O Brasil registrou US$ 553,8 milhões em investimentos em insurtech de 2018 ao primeiro trimestre de 2024, com 71 acordos, informou o estudo Distrito Insurtech, que pode ser solicitado a empresa em seu portal. O setor de InsurTech molda um novo horizonte para o mercado de seguros na América Latina, com o Brasil como um líder em termos de inovação e atração de investimentos. As startups de seguros estão no centro dessa transformação, representando uma força vital na revitalização de um setor historicamente caracterizado por processos tradicionais e falta de personalização.
Com 250 startups ativas na região e uma concentração significativa de 57,2% no Brasil, o cenário está configurado para um crescimento exponencial, impulsionado por investimentos que totalizam cerca de US$ 667 milhões desde 2018 só o ano de 2021 acumulou US$ 305,6 milhões, sendo o maior ano de captação do setor assim como o restante do mercado de tecnologia, mas com os investimentos voltando a acelerar. Só os três primeiros meses de 2024 já registraram um volume maior que em 2022 inteiro, sinalizando uma confiança considerável no potencial do setor.

Além do apoio financeiro, a adesão às inovações tecnológicas, como a inteligência artificial, a segurança cibernética e os seguros embutidos (embedded insurance) está definindo o futuro do mercado, avaliam os autores do estudo. A IA, em particular, está transformando a análise e gestão de riscos, permitindo ofertas mais competitivas e personalizadas, ao passo que a proteção contra riscos cibernéticos se torna essencial em um mundo cada vez mais digital.
Da mesma forma, diz o estudo, o conceito de seguros embutidos está redefinindo a interação do consumidor com seguros, tornando-a mais integrada e menos intrusiva. No entanto, apesar desse progresso impressionante, o setor enfrenta inúmeros desafios, como a necessidade de expansão da digitalização e maior inclusão financeira, especialmente considerando que 60% da população bancarizada ainda não possui produtos de seguro. Por isso, a implementação completa do Open Insurance promete ser um divisor de águas, oferecendo uma plataforma para produtos mais competitivos e inovadores.
Embora o cenário de InsurTech na América Latina e, particularmente, no Brasil, apresente obstáculos, as tendências atuais e os volumes de investimento apontam para um futuro promissor. Fatores como a convergência de tecnologia avançada, uma compreensão mais profunda das necessidades dos consumidores e um ambiente regulatório progressivo estão
posicionando o setor para superar essas barreiras.
Assim, conclui o estudo, à medida que as startups de seguros continuam a inovar e a capturar novos segmentos de mercado, podemos antecipar não apenas o crescimento do setor, mas também um impacto significativo na economia. Por fim, o mercado latino-americano de InsurTech está à beira de uma revolução, pronta para transcender as expectativas e redefinir o que é possível no mundo dos seguros.