Brasileiros se preocupam mais com dinheiro do que com saúde e família, aponta pesquisa da Onze e Icatu

Em sua 4ª edição, estudo revela que 72% dos brasileiros têm a saúde mental afetada pelas finanças e que metade da população ainda planeja se aposentar apenas com o INSS

Fonte: Onze e Icatu

O dinheiro é a principal preocupação dos brasileiros à frente da saúde, da família e da violência, como revela a 4ª edição da pesquisa Raio-X da Saúde Financeira dos Brasileiros (estudo Estresse Financeiro) realizada pela Onze, fintech de saúde financeira e previdência privada, em parceria com a Icatu Seguros – companhia 100% brasileira líder entre as independentes em Seguro de Vida, Previdência e Capitalização.  

O estudo ouviu 8.701 pessoas nas cinco regiões do país e traça um retrato sobre o impacto da instabilidade financeira na vida dos brasileiros. Além disso, revela um cenário crítico de desinformação, falta de planejamento e sobrecarga emocional. 

Entre os entrevistados, 49% apontam o dinheiro como sua maior fonte de preocupação, superando temas historicamente sensíveis como saúde (19%), família (15%), trabalho (7%), violência (7%) e política (3%). 

Dos entrevistados que assinalaram a preocupação com as finanças em primeiro lugar, 61% afirmaram não ter dinheiro suficiente para emergências com saúde, como acidentes ou para ajudar amigos e familiares.  

“Historicamente, o déficit na educação financeira dos brasileiros impacta diretamente sua saúde financeira. Este estudo é um exemplo – há mais de 4 anos, vemos o dinheiro despontando como a maior preocupação na vida das pessoas e o impacto do estresse financeiro está cada vez maior. Esse vilão silencioso gera problemas emocionais, notadamente está impulsionando a ansiedade da população, além de impactar as relações interpessoais e o desempenho no trabalho. Ele não pode mais ser ignorado”, destaca Antonio Rocha, CEO e cofundador da Onze.  

A pesquisa também revela que a situação financeira das famílias piorou no último ano: 51% afirmam que a renda mensal não cobre os gastos – um aumento de 10 pontos percentuais em relação à edição anterior da pesquisa, realizada em 2023. Ao mesmo tempo, 63% não possuem qualquer reserva de emergência e 15% estão endividados e sem poupança. 

O impacto emocional dessa instabilidade é direto: 72% dos entrevistados dizem que a saúde financeira afeta a saúde mental e emocional, e muitos relatam sintomas graves como ansiedade (65%), insônia (50%) e até depressão (21%). 

A sondagem destaca que o desenvolvimento de ansiedade gerada por estresse financeiro cresceu: o percentual aumentou 12% em relação à edição anterior do levantamento.  

Para Henrique Diniz, Diretor de Produtos de Previdência da Icatu, a pesquisa reforça a urgência de um olhar mais estruturado sobre o planejamento financeiro no Brasil dado seu impacto positivo para a vida das pessoas. Como companhia comprometida com a proteção financeira de longo prazo, a Icatu tem o propósito de ampliar o acesso a produtos que garantam segurança para os brasileiros e suas famílias, oferecendo soluções acessíveis e estruturadas, educação e parcerias estratégicas.

Outros dados da pesquisa: 

  • 49% indicaram o dinheiro como maior fator de preocupação; 
  • 51% dos entrevistados afirmaram que a renda não cobre todos os gastos mensais; 
  • 28% disseram que a renda consegue cobrir apenas os gastos; 
  • 12% responderam que a renda cobre os gastos e poupam dinheiro; 
  • 9% afirmaram que não fazem controle financeiro; 
  • 61% afirmaram não ter dinheiro suficiente para emergências com saúde, como acidentes ou para ajudar amigos e familiares; (sobre os que assinalaram a preocupação com as finanças em primeiro lugar) 
  • 31% disseram que não conseguem pagar as contas do mês; 
  • 14% afirmaram não ter dinheiro suficiente para aposentadoria;  
  • 63% disseram que não possuem reserva de emergência; 
  • 15% responderam que não possuem reserva de emergência e estão com dívidas; 
  • 72% responderam que as preocupações financeiras afetam a saúde mental e emocional; 
  • 65% disseram que desenvolveram ansiedade por preocupações financeiras; 
  • 50% revelaram que costumam ter insônia por preocupações financeiras; 
  • 76% disseram que não recebem algum tipo de benefício financeiro fora salário ou bônus; 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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