Samplemed traz visão tecnológica da subscrição de riscos ao webinar do CVG-SP

Evento apresentou os avanços obtidos com o uso de tecnologias e ciências de dados, o futuro e as tendências da subscrição de riscos pessoais.

Fonte: CVG-SP, por Márcia Alves

A subscrição de riscos evoluiu e já pode ser realizada de forma totalmente digital. Como funciona esse processo, os próximos passos e a experiência internacional, foram questões abordadas por dirigentes da Samplemed no webinar promovido pelo CVG-SP, no dia 31 de agosto, transmitido ao vivo pelo YouTube.

Sob a mediação do presidente do CVG-SP, Marcos Kobayashi, participaram do evento o CEO da Samplemed e também ex-presidente do CVG-SP, Silas Kasahaya, o CTO Abert Costa e o diretor Comercial Mário Jorge Pereira. A Samplemed, de acordo com Kasahaya, tem 30 anos de experiência no setor, opera em cinco países e está expandindo no mercado internacional com a oferta de plataformas de tecnologia para a subscrição de riscos. 

Um estudo da Accenture, nos Estados Unidos, citado por Kasahaya, mostra que os underwriters estão subscrevendo menos, porque perdem 70% tempo com outras tarefas. Segundo ele, a tecnologia permite ao subscritor usar seu tempo para desenvolver estudos de resultado da carteira e de sinistralidade e acompanhar as melhores práticas de mercado. 

O futuro da subscrição

Tornar a jornada do cliente cada vez mais simples, intuitiva e transparente é também uma preocupação do mercado de seguros. “Se a experiência for a melhor possível, poderá garantir um diferencial competitivo à empresa, além de apoiar a construção de novos produtos”, disse Mário Jorge.

O diretor da Samplemed trouxe ao evento um estudo da McKinsey que projeta o futuro da subscrição de riscos, começando pela subscrição automatizada. Mario Jorge explicou que a fase 2 se caracteriza pelo maior uso de inteligência de dados e redução do processo manual, resultando em maior agilidade. 

A fase 3 é a da microssegmentação e personalização e a fase 4 a da subscrição contínua, que requer um mercado mais maduro. “A intenção é sugerir medidas preventivas que possam influenciar na melhoria da saúde dos proponentes”, disse.

Mario Jorge apresentou, ainda, quatro passos para modernizar a subscrição, começando pelo pensamento sistêmico. “Toda a análise deve ser ágil, por meio de dashboard e estatísticas”, disse. 

O passo dois é destruir os silos organizacionais, ou seja, todas as áreas devem estar alinhadas. Em seguida, vem o comprometimento dos executivos e, depois, a aceleração do ritmo, com entregas constantes e programadas, em vez de iniciativas de longo prazo.

Uma subscrição para cada risco

Dividindo os riscos entre baixos, médios e altos, Mario Jorge indicou o tipo de subscrição correta. Para os riscos baixos ele sugeriu o modelo preditivo, que caracteriza os indivíduos de acordo com o perfil de risco. Para os médios, a análise automatizada e o aprofundamento do perfil de risco com o uso de questionários dinâmicos e até entrevistas remotas. 

Já para os riscos altos, com capitais mais elevados, recomendou análises especificas, inclusive com o uso de exames laboratoriais. “Temos um ecossistema completo de soluções, que garante mais segurança e a análise mais profissional dos riscos. Viabiliza para que mais pessoas façam o seguro”, disse.

Na visão de Mario Jorge, a integração entre tecnologia, dados e segurança, em um mesmo ambiente, facilita a gestão de riscos e acompanhamento das carteiras, permitindo ajustes e correções com rapidez.  

Cases internacionais

O CTO Albert Costa, que reside nos Estados Unidos, trouxe de lá exemplos de seguradoras novas, que cresceram rapidamente após o uso de subscrição automatizada. Duas delas, a Haven Life e a Ethos realizam aceitação 100% digital, sem a necessidade de exame médico, exceto para seguros acima de US$ 1 milhão. 

A Ethos aceita idade de até 75 anos e capital de até US$ 10 milhões. Já na Haven Life o limite de idade é 64 anos e o capital de US$ 3 milhões. “Ambas as seguradoras oferecem uma boa experiência para o usuário, que não precisa falar com ninguém, pois todo o processo é online”, disse. 

Outra empresa, a Ladder, atua com foco na recomendação de produtos, a partir de uma série de perguntas. Com o uso de algoritmos, fazem a recomendação de produtos diferenciados. 

Para o executivo, os exemplos mostram a tendência de automatização dos processos no mercado americano, cada vez mais com o uso de modelos matemáticos e preditivos para a rápida tomada de decisão. “A mensagem que fica é que as seguradoras devem atentar para os novos entrantes do mercado”, disse. 

Questionado pelo presidente do CVG-SP sobre a melhor estratégia das seguradoras americanas, Albert Costa respondeu que é a inovação na experiência do usuário e o uso da ciência de dados. “A grande revolução é o uso de algoritmos matemáticos, inteligência artificial e machine learning”, disse. 

No encerramento, Marcos Kobayashi observou que o tema abordado interessa a diversos profissionais e não apenas aos subscritores. “Por isso, vamos trazer mais informações nas nossas redes sociais, porque um dos pilares do CVG-SP é a geração de conteúdo”, disse.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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