos em parceria com a Trip, são lançados mensalmente e estão disponíveis no canal da Porto no YouTube e também nas plataformas internas da companhia. No episódio mais recente, Alessandro Grun, que atua na Porto há 22 anos e hoje é responsável pela operação de corretores potenciais, participa de uma conversa leve e inspiradora com Kakinoff, em que compartilha suas vivências e trajetória profissional. O programa já está no ar!

Embarque com ANBIMA, CNSeg e Febraban na Jornada rumo à COP 30

Fonte: Anbima

Ao longo de 2025, profissionais de instituições financeiras e seguradoras são nossos convidados e convidadas para a Jornada rumo à COP 30: uma série de eventos de capacitação para preparar o mercado brasileiro sobre gestão de riscos e oportunidades ligados ao clima.  

A trilha mira preparar os agentes do mercado para que o setor se posicione de forma estratégica nas conferências que acontecem este ano no Brasil: o PRI In Person (fórum sobre investimentos responsáveis organizado pelo PRI) e a COP 30(conferência sobre mudanças climáticas da ONU).  

“O PRI in Person e a COP 30 colocam o Brasil nos holofotes internacionais e abrem uma oportunidade sem precedentes para o mercado de capitais brasileiro, por isso unimos forças com representantes do setor.  Mais do que uma capacitação, a jornada é um convite ao futuro que emerge. O legado que buscamos é que os profissionais usem esse aprendizado para além das conferências, trazendo benefícios para a indústria de investimentos e para a própria economia brasileira”, avalia Cacá Takahashi, diretor da ANBIMA e coordenador da Rede ANBIMA de Sustentabilidade.  

A iniciativa é organizada por uma parceria entre ANBIMACNSeg e Febraban e conta com apoio institucional da ABVCAPAmecBIDB3GfanzPacto GlobalPRI e Unep-FI.  

As atividades começam no dia 9 de junho e o foco são profissionais que atuam em instituições financeiras e seguradoras com gestão de investimentos, seguros, riscos, análise ESG, sustentabilidade e áreas relacionadas. Para participar, é preciso atuar em uma instituição associada ou aderente às entidades organizadoras ou apoiadoras.  

Para Claudia Prates, diretora de Sustentabilidade da CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), o atual cenário do clima impõe desafios a todo o setor financeiro brasileiro, em especial para o mercado segurador.  

“A Jornada rumo à COP30 é uma união de esforços para que todos os profissionais de finanças possam compreender melhor os riscos que o aumento da intensidade e da frequência dos eventos climáticos colocam sobre a economia brasileira, de forma que consigam melhor avaliar e ajustar suas estratégias de subscrição e gerenciamento de riscos”

A programação é formada por seis eventos online e gratuitos, sempre das 10h às 11h30, sobre temas como risco, governança, financiamento, estratégia, emissões, planos de transição, produtos e serviços, relatos e metas — todos sob o viés de clima e biodiversidade. A dinâmica dos workshops envolverá disseminação de pílulas de conhecimento, com espaço para perguntas e respostas e apresentação de um exemplo prático. 

O encerramento da jornada acontecerá em um encontro presencial em Belém, no Pará, durante a COP 30. 

“O sistema financeiro tem um papel essencial na mobilização de recursos e no desenvolvimento de soluções para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. A Jornada rumo à COP 30 é uma oportunidade concreta para que os profissionais do setor se preparem para incorporar critérios climáticos e de biodiversidade em suas decisões. Nossa missão é fortalecer a governança, aprimorar a gestão de riscos e fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços financeiros que apoiem a transição para uma economia de baixo carbono, resiliente e inclusiva”, avalia Amaury Oliva, diretor de Sustentabilidade, Cidadania Financeira, Relações com o Consumidor e Autorregulação da Febraban.

Além dos workshops online, a jornada conta com encontros presenciais para engajamento dos agentes do mercado. O primeiro foi em abril, em um evento presencial para convidados, durante a Mesa Redonda Regional sobre Finanças Sustentáveis da Unep-FI. Foram discutidas as perspectivas de financiamento de transição e apresentados casos de uso de blended finance (financiamento misto). Estão na agenda, ainda, debates no ANBIMA Summit, em junho, em São Paulo, e durante a COP 30, em Belém, em novembro. 

A iniciativa faz parte da Rede ANBIMA de Sustentabilidade e da agenda de continuidade do ANBIMA em Ação 2025/2026, conjunto de metas que elegemos como prioritárias para este e o próximo ano. 

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Confira a agenda completa e inscreva-se. 

Análise de impacto: dupla materialidade 
9 de junho, às 10h | Inscreva-se  
Compreenda como identificar impactos e riscos climáticos sob a perspectiva da dupla materialidade, criando as bases para a gestão integrada de riscos e a definição de estratégias em clima. 

Riscos de clima e biodiversidade 
16 de julho, às 10h | Inscreva-se 
Explore como riscos físicos, de transição e de natureza afetam ativos e operações, e prepare sua instituição para integrá-los em decisões estratégicas e em planos de transição. 

Emissões dos portfólios 
13 de agosto | Inscreva-se 
Aprenda a mensurar e reportar as emissões associadas aos portfólios, etapa essencial para definição de compromissos climáticos e estruturação de produtos mais sustentáveis. 

Governança para a tomada de decisão  
10 de setembro | Inscreva-se  
Descubra como integrar clima e biodiversidade nos mecanismos de governança, fortalecendo a capacidade das instituições de transformar análise de riscos e impacto em ação estratégica. 

Financiamento climático: produtos e serviços  
1º de outubro | Inscreva-se  
Aprenda como desenvolver soluções financeiras alinhadas às oportunidades da transição climática, conectando métricas de impacto, emissões e governança com o desenho de produtos de valor. 

Planos de transição: estratégias e direcionamento 
28 de outubro | Inscreva-se  
Entenda como estruturar planos de transição climática realistas e mensuráveis, integrando riscos, impactos, emissões e soluções financeiras em uma estratégia robusta de longo prazo. 

Bradesco avança em seguros patrimoniais no 1o. tri de 2025 

Os seguros de Ramos Elementares da Bradesco Seguros apresentaram crescimento significativo no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No segmento Residencial, o aumento foi de 13%. Já os seguros Empresariais e os destinados a Equipamentos tiveram expansão de 27%.

Segundo levantamento da seguradora, esse comportamento na carteira de Ramos Elementares pode ser atribuído também a fatores como os eventos climáticos recorrentes, como enchentes e tempestades, que têm levado mais consumidores a buscar proteção para suas residências e empresas.

“O crescimento do mercado imobiliário, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, também contribuiu para o aumento na contratação de seguros. O avanço na aquisição de imóveis nessas áreas tem impulsionado a demanda por seguros residenciais”, explica o Superintendente Sênior de Ramos Elementares da Bradesco Seguros, Eduardo Menezes. De acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), houve um aumento significativo nas compras de imóveis nessas regiões.

“O aumento no número de incêndios também pode ser considerado um fator que influencia a contratação de seguros”, destaca o porta-voz. O Brasil registrou um aumento significativo nos incêndios estruturais — que incluem edificações residenciais e comerciais — em 2024. De acordo com o Instituto Sprinkler Brasil (ISB), foram contabilizadas 2.453 ocorrências, representando um crescimento de 10,4% em relação a 2023, o maior número desde o início do monitoramento. Além disso, os consumidores estão mais atentos aos riscos de outros acidentes e imprevistos em residências e estruturas comerciais”, conclui.

Luiz Trabuco, Nilton Molina e Roberto Santos conversam sobre a resiliência em meio a disrupção de seguros

por Gilmara Santos

Pouco antes do Plano Real, em 1994, o setor de seguros – tirando PGBL, VGBL e seguro saúde – representava 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto) e em 2023, esses mesmos ramos elementares clássicos representavam 1,4% do PIB. 

Os dados foram apresentados por Nilton Molina, presidente do conselho da MAG, durante o painel ‘Seguro para tudo e para todos: a proteção como pilar de resiliência em tempos de transformação’, que ocorreu na manhã desta terça-feira (27), na Conseguro 2025, realizada em São Paulo pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). “

“Temos, sim, um enorme processo pela frente: a disrupção vem na linguagem, no produto, no marketing e nas vendas, porque sem isso não vai alavancar aqueles seguros tradicionais, os ramos elementares”, avaliou Molina.

Roberto Santos, presidente do conselho diretor da CNseg, por sua vez, destacou que o cenário é desafiador para a indústria, mas reforçou que o mercado de seguros é muito resiliente. “Passamos por muitas coisas nos últimos anos, de modificação e inovação. Antes, a apólice era feita à mão, depois na máquina de escrever, na máquina de escrever elétrica, usávamos retroprojetor com transparência, mas o mundo foi evoluindo. Tivemos crises, recessão e mais recentemente Covid”, lembrou o executivo ao afirmar que, mesmo diante de tantos desafios, o setor tem um grande caminho a percorrer e a projeção é de chegar a 10% do PIB até 2030. 

“Para qualquer indústria crescer tem que ter crescimento orgânico e de novos produtos, com aquisições e criando negócios. Há espaço para a criação de novos produtos. Organicamente não temos crescido”, considera Santos.

Neste sentido, a tecnologia aparece como uma importante aliada do setor. “Assisti desde o começo essa questão (da tecnologia e a corretagem). Na década de 1980 já discutia se novas tecnologias iam substituir o corretor e não vão. A IA (inteligência artificial) vai facilitar a clareza de oferta para os clientes e isso vai levar mudança de comportamento da seguradora e da relação entre corretor e cliente”, considera Molina. “A questão tecnológica não deve ser vista como uma ameaça. Corretor se adapta passando a usar a internet como uma aliada, uma ferramenta para ajudar no seu trabalho e tudo isso, robôs e outros, são aliados. Risco sempre vai existir”, complementa Santos.

Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho de administração do Banco Bradesco, comentou que, independentemente da evolução tecnológica, a humanidade não sai do centro do palco. “O mundo do seguro está intrinsecamente ligado aos desafios humanos. Estamos em processo de transição, mas não vai tirar o protagonista da humanidade. Os riscos estão presentes e é nossa função social mitigá-los”, afirmou Trabuco.

Para Trabuco, é fundamental a popularização e a massificação dos seguros. Parodiando o grande pintor Michelangelo, o executivo afirmou que os negócios do setor estão entre ‘Agonia e Êxtase”, que vem com o momento de pagamento da indenização. 

Os palestrantes concordam que para o setor evoluir é importante melhorar a comunicação com os consumidores e isso é trabalhar para acabar com o ‘segurês’. 

IOF

Trabuco aproveitou a oportunidade para criticar a criação do IOF nos planos  VGBL na semana passada pelo governo. “Se o seguro merece ser incentivado não é muito adequado usar IOF para ser carregamento fiscal de entrada para quem entra em seguros”, disse Trabuco.

O tema já havia sido abordado pelo presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, durante a abertura da Conseguro 2025. “Enquanto estamos investindo em tecnologia, inteligência artificial, pensando no futuro da indústria, seguro de carro e drones autônomos, seguro de robô, de fábrica que só tem robô, a gente tem que falar de IOF”, disse Oliveira.

Grupo Bradesco Seguros é uma das 100 empresas mais inovadoras no uso de TI

Fonte: Bradesco

Pelo segundo ano seguido, o Grupo Bradesco Seguros está entre as 100 empresas mais inovadoras no uso de tecnologia da informação em 2024, de acordo com avaliação anual do IT Forum, ecossistema de tecnologia do Brasil. O ranking reconhece iniciativas que colocam a tecnologia no centro da inovação corporativa, com base em práticas e processos que demonstram o uso estratégico de ferramentas voltadas à transformação digital.

Dois projetos da companhia contribuíram para essa conquista. O primeiro, “Digitalização no Atendimento”, oferece aos clientes uma jornada digital integrada ao entrarem em contato com a Central de Atendimento, por meio de um menu de serviços digitais que proporciona agilidade, autonomia e facilidade no autosserviço.

Já o segundo, “Inteligência Artificial no Atendimento”, tem como foco aprimorar a eficiência e a experiência no atendimento a clientes e corretores, utilizando IA para sumarização de chamadas e suporte ao atendente humano.

Segundo Alexandre Arias, diretor de TI do Grupo Bradesco Seguros, o reconhecimento é motivo de orgulho para a companhia. “Estar nesse ranking pelo segundo ano consecutivo comprova que estamos no caminho certo no aprimoramento do nosso relacionamento com segurados e corretores, agentes fundamentais do mercado segurador. Além disso, esse prêmio é mais um incentivo para seguirmos investindo na integração entre tecnologia e relacionamento”, afirma.

Os dois projetos foram implementados no início de 2024 e hoje já fazem parte da rotina de clientes e corretores em todo o país.

Setor público e privado discutem alternativas para adaptação à crise climática

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A crise climática não é mais uma ameaça futura — ela já está impactando o Brasil e o mundo, com custos cada vez mais altos em vidas, infraestrutura e economia. Na abertura da Conseguro 2025, evento promovido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) em São Paulo, especialistas, autoridades e representantes do setor segurador reforçaram que o seguro precisa ser incorporado de forma estratégica às políticas públicas de enfrentamento às mudanças climáticas.

Edson Franco, CEO da Zurich e presidente da Fenaprevi, destacou que oGlobal Risk Report 2025 revela que 5 dos 10 maiores riscos globais são ambientais. No Brasil, isso já é uma realidade. Em 2024, só no Rio Grande do Sul, indenizações ultrapassaram R$ 6 bilhões. 

“Precisamos investir em previsibilidade, educação em riscos e inovação em produtos para mitigar danos, por isso a colaboração entre empresas, governo e sociedade é vital para reduzir o gap de proteção e tornar o Brasil mais resiliente”, afirma Franco.

Ana Toni, diretora executiva da COP30, destacou que a crise climática, infelizmente, tende a se agravar, assim como os riscos e incertezas associados. No entanto, ela ressaltou que o setor de seguros possui uma competência cada vez mais valorizada no mundo atual: a gestão de riscos. “A gestão de riscos se tornou uma coisa muitíssimo importante nesse momento de crise climática”, afirmou, lembrando que as seguradoras foram, dentro do setor privado, pioneiras em lidar com o tema das mudanças climáticas. Para ela, esse conhecimento posiciona o setor como um dos protagonistas na construção de soluções conjuntas entre setor público e privado.

Toni defendeu três frentes nas quais as seguradoras podem atuar para contribuir efetivamente. A primeira é o desenvolvimento de produtos que incentivem a adaptação e a resiliência, oferecendo, por exemplo, condições melhores para empresas, municípios ou comunidades que adotem planos contra enchentes, incêndios e outros desastres. A segunda é atuar como parceiras na construção de bases de dados e modelos de risco, especialmente porque muitos municípios brasileiros não possuem informações suficientes para mapear seus próprios riscos. “O seguro tem papel fundamental em fornecer dados, inteligência e estímulo à prevenção”, reforçou.

O deputado federal Fernando Monteiro (Republicanos-PE) ressaltou que o seguro é, sem dúvida, uma das maiores ferramentas disponíveis para ajudar a proteger não apenas pessoas e patrimônios, mas também o próprio orçamento público. Segundo ele, muitas vezes a sociedade não percebe que os recursos do governo vêm basicamente dos impostos e que, quando não há proteção, os custos dos desastres recaem diretamente sobre o Estado, agravando o déficit fiscal.

Monteiro defendeu que é preciso aproveitar a inteligência acumulada pelo setor segurador, especialmente sua capacidade de prever, mitigar e precificar riscos, como um caminho estratégico para aliviar a pressão sobre os cofres públicos. “O seguro é uma ferramenta fundamental porque permite minimizar perdas, compartilhar riscos e, consequentemente, proteger tanto a sociedade quanto as finanças públicas”, afirmou. Para ele, fortalecer o uso do seguro no Brasil é uma questão não só de proteção social, mas de responsabilidade fiscal.

O debate ganhou ainda mais urgência após as enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram um rastro de destruição e um prejuízo estimado em R$ 100 bilhões — dos quais apenas 6% estavam segurados. “Nos últimos dez anos, o Brasil perdeu R$ 782 bilhões com eventos climáticos. É um dinheiro que poderia ter sido poupado com um uso mais inteligente do seguro”, alertou Monteiro.

O caminho, segundo os especialistas, passa pela integração do seguro às políticas climáticas e pela construção de uma cultura de proteção. Cristina Reis, subsecretária do Ministério da Fazenda, citou iniciativas em andamento, como a taxonomia sustentável, o mercado de carbono, os títulos soberanos verdes e o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre.

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Respondendo à pergunta do mediador Edson Franco sobre como a academia e os cientistas podem colaborar na construção de bases de dados confiáveis para modelos preditivos eficazes, Pedro Farme de D’Amoed, CEO da Guy Carpenter Brasil, alertou que, no Brasil, a falta de seguros para riscos climáticos não é apenas um problema econômico, mas também um risco sistêmico. Segundo ele, atualmente, os prejuízos anuais não segurados chegam a R$ 47,5 bilhões, o que representa aproximadamente 15% de todo o investimento anual em infraestrutura do país. “No Rio Grande do Sul, por exemplo, as enchentes recentes evidenciam essa fragilidade. Quando não há cobertura securitária, a conta recai sobre o governo e a sociedade, triplicando, muitas vezes, o déficit fiscal”, explicou.

Farme destacou que o gap de proteção no Brasil chega a 95%, muito acima dos 70% observados em outros países da América Latina. Ele ressaltou que é essencial envolver todos os entes — públicos e privados — na criação de soluções estruturadas para mitigar esses riscos. Além disso, reforçou que os modelos de risco precisam incorporar de forma urgente os efeitos das mudanças climáticas. “Com um cenário de aquecimento global de 1,5°C, já estimamos um aumento de 45% nos danos em São Paulo. O setor de seguros precisa ser protagonista não só na proteção, mas também na indução de políticas públicas e na construção de soluções baseadas em dados robustos”, finalizou.

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Edward Lange, CEO da Sancor Seguros, destacou que, diante da baixa percepção da sociedade sobre os benefícios dos seguros, uma estratégia eficaz seria a adoção da obrigatoriedade da cobertura contra catástrofes climáticas. Ele citou como exemplo a Itália, que aprovou no dia 21 de maio uma lei que torna obrigatório para 100% das empresas — de todos os portes — a contratação de seguros para eventos climáticos extremos. “Pode parecer ditatorial, mas acredito que a obrigatoriedade é o jeito mais rápido e efetivo de educar e conscientizar sobre um tema tão urgente”, afirmou. Segundo ele, é preciso superar a ilusão de que o futuro pode ser guiado por sorte, como acontece com o crescimento exponencial das apostas online no Brasil.

Dentro desse contexto, Lange defendeu que a criação de um Seguro Social contra Catástrofes, como já vem sendo discutido no país, seria um primeiro passo fundamental para aumentar a conscientização da sociedade sobre os riscos climáticos. “Não podemos deixar que o futuro seja definido por quem aposta nas bets, enquanto seguimos desprotegidos contra eventos que destroem vidas e patrimônios. O seguro tem que ser visto como um instrumento de proteção coletiva e de responsabilidade social”, reforçou.

Ana Toni destacou que o setor segurador participa da elaboração dos 16 planos setoriais que o Brasil levará para a COP30, que acontece em novembro, em Belém (PA). A proposta, segundo ela, é transformar a conferência em um espaço de implementação, não apenas de discursos. “Estamos em uma crise climática que só vai piorar. O seguro é um dos principais instrumentos para enfrentá-la”, afirmou. E a mensagem final, compartilhada por todos no evento, foi clara: agir é urgente — e o Brasil não pode mais adiar essa decisão.

Setor de seguros aposta em tecnologia para ampliar mercado e melhorar serviços ao cliente

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por Gilmara Santos

A transformação digital avança de forma acelerada no mercado de seguros brasileiro, impulsionada por investimentos robustos em tecnologia e inovação. Dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) revelam que o setor deve destinar R$ 20 bilhões para essa área em 2025, um crescimento de 17,5% em relação ao ano anterior. “O investimento em tecnologia é parte fundamental da estratégia de todas as empresas, e aquelas que não aplicarem recursos nessa área correm o risco de ficar para trás”, destacou Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, durante a Conseguro 2025.

O uso intensivo de dados, inteligência artificial e plataformas digitais tem sido fundamental para personalizar ofertas, tornar os produtos mais acessíveis e melhorar a experiência do cliente. “A personalização e a precificação mais inteligentes são possíveis graças ao uso massivo de dados e à digitalização, que também aumentam a eficiência e melhoram o atendimento”, explicou Ana Paula Schmeiske, presidente da Comissão de Inteligência de Mercado da CNseg.

Apesar dos avanços, ela alertou que a adoção de tecnologia ainda é desigual entre as empresas do setor. O desafio, segundo especialistas, é reduzir o enorme gap de acesso: atualmente, apenas 17% a 18% da população possui seguro de vida, 30% da frota de veículos tem cobertura, e previdências abertas e fechadas alcançam cerca de 10% dos brasileiros.

Além de expandir a base de consumidores, a modernização dos sistemas é essencial para que o setor acompanhe a velocidade das transformações. “Hoje, 20% da população compram 80% dos seguros. O desafio é chegar nos 80% que ainda não têm acesso”, afirmou Nuno Vieira, sócio da EY. Com o avanço tecnológico, também cresce a necessidade de fortalecer a proteção de dados e a privacidade.

Iagê Miola, da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), lembrou que o setor lida com informações extremamente sensíveis e precisa adotar mecanismos robustos de segurança, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O consenso no evento foi claro: inovação não é mais uma opção, mas uma estratégia central para ampliar a proteção financeira, garantir competitividade e atender às demandas de um mercado em rápida transformação.

Átila Abreu é aposta da MetLife para levar a importância do esporte na promoção da saúde

A MetLife acaba de anunciar a renovação de seu patrocínio ao piloto da Stock Car, Átila Abreu na temporada 2025. Neste ano, o apoio acontece por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. O piloto de 37 anos é um dos nomes históricos da categoria, com mais de 300 corridas na carreira, e tem uma trajetória nas pistas marcada por valores como proteção, confiança e superação. 

Para a Diretora de Marketing da MetLife Brasil, Denise Coelho, o apoio é uma forma de levar adiante a importância da proteção, da saúde e do bem-estar. “Acreditamos no esporte como uma poderosa ferramenta de promoção da saúde, qualidade de vida e bem-estar, princípios que norteiam nossas soluções e que fazem parte das nossas estratégias. Poder patrocinar um ícone do automobilismo nos dá a certeza de que levaremos as mensagens a mais pessoas”, comenta a executiva. 

A temporada 2025 da Stock Car teve sua primeira etapa em maio, no autódromo de Interlagos, em São Paulo, e contará com 12 etapas até dezembro. Durante o ano, a MetLife realizará algumas ações de ativação para corretores e parceiros, fechando a temporada com um evento no concorrido Truck Lounge, no autódromo de Interlagos.