Chubb registra lucro líquido de US$ 1,3 bilhão no primeiro trimestre, apesar de perdas com incêndios

Receita de prêmios cresceu 5,7% em moeda constante, enquanto lucro líquido recuou 37,9% impactado por sinistros catastróficos e câmbio.

A Chubb divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2025, com lucro líquido de US$ 1,33 bilhão, equivalente a US$ 3,29 por ação, e lucro operacional ajustado de US$ 1,49 bilhão, ou US$ 3,68 por ação. O resultado foi afetado por perdas líquidas com catástrofes, especialmente os incêndios florestais na Califórnia, que somaram US$ 1,64 bilhão antes dos impostos, impactando 15,9 pontos percentuais no índice combinado da seguradora.

Os prêmios retidos consolidados totalizaram US$ 12,6 bilhões, com alta de 5,7% em moeda constante. No segmento de seguros gerais (P&C), o crescimento foi de 5,0%, enquanto nos seguros de vida alcançou 10,3%. O índice combinado de P&C ficou em 95,7%, ou 82,3% ao se excluir perdas por catástrofes e o desenvolvimento de sinistros de anos anteriores.

O lucro líquido recuou 37,9% na comparação anual, enquanto o lucro operacional ajustado caiu 31,1%. A variação cambial desfavorável impactou o lucro operacional em US$ 36 milhões, ou US$ 0,09 por ação. Já o desenvolvimento de sinistros de anos anteriores contribuiu positivamente, com US$ 255 milhões antes dos impostos.

Os prêmios retidos de P&C somaram US$ 10,93 bilhões, alta de 3,2%, ou 5,0% em moeda constante. Na América do Norte, o crescimento foi de 3,4%, impactado por prêmios de reintegração relacionados aos incêndios e operações estruturadas pontuais no seguro corporativo. Ajustados esses efeitos, o crescimento foi de 6,4%, com alta de 10,1% no seguro para pessoas físicas e 5,3% no seguro corporativo. As operações internacionais cresceram 1,8%, ou 6,5% em moeda constante, com expansão de 5,0% no seguro para consumidores e 7,3% no seguro corporativo. América Latina, Ásia e Europa apresentaram crescimento de 6,1%, 6,1% e 5,5%, respectivamente.

Em seguros de vida, os prêmios retidos atingiram US$ 1,72 bilhão, alta de 5,3%, ou 10,3% em moeda constante. O lucro do segmento subiu 8,6%, alcançando US$ 291 milhões, ou 15,7% em moeda constante.

O ganho de investimentos antes dos impostos foi de US$ 1,56 bilhão, alta de 12,2%, enquanto o lucro líquido ajustado de investimentos cresceu 12,7%, atingindo US$ 1,67 bilhão. O retorno anualizado sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 8,2%, e o retorno operacional ajustado anualizado sobre o patrimônio líquido tangível (ROTE) atingiu 13,0%.

O valor contábil por ação da Chubb subiu 2,7% no trimestre, chegando a US$ 164,01, enquanto o valor contábil tangível por ação aumentou 3,9%, para US$ 104,27, impulsionado por ganhos na carteira de investimentos e ganhos cambiais.

Evan G. Greenberg, presidente e CEO da Chubb Limited, comentou que o trimestre foi positivo, apesar das perdas significativas por catástrofes. “Registramos US$ 1,5 bilhão em lucro operacional ajustado, sustentado por excelentes resultados de subscrição, crescimento de dois dígitos na receita de investimentos e aumento nos lucros com seguros de vida”, afirmou.

Greenberg ressaltou que o fortalecimento do dólar impactou negativamente as receitas, mas destacou que, excluindo efeitos pontuais, o crescimento orgânico de prêmios na América do Norte foi de 6,4%. Internacionalmente, o crescimento foi de 6,5% em moeda constante, com destaques para as regiões da Ásia, América Latina e Europa.

Segundo o executivo, o mercado de grandes contas e linhas especializadas em seguros patrimoniais tornou-se mais competitivo, enquanto o segmento de responsabilidade civil permanece firme. “No médio mercado e no segmento de pequenas empresas, as condições de subscrição continuam favoráveis em todas as linhas patrimoniais e de responsabilidade civil”, concluiu.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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