CCS-SP participa de encontro especial na Porto

Corretores de seguros associados foram recebidos na sede da companhia para m bate-papo com o presidente Paulo Kakinoff

por Márcia Alves

Os associados do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) participaram de um encontro especial com o presidente da Porto, Paulo Kakinoff, na manhã de 6 de junho, na sede da seguradora, na capital paulista. Para o mentor do CCS-SP, Álvaro Fonseca, o evento trouxe a oportunidade de conhecer melhor o dirigente e sua experiência de seis meses no cargo, além de saber os seus planos para a empresa.

Depois de cumprimentar cada um dos associados, Kakinoff relatou sua trajetória profissional, que inclui passagens por montadoras de veículos, período de trabalho na Alemanha e atuação no conselho de administração da empresa aérea Gol. Aliás, hoje, aos 49 anos, ele desempenha a função de conselheiro em cinco empresas de diferentes segmentos. “As boas práticas dessas indústrias posso replicar nas demais e aqui na Porto”, disse.

O convite para presidir a Porto chegou quando Kakinoff já contava com dez anos de atuação no grupo executivo da Gol. No novo cargo, ele considera que atingiu o auge da sua carreira profissional. “Não pelo cargo, mas por ser a Porto o que é, uma empresa que vai fazer 80 anos e que, diante da amostra que tenho de outras organizações, é a que tem a cultura com os valores mais admiráveis. É uma responsabilidade levar esse legado”, disse.

As verticais
O executivo comentou as novidades das quatro verticais de negócios da Porto. Sobre a Porto Serviço, informou que, atualmente, 80% da receita vêm da própria Porto e que, no momento, a vertical se prepara para atender aos clientes não segurados, aqueles que contratam apenas os serviços. Outra demanda de serviços vem do segmento B2B2C, quando o cliente compra, por exemplo, uma geladeira em uma rede varejista e a Porto faz a instalação do equipamento.

Kakinoff revelou que a vertical de serviços também se prepara para atender aos clientes de seguro automóvel que não acionam o seguro porque o valor do reparo ficou abaixo do valor da franquia. “Por que não oferecer os serviços, se temos 300 centros automotivos, mais de 5 mil oficinas referenciadas e peças íntegras da Renova Ecopeças (loja de peças automotivas usadas)?”. Para ele, a tese faz sentido, porque traz para a empresa serviços adicionais.

Já a Porto Saúde, segundo o executivo, é a única do segmento que cresce em número de vidas e resultados. Mas, ele afirma que não existe mágica, mas, sim, uma forma disciplinada de atuação que leva em conta a limitação geográfica – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Minas Gerais são os locais que concentram os melhores resultados do setor -, e, ainda, a operação apenas com planos coletivos.

“Hoje, nenhum plano que opera no individual tem resultado”, disse. No entanto, Kakinoff avalia que é preciso discutir e revisar o sistema de saúde do país ou poderá haver o colapso. “Se o sistema suplementar não for acessível, poderá sobrecarregar o sistema público de saúde – o SUS é um ativo pouco valorizado -, onerando o Estado”, disse.

Ele informou, ainda, que a Porto Saúde tem obtido bom desempenho no segmento PME, mesmo aplicando reajuste abaixo do mercado (15% contra 22%), porque pratica um modelo sustentável. O plano é continuar nesse caminho, aumentando a penetração em regiões onde a empresa já atua.

Sobre a Porto Bank, revelou que a novidade é o lançamento de uma conta digital, no momento em teste com os colaboradores da empresa. Ele ressaltou que não é desejo disputar mercado com os grandes bancos digitais, mas aproveitar a sua base de 17 milhões de clientes. “A conta digital é um dos principais habilitadores de produtos e serviços adicionais para todo o ecossistema da Porto, para corretores, prestadores de serviço e, clientes”, disse.

Crescimento da Porto
Embora o mercado de seguro auto esteja andando de lado, segundo a percepção de Kakinoff, a Porto tem apresentado crescimento. Ele não atribui o bom desempenho ao preço, mas a algumas ações, como o reposicionamento da marca Azul, além de outras marcas do ecossistema da companhia, como Itaú. Outra iniciativa é priorizar o canal corretor, oferecendo ferramentas, como o CRM, e remuneração adicional por outros serviços, como a oferta de assistências.

O executivo comentou a perspectiva de aumento da sinistralidade por causa da tragédia do Sul e falou também das ações da companhia para reduzir os impactos. Embora não divulgue, desde maio a Porto disponibiliza um contingente de 200 socorristas, com viaturas, botes e jet-ski para atender segurados e não segurados. “Também decidimos, na segunda semana, pagar as indenizações sem ver os carros. Fizemos pelo dever de fazer”, disse.

Kakinoff encerrou sua apresentação exaltando o papel dos corretores. “Corretor é pra sempre. O canal corretor é nosso principal ativo. Contem comigo para que o valor desse canal seja reconhecido”, disse. Durante o evento, Eva Miguel, diretora Executiva de Produção Brasil, comunicou que até o final do ano será sucedida no cargo por Emerson Valentim, diretor Comercial de SP Capital e Metropolitana.

“O Emerson tem uma carreira de muito sucesso e de muita entrega. É um processo que será muito bom porque representa a continuidade. Encerro meu ciclo e estou muito feliz”, disse Eva. O mentor Álvaro Fonseca agradeceu a recepção da Porto ao CCS-SP e lembrou que, atualmente, 30% dos associados exercem cargos de liderança no mercado. “O conhecimento e a experiência de nossos associados estão à disposição da Porto e do setor”, disse.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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