A AIG está à frente do programa de resseguro de aviação da Air India, que será acionado após a queda fatal de um avião de passageiros da companhia, pouco depois de decolar do aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. O voo 171 seguia para o aeroporto de Gatwick, em Londres, no Reino Unido. Havia 230 passageiros (169 indianos, 53 britânicos, 7 portugueses e 1 canadense) e 12 tripulantes a bordo.
Segundo informações obtidas pela Insurance Insider, o programa da Air India, estruturado pela Willis, é composto por uma apólice primária com participação de seguradoras locais, seguida de resseguro no mercado londrino. Há também uma cessão obrigatória de 5% à GIC Re (General Insurance Corporation of India), conforme exigido pela legislação indiana.
Historicamente, cerca de 85% das perdas envolvendo a Air India são suportadas por seu programa de resseguro internacional. Fontes do setor explicam que, devido à complexidade regulatória e fiscal da Índia, muitos grandes players globais de aviação optam por não participar diretamente dessas coberturas, o que faz com que o painel de seguradoras da Air India seja mais enxuto e com maior concentração de risco por linha subscrita — diferente de outras companhias aéreas de porte similar. Isso significa que qualquer sinistro relevante tende a gerar impacto expressivo para os participantes da apólice.
A aeronave envolvida — um Boeing 787-8 Dreamliner — foi avaliada em aproximadamente US$ 80 milhões. O voo AI171, que fazia a rota entre Ahmedabad (Índia) e o aeroporto de Gatwick (Londres), caiu pouco após a decolagem. A Air India confirmou que havia 169 cidadãos indianos, 53 britânicos, um canadense e sete portugueses a bordo.
As causas do acidente ainda estão sendo apuradas. No entanto, considerando o perfil internacional dos passageiros e a área densamente povoada onde ocorreu a queda, fontes indicam que a exposição a perdas por responsabilidade civil pode ultrapassar centenas de milhões de dólares.
Nos últimos anos, a Air India enfrentou sinistros de grande porte, incluindo acidentes fatais em 2017 e 2020. O desastre de hoje ocorre em meio a uma sequência de acidentes aéreos graves registrados nos últimos seis meses, o que tem pressionado o mercado de seguros aeronáuticos a revisar premissas de longo prazo sobre precificação e gestão de riscos.
Nem a AIG nem a Willis comentaram oficialmente sobre o caso até o momento.