Apenas em janeiro, previdência privada cresceu 33,1% sobre 2022

Resultado se refere à captação líquida do mês (contribuições menos os resgates), em comparação ao mesmo mês do ano anterior

Fonte: Fenaprevirev

Enquanto a poupança bate recorde de saques em janeiro de 2023 e o Tesouro Direto tem emissão líquida de títulos, negativa, a captação líquida dos planos de previdência privada no mês de janeiro de 2023 cresceu 33,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando R$ 1,7 bilhão.

Esse resultado foi fortemente impactado pelo crescimento de 20% na captação bruta, quando comparada a janeiro do ano passado, totalizando R$ 13,9 bilhões, o maior resultado para o mês de janeiro desde o início da série histórica (de quando a quando?). Desse montante, 91% foram realizadas em planos individuais, 8% em planos coletivos e 2% em planos para menores de idade.

Os resgates cresceram 18,4%, na mesma base de comparação, totalizando R$ 12,3 bilhões no mês, sendo54% resgates parciais e o demais resgates totais. Ademais, o total de ativos do setor ultrapassa os R$ 1,2 trilhão, correspondendo a, aproximadamente, 12,5% do PIB nacional e registrando alta de 13,2% em relação ao valor de janeiro de 2022.

Resultado por produto

O levantamento permite, ainda, segmentar as informações conforme o produto contratado. Dos 13,8 milhões de planos comercializados no país até janeiro de 2023, 61% foram do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), 21% em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e os demais 18% nos planos Tradicionais ou FAPI. 

Quanto à captação bruta especificamente por plano, 93% são em VGBL; 6% em PGBL e 1% nos planos tradicionais. Em aportes foram mais de R$ 12,9 bilhões em prêmios no VGBL, R$ 788 milhões em contribuições no PGBL e de R$ 234 milhões nos planos tradicionais. Ao mesmo tempo, 83% dos resgates foram em VGBL, 15% no PGBL e 2% nos demais.

Comparação Internacional

Recentemente a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE divulgou um levantamento que permite comparar o nível de reservas previdenciárias em relação ao PIB de 71 países para 2021. O Brasil ocupa a 26ª posição nesse ranking, atrás de Nova Zelandia, Jamaica, Croácia, Singapura, Estados Unidos e Dinamarca, que liderou o estudo. Ao mesmo tempo, o país estava à frente do Paquistão, último colocado, Portugal, Espanha, China, Angola e Malásia.

Para a América Latina, Para a América Latina, o estudo abarca dez países, entre os quais o Brasil ocupa a sexta posição. O Chile foi o primeiro colocado na região, e outros como Colômbia e Uruguai possuem um maior volume de ativos previdenciários em relação ao PIB do que aqui. Por outro lado, o país superou o resultado do Panamá, último colocado na região, Guiana, Suriname e Peru.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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